sexta-feira, 15 de abril de 2016

FABRICAR E SOLTAR BALÃO É CRIME: Linha Verde lança nova edição do Disque Balão


Apreensão de balão de grande porte pela Polícia Militar. Divulgação PM.


Ação é sazonal e se estende até o dia 15 de setembro

O Linha Verde do Disque-Denúncia do Rio de Janeiro lançou nesta sexta-feira (15) a 17ª edição da campanha de combate e prevenção a prática de confecção, comercialização, soltura e realização de festivais de balões. A campanha é sazonal e se estende até o dia 15 de setembro. Todas as denúncias que chegam através do Linha Verde são encaminhadas para a polícia.

Na campanha realizada no ano passado (entre 15/04 e 15/09), o Linha Verde cadastrou 145 denúncias envolvendo grupos de baloeiros, locais de comercialização, fabricação ou soltura de balões e ajudou a polícia a bater recordes. Com o auxílio dessas informações, foram apreendidos cerca de 500 balões, 25 pessoas envolvidas nessa prática criminosa foram presas e mais de 13 mil materiais utilizados na fabricação desses balões também foram encontrados por policiais. Esses números superaram os registrados na campanha realizada em 2014, quando 74 balões foram apreendidos.

Cabe ressaltar que a prática de soltar balões é crime (artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais nº 9.605/98). A pena para quem for pego confeccionando, comercializando ou soltando balões que possam provocar incêndios é de 1 a 3 anos de detenção ou multa, ou ainda ambas as penas cumulativamente.

Ao longo dos anos foi possível identificar que algumas datas registram o aumento da prática de soltar balões. Geralmente entre os meses de abril e junho são contabilizados os maiores casos, período em que se iniciam os preparativos em homenagem a São Jorge, dia das mães e também das festas juninas. O problema é ainda agravado pela menor umidade do ar no outono.

Os balões são perigosos e podem causar acidentes graves. Ele pode cair aceso em florestas e residências, produzindo grandes prejuízos patrimoniais, ameaça ao meio ambiente e até mesmo colocando a integridade física e a vida das pessoas em risco.

Para José Maurício Padrone, da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais, dependendo do local de mata, o prejuízo por conta da queda de um balão é gigantesco:

"Quando um balão cai na mata, geralmente é um local de difícil acesso ou até mesmo inacessível. O problema se concentra aí, pois se é difícil para os grupos de resgate, também será difícil para os bombeiros e guardas parques do Inea e o combate passa a ser mais demorado e muito mais caro, já que às vezes, só é possível o combate através de um helicóptero. Quanto mais rápido se chega ao local, mais rápido o fogo se extingue. Por conta da dificuldade em chegar ao local, o maior prejudicado é o meio ambiente e as matas. Esse é um prejuízo difícil de reverter", disse Padrone.

Para denunciar qualquer crime ambiental, a população pode ligar para 0300 253 1177 (custo de ligação local para todo o estado) ou 2253 1177 (capital).

Fonte: Governo do RJ



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