quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Alunos do Projeto Grael velejam com golfinhos na Baía de Guanabara.





Olha que maneiro!!!!

No último domingo, os alunos do Projeto Grael e instrutores velejavam na Baía de Guanabara, próximo ao Aterro do Flamengo, quando foram surpreendidos por um grande grupo de golfinhos-de-dentes-rugosos.

Assista ao vídeo e veja a reação da garotada.

https://www.facebook.com/aamartins/videos/10154646251771901/

O Projeto Grael informou aos pesquisadores do MAQUA, da UERJ, que estudam a população de mamíferos aquáticos na Baía de Guanabara.

Axel Grael











Avanço populacional de Niterói perde força





Geovanne Mendes

O crescimento populacional de Niterói está praticamente estável. É o que projeta o IBGE para a cidade. Nesta quarta-feira (30), o instituto divulgou as projeções populacionais dos municípios brasileiros e, Niterói, de 2016 para 2017 registrou aumento ligeiro de 0,23%. Se no ano passado, Niterói tinha uma estimativa de 497.883 habitantes, este ano passou para 499.028, apenas 1.145 pessoas a mais. A cidade tem uma taxa de crescimento menor que a nacional, que ficou em 0,77%, com 207,7 milhões de habitantes.

“É muita gente, meu Deus! Uma pena o nosso país não crescer também na economia, na saúde e educação”, disse a professora aposentada Margarida de Almeida, de 77 anos.

O município de São Gonçalo possui atualmente, segundo a nova estimativa, 1.049.826 habitantes. No censo do IBGE de 2016, a estimativa era de 1.044.058, ou seja, houve um pequeno aumento de 0,55%, também abaixo da média nacional.

Já Maricá tem hoje 153.008 habitantes, um aumento populacional de 2,09%. Em 2016 eram estimadas 149.876 pessoas. Na vizinha Itaboraí, o crescimento foi de 0,7%, passando de 230.786 em 2016 para 232.394 habitantes este ano.


Capa de A Tribuna, 31/08/17


O município de São Paulo continua sendo o mais populoso do país, com 12,1 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (6,5 milhões de habitantes), Brasília e Salvador (cerca de 3 milhões de habitantes cada). Dezessete municípios brasileiros têm população superior a 1 milhão de pessoas, somando 45,5 milhões de habitantes ou 21,9% da população do Brasil. Serra da Saudade (MG) é o município brasileiro de menor população, 812 habitantes, seguido de Borá (SP), com 839 habitantes, e Araguainha (MT), com 931 habitantes. Estima-se que, de 2016 para 2017, quase um quarto dos municípios (24,746%) do país tiveram redução de população.

No ranking dos estados, os três mais populosos estão na região Sudeste, enquanto os cinco menos populosos estão na região Norte. O líder é São Paulo, com 45,1 milhões de habitantes, concentrando 21,7% da população do país. Roraima é o estado menos populoso, com 522,6 mil habitantes (0,3% da população total).

As estimativas populacionais municipais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União no cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios e são referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos. Esta divulgação anual obedece ao artigo 102 da Lei nº 8.443/1992 e à Lei complementar nº 143/2013.

As populações dos municípios foram estimadas por um procedimento matemático e são o resultado da distribuição das populações dos estados, projetadas por métodos demográficos, entre seus diversos municípios. O método baseia-se na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010). As estimativas municipais também incorporam alterações de limites territoriais municipais ocorridas após 2010.


Fonte: A Tribuna










Índia planta 66 milhões de árvores em 12 horas








Guinness World Records are expected to confirm the achievement in the coming weeks Madhya Pradesh Government


India plants 66 million trees in 12 hours as part of record-breaking environmental campaign

More than 1.5 million volunteers were involved in the huge operation


Volunteers in India planted more than 66 million trees in just 12 hours in a record-breaking environmental drive.

About 1.5 million people were involved in the huge plantation campaign, in which saplings were placed along the Narmada river in the state of Madhya Pradesh throughout Sunday.

India committed under the Paris Agreement to increasing its forests by five million hectares before 2030 to combat climate change.

Last year volunteers in Uttar Pradesh state set a world record by planting more than 50 million trees in one day.

Observers from Guinness World Records also monitored Sunday’s plantation and are expected to confirm in the coming weeks that the effort set a new high.

The campaign was organised by the Madhya Pradesh government, with 24 distracts of the Narmada river basin chosen as planting sites to increase the saplings’ chances of survival. Volunteers planted more than 20 different species of trees.

Shivraj Singh Chouhan, the state’s chief minister, described the efforts as a “historic day”.

He said volunteers including children and the elderly had planted 66.3 million saplings between 7am and 7pm, adding in a tweet: “By planting trees we are not only serving Madhya Pradesh but the world at large.”

India is the world’s third largest generator of carbon emissions. Prime Minister Narendra Modi last month reaffirmed his country’s commitment to the Paris climate accord after the US withdrew from the deal.

“The protection of the environment and the mother planet is an article of faith,” he said at a joint press conference with French President Emmanuel Macron.

Fonte: The Independent










Quanto vale e arborização urbana das regiões metropolitanas?



Pedestrians walk past illuminated trees on a rainy night in Tokyo. Thomas Peter/Reuters


How Much Are Trees Worth to Megacities?


Leafy infrastructure saves bustling metropolises about $505 million each year, according to new research.

Jessica Leigh Hester


In a metropolis teeming with shuffling crowds, cranes and high-rises shouldn’t be the only things reaching skywards. Megacities—those urban centers crammed with more than 10 million people—would be well served to double down on their arboreal assets, according to a new paper in the upcoming issue of the journal Ecological Modeling.

A team of researchers led by Theodore Endreny of SUNY’s College of Environmental Studies and Forestry sought to quantify how leafy infrastructure pays dividends in 10 chock-full cities—and the extent to which the benefits could compound if those areas went greener.

To estimate the existing tree cover in Beijing, Buenos Aires, Cairo, Istanbul, London, L.A., Mexico City, Moscow, Mumbai, and Tokyo, the researchers adapted the i-Tree model, which was developed by the U.S. Forest service in 2006. i-Tree employs aerial photography to gauge the dollar value and environmental payoff of the urban canopy. To date, it’s only been used to snap a birds-eye-view of the canopy across U.S. cities (past analyses have zoomed in on L.A. and Austin).

In order to assume a more global perspective, the researchers spent several months crunching the numbers for London to arrive at estimates of trees’ contributions to air pollution removed, stormwater runoff avoided, energy left unguzzled, and carbon sequestered. Researchers then scaled these estimates and units for the various cities.

For each location, the researchers surveyed 500 randomly selected points, and characterized them according to their potential for leafy benefits. Each plot was categorized as existing tree cover, potential canopy—including spots currently serving as parking lots, plazas, or sidewalks—or surfaces that didn’t lend themselves to trees.

It likely comes as no surprise that overall tree cover in these bustling areas was just a sliver of the global average—39 square meters per capita, compared to 7,800. The density of the urban canopy varies widely among megacities, too. In Cairo, only 8.1 percent of the land is flecked with trees; in Moscow, 36 percent of the land is leafy. (Among the megacities, the median was 20.9 percent.) All told, Tokyo has the highest tree canopy cover per person.

Many of trees’ benevolent effects are general and constant: They help mitigate the heat-island effect, for example, and curb pollution. But the more specific benefits dispersed by trees vary from place to place. According to the researchers’ model, Cairo—which has little precipitation to begin with—didn’t reap a particular benefit in terms of stormwater remediation, for instance. Likewise, Mumbai, which has lower energy expenditures relative to the other megacities, didn’t recoup much in that realm. Meanwhile, owing to its extended growing season, L.A. accrued the most benefit from CO2 sequestration.

Across the 10 megacities in question, the researchers estimated an annual median payoff of $505 million, including:
  • $482 million per year in decreased air pollution (predominantly from smaller particulate matter, a byproduct of combustion and diesel engines)
  • A benefit of $11 million annually through improved stormwater remediation
  • A half-million saved in heating and cooling costs
  • $8 million in C02 sequestration

Of course, these are simply estimates—but the researchers argue that they’re an appealing alternative to the costly, time-consuming prospect of collecting boots-on-the-ground data. While the scalable model slices through bureaucratic slog, the researchers also acknowledge drawbacks. For instance: The data doesn’t account for differences across ecosystems, such as varied seasons or site-specific pollutants and species.

The researchers conclude that the payoffs of green infrastructure track closely with density—which is to say that megacities have a lot to gain. Endreny and his collaborators call for city stakeholders to build out their tree canopies. The researchers found that the 10 cities had a median tree cover of 611 square kilometers, and a potential additional tree cover of 455 square kilometers. Endreny and company argue that rededicating parking lots and other available surfaces to trees could nearly double the benefits that the existing leafy residents confer.

Going greener is sometimes easier said than done. Areas that are strapped for space may wrestle with questions about the best use for each square foot. But branch-and-bud infrastructure doesn’t have to come at the expense of other projects, Endreny says—trees could cluster in pedestrian plazas, or flank sidewalks.

Moreover, past projects have demonstrated that even within a city that has sprouted green initiatives, copses are sparser in some neighborhoods than others, meaning that residents don’t draw equal benefits. To maximize the benefits of a robust urban canopy, “cities will need participation along the lines of public-private partnerships and citizen advocacy, as well as innovations from city planners, environmental engineers, and landscape architects as they redouble their efforts to increase the extent and health of the urban forest,” Endreny says. Still, even if various actors share a common vision, it takes a while for maximum benefits to take root. Endreny adds that trees’ benefits are proportional to their size, leaf area, and length of the growing season, meaning that saplings—while cheaper to plant and crucial to ensuring “future generations of trees”—aren’t quite the powerhouses that more mature trees are.

Hanging a dollar sign from a tree branch won’t immediately resolve debates about the best ways to marry density and green initiatives—but quantifying the ecological and financial savings that the urban canopy promises could be a crucial step toward megacities that are crowded with both buildings and tree trunks.



Fonte: City Lab



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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Restauração Ecológica pode gerar retornos econômicos de US$ 23 bilhões nos próximos 50 anos na America Latina







Em todo o mundo, mais de dois bilhões de hectares de terra degradada oferecem oportunidades de restauração – uma extensão maior que a América do Sul. Grande parte está em áreas tropicais e temperadas. Na América Latina e no Caribe, os governos e as partes comprometeram-se a restaurar 20 milhões de hectares como parte da Iniciativa 20×20. Trata-se de um sub-compromisso no âmbito do Desafio de Bonn, que propõe a restauração de mais de 150 milhões de hectares de áreas degradadas até 2020. A boa notícia é que esse esforço pode render dividendos.

“Investir na restauração ecológica faz sentido do ponto de vista econômico e também ecológico”, afirmou Bethanie Walder, diretora executiva da Society for Ecological Restoration. O World Resources Institute (WRI) estima que os US $ 1,15 bilhão já destinados à Iniciativa 20×20 poderiam resultar em retornos econômicos de US $ 23 bilhões nos próximos 50 anos. Isso equivale a cerca de 10% do valor das exportações de alimentos na região. Além disso, este programa poderia sequestrar quase 5 gigatoneladas de CO2 durante esse mesmo período.

“Restaurar 12 milhões de hectares de terras florestais desmatadas e degradadas até 2030, através da restauração florestal, reflorestamento e regeneração natural são um caminho para o Brasil alcançar grandes reduções nas emissões para o Acordo de Clima de Paris”, disse Rachel Biderman, Diretora Executiva da WRI Brasil. Restaurar essas áreas também ajudará a mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Com esses compromissos, o Brasil se juntou a muitas outras nações para se comprometer a participar da Iniciativa 20×20 como parte do Desafio de Bonn.

Para debater como esses desafios podem ser superados, especialistas do mundo inteiro se reúnem em Foz do Iguaçu entre os dias 27 de agosto e 1º de setembro para a 7ª Conferência Mundial sobre Restauração Ecológica. Organizado pela Sociedade Brasileira para a Restauração Ecológica (SOBRE), a Sociedade Internacional para a Restauração Ecológica (SER) e a Sociedade Ibero-Americana e do Caribe para a Restauração Ecológica (SIACRE), este evento bienal é o maior encontro mundial de cientistas, profissionais, decisores políticos e estudantes que trabalham no campo da restauração. Mais de 1.000 participantes de 60 países diferentes já se inscreveram.

Grande parte da conferência se concentrará na consecução desses objetivos internacionais, através da “Conexão de Ciência e Prática para um Mundo Melhor”. A conferência inclui nove aulas magistrais de cientistas de renome mundial, 78 simpósios e oficinas, mais de 500 palestras adicionais, 5 cursos de treinamento e outras oportunidades de trabalho em rede e compartilhamento de conhecimento e experiência. O evento ajudará a construir a capacidade técnica necessária para projetos de restauração em diferentes escalas e em diferentes países.

“No momento em que o Brasil está passando por uma das maiores crises políticas e econômicas e ameaças associadas à legislação ambiental, incluindo propostas para reduzir áreas protegidas, e as responsabilidades geradas pelo desastre de Mariana, a realização de um evento dessa magnitude no Brasil apoia os muitos cidadãos brasileiros que trabalham ativamente e promovem iniciativas nacionais para construir um futuro melhor “, diz Vera Lex Engel, presidente da conferência.

Nos últimos 20 anos, a restauração ecológica tornou-se uma ferramenta importante para reverter parcial ou totalmente a perda de biodiversidade e serviços ecossistêmicos. À luz disso, alguns dos principais acordos e objetivos ambientais do mundo, como o Acordo de Paris e os Metas Aichi da Convenção sobre a Diversidade Biológica, exigem a restauração ecológica como uma abordagem importante para proteger e melhorar a biodiversidade, garantindo a segurança da comida e da água e enfrentando outras ameaças ambientais globais.

De acordo com a Sociedade para a Restauração Ecológica, a restauração é “o processo de ajuda à recuperação de um ecossistema degradado, danificado ou destruído”. Ou seja, sua intenção é devolver um ecossistema à sua condição natural e trajetória natural, inclusive no contexto das mudanças climáticas. Como tal, a restauração inclui atividades que não sejam o reflorestamento, a fim de proteger e restaurar a biodiversidade, a água e a segurança alimentar.


Para mais informações: http://ser2017.org/pt/

Fonte: Revista Amazônia














SAÚDE EM NITERÓI: Inaugurada a unidade do Médico de Família na Ponta da Areia



Mais saúde na Ponta D'Areia!

Foi inaugurada ontem mais uma unidade da rede básica de saúde em Niterói, dessa vez na Ponta D'Areia! Serão cerca de 4,5 mil pessoas beneficiadas por uma equipe composta por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde.

O módulo é composto de quatro consultórios, todos com mesa ginecológica, salas de pré consulta, vacina, nebulização, curativo, coleta de sangue, farmácia, arquivo e sala de grupo para atividades de gestantes, hipertensão e diabetes, idosos, entre outros. 

Essa é mais uma conquista na área da saúde, que avançou muito nos últimos anos com a reabertura do Getulinho, a reforma e ampliação do Mário Monteiro e a abertura e reforma de unidades básicas de saúde e policlínicas regionais.

A Prefeitura de Niterói vai continuar investindo na melhoria das unidades de saúde do município para que os niteroiense podem viver mais e melhor!



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Ponta da Areia ganha unidade do Médico de Família








29/08/2017 – A partir desta terça-feira (29/08) moradores do bairro da Ponta da Areia já podem contar com o atendimento de uma unidade do Programa Médico de Família. O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, inaugurou o módulo Maria Tereza Barbosa Rangel, batizado em homenagem a uma das moradoras ícones do bairro: a Vó Tereza, que por mais de 80 anos foi parteira e benzedeira. Cerca de 4,5 mil pessoas receberão assistência na unidade que conta com uma equipe composta por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde.

“Tenho muito orgulho em estar aqui hoje e entregar uma unidade do Médico de Família na Ponta da Areia. Já entregamos obras e melhorias importantes no bairro, como o campo de grama sintética, abrigos para os pontos de ônibus, recapeamento de ruas, reforma na escadaria e na quadra do Morro da Penha, mas nós, que somos pais, sabemos a necessidade de ter um posto médico perto de casa. Esse módulo beneficiará muito todos os moradores, principalmente os que mais precisam”, afirmou.

A secretária de Saúde, Maria Célia Vasconcellos, explicou a importância de uma unidade como essa para população.

“A unidade não é um simples consultório, é um modulo do Médico de Família que tem a função de promover saúde, evitar que as pessoas adoeçam e acompanhar os pacientes quando precisam. É um serviço complexo e de excelência. Essa é uma demanda antiga dos moradores e que está sendo atendida pelo prefeito”, concluiu.

O novo módulo do Médico de Família possui quatro consultórios, todos com mesa ginecológica, salas de pré consulta, vacina, nebulização, curativo, coleta de sangue, farmácia, arquivo e sala de grupo para atividades de gestantes, hipertensão e diabetes, idosos, entre outros.

Moradora do local há mais de 20 anos, Maria Aparecida Otaviano Moradora conta que está ansiosa para ser atendida na unidade, assim como seus vizinhos.

“Quero ser uma das primeiras a receber atendimento, estamos todos muito felizes com essa realização. Ter uma unidade de saúde próxima de casa é maravilhoso, só temos a agradecer”, declara Maria que estava acompanhada da sua filha e neta, também alegres com a inauguração.

Unidade homenageia moradora que foi parteira

O nome escolhido para batizar o módulo é uma homenagem a uma das moradoras mais antigas do bairro: Maria Tereza Barbosa Rangel, a Vó Tereza, que viveu mais de 80 anos na comunidade do Morro da Penha, era parteira, benzedeira e muito por todos no bairro.

Doméstica, analfabeta e mãe solteira de sete filhos, Vó Tereza sempre foi muito guerreira. Mesmo com toda dificuldade era caridosa e buscava sempre ajudar as pessoas do local. Maria Tereza faleceu em 2015 aos 101 anos.

De acordo com um dos netos da Vó Tereza, Welington Barbosa Rangel, de 47 anos, a família ficou honrada com a homenagem prestada pela Prefeitura.

“Quando recebemos a notícia que a unidade teria o nome dela ficamos muito felizes. Durante a sua vida ela sempre fez o bem, acolhia as pessoas que precisavam de abrigo e era referência como parteira e rezadeira no bairro. Agora quem passar por aqui vai olhar e lembrar um pouco daquela senhora que sempre praticou boas ações para a comunidade”, contou Welington, emocionado ao ver a placa com o nome da avó.

Fonte: Prefeitura de Niterói





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LEIA TAMBÉM:

MÉDICO DE FAMÍLIA: Ponta da Areia ganha unidade de saúde








Convênio Niterói Mais Segura será assinado em setembro



Modelo de policiamento é similar à Operação Segurança Presente, implantada em áreas do Rio de Janeiro. Foto: Evelen Gouvêa



Programa, que vai começar pelo Centro, Icaraí e Fonseca, vai disponibilizar um efetivo extra de 200 homens

Uma reunião no início da tarde desta terça-feira (29) entre o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, o secretário estadual da Casa Civil, Christino Áureo, o secretário de Governo, Affonso Monnerat, o comandante-geral da Polícia Militar Wolney Dias e coordenadores da área de segurança de Niterói selou os termos do convênio para a implantação do programa Niterói Mais Segura, modelo de policiamento similar à Operação Segurança Presente, implantada em áreas do Rio de Janeiro como Lapa, Lagoa Rodrigo de Freitas, Aterro do Flamengo, Méier e Centro.

A assinatura do convênio, que se iniciará na cidade pelos bairros do Centro, Icaraí e Alameda São Boaventura, deverá ocorrer no próximo mês e disponibilizará um efetivo extra de 200 homens por dia nas ruas do município.

“Nós alinhamos os termos do convênio para a implantação do programa em Niterói. Num primeiro momento, estas três regiões serão beneficiadas, mas há possibilidade de ampliarmos para outros bairros. Com a implantação desse contingente, nós também liberaremos efetivos do batalhão para aumentar as ações de policiamento ostensivo em outras regiões da cidade”, disse Neves.

O prefeito também lembrou da participação do Município nessas ações:

“Nos últimos três anos a prefeitura de Niterói vem cooperando e apoiando as forças de segurança do Estado com expressivos investimentos. Num contexto de crise, essa cooperação é determinante para prestar serviços à sociedade e garantir a estabilização dos índices de criminalidade e o retorno da sensação de segurança. As equipes trabalharam de maneira sinérgica e célere, o que torna possível o início das atividades agora em setembro”.

Christino Áureo elogiou a postura do prefeito Rodrigo Neves em estabelecer parcerias e auxiliar o Estado.

“O município de Niterói mostra que essa ideia de que segurança pública não é uma questão única de nível de governo nem exclusiva da polícia. Ao apoiar as forças de segurança, a Prefeitura de Niterói reforça a perspectiva de aumento de policiamento e se soma ao que a prefeitura vem conseguindo adicionar à cidade, aumentando a qualidade de vida, garantindo seus avanços. Para isso, segurança é fundamental”, afirma Áureo.

Proeis – A Prefeitura de Niterói vem, entre outras medidas, reforçando a segurança no município através do pagamento do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis).

Somente nesta semana, a prefeitura informou que Niterói já contabilizou nas ruas do município 106 policiais militares. Eles são oriundos de diversos batalhões do Estado. No início do mês, a média de profissionais atuando na cidade foi de 78 a 97 PMs.

O programa é custeado integralmente pela prefeitura, através de convênio firmado com a PM, e disponibiliza 150 vagas diárias para que PMs, até mesmo de outros batalhões, realizem patrulhamento pelas ruas do município em seus horários de folga.

Esses PMs estão atuando em diversos locais da cidade, que foram identificados pela mancha criminal da polícia como os locais que mais demandam atenção, como Avenida Sete de Setembro, Avenida Amaral Peixoto, Estação das Barcas, Terminal Rodoviário João Goulart, Lopes Trovão, Coronel Moreira César, Rua da Conceição, Largo da Batalha, Vital Brazil, entre outros.









terça-feira, 29 de agosto de 2017

NITERÓI CONTRA QUEIMADAS: Defesa Civil de Niterói formou mais uma turma de voluntários



A Defesa Civil de Niterói formou mais uma turma de voluntários para atuar no Programa Niterói Contra Queimadas.

Desde 2014, a Defesa Civil de Niterói vem formando turmas de voluntários, preparados para atuar em apoio ao esforço de prevenção às queimadas, principal causa de perda de vegetação no município e principal ameaça às áreas protegidas (parques etc.) e às áreas de reflorestamento.

No último fim-de-semana, aconteceu a atividade de conclusão da terceira turma do curso "NUDEC Queimadas - Módulo 2", que contou com 28 participantes.

NUDEC

NUDECs são os Núcleos de Defesa Civil, constituídos por voluntários das comunidades que requerem a sua constituição à Defesa Civil. O órgão oferece o curso de treinamento para que estas pessoas estejam habilitadas para desenvolver atividades de planejamento (exemplo: apoiar a Defesa Civil na constituição de rotas de evasão de áreas em risco) e diagnóstico de situações especiais de resgate, mapeando por exemplo, residências com idosos, deficientes físicos, pessoas com dificuldade de locomoção, enfermos etc.

Nas situações de contingência, os membros dos NUDECs estão capacitados para dar as primeiras orientações à população até a chegada dos profissionais da Defesa Civil.

NUDEC Queimadas

O trabalho realizado pelos voluntários em apoio à Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros é atuar em programas educativos de prevenção às queimadas, principalmente nos bairros e comunidades onde há maior ocorrência de incêndios em vegetação. Também ajudam a monitorar a prática criminosa de soltar balões, informando a ocorrência e o deslocamento destes pelo céu. É sempre bom lembrar que balões e a queima ilegal de lixo são as principais causas de queimadas na cidade. Desenvolvem também outras atividades de apoio em situações de emergência, durante incêndios.

Fica aqui o nosso agradecimento a todos os voluntários e à equipe da Defesa Civil pela dedicação ao treinamento e por doar tempo e muita disposição em defesa das matas da cidade e do patrimônio que é das atuais e futuras gerações.

Axel Grael
Secretário Executivo
Prefeitura de Niterói


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Veja algumas fotos do treinamento ocorrido no último fim-de-semana:



Participantes da terceira turma de voluntários do programa Niterói Contra Queimadas.

Deslocando-se pelo Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET)

Vista noturna do alto do Morro das Andorinhas, entre Itaipu e Itacoatiara, onde os alunos passaram a noite participando de treinamentos.

Atividades.

Na madrugada, guerreiros exaustos.

Vista do alto do Morro das Andorinhas para o nascer do sol na Praia de Itacoatiara.

Vista do Morro das Andorinhas.

Início da Trilha do Morro das Andorinhas, Parque Estadual da Serra da Tiririca..



Conteúdo do curso NUDEC Queimadas - Defesa Civil de Niterói

Capacitação de voluntários para o Núcleo de Defesa Civil (NUDEC) do município de Niterói.

Ementa do NUDEC:
  • Noções Básicas de Proteção e Defesa Civil
  • Política e Gestão do Serviço Voluntário
  • Noções Básicas de Preservação Ambiental
  • Noções Básicas de Meteorologia
  • Noções Básicas de Análise de Riscos Geológicos e Estruturais
  • Acidentes Domésticos e Noções Básicas de Combate ao Incêndio
  • Suporte Básico de Vida
  • Aula prática (Análise de Risco em campo)
Carga horária: 12h

Ementa NUDEC Queimadas - módulo I:
  • Política e Gestão do Serviço do Voluntário
  • Noções Básicas de Proteção e Defesa Civil
  • Primeiros Socorros I – Teoria e Prática
  • Sistema do Meio Ambiente
  • Geografia de Niterói
  • Meteorologia aplicada às Queimadas
  • Aspectos Nocivos das Queimadas e Incêndios
  • Operações do Corpo de Bombeiros nas Queimadas
  • Aula prática (Trilha, Primeiros Socorros e Rapel)
Carga horária: 20h

Ementa NUDEC Queimadas - módulo II (*pré-requisito: mód. I): 
  • Plano de Contingência para Queimadas
  • Combate ao Incêndio (Teoria e Prática)
  • Primeiros Socorros II (Teoria e Prática)
  • Preservação Ambiental
  • Atuação da Polícia Militar em Situações de Queimadas
  • Aula prática (Trilha Noturna, Orientação Cartográfica e Utilização de Bússola)
Carga horária: 20h

*Em todos os cursos são emitidos certificados.

Com a premissa de atingir as metas do Marco de Sendai 2015 à 2030 – Tornar as cidades Resilientes, a Secretaria Municipal de Defesa Civil de Niterói percebe a necessidade de instruir a população niteroiense com informações básicas pertinentes a sua área de atuação, implantando os NUDECs, “Núcleos de Defesa Civil”, com o objetivo de:
  • despertar a mentalidade coletiva da preservação do meio ambiente,
  • da proteção de vidas e bens,
  • dar noções de saúde, higiene,
  • ensinamentos básicos de prevenção contra incêndio,
  • evasão de local sinistrado,
  • cidadania,
  • noções de primeiros socorros,
  • além de desenvolver na comunidade a ideia de defesa civil e proteção comunitária, com o objetivo de minimizar os riscos de acidentes e dos danos, transformando-os em agentes multiplicadores da Defesa Civil.



Assista também aos vídeos:

https://www.facebook.com/defesacivilniteroi/videos/685675771638849/
https://www.facebook.com/defesacivilniteroi/videos/685524944987265/
https://www.facebook.com/defesacivilniteroi/videos/685511794988580/
https://www.facebook.com/defesacivilniteroi/videos/685500931656333/
https://www.facebook.com/defesacivilniteroi/videos/685504688322624/









Restinga de Itacoatiara passará por revitalização



Após a aprovação do Projeto Executivo de Restauração e Conservação, por parte do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), daremos início ao trabalho de melhorias na Restinga de Itacoatiara. Além da poda das árvores, será realizada a remoção de galhos altos e das plantas invasoras.

Plantas nativas vão ser replantadas e também será realizado um modelo de cerca. Estive lá no último domingo com minha família curtindo a natureza e fiquei muito feliz por podermos atuar para preservar cada vez mais o local!


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Restinga de Itacoatiara passará por revitalização

Além de resolver problemas ambientais, prefeitura vai melhorar a vista. Foto: Evelen Gouvêa.




Mateus Machado

A partir de setembro, restinga passará por poda e terá replantio de vegetação nativa. Espécies invasoras serão retiradas

Após a aprovação do Projeto Executivo de Restauração e Conservação, por parte do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (Seconser) da Prefeitura de Niterói dará início, partir de setembro, à revitalização da Restinga de Itacoatiara.

Além da poda das árvores, serão realizadas a remoção de galhos altos ou que formam túneis, a remoção das plantas invasoras, o replantio de plantas nativas e também será realizado um modelo de cerca, já que esta não é suficiente para conter invasões ou despejo de lixo.

Segundo a presidente da Sociedade de Amigos e Moradores de Itacoatiara (Soami), Fernanda Atarian, esta poderá ser a grande oportunidade para a melhoria do local:

“A união entre Prefeitura, Inea e associação de moradores é essencial para que possamos avançar no cuidado com o espaço público. Além de resolver os problemas ambientais, como a sujeira presente na via, a vista da praia, que é internacionalmente reconhecida, ficará muito melhor.”, relata.

Em nota, a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (Seconser) informa que o projeto de conservação é realizado anualmente pela prefeitura. Assim como no ano passado, em setembro será realizado o plantio de espécies nativas na restinga, a partir do programa Verdes Notáveis.

Atuação anterior - As equipes da Seconser e da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin), contudo, já atuavam periodicamente no local, realizando o que era possível. Há três semanas, de 11 a 14 de junho, dez homens do departamento de Parques e Jardins, ligado a Seconser, sob a coordenação da bióloga Carla Mendes, retiraram espécies invasoras, além de reparar a cerca em alguns pontos.

Segundo Fernanda, uma verba anterior já havia sido liberada pelo BNDES especificamente para a restinga de Itacoatiara, que foi utilizada na confecção de placas de sinalização para a praia e na cerca para proteger a vegetação.

A Soami mantém um convênio com a Prefeitura e a Companhia de Limpeza de Niterói (Clin) para a realização de ações de conservação da Restinga desde 2006. Como resultado, segundo a Soami, já existem trechos de espécies locais rebrotando ou se expandido na praia.

No entanto, há moradores que reclamam sobre o estado atual da restinga. Já tendo sido palco de grandes eventos, o cenário da Praia precisa, segundo alguns, de mais cuidados.
O publicitário Carlos Menezes, de 40 anos, relata um pouco dos problemas encontrados no local:

“Infelizmente, a restinga acaba sendo usada como banheiro público. A iluminação dos postes é falha e existe risco real da segurança”, destaca.
Já o empresário Ricardo Alonso, de 65 anos, comenta algumas situações já passadas no local.

“Um turista veio na região e ficou muito frustrado. Muitas pessoas não conseguem ver a vista por causa da altura da restinga. Moradores de rua dormem no local”, enumerou.

Fonte: O Fluminense











NITERÓI RESILIENTE: Prevenção de desastres nas Escolas Municipais de Niterói





 


Na sexta-feira (04.08) a Secretaria Municipal de Defesa Civil de Niterói realizou mais um simulado de Evacuação na Escola Municipal Professora Lucia Maria Silveira Rocha em Jurujuba.

O simulado faz parte do projeto “Defesa Civil nas escolas” e encerra um ciclo de oito encontros com os alunos do 5 º ano da escola. Os alunos tiveram disciplinas de Noções Básicas de Defesa Civil, Prevenção de Incêndio, Prevenção de Acidentes Domésticos, Primeiros Socorros, Meio Ambiente, Análise de Risco Geológico, Meteorologia e Rota de Fuga na escola. No total foram 53 alunos capacitados para ajudar o colégio na necessidade de evacuação das salas.

O projeto teve início em 2014 e desde então formou 869 alunos da rede municipal de ensino. A ideia é que as crianças estejam capacitadas a agirem em casos de riscos ambientais em suas comunidades e sejam multiplicadores do trabalho da Defesa Civil.

A iniciativa é prevista em lei federal que determina que noções de defesa civil e meio ambiente sejam transmitidas para alunos do Ensino Fundamental. “ O trabalho com crianças é uma ação de médio a longo prazo. Capacitando e mostrando aos jovens o que é a defesa civil, faz com que eles saibam quais ações devem ser tomadas em caso de risco. ” Afirma Major Walace Medeiros, subsecretário da Defesa Civil de Niterói.

A Secretaria irá realizar o projeto em mais 8 escolas até o final de 2017.

Fonte: Defesa Civil de Niterói












Não se adaptar às mudanças climáticas sairá no mínimo cinco vezes mais caro





Maria Fernanda Ziegler  |  Agência FAPESP – Como outras cidades costeiras, a cidade de Santos, no litoral paulista, vive uma situação que lembra a fábula da formiga e da cigarra. Com a expectativa de que o nível do mar continue a aumentar nos próximos anos, enfrenta o dilema de se adaptar ao que vem pela frente ou ter que pagar o preço alto de ressacas e inundações cada vez mais frequentes.
A adaptação às mudanças climáticas implica obras caras para o orçamento de um município. No caso de Santos, os valores estão definidos. Um amplo estudo concluiu que o custo mínimo com obras na região da Ponta da Praia de Santos e na Zona Noroeste ficaria em torno de R$ 300 milhões. Já o preço por não se adaptar às mudanças climáticas chegaria, pelo menos, à cifra de R$ 1,5 bilhão, fora todo o sofrimento causado à população.

“Mas esse custo de R$ 1,5 bilhão pode estar subestimado, uma vez que o modelo considera apenas a estrutura física de imóveis e os cálculos são baseados no seu valor venal. Se incluirmos prejuízos em outras áreas, como saúde e educação, por exemplo, o valor chegaria facilmente a R$ 3 bilhões”, disse José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e coordenador do Projeto Metrópole, à Agência FAPESP.

O cálculo faz parte do resultado final do projeto, apoiado pela FAPESP e pelo Belmont Forum, iniciativa internacional que estuda estratégias de adaptação aos impactos das mudanças climáticas em três localidades costeiras: Santos, Selsey (Inglaterra) e o condado de Broward (Flórida, Estados Unidos).

No projeto, que se encerra após quatro anos de estudos, o grupo de pesquisadores do Cemaden, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Instituto Geológico (IG) e das universidades de São Paulo (USP) e Estadual de Campinas (Unicamp) seguiu três eixos de pesquisa: estimativa de perdas econômicas e análise de capacidade adaptativa, modelagem dos extremos climáticos e impactos na saúde. Os cenários consideraram projeções para os anos de 2050 e 2100.

A análise dos impactos na saúde é uma mostra de como os impactos climáticos são amplos, atingindo diversos setores da sociedade. Nela, os pesquisadores calcularam a relação do aumento das temperaturas com a incidência de dengue. Foi observado que, quando há essa conexão, só os gastos com internação e tratamento para pacientes, em Santos, sobem em pelo menos R$ 720 mil.

“A saúde é um fator-chave que afeta diretamente a vida da população, por isso é importante ter esses dados para justificar a necessidade das medidas adaptativas. Colocamos alguns valores, mas se juntarmos todas as doenças relacionadas ao aumento de temperatura e às inundações, que desabrigam pessoas, conseguimos ver o real impacto desse problema na área da saúde”, disse Luiz Eduardo Oliveira e Cruz de Aragão, pesquisador do Inpe e integrante do projeto.

Aragão explica que o estudo de análise de risco e estratégia de adaptação identificou a conexão entre o fenômeno do El Niño e o aumento dos casos de dengue nos verões de 2010 e 2015.
“Já foi levantado que o El Niño causa aumento de temperatura e agora conseguimos relacionar esse aumento de temperatura anômalo com a proliferação dos casos de dengue. É importante essa ligação, pois conseguimos entender os padrões climáticos e suas consequências e quantificar o impacto para a cidade”, disse.

Ciência, poder público e população

Em Santos, o nível relativo do mar tem aumentado em taxas diferentes desde a década de 1940. “Com base em séries históricas, identificamos dois possíveis cenários para a cidade, um mais realista (taxa de elevação do nível relativo do mar de 0,36 cm/ano) e outro, o pior dos cenários (taxa de 0,45 cm/ano). Com base nesses dois cenários, a conclusão foi que o nível do mar pode aumentar entre 18 e 23 centímetros até 2050 e entre 36 e 45 centímetros atéem 2100”, disse Celia Regina de Gouveia Souza, pesquisadora do Instituto Geológico e participante do projeto.

O modelo também considera a ocorrência de eventos extremos, como marés meteorológicas e ressacas – cada vez mais frequentes por causa das mudanças climáticas – que resultam em um rápido aumento do nível do mar.

Segundo Gouveia Souza, que mantém um banco de dados sobre a ocorrência desses eventos extremos na Baixada Santista (1928 a 2016), observou-se um aumento considerável do número de eventos de ressaca por ano e outro aumento no número de anos consecutivos com ressacas, a partir do final da década de 1990.

“A série histórica de dados maregráficos de Santos apontou que o nível máximo atingido durante um desses eventos extremos durante a década de 2000 foi de 146 centímetros. As projeções indicam que ele poderá atingir 160 centímetros em 2050 e 166 centímetros em 2100. Com isso, a cidade ficará ainda mais suscetível e vulnerável às inundações costeiras e a erosão na praia aumentará e migrará na direção do Bairro do Embaré (Canal 4)”, disse a pesquisadora do IG.

Após analisarem os cenários de inundações costeiras para 2050 e 2100 e obterem os danos potenciais sobre os imóveis atingidos, os pesquisadores compartilharam os resultados com a população de Santos e o poder público, para a indicação das melhores medidas de adaptação.

“Nessas discussões com a população é que apareceram as opções de adaptação. Uma delas é a fortificação: construção de muros, diques e melhorar a estrutura. Em outros casos, há medidas como o engordamento da praia. Outra estratégia que vimos como necessária para Santos é a recuperação dos manguezais, que entra na categoria de adaptação baseada em ecossistema”, disse Marengo.

“As medidas escolhidas pela população foram bastante adequadas. Esperamos agora que o projeto continue a ser encampado pela população e pelo poder público. Assim, teremos uma perspectiva bastante positiva de que o cenário sombrio não vai acontecer”, disse Luci Hidalgo Nunes, pesquisadora da Unicamp e participante do projeto.

Santos, onde está o maior porto da América Latina, foi escolhida pelos pesquisadores do Projeto Metrópole como objeto de estudos não só pela relevância econômica, mas também por ser a cidade costeira brasileira com melhor qualidade de dados históricos sobre marés, chuvas, temperatura e ressacas.

“A adaptação, ainda que seja discutida pela ciência e pelos tomadores de decisão, tem que ter uma política. Tem que partir do governo. É uma ação que não pode parar e que, obviamente, tem que ter investimento. A cidade de Santos chegou a um alto nível de conscientização, com um amplo diálogo entre população, tomadores de decisão e academia. As obras devem ser feitas, pois quando isso fica apenas no papel é o pior que pode acontecer”, disse Marengo.


Avanço do mar: os impactos das mudanças climáticas em Santos




Vídeo publicado em 23 de ago de 2017

O Projeto Metrópole apresenta estratégias de adaptação aos impactos das mudanças climáticas em Santos. A pesquisa mostra que o nível do mar pode aumentar entre 18 e 23 cm até 2050 na cidade portuária e o custo da não adaptação às mudanças climáticas é no mínimo cinco vezes maior. O estudo considerou apenas prejuízos imobiliários. Pesquisadores estimam que, se nada for feito, perdas podem dobrar de valor ao se considerar áreas como saúde.


Fonte: Agência FAPESP










Insolação é mais importante do que chuva na produção de folhas na Amazônia





Peter Moon  |  Agência FAPESP – Um aspecto da floresta amazônica que foi por muitas décadas dado como certo é que, com a chegada do período de chuvas, as árvores produzem novas folhas e a mata fica mais verde. Nas florestas temperadas, a maioria dos modelos usados em estudos mostra um decréscimo da fotossíntese na estação seca e cientistas estimavam que o mesmo ocorreria em regiões tropicais.

Mas em 2006 entrou em cena a hipótese de que na Amazônia a produção de novas folhas não seguiria o padrão das florestas temperadas. Argumentou-se que o fator que levaria ao “verdejamento” (greening em inglês) da mata na maior parte da Amazônia não seria a chegada do período das chuvas, mas o aumento da radiação solar.

A hipótese acaba de ser comprovada, como resultado de um estudo feito por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em colaboração com colegas da França, Camarões, Reino Unido, Finlândia e Estados Unidos.

A pesquisa, detalhada em artigo publicado na PLOS ONE, parte da análise de imagens feitas por satélite e de dados de campo para comprovar que na maior parte da Amazônia é o aumento da radiação solar – e não a falta ou fartura de água – o fator determinante para o verdejamento da floresta, como explicam os principais autores, o francês Fabien Hubert Wagner e o carioca Luiz Eduardo Aragão, ambos do Inpe.

O objetivo foi comprovar a possibilidade do uso de dados de satélites para verificar o verdejamento da Amazônia. O estudo foi realizado com apoio da FAPESP e do Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Wagner atualmente recebe apoio da FAPESP por meio de auxílio e bolsa no âmbito do programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes.

“Enquanto os ciclos tropicais são geralmente definidos em termos das estações seca e úmida, conseguimos demonstrar que a variação sazonal na produção visível de folhas é, em grande medida, desencadeada pelo aumento da insolação. Identificamos isso em 70,4% da área estudada”, disse Wagner.

O estudo envolveu os estados do Amazonas, Roraima e Amapá, a parte oeste do Pará, a porção norte da Amazônia peruana, as Amazônias equatoriana, colombiana e venezuelana, Guiana, Guiana Francesa e Suriname.

“Nossa hipótese atual para explicar tal fenômeno é que na maior parte da Amazônia as plantas nunca sofrem de estresse hídrico, pois sempre existe água suficiente, mesmo na estação seca. Logo, na ausência da limitação de água, é o aumento da insolação o fator determinante para o crescimento das folhas”, disse Wagner.

Em compensação, o estudo também apontou que em 29,6% da área analisada é o regime de chuvas que determina a produção de uma nova geração de folhas pelas árvores da floresta. Ou seja, na estação seca as plantas sofrem com o estresse hídrico e param de produzir novas folhas, o que só voltam a fazer com a chegada da estação úmida.

Aí se incluem a porção sul da Amazônia peruana, o norte da Bolívia, os estados do Acre, Rondônia e Mato Grosso, além da porção centro-leste do Pará. “Até hoje ninguém conseguiu fazer esta modelização”, disse Wagner.

Áreas com limitação solar e hídrica

Os resultados foram obtidos estabelecendo-se uma correlação entre os dados mensais de insolação e de precipitação da Amazônia e a expansão ou a retração da mancha verde de floresta que se observa desde o espaço a partir de dois satélites de sensoriamento remoto da Nasa, o Terra e o Aqua, que orbitam o planeta a 705 quilômetros de altitude.

Foram usadas as imagens do índice de vegetação ampliado obtidas pelo sensor Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS), a bordo do Terra e do Aqua.

Os instrumentos mapeiam todo o planeta a cada dois dias, fornecendo dados em escala da dinâmica global, o que inclui, por exemplo, mapas da vegetação global e mudanças na cobertura de nuvens sobre os oceanos e os continentes ou na baixa atmosfera.

As imagens utilizadas cobrem a área compreendida entre as latitudes 10 ºN e 20 ºS, e as longitudes 80 ºO e 40 ºO. Foram analisados dados produzidos entre 2000 e 2012, com uma resolução espacial de 1 km.

As medidas de precipitação, por sua vez, foram fornecidas mensalmente pela missão Tropical Rainfall Measuring (TRMM), um satélite da Nasa e da agência espacial japonesa Jaxa. A TRMM produz estimativas mensais de precipitação para as regiões tropicais e subtropicais do planeta, com resolução de 0,25 grau. Foram analisados dados entre 2000 e 2013.

As temperaturas máximas da Amazônia foram levantadas em uma base de dados do clima global, disponível para o período entre 1901 e 2012. Foram usados ainda os dados mensais de radiação solar na superfície, cobrindo o período entre 2000 e 2012 e com uma resolução espacial de 0,5 graus, estimados pelo sistema Ceres, um instrumento dos satélites Terra e Aqua. Os dados dos satélites Terra e Aqua, bem como da missão TRMM, estão disponíveis numa base de dados on-line de livre acesso.

“Uma importante contribuição do estudo foi conseguir separar as áreas com limitação solar e hídrica”, disse Aragão. Na Amazônia, a estação seca vai de julho a outubro, dependendo da região que se observa.

“Do meio para o fim da estação seca, as plantas já começam a produzir folhas, de modo que atinjam a maior cobertura folicular quando chegam as chuvas, maximizando a fotossíntese. Mas para produzir folhas na estação seca, as plantas precisam ter acesso à água. É o que ocorre em 70% da Amazônia, onde os solos possuem maior capacidade de retenção de água”, disse.

Segundo Aragão, que também é professor associado na University of Exeter, no Reino Unido, o valor da pesquisa é muito maior do que apenas o de estabelecer uma relação estática entre os efeitos da insolação e da chuva no verdejamento da Amazônia.

“A pesquisa permite identificar de que forma o bioma amazônico está reagindo às variações climáticas globais. Os próximos passos incluem tentar replicar esta modelagem para outras áreas de vegetação tropical”, disse.

O artigo Climate drivers of the Amazon forest greening, de Fabien Hubert Wagner, Bruno Hérault, Vivien Rossi, Thomas Hilker, Eduardo Eiji Maeda, Alber Sanchez, Alexei I. Lyapustin, Lênio Soares Galvão, Yujie Wang e Luiz E. O. C. Aragão, pode ser lido em https://doi.org/10.1371/journal.pone.0180932.


Fonte: Agência FAPESP











segunda-feira, 28 de agosto de 2017

FURACÃO HARVEY: veja o volume de água que inundou Houston





Texas flood disaster: Harvey has unloaded 9 trillion gallons of water


Words cannot describe the catastrophic situation unfolding in Houston and Southeast Texas. As daylight dawned this morning, the scope of the devastation began to come into clearer focus, and it will probably take months, if not years, to fully recover from damage of this magnitude.

[Catastrophic flooding ‘beyond anything experienced’ in Houston and ‘expected to worsen’]

The total rainfall from the storm is likely to tally up to a widespread 15 to 30 inches, with a few localized spots picking up 50 inches or more. Many textbooks have the 60-inch mark as a once-in-a-million-year recurrence interval, meaning that if any spots had that amount of rainfall, they would essentially be dealing with a once-in-a-million-year event.


High-resolution NAM model projects an additional 15 to 30 inches of rain in Southeast Texas through Tuesday night. (Pivotal Weather.com)


Regardless of whether we reach that 60-inch benchmark, “it’s fair to say it will produce more rain than we have ever seen before in the U.S. from a tropical system and over the fourth-largest city in the country,” said Eric Fisher, chief meteorologist at WBZ-TV in Boston. “Looking at those two factors, it will likely be an unprecedented flooding disaster affecting a massive number of people. It’s hard, if not impossible, to compare this to any other storm. It may stand alone when all is said and done in terms of rainfall.”





Putting this much rainfall into perspective is challenging; after all, the sheer volume of water is incredibly tough to visualize. Fortunately, we crunched the numbers — here’s how they stack up.

So far, just the rain that has already fallen across the greater Houston area and Southeast Texas tallies to 9 trillion gallons. That’s only what has already come down, and keep in mind that 5 trillion to 10 trillion additional gallons could fall before things wrap up midweek.

The 9 trillion gallons of water dispensed so far is enough to fill the entire Great Salt Lake in Salt Lake City — twice! It would take nine days straight for the Mississippi River to drain into Houston and equal the amount of water already there. If we averaged this amount of water spread equally over the lower 48 states, that’s the equivalent of about 0.17 inches of rain — roughly the height of three pennies stacked atop each other — occupying every square inch of the contiguous United States. Imagine one downpour large enough to cover the entire country!

This amount of water could fill 2.3 percent of the volume of the mountain range containing Mount Everest in Nepal and is enough to occupy 33,906 Empire State Buildings, from basement to penthouse.

But here’s the kicker: Just how unprecedented is this? Well, remember the flooding that New Orleans experienced with Hurricane Katrina? Most places saw about 10 to 20 feet of water thanks to levee failure, inundating about 80 percent of the city. Now, if we took the amount of rainfall that Texas has seen and spread it over the city limits of New Orleans, it would tower to 128 feet in height — roughly reaching as high as a 12-story office building.

Sometimes, there simply aren’t words. This is entirely uncharted territory. For years, many had watched movies like “The Day After Tomorrow” and thought, “Someday …”

Unfortunately, that day is today. Welcome to the future of weather. Stay safe.

Editor’s note: We’ve corrected the number of Empire State Buildings this volume of water could occupy.


Fonte: Washington Post











"DÉFICIT NÃO É UMA SINA", artigo de George Vidor sobre o exemplo da política fiscal de Niterói



Coluna no Globo de 28-8-2017.



Déficit não é uma sina

por George Vidor
28/08/2017 09:22

Falida há poucos anos, Niterói agora colhe frutos e se prepara para gerir bem os royalties do petróleo

A partir deste ano a receita de royalties referente à produção de petróleo do pré-sal na Bacia de Santos se tornará expressiva para alguns municípios. No caso do Estado do Rio, Maricá deverá ser o município com a maior receita de royalties, passando Campos dos Goytacazes e Macaé, que ainda são os campeões por causa da produção da Bacia de Campos. Mas enquanto a Bacia de santos está em ascensão, a de Campos entrou em uma fase de declínio. Niterói começará também a ser beneficiada, mas a prefeitura de lá não quer cometer a asneira feita no passado por outros municípios, que não souberam aproveitar essa oportunidade. Asneira cometida também pelo próprio Estado do Rio, que não estaria na atual situação de penúria se a receita de royalties tivesse sido usada de maneira a proporcionar ganhos mais duradouros.

Não faz muito tempo, Niterói era uma cidade falida. Folhas de pagamento em atraso e dívidas enormes com os prestadores de serviços, especialmente com a empresa contratada para recolher e tratar o lixo urbano. Para saldar esses débitos, a prefeitura levaria doze anos sem poder investir um centavo. A renegociação desses débitos em 2013 e um forte ajuste fiscal permitiram que os gastos municipais diminuíssem e as receitas crescessem, na contramão do próprio Estado. E isso mesmo com a indústria naval, uma das atividades econômicas principais do município, em colapso.

"Não faz muito tempo, Niterói era uma cidade falida".


Niterói era o oitavo e agora é o terceiro município (atrás do Rio e Duque de Caxias) que mais arrecada ICMS no Estado. E tem atraído investimentos em segmentos que estão estagnados, como a construção civil e o comércio varejista – o Shopping Leblon, por exemplo, decidiu se instalar lá ao constatar que tinha um grande e fiel público niteroiense, disposto a cruzar a Baía de Guanabara para frequentar suas lojas.

"Niterói era o oitavo e agora é o terceiro município (atrás do Rio e Duque de Caxias) que mais arrecada ICMS no Estado".



Com as contas já em ordem, o dinheiro dos royalties amortizará parte de dívidas de longo prazo, e formará um fundo, que não chegará a ser nos moldes ideais noruegueses, mas que no futuro diminuirá o valor que o tesouro municipal aporta mensalmente para cobrir gastos com aposentadorias e pensões. E, ainda será usado, de preferência, em investimentos que não pressionem os gastos em custeio mais tarde.

Com uma vista espetacular para o Rio e reunindo o maior número de antigas instalações militares do país, Niterói quer se tornar um polo audiovisual, tendo como ponto de partida o Museu do Filme em um prédio projetado por Oscar Niemeyer (um dos cursos pioneiros em cinema no país nasceu exatamente na Universidade Federal Fluminense). Outro projeto em andamento é realização de um festival de cinema, em uma época do ano que não conflite com o de Gramado ou o de Tiradentes. A vida cultural estimulará também a rede hoteleira e a gastronomia, com a restauração de um mercado municipal (próximo à ponte Rio-Niterói) que pretende reunir as principais iguarias de todos os cantos do Estado do Rio.

"Quando o município poupa e investe, a atividade econômica responde à altura".


A experiência de ajuste fiscal e o uso adequado dos royalties foram estendidos para a parte do consórcio de municípios do leste fluminense. A tecnologia da informação tem ferramentas capazes de permitir que as prefeituras aprimorem seus sistemas de controle de gastos e arrecadação. O déficit não é uma condição inerente ao setor público. Quando o município poupa e investe, a atividade econômica responde à altura. O prefeito de Niterói, Rodrigues Neves, no segundo mandato, gosta de repetir a frase que Eduardo Paes gostava de dizer quando prefeito do Rio: é o homem mais feliz do mundo na função que hoje exerce. Mas política é sempre uma coisa imprevisível...

Foi, não é mais

O Rio ainda é visto como uma cidade de funcionários públicos, mas no total de empregos formais, com carteira assina ou vínculo empregatício, a proporção de pessoas trabalhando no setor privado (81%) é bem próxima da que existe em São Paulo (82%) e supera a de Belo Horizonte (76%).

Ainda se tratando do mercado formal de trabalho, o salário médio no Rio em São Paulo se equivalem. Uma outra curiosidade: a massa de salários recebido pelas 177 mil pessoas empregadas na indústria de transformação é ligeiramente superior à que o comércio para seus 417 mil empregados formais na cidade, isso porque o salário médio do setor (que não inclui a atividade do petróleo) é mais que o dobro do outro.

Ainda assim, as diferenças sociais são chocantes e o ambiente se insegurança pública ofusca o que a economia carioca tem de bom. Para estimular pesquisadores ou mesmo estudantes a escrever teses e dissertações sobre o tema, o Instituto Pereira Passos, da prefeitura, está reeditando o prêmio Maurício de Almeida Abreu, com inscrições abertas até o dia 20 de setembro.

Uma dica importante para quem se interessar: o Ministério Público estadual criou há dois meses um portal na internet com um manancial de informações, que chega a detalhes sobre os municípios fluminense e de cada região do Rio. Lá se pode verificar, por exemplo, que a mancha da criminalidade se concentra em algumas áreas das Zonas Norte e Oeste, mas a mancha de violência contra mulher tem outro desenho e avança também pelas regiões mais ricas da cidade. O portal está em fase de construção e a cada dia reúne mais informações capazes de orientar a atividade dos procuradores e promotores, mas está aberto ao público em geral. O prêmio que o IPP vai conceder não se resumirá a teses e dissertações sobre a cidade do Rio de Janeiro; trabalhos relativos à região metropolitana poderão também concorrer.


Fonte: Coluna George Vidor












Vela terá plataforma de monitoramento visando aos Jogos de 2020



Confederação vai acompanhar de perto os velejadores e formará rede de informações com dados mais precisos

Marcio Dolzan / RIO, O Estado de S. Paulo
24 Agosto 2017 | 07h03

Esporte que mais trouxe medalhas de ouro olímpicas ao País, a vela está ganhando um aliado importante visando pódios nos Jogos de Tóquio-2020: uma plataforma para gestão de informação e acompanhamento de atletas brasileiros. A intenção da Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é monitorar velejadores com potencial olímpico e formar, ao mesmo tempo, uma grande rede de informações com dados que vão desde locais de disputas até regulagem de barcos.

Batizado de Sailing Solutions, o software foi desenvolvido sob medida para a CBVela a partir de um programa que já era utilizado pelo técnico espanhol Javier Torres, que treina as campeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze.


Cristina Gil, Daniel Santiago e Walter Böddener durante apresentação do software Sailing Solutions, da CBVela. Foto: Fabio Motta/Estadão


“O grande objetivo dessa plataforma é gerir o conhecimento em quatro grandes pilares: acompanhar a preparação detalhada dos atletas que a gente identifica como destaques, ter gestão de informação das áreas de competição, ter gestão de informação das classes olímpicas e uniformizar o planejamento dos velejadores”, explica Daniel Santiago, diretor executivo da confederação.

Santiago ressalta que a plataforma não será um simples banco de dados, mas um programa voltado a velejadores de ponta – inclusive no que diz respeito a sua formação. “Esse sistema está ligado a um programa de desenvolvimento individual de atletas”, diz o diretor. “Nem sempre quem ganha um campeonato é o melhor velejador.”

O programa permitirá que atletas e técnicos insiram dados como programação de treinos e de disputas, além de informar questões técnicas, como regulagem dos barcos e condições de ventos nas regatas disputadas. Isso permitirá que a CBVela saiba, por exemplo, o que os atletas do País poderão encontrar em disputas futuras. O melhor exemplo é a própria Olimpíada de Tóquio, já que competições no Japão não são das mais comuns.

“A vela é um esporte que lida com uma série de variáveis – tem regulagem do barco, condição local, o jeito de velejar. Uns são melhores largando, outros na tática de regata”, comenta Daniel Santiago. “Isso ficava muito na percepção dos treinadores, sem que fosse organizado e mapeado de maneira profissional, que nos desse gestão do conhecimento.”

O programa será lançado no próximo dia 5, em Recife, durante a Copa da Juventude – principal competição nacional da vela jovem. Um treinamento será dado para técnicos que têm programas de treinamento definidos. Técnicos da seleção brasileira também já estão sendo preparados.

A intenção da CBVela é que nos próximos anos a inserção de dados se torne obrigatória por parte dos treinadores e principais atletas do país – estima-se que o número fique entre 250 e 300 profissionais. “O programa junta muito conhecimento e muita ciência. Hoje, não tem como desacoplar ciência do esporte. Questões envolvendo preparador físico, nutricionista, fisiologista, essas informações vão estar todas inseridas”, destaca Walter Böddener, um dos técnicos da CBVela.

Quem inserir os dados terá acesso a informações que ajudarão no desenvolvimento da própria preparação. Mas a gestão total dos dados ficará restrita a praticamente uma pessoa: o medalhista olímpico Torben Grael, que é coordenador técnico da CBVela. “Os acessos são por nível de informação. O Torben vai ter o login máster e vai poder olhar todos os atletas do Brasil, regulagens e afins. Outros técnicos não vão ter essa informação”, ressalta Daniel Santiago.

Financiamento. O projeto custou US$ 60 mil (R$ 190 mil), valor que não precisou ser desembolsado pela confederação. “O Comitê Olímpico Internacional (COI) tem uma comissão, que é a Solidariedade Olímpica Internacional. Ela busca apoiar ideias, projetos, com os comitês nacionais, para o desenvolvimento esportivo, tanto de atletas quanto de treinadores”, explica Cristina Gil, Gestora de Alto Rendimento do Comitê Olímpico do Brasil (COB). “Apresentamos o projeto, ele passou pelo aval da Federação Internacional de Vela e foi aprovado no programa de projetos especiais da Solidariedade Olímpica.”

O valor foi utilizado para a compra do servidor, licenças, pagamento de coordenadores, capacitação e customização do software. Até os Jogos de Tóquio-2020, o COI bancará os custos anualmente.

NÚMEROS

O Brasil tem hoje cerca de 3.200 velejadores em atividade
Cerca de 320 atletas de Vela Jovem (até 18 anos)
16 atletas na Equipe Brasileira de Vela
10 classes olímpicas
10 classes pan-americanas
10 classes jovens

Fonte: Estadão


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