Tiro com arco é uma das modalidades dos Jogos Pan-Americanos, que serão disputados em julho (Tânia Rêgo/Agência Brasil). |
A Seleção Brasileira de Tiro com Arco recebeu esta semana um reforço do Baixo Rio Negro, no Amazonas. Foi convocado para treinar o índio Dream Braga, de 18 anos, integrante há dois anos do projeto Arqueria Indígena, da Fundação Amazônia Sustentável. Ele vai se juntar ao atleta Marcus Vinícius D’almeida, maior revelação do esporte nos últimos anos e vice-campeão mundial.
Dream disputa no fim de janeiro uma importante seletiva da Confederação Brasileira de Tiro ao Arco (CBTArco). O campeonato definirá os atletas para um torneio classificatório para os Jogos Pan-Americanos, que serão em julho deste ano. Com sorte e precisão, se passar na seletiva, embarcará para o Pré-Pan, em Santo Domingo, na República Dominicana, onde será o primeiro arqueiro indígena brasileiro em competições internacionais e iniciará um longo caminho para a equipe olímpica.
O atleta Marcus Vinicius Carvalho Lopes D’Almeida é de Maricá (RJ): “Eu tinha 12 anos e morava em Maricá, a cidade que tem a sede da CBTArco. É um espaço grande, bacana e você acaba conhecendo alguém que faz o esporte por lá. Fui fazer para ver como era e acabei me apaixonando”. Saiba mais em: Time Brasil.
Com a classificação dos arqueiros Marcus Vinícius e Daniel, a grande aposta no campeonato de Santo Domingo é Dream. “Se ele for classificado na competição aqui, ele tem que ir [para Santo Domingo]“, disse um dos treinadores da confederação, Evandro de Azevedo França. Segundo ele, o jovem tem potencial técnico muito bom, além de ser persistente e focado.
Independentemente da classificação, Dream, cujo nome indígena é Yagoara Kambeba, que significa “caçador”, da etnia Kambeba, alcançou um marco ao entrar para seleção, composta por mais de oito atletas, disse Márcia Lott, treinadora do projeto Arquearia Indígena, da Fundação Amazônia Sustentável, que descobriu o jovem, em seleções feitas em mais de 30 aldeias no Amazonas.
"...Dream, cujo nome indígena é Yagoara Kambeba, que significa “caçador”, da etnia Kambeba, alcançou um marco ao entrar para seleção...".
“O Dream é o primeiro ouro que dei, na primeira seletiva e aldeia que visitei”, conta ela, otimista. “O técnico principal da equipe me pediu para tirar o passaporte dele, então, vejo que ele tem chances de passar [na competição seletiva] e ir para Santo Domingo”, apostou Márcia, que administra uma equipe de 12 jovens arqueiros indígenas.
Além de Dream, participaram da seletiva da CBTArco, no Rio de Janeiro, o índio Inha, de 14 anos, do mesmo projeto, que passará um mês no centro de treinamento da seleção.
Por: Isabela Vieira
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Valéria Aguiar
Fonte: Portal Amazônia
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