Ciclovia na Praia de Piratininga |
Avenida Irene Lopes Sodré, no Engenho do Mato. |
Niterói dá mais um passo importante para a implantação da Malha Cicloviária da Região Oceânica
A Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão - SEPLAG publicou hoje o edital para a Concorrência Pública (SEPLAG/UGP CAF n° 001/2020) para a contratação de empresa especializada para execução de obras de Implantação do Sistema Cicloviário da Região Oceânica. O edital refere-se ao Lote 01 inclui os bairros do Engenho do Mato, Jacaré, Maravista, Piratininga e Santo Antônio.
O Lote 01 terá uma extensão de 23 km. Uma vez completo, o Sistema Cicloviário da Região Oceânica terá 60 km, fazendo a atual malha cicloviária de Niterói a superar a marca de 100 km e Niterói terá uma das maiores proporções de infraestrutura cicloviária per capita.
O processo licitatório tem previsão para a conclusão no dia 26 de junho, quando se saberá a empresa que terá a responsabilidade de executar as obras.
A nova iniciativa na Região Oceânica é parte do Programa Região Oceânica Sustentável - PRO Sustentável, e também faz parte do Programa Niterói de Bicicleta, iniciado em janeiro de 2013, para desenvolver o potencial da cidade para o uso da bicicleta como opção de mobilidade sustentável.
Trechos licitados no Lote 01. |
A Malha Cicloviária da Região Oceânica terá como via estruturante a Ciclovia TransLagunar, que ligará o Túnel Charitas-Cabubá (que possui ciclovias nas suas galerias, unindo as Praias da Baía com a Região Oceânica) às praias de Itaipu e Itacoatiara. Planejada com características funcionais, turísticas, de lazer e educacional, a TransLagunar passará por locais locais de elevada beleza cênica, como o Parque Orla de Piratininga (POP), o entorno da lagoa de Itaipu e culminando com a chegada às praias, consideradas dentre as mais belas do litoral do país.
Acesse o EDITAL AQUI: Edital - Anexos.
Niterói de Bicicleta
Em 2014, Niterói contratou o seu Plano Cicloviário, que orienta a política de implantação de bicicletas na cidade. Com a implantação da infraestrutura dedicada à bicicleta passamos a contar com a adesão de um número crescente de ciclistas e a cidade passou a ser uma referência para o país. Atualmente, são 45 km de ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e calçadas compartilhadas.
A obra de alargamento da Avenida Marquês do Paraná unirá as ciclovias das avenidas Roberto Silveira e Amaral Peixoto, unindo a Zona Sul (Icaraí e Santa Rosa) ao Centro da cidade, levando usuários até o Bicicletário Arariboia. Este é atualmente o principal eixo de circulação de ciclistas na cidade e estima-se que a inauguração da ciclovia da Marques do Paraná aumentará o fluxo entre Icaraí e o Centro em 50%.
Bicicletário Arariboia
A inauguração do Bicicletário Arariboia, em março de 2017, projetado e implantado pelo Niterói de Bicicleta, foi um passo decisivo para o estímulo ao uso da bicicleta, contando atualmente com 10.500 usuários cadastrados.
Apesar da sua capacidade ser de 446 vagas, movimenta cerca de 1.200 bicicletas/dia. Diante da grande procura e do seu papel indutor ao uso da bicicleta, em janeiro de 2020, a Prefeitura anunciou a ampliação do Bicicletário, que receberá mais 502 vagas.
Uso da bicicleta em Niterói
Veja, a seguir, os dados produzidos pela Prefeitura de Niterói, com a parceria a Transporte Ativo - uma das mais influentes organizações pro-bicicletas do país, que indicam o crescimento do uso da bicicleta em Niterói, que quadruplicou entre 2015 e 2019. Veja os números a seguir, obtidos a partir de contagens de usuários pelo programa Niterói de Bicicleta:
Avenida Amaral Peixoto (bicicletas/dia)
- 2015: 880
- 2016: 1413
- 2017: 2293
- 2018: 2577
- 2019: 3449
Avenida Roberto Silveira (bicicletas/dia)
- 2015: 1084
- 2016: 1931
- 2017: 2794
- 2018: 3009
- 2019: 4239
Um levantamento realizado pelo GT de Gênero, da ONG Ciclocidade, apontou Niterói como a cidade que conta com o maior número de mulheres pedalando. A média nacional é de cerca de 10% e, em Niterói, segundo levantamento realizado nas ruas em 2019, esta proporção gira em torno de 25%. No Bicicletário Arariboia, as mulheres são cerca de 30% dos usuários cadastrados no sistema.
Este dado é um importante indicador de quão ciclável a cidade de Niterói vem se tornando. E avançaremos ainda muito mais, fazendo da bicicleta uma das principais estratégias para o período pós-COVID na nossa cidade.
Nos próximos dias, a Prefeitura lançará o PLANO DE INCENTIVO À MOBILIDADE POR BICICLETA NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19, prevendo a implantação de novas ciclovias permanentes ou temporárias, a reforma das ciclovias existentes, incluindo uma nova sinalização horizontal e vertical, ações educativas e medidas de incentivo ao uso da bicicleta.
Um sonho antigo
Com tudo o que foi exposto aqui, nos aproximamos de um antigo sonho que trago comigo desde há muitas décadas, quando através do Movimento de Resistência Ecológica - MORE, organização ambientalista pioneira que fundei em 1980. Na época, promovíamos "bicicleatas" (passeatas de bicicleta) reivindicando ciclovias em Niterói. Ouvíamos de alguns críticos que isso não era coisa para Niterói, que o clima quente e o relevo da cidade impediriam o desenvolvimento de uma cultura para a bicicleta.
Hoje, estamos construindo uma realidade de uma Niterói ciclável, mais saudável e sustentável, com milhares de ciclistas nas ruas da cidade a cada dia. Jamais podemos desistir dos sonhos e o momento atual, diante das ameaças do coronavírus que certamente mudará o mundo, somos instados a renovar os sonhos de construir uma sociedade sob bases mais justas, democráticas e sustentáveis.
Axel Grael
Secretário
Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão - SEPLAG
Prefeitura de Niterói
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