Fotos de Rodrigo de Toledo, publicadas em 02/03/2015 na coluna EU Repórter, de O Globo. |
Guilherme Peixe
Frequentadores da Praia de Itacoatiara, na Região Oceânica, estão incomodados com a proximidade da faixa de areia, com a qual lanchas e moto aquáticas transitam no local. Segundo eles, a prática tem se tornado corriqueira e a fiscalização é baixa. Até as redes sociais tem servido para denunciar a situação.
Com a chegada do verão e da alta temporada, torna-se maior o número de irregularidades envolvendo embarcações nas praias. De acordo com a professora Vera Agrelo, de 69 anos, o problema está na aproximação dos banhistas e na maioria das vezes, em alta velocidade.
“Não é só em Itacoatiara que essa falta de respeito acontece. Em Camboinhas eles também passam bem perto dos banhistas. À todo momento temos a sensação de que ocorrerá uma tragédia”, disse Vera.
O estudante de Direito, Lucas Garcia, 22 anos, disse que não viu outra alternativa que não fosse ir até os donos das embarcações. Atitude essa que parece não ter surtido o efeito esperado.
“Já tentei várias vezes mas eles debocham da nossa cara. O que precisamos é de uma fiscalização mais ativa. Isso resolveria o problemas”, falou.
Apesar das reclamações a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) informou que, com a realização da Operação Verão 2014/2015, as ações de fiscalização estão intensificadas desde dezembro de 2014 e irão permanecer até abril deste ano, de forma a dar mais segurança a navegação e a vida humana.
Ainda segundo a CPRJ, as embarcações de propulsão a motor, caso das lanchas e moto aquáticas, devem trafegar a uma distância mínima de 200 metros da linha da arrebentação das ondas, o que parece não estar acontecendo nas praias da Região Oceânica. Elas podem ainda se aproximar para fazer embarque e desembarque de pessoas e materiais. No entanto, deve ser feita em velocidade máxima de três nós em área sem a presença de banhista.
A CPRJ, mostrou que de dezembro de 2013 a abril de 2014, foram abordadas 16.421 embarcações, das quais 1.884 estavam irregulares e seus condutores foram notificados. Foram apreendidas 113 delas. Em comparação com a Operação Verão 2012/2013, que totalizou 11.121 embarcações, foi registrado aumento de 32% nas ações de fiscalização. Porém, a quantidade de barcos aumentou apenas 8,8%.
Fonte: A Tribuna
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