Os procedimentos realizados pela equipe do Projeto Aruanã levaram muitos banhistas a acompanhar a rotina de quem se dedica para salvar as tartarugas marinhas. Foto: André Redlich |
Projeto Aruanã está fazendo o acompanhamento de tartarugas marinhas na região. São realizadas coletas de dados sobre tamanho, peso e estado de saúde
A Praia de Itaipu recebeu, na manhã de quinta-feira (22), uma ação de acompanhamento de ocorrências de tartarugas marinhas do Projeto Aruanã, projeto desenvolvido pelo laboratório ECOPESCA - Biologia do Nécton e Ecologia Pesqueira, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Os animais vivos são marcados para serem monitorados e os animais mortos encontrados são encaminhados ao laboratório para estudos biológicos. Já os animais machucados ou debilitados são transportados para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres do Rio de Janeiro (CRAS), em Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio, para que possam ser recuperados e devolvidos ao mar.
Na ação, seis animais foram capturados pela equipe do projeto. Cinco foram devolvidos ao mar após análises e coleta dos dados e uma tartaruga precisou ser removida, pois necessitava de tratamento especializado.
Segundo a coordenadora executiva do projeto Aruanã, Suzana Guimarães, esse acompanhamento é importante para que a gente possa saber quantas tartarugas estão vivendo na região, o quanto estão crescendo e quanto tempo passam por aqui. Também tivemos como resultados preliminares que na praia de Itaipu não ocorrem muitas tartarugas como a comunidade apontava, são sempre as mesmas que estão por lá residindo. Temos poucas novas chegando na região por enquanto”.
“Algumas têm uma doença chamada fibropapilomatose, é um tipo herpesvírus que ainda não possui sem cura. Não é contagiante para o ser humano, apenas a elas próprias. Hoje me dia os principais causadores dos óbitos delas são a poluição, lixo (que elas confundem com alimento), redes de pesca e veículos marítimos. Temos ampliado as nossas ações, buscando apoio de outros órgãos, como o Inea (Instituto Estadual do Ambiente), polícia ambiental e prefeitura”, comenta.
Ainda de acordo com Suzana, outras ações são desenvolvidas pelo grupo, como exposições e palestras sobre educação ambiental.
“Desde o início do projeto, em 2010, já registramos em torno de 300 indivíduos de tartaruga marinha”, conta.
“No mês de fevereiro estaremos participando de uma ação da Associação Brasileira do Lixo Marinho que ir às praias do Rio fazer uma ação que chamará a atenção dos banhistas para a problemática do lixo nas praias. Cada final de semana, uma praia será escolhida e selecionada para receber a ação”.
Caso alguma tartaruga marinha morta seja encontrada, é possível entrar em contato com o projeto pela página do Facebook.
Fonte: O Fluminense
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