quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
NITERÓI DEBATE A BAÍA DE GUANABARA. Baía de Guanabara é tema de debate organizado por alunos do PRONATEC TURISMO
Niterói sediou evento sobre a utilização da baía, onde foram discutidas a despoluição e condições de desenvolvimento de ações sustentáveis no setor do turismo
Niterói sediou na manhã de ontem uma conferência sobre a utilização da baía de Guanabara. O evento promovido pelos alunos do Pronatec Turismo, do curso de organização de eventos em parceria com a Neltur, levantou questões sobre causas, problemas e soluções para a despoluição da baía. Além disso, foram ressaltadas as condições de desenvolvimento sustentável no setor do turismo. A solenidade contou com a participação da jornalista Cláudia Cataldi, mediadora da cerimônia.
Na ocasião, o vice-prefeito de Niterói, Axel Grael, comentou que a cidade tem uma relação histórica com a baía de Guanabara. De acordo com ele, o momento atual é importante para todo o estado do Rio de Janeiro assumir um compromisso para a despoluição da baía em virtude dos Jogos Olímpicos de 2016.
“Niterói sediou o primeiro estaleiro do Brasil e as primeiras competições esportivas. Não acredito que a gente vá cumprir as metas olímpicas que eram de redução de 80% da carga de poluentes da baía, mas acho que é possível avançar muito na agenda de despoluição sim. Acho que esse momento é oportuno para que a gente já discuta a baía de Guanabara pós olimpíada”, diz.
O superintendente do Instituto Baía de Guanabara, Adauri Souza, concordou com Axel e disse que não há mais tempo hábil tecnicamente para algo ser feito.
“O que é mais encontrado hoje na baía é o esgoto doméstico sem tratamento e ele não vai se resolver de forma alguma até 2016. Algumas coisas já foram feitas, mas com uma proporção pequena. O problema será menor, pois os jogos olímpicos serão realizados em um ponto estratégico, onde menos aparece essa questão. O Estado tem algumas soluções, como colocar os barcos para recolhimento do resíduo flutuante, mas não é o suficiente. É preciso que haja uma montagem de governança, um pacto de todos os interessados”, avalia.
Turismo – Durante o evento, Grael lembrou que o turismo na baía de Guanabara praticamente desapareceu após o Bateau-Mouche (embarcação que naufragou na baía).
“Nós deixamos de ter naquela situação uma forma mais sistemática e permanente de turismo. É preciso recuperar isso. Com o programa de despoluição isso vai ficar cada vez mais atraente aos investidores de turismo”, afirma.
Capacitação – O presidente da Neltur, Paulo Freitas, lembrou que a cidade é um dos municípios que oferecem cursos de capacitação voltados ao turismo.
“Queremos ampliar esses cursos, capacitar cada vez mais a população de Niterói. Temos nove turmas atualmente no Pronatec Turismo. Acredito que ações como essas são muito enriquecedoras e de grande potencial para o desenvolvimento do turismo em nossa cidade”, disse o presidente da Neltur.
Fonte: O Fluminense
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