terça-feira, 7 de agosto de 2018

PARQUES EM NITERÓI: Prefeitura de Niterói lança Atlas das Unidades de Conservação do Município







A Prefeitura de Niterói lança o Atlas das Unidades de Conservação do Município de Niterói, na próxima quinta-feira, dia 9, às 15:00h, na sede do Parnit (Parque da Cidade).

Desde que o prefeito Rodrigo Neves instituiu o Programa Niterói Mais Verde através da assinatura do Decreto 11.744/2014, a cidade passou a contar com mais da metade do seu território protegido por unidades de conservação. Provavelmente trata-se da maior proporção de território protegida para municípios localizados em grandes regiões metropolitanas no Brasil.

São no total cerca de 22 milhões de m² de áreas protegidas municipais, que somando-se às áreas protegidas estaduais (Parque Estadual da Serra da Tiririca), perfaz cerca de 56% do territória municipal e um índice de 137,9 m² de área verde por habitante, considerado muito elevado, principalmente para uma cidade num contexto metropolitano.

Vale comparar o índice de Niterói com a realidade de outras cidades: Curitiba (64,5 m²), Goiânia (94 m²), São Paulo (14,02 m²), Vitória (91 m²), Recife (0,7 m²), Nova York (23,10 m²), Edmonton (100 m²).

Atribui-se frequentemente à Organização Mundial da Saúde (OMS), ou à ONU, a recomendação de 12 m² de áreas verdes/habitantes, ou outros índices. Os dois órgãos nunca confirmam tal recomendação. No entanto, a Sociedade Brasileira de Arborização Urbana - SBAU, recomenda 15 m²/habitante (SOCIEDADE BRASILEIRA DE ARBORIZAÇÃO URBANA – SBAU. “Carta a Londrina e Ibiporã”. Boletim Informativo, v.3 , n.5, p.3, 1996). Portanto, o índice de Niterói já é quase 10 vezes maior do que o recomendado.

"... a Sociedade Brasileira de Arborização Urbana - SBAU, recomenda 15 m² (de área verde)/habitante (...) Portanto, o índice de Niterói já é quase 10 vezes maior do que o recomendado".

As principais contribuições do Programa Niterói Mais Verde (Decreto 11.744/2014) foi a criação do Parque Natural Municipal de Niterói, com 16,3 milhões de m², abrangendo praticamente todo o Morro da Viração (onde localiza-se o Parque da Cidade, que protegia apenas uma pequena parte daquela área verde), o Parque Orla de Piratininga - POP, a Praia do Sossego e outras áreas menores. A outra grande contribuição foi a criação do Mosaico Norte de Áreas Protegidas (também conhecido pelos técnicos como SIMAPA), que estabeleceu prioridades de proteção e recuperação ambiental para a Região Norte de Niterói.

Ambas iniciativas (PARNIT e Mosaico Norte) tiveram seus Planos de Manejo desenvolvidos e estão recebendo investimentos da Prefeitura de Niterói para a sua implantação, principalmente através do Programa Região Oceânica Sustentável (PRO-Sustentável) e outras iniciativas de restauração florestal (reflorestamento) e infraestrutura, como no caso do Setor Morro da Viração, Parque Orla de Piratininga e, em futuro próximo, na Praia do Sossego.


Matéria publicada no Jornal do Brasil.



O esforço de Niterói para proteger e recuperar as suas áreas verdes tem alcançado reconhecimento no país e no exterior. Em março de 2018, a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), lançou a publicação "Forests and Sustainable Cities: inspiring stories from around the world", sobre cidades que se destacam no mundo no que se refere a florestas e sustentabilidade urbana acaba de ser publicado. Niterói aparece como um dos destaques mundiais, num texto que escrevi, a convite dos organizadores.

A escolha de Niterói como uma das cidades a serem destacadas no mundo ocorreu após a repercussão que tivemos em evento Foro Latino-americano e do Caribe sobre Silvicultura Urbana, Arboricultura e Paisagismo para Bosques Urbanos e Espaços Verdes, realizado em junho de 2017, em Lima, Peru, promovido pela FAO e CAF, quando apresentamos a experiência e as políticas públicas niteroiense para a proteção de áreas verdes.

PRO-Sustentável: através do Programa Região Oceânica Sustentável (PRO-Sustentável), a Prefeitura de Niterói está iniciando iniciativas inovadoras, como a Renaturalização do Rio Jacaré e a implantação do Parque Orla de Piratininga (POP).

O Projeto de Renaturalização do Rio Jacaré é uma experiência pioneira e inovadora no país de restauração de um rio urbano. Por sua vez, o POP utiliza conceitos inovadores para a recuperação da Lagoa de Piratininga, seus ecossistemas marginais e implantará técnicas sustentáveis para redução de nutrientes e sedimentos que chegam pelas drenagens urbanas em direção à lagoa.

Restauração de florestas: além de proteger florestas e outros ecossistemas através de parques e outras unidades de conservação, a Prefeitura de Niterói está desenvolvendo promove um vigoroso programa de recuperação da sua cobertura florestal. Através de plantios próprios - de iniciativa da Companhia de Limpeza de Niterói - CLIN, ou através de Compensações Ambientais, uma extensa área do Morro da Boa Vista está sendo reflorestada. Outra área de plantio, desta vez para compensação ambiental da TransOceânica, está sendo iniciada em Jurujuba (Peixe Galo) e Preventório (sobre o túnel).

Além desta iniciativa, a Prefeitura está iniciando um projeto financiado pelo BNDES, que reflorestará 2,5 milhões de m², abrangendo as ilhas e outras áreas da Região Oceânica.

A mais nova iniciativa acaba de ser anunciada. Faz parte do Pacto Niterói Contra a Violência, fazendo parte das iniciativas de motivação de jovens e prevenção à criminalidade. Trata-se do Projeto Niterói Jovem EcoSocial, que selecionará 500 jovens nas comunidades, que desenvolverão ações de reflorestamento de encostas, saneamento em favelas, apoio à Defesa Civil (NUDEC´s) e manutenção e gestão de trilhas.

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O Atlas das Unidades de Conservação do Município de Niterói tem objetivo educativo e promocional da cidade, sendo um importante registro do patrimônio natural de Niterói e um convite para que a população usufrua dos seus parques e que os turistas tenham mais um motivo para visitar Niterói.

Proteja e valorize os parques, a biodiversidade e paisagens de Niterói.

Axel Grael
Secretário Executivo
Prefeitura de Niterói

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