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sexta-feira, 4 de julho de 2025

Petroleiras precisam reflorestar 5 Amazônias para neutralizar emissões

Estudo mostra que compensar reservas de combustíveis fósseis com plantio é impossível na prática e reforça que redução das emissões é urgente.


Para continuar explorando petróleo, gás fóssil e carvão sem limites, empresas de combustíveis fósseis tentam propor ações para compensar as emissões com a queima de seus produtos, a principal causa das mudanças climáticas. Há propostas como a compra de créditos de carbono e tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS) e soluções baseadas na natureza, como o reflorestamento.

Mas um estudo publicado na Communications Earth & Environment, da Nature, escancara a inviabilidade logística, financeira e climática, tanto do reflorestamento como das demais alternativas. Para isso, a pesquisa se baseia nas reservas de petróleo, gás fóssil e carvão das 200 maiores empresas do setor. E sentencia: o mais viável, inclusive economicamente, é não queimar esses combustíveis fósseis.

Como destacou o g1, no caso do reflorestamento, a pesquisa aponta que, para compensar essas emissões, seria necessário reflorestar uma área de 24,75 milhões de km2. Isso equivale às Américas do Norte e Central, ou três vezes o tamanho do Brasil – ou, como a Exame comparou, cinco Florestas Amazônicas.

A queima das reservas das 200 maiores empresas de combustíveis fósseis poderia gerar 673 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente (CO₂e). Para compensá-las, o estudo define “reflorestamento” como o estabelecimento deliberado de novas florestas em terras sem cobertura de árvores, excluindo regeneração natural e agrofloresta. Ou seja, criação intencional de florestas em terras anteriormente não florestadas.

O que os cientistas verificaram é que reflorestar exigiria mais espaço do que se pensava. E mesmo que os formuladores de políticas estejam dispostos a sacrificar uma área tão extensa, ainda haveria limitações ecológicas a serem consideradas, como o deslocamento de comunidades, terras agrícolas e habitats existentes. Além disso, o reflorestamento poderia afetar ecossistemas existentes que fornecem serviços ecossistêmicos vitais.

A pesquisa avaliou a valorização líquida ambiental das empresas, considerando seu valor após descontar as despesas necessárias para compensar suas emissões. O estudo comparou os custos com reflorestamento com outras formas de compensação, como a compra de créditos de carbono e a captação direta de carbono na atmosfera (CCS e afins).

O reflorestamento seria o método mais barato, com a OCDE estimando o custo a partir de US$ 16 por tonelada de CO₂e. Com esse valor, 36% das empresas analisadas ainda teriam uma avaliação de mercado positiva se tentassem compensar todas as emissões potenciais de suas reservas atuais. Mas a grande maioria [64%] não.

Quanto aos créditos de carbono, usando o preço médio do mercado de carbono europeu de 2022 (US$ 83 por tCO₂e), o estudo mostra que 95% das empresas teriam uma Avaliação Ambiental Líquida negativa. E se a opção for pela captura direta do carbono no ar, ao custo atual da tecnologia (US$ 1.000), todas as empresas teriam Avaliação Ambiental Líquida negativa.

Fonte: ClimaInfo




sábado, 21 de setembro de 2019

Praia do Sossego é liberada para os banhistas



Foi construída uma escadaria de pedra para facilitar o acesso dos banhistas. Leonardo Simplício/ Prefeitura de Niterói


Acesso ao local ganhou uma escada em pedra, além de outras melhorias

A Praia do Sossego, na Região Oceânica de Niterói, será liberada para os banhistas neste sábado (21). O local passava por obras de infraestrutura há cerca de três meses, com a construção de uma escada de pedra com corrimão, para facilitar o acesso dos visitantes à praia.

A revitalização do acesso era uma demanda antiga dos frequentadores da Praia do Sossego. De acordo com a Prefeitura de Niterói, o projeto foi desenvolvido pensando no paisagismo rústico do local. Ações de reflorestamento também foram implantadas, resultando no plantio de 400 mudas de espécies nativas para a recomposição florística da paisagem. O acesso ao local ficou interditado para garantir a segurança dos frequentadores.

A área também vai ganhar um mirante, uma guarita para a Coordenadoria Ambiental da Guarda Municipal e um espaço com banheiro e chuveirão. O projeto também inclui canteiros rebaixados que captam, limpam e infiltram a água, como uma forma de drenagem.

Para a realização da obra, a Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade de Niterói teve que assinar um Termo de Compromisso Ambiental (TCA) com o Ministério Público. A medida foi necessária porque a praia é uma área de conservação ambiental, que faz parte Parque Municipal de Niterói (Parnit) desde 2014.

As intervenções na Praia do Sossego são custeadas pelo Fundo Municipal de Meio Ambiente e as melhorias estão em conformidade com os demais investimentos que estão sendo realizados pelo Programa Região Oceânica Sustentável - Pro-sustentável, que está implantando a infraestrutura de visitação, gestão e proteção dos ecossistemas no Parnit.


Fonte: O Fluminense







sábado, 16 de março de 2019

Regeneração natural de florestas tropicais é rápida, mas com baixa diversidade de espécies



COMENTÁRIO:

Os dados encontrados na pesquisa são interessantes.

A pesquisa estudou o resultado da regeneração natural em 1.800 parcelas em 10 países da América Latina. Segundo verificou-se, após 20 anos de regeneração natural, apenas 34% das espécies da floresta original retornaram.

O resultado é interessante pois mostra a fragilidade das florestas tropicais, a vulnerabilidade da biodiversidade perante o desmatamento e as queimadas. 

O estudo leva a pensar também no desafio de fazer com que os critérios de compensação ambiental por áreas desmatadas sejam realmente eficazes.

Axel Grael
Engenheiros florestal





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Forests recover growth in a few decades, but it may take centuries before the species diversity returns to the original composition, according to a study co-authored by Robin Chazdon of UConn.


Tropical Forests Naturally Regrow Quickly, But Without Species Variety

Tropical forests are threatened by high levels of deforestation, mostly driven by agricultural expansion. But, once agricultural fields are abandoned, they tend to naturally regrow, leading researchers to ask whether that process reverses species loss and brings native species back.

An international team of ecologists inventoried trees in 1,800 tropical forest plots located in 56 sites across 10 countries in Latin America, and found that forests recover growth in a few decades, but that it may take centuries before the abundance of the species present returns to the what is found in old-growth forests. Secondary forests now make up as much as 28 percent of the land area in Latin America.

Tree species found in regrowing forests are usually different from those in neighboring old-growth forest, according to the paper published in Science Advances. After 20 years of regrowth, only 34 percent of the original species composition recovered.

Researchers used plot data from secondary forests of different ages and compared it to neighboring, well-conserved, old-growth forests. The team included UConn professor emerita of ecology and evolutionary biology Robin Chazdon, and colleagues across Europe and Latin America.

“It is great news that natural regeneration can restore tree biodiversity relatively fast,” says Chazdon. “However, targeted restoration actions for the introduction of typical old-growth species, as well as the conservation of old-growth forests, may be necessary to guarantee long-term conservation of tropical tree species.”

This study has direct implications for forest restoration policies and practice. Natural forest regeneration has typically been viewed as an ecologically sound way to restore large areas of forest at lower costs compared to active tree plantings.

Natural forest regeneration may therefore be the ideal method to meet the goal to restore 350 million hectares of forest in 2030, as set under the Bonn Challenge.

But tropical forests, home to more than 53,000 tree species, account for 96 percent of the global tree diversity.

“While young secondary forests contribute importantly to biodiversity conservation in these modified landscapes, they do not contain many of the species found in well-conserved forests,” says co-author Lourens Poorter, leader of the 2ndFOR network. “Both secondary and old-growth forests must be preserved to guarantee biodiversity conservation in human-modified landscapes.”

Chazdon stresses that both secondary and old-growth forests are important for conserving biodiversity and providing resources for wildlife. Lead author Danaë Rozendaal, from Wageningen University in the Netherlands, agrees.

“We were impressed to find that it takes only five decades, on average, to recover the total number of species found in well-conserved old-growth forests, and that within only 20 years, already 80 percent of the number of species is present,” says Rozendaal. “This emphasizes the importance of secondary forests for biodiversity conservation in human-modified tropical landscapes.”

To learn more about Chazdon’s efforts to restore forests world-wide, follow her on the People and Reforestation in the Tropics Network for Education Research and Synthesis (PARTNERS) website and blog.

Chazdon’s work was supported by: NSF DEB: 1147429; NSF DEB 0639393.

For more information, contact:
Robin Chazdon at robin.chazdon@uconn.edu
Danaë Rozendaal +31 317 485321 danae.rozendaal@wur.nl
Lourens Poorter +31 317 486216 lourens.poorter@wur.nl


Fonte: University of Connecticut









terça-feira, 6 de novembro de 2018

Serra da Canastra regulariza área através da CRL





Doação de imóveis por meio de compensação da reserva legal aconteceu em outubro.

O Parque Nacional da Serra da Canastra regularizou 915,2311 hectares no mês de outubro, por meio de processos de doação de imóveis para Compensação de Reserva Legal (CRL). O mecanismo, previsto na Lei Fed. nº 12.651/2012, permite que os imóveis localizados no mesmo bioma, que não possuem áreas para averbar reserva legal, façam essa compensação em unidades de conservação de proteção integral.

As áreas recebidas localizam-se em áreas estratégicas para consolidação do Parque, nas regiões do Chapadões da Capivara e Babilônia. Os imóveis possuem cobertura vegetal predominante de campo limpo e campo rupestre em bom estado de conservação. Essas fisionomias abrigam várias espécies endêmicas e ameaçadas do Cerrado, e apresentam uma maior representatividade no Parque Nacional da Serra da Canastra, que em outras unidades de conservação do mesmo bioma.

A regularização fundiária do Parque Nacional da Serra da Canastra intensificou-se neste ano a partir de novo entendimento da Procuradoria do ICMBio, que passou a aprovar a maioria dos processos com áreas retificadas, os quais se encontravam com análise suspensa desde 2013. Até o momento, foram concluídos dez processos, que totalizaram 1.141,5411 hectares, e outros 454,2000 hectares estão em fase final de doação.

O que é a Compensação de Reserva Legal (CRL)

É um dispositivo, previsto no inciso III e parágrafos 5° a 7° do art. 66 do Código Florestal (Lei Federal n° 12.651/2012), por meio do qual as Unidades de Conservação de domínio público com pendência de regularização fundiária podem receber, em doação, imóveis privados localizados em seu interior para fins de Compensação de Reserva Legal de imóveis fora da UC desde que sejam localizados no mesmo bioma. Nesse intuito, o ICMBio, após análise técnica, emite certidão de habilitação do imóvel para este fim assegurando aos interessados a legitimidade da transação do imóvel.


Fonte: ICMBio










quinta-feira, 1 de novembro de 2018

12 milhões de hectares em 12 casos reais - Modelos econômicos para fomentar a restauração ecológica no Brasil



Reflorestamento de encostas em Niterói.


Estudo aponta planos de investimento e modelos de negócio para a recuperação florestal

A partir da análise de 12 casos concretos, nos 3 maiores biomas brasileiros, a pesquisa identificou os requisitos necessários para a criação de um programa de financiamento

São Paulo, 16 de março de 2018 – A Agroicone, empresa que tem como motivação a produção de pesquisas e estudos em prol de uma agricultura sustentável, apresenta, em parceria com o banco KfW e o Ministério Federal Alemão de Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ), o estudo “12 milhões de hectares em 12 casos reais”, que tem como principal objetivo guiar os interessados em financiar atividades de recuperação da vegetação nativa e adequação ambiental no Brasil.

A pesquisa, que reúne diferentes mapas, estudos, análises da distribuição de crédito e das legislações estaduais, tem como diferencial a imersão em 12 casos concretos de produtores rurais, localizados nos 3 maiores biomas brasileiros – Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. Com base nesse contexto, foi possível identificar os principais obstáculos e incentivos por meio da ótica microeconômica do produtor rural. A pesquisa levou em consideração os investimentos necessários para promover a regularização ambiental – exigida pelo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) – com e sem financiamento, tomando por base as linhas de crédito já existentes.

“Verificamos que havia oferta de crédito, mas a demanda ainda era tímida devido, sobretudo, às incertezas jurídicas e à necessidade de maior conhecimento sobre recuperação florestal e seus benefícios, não apenas ambientais, mas também econômicos”, afirma Marcelo Moreira, sócio da Agroicone responsável pelo projeto.

Frente a essa problemática, o estudo investigou os gargalos, as motivações dos produtores para a tomada de financiamento e, principalmente, quais modelos de negócio poderiam beneficiá-los.

Notou-se que os gargalos circundavam a necessidade de julgamento do Código Florestal – já realizado em fevereiro deste ano – e, consequentemente, o estabelecimento de legislações estaduais (Programas de Regularização Ambiental - PRA) claras, assim como definições de compensação ambiental. As motivações são diversas, mas perpassam por questões regulatórias, pela geração de renda, facilidade de compreensão da regulamentação e por condições especiais de crédito. Já os modelos de negócio podem ser variados, tendo destaque para a solução do passivo com recursos próprios, a sinergia no campo – com planejamento conjunto de atividades de recuperação com a principal –, e a possibilidade de implementação de modelos de revegetação com aproveitamento econômico e de regularização em outras propriedades, no caso da compensação de Reserva Legal.

“Conseguimos traçar um cenário que pode servir como base para a elaboração de um programa de financiamento mais afinado com a realidade. O contexto trazido pelo estudo permite a criação de uma linha que atenda as motivações dos demandantes: os produtores rurais que precisam se regularizar”, ressalta Karim ould Chih, gerente de projetos principal do KfW.

Voltando-se ao produtor rural, que tem um importantíssimo papel na conservação ambiental, o principal ponto que deve ser levado em consideração é o benefício da recuperação com geração de renda – dentro das especificações do órgão regulador. “Ao ser apresentado à essa alternativa, ele consegue vislumbrar como produzir e conservar, melhorando sua rentabilidade. A recuperação florestal deixa de ser apenas perda de área e ele passa a enxergá-la como um novo negócio, ocupando cada espaço de sua propriedade, principalmente as áreas subutilizadas”, destaca Marcelo.

Assim, é importante que o produtor busque soluções técnicas e financiamento em sinergia com a atividade principal da propriedade e, para tal, é necessário conhecimento das regras e do mercado consumidor regional dos produtos dos projetos de recuperação (madeira, frutos e outros). “O financiamento precisa ter prazos de repagamento adequados e definir com clareza o público-alvo, pois há uma diversidade de condições e motivações”, completa Karim.

O arquivo completo do estudo pode ser acessado abaixo.

Download: 180316123813_Agroicone-12 em 12-KfW-2017.pdf

Fonte: Redação
Autor: Agroicone




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A guide to fostering forest restoration in Brazilian farms

Four steps to see farmers take action

By Marcelo Moreira, Partner and Senior Researcher, Agroicone

There is already a strong consensus in Brazil regarding the potential benefits of forest restoration activity and the recovery of the country’s native vegetation. Regulatory structures, such as the Law on Protection of Native Vegetation (known as Forest Code), the Brazilian Nationally Determined Contribution (NDC) and the National Plan for the Recovery of Native Vegetation (PLANAVEG) demonstrate Brazil’s commitment to the recovery of native vegetation. Bringing in the numbers, the NDC and PLANAVEG commit 12 million hectares of land to reforestation by 2030. Compliance with the Forest Code requires the regularization of 24 million hectares of private lands though different mechanisms, which will in turn increase terrestrial carbon stocks.

However, the implementation of the Forest Code has been postponed several times since 2014 and suffered from legal uncertainties regarding its constitutionality. Although dedicated credit lines for reforestation are available in Brazil, only a small number of related projects are funded on the ground. That’s why, even though the financial sector is interested in allocating additional funds to forest restoration, doubts remain about the demand side of credit intake.

In this context, the new Agroicone study 12 million hectares in 12 real cases: Economic models to promote ecological restoration in Brazil focuses on the demand side of reforestation credit. Financed by KfW with funds from the German Federal Ministry for Economic Cooperation and Development (BMZ) in partnership with Brazilian Ministry of Environment, and with inputs from the Brazilian Development Bank (BNDES), the study was an effort to understand the real situation of rural properties in Brazil and their readiness to start forest restoration activities in the short term. After an interview phase with a larger group, 12 case studies were developed in farms of different sizes, which are located in three biomes (the Amazon, Cerrado and Atlantic Forest) that cover around 86% of Brazilian territory. It was deployed in the 2017 harvesting cycle, with on-the-ground research in three relevant agricultural states: São Paulo, Mato Grosso and Bahia.

The study discovered that – contradicting initial diagnoses that indicated a low level of commitment of producers to carry out these activities – agricultural producers are willing to start reforestation activities in the short term, even before effective law enforcement. The following four elements were found to be fundamental for such behavior.

1. The correct approach: Agricultural producers must trust advisors that are proposing changes to their business-as-usual activities. They already use specific channels and formats for communication and learning, and it is important to be aligned with those channels.

2. Motivation: It was observed that credit conditions advantageous only for reforestation areas has limited influence in the decision-making processes of individual producers, while better credit conditions for properties as a whole has stronger leverage. Poor information and inadequate technical support are additional reasons for low engagement. Producers are prone to legal compliance, but law enforcement is not seen as an immediate risk and therefore has little motivational strength. The country offers vast territory and diverse agricultural production, but recurring postponements of law implementation.

On the other side, the possibility of having further income from forest restoration activity (e.g. from timber and non-timber forest products) is a great incentive. In all 12 cases, restoration activities could increase farms’ net revenues. Costs are high (on a per-hectare basis), so payback periods are usually long (10 or more years). Existing credit lines dedicated to forest restoration are available and significantly reduce deficits in cash flow. Access to such lines, due to high debt levels or farmers’ lack of financial knowledge, is an issue to be solved, but at least five farmers in the study were in good conditions to take credit.

Restoration, however, must be aligned with – and ideally beneficial for – farms’ main activities. And even if reforestation profitability is higher than that of current activities, it is unlikely that farmers will disrupt their usual ways to make any change. Thus, any risks to main farm activity may delay forest restoration that reaches full legal limits. The existence of marginal lands within proprieties is another significant opportunity for reforestation that generates income.

3. Business models: A diversity of business models were identified. For some farmers, such as cattle ranchers, reforestation should be aligned with ongoing operations, using existing resources of the farm (e.g. machinery, labor, inputs and so on). Others farmers – mainly grain producers – prefer to contract outsourced services and keep focus on their main activity. Silvicultural farmers – mostly smallholders in Bahia and Pará – better understand the technical and market risks of reforestation once they have already worked with trees and tree-based products. Finally, partnerships to carry out forest restoration activities between tenants and third parties were observed. The existence of successful business models is essential for reducing risks, allowing large-scale replication.

4. Target audience: Agricultural producers are quite heterogeneous. Some traditional producers are extremely reluctant to change their ways. However, some early adopters are willing to diversify income in innovative production systems, which are often the case for projects with higher risks (specifically related to forest restoration with economic use). Providing good information is a way to transform traditional producers into early adopters.

In brief, the challenge of restoring 12 million hectares of forest is enormous and should be understood in a step-by-step approach. Although good policies are in place, we are still in the early stages of implementation, considering the challenge’s long-term nature. Change is needed to break the vicious cycle between no action and postponement of legislation due to insufficient action. Our study demonstrates that agricultural production and forest restoration can be complementary in a practical and realistic way by taking farmers´ perspectives into account. The 12 cases can be widely replicated on a broader scale, if the four successful behavioral elements are adequately addressed. Correct ways of approaching farmers, providing proper motivation, reducing risks trough successful business models and correctly targeting audiences are the key factors for farmers’ engagement in forest restoration.

We strongly recommend other practitioners to carefully consider the four elements listed above as a way to incite large-scale forest restoration in Brazil and possibly in similar contexts elsewhere. Stepping into farmers´ shoes is crucial for bringing synergy between agriculture and forests on the ground.

Fonte: Landscape News 



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sábado, 6 de outubro de 2018

Parque da Serra da Tiririca terá nova sede no Caminho do Darwin



Caminho do Darwin será endereço da nova sede do Parque Estadual da Serra da Tiririca Foto: Divulgação


Sete trilhas também passarão por mudanças, recebendo sinalização, mesas para piquenique, bicicletário e passarelas

Daniela Kalicheski

NITERÓI — O Parque Estadual da Serra da Tiririca, área administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) que abrange trechos dos municípios de Niterói e Maricá, vai ganhar uma nova sede. Ela será construída no Caminho de Darwin, na Estada da Barrinha, no Engenho do Mato, e as obras devem começar no segundo semestre do próximo ano. O custo inicial é estimado em R$ 400 mil e a verba virá da Câmara de Compensação Ambiental (CCA) do Estado do Rio de Janeiro.

A nova infraestrutura inclui construção de pórticos, centro de visitantes, sede administrativa e sede da Unidade de Polícia Ambiental (Upam), além da criação de um projeto de urbanização e paisagismo.

As mudanças poderão ser vistas também no manejo de sete trilhas: Alto Mourão, Morro das Andorinhas, Córrego dos Colibris (que terá acesso para portadores de mobilidade reduzida), Bananal, Costão, Monte da Oração e Posto Avançado Lagoa de Itaipu. Nelas, a partir de dezembro, serão providenciadas sinalização, mesas e bancos para piquenique, passarelas suspensas e bicicletários. O custo é de R$ 2 milhões com recursos da CCA.

Fonte: O Globo Niterói









quinta-feira, 13 de setembro de 2018

NITERÓI MAIS VERDE: Visita à área de reflorestamento do Morro do Peixe Galo, em Jurujuba



Praia do Forte Rio Branco e a entrada da Baía de Guanabara, vistos da área de plantio. Foto Axel Grael.

Área plantada, com o relevo do Rio de Janeiro ao fundo. Foto Axel Grael.

Porte das mudas plantadas. Foto Amanda Jevaux.

Subsecretária de Meio Ambiente, Amanda Jevaux e parte da equipe da Prefeitura que me acompanhou na visita. Foto Axel Grael

Vista de jusante para montante da área plantada. Foto Axel Grael.

Mudas de embiruçu (Pseudobombax grandiflorum, Malvaceae). Foto Axel Grael.

Mudas de embiruçu (Pseudobombax grandiflorum, Malvaceae) demonstrando vitalidade com a brotação de novas folhas com a característica coloração avermelhada. Ao fundo, a Enseada de Jurujuba e a Praia de Icaraí ao fundo/esquerda. Foto Axel Grael.

Vista para Jurujuba, da área de plantio. Ao fundo, o Morro do Morcego. Foto Axel Grael.

Vista da área de plantio para a Enseada de Jurujuba. Foto de Axel Grael.


Na manhã de hoje, 13/09, fiz uma visita de inspeção nos trabalhos de restauração florestal (reflorestamento) que está sendo realizado no Morro do Peixe Galo, no bairro de Jurujuba, Niterói.

O plantio é uma das iniciativas de restauração florestal que está sendo realizado pela Prefeitura de Niterói, visando recompor e proteger a cobertura florestal e os ecossistemas da cidade. O presente plantio, também atende ao compromisso de compensação ambiental assumido pela Prefeitura de Niterói perante o INEA, quando do licenciamento ambiental da TransOceânica.

Conforme pode ser verificado, as primeiras mudas plantadas já recobrem parte dos 3,18 hectares da área a ser recuperada na face norte do Morro do Peixe Galo, conforme mapa abaixo:




Esta iniciativa de reflorestamento abrangerá cerca de 5 hectares de áreas localizadas em Jurujuba e em Charitas. No total, serão plantadas cerca de 12 mil mudas.

Além do trabalho de restauração da cobertura florestal, o esforço de proteção das florestas e outros ecossistemas de Niterói já tem sido reconhecido no país e no exterior. Recentemente, a FAO, órgão da ONU, lançou uma publicação sobre iniciativas de destaque em florestas urbanas no mundo e apenas duas cidades latino-americanas foram citadas: Niterói e Lima.

Através do programa Niterói Mais Verde, decretado pelo prefeito Rodrigo Neves através do Decreto 11.744/2014, a cidade passou a contar com mais da metade do seu território protegido por unidades de conservação. Poucas cidades localizadas em regiões metropolitanas no mundo podem contar com esta oportunidade.

E, além da criação destas áreas, a Prefeitura de Niterói está implantando estes parques, através da várias iniciativas, com destaque para o Programa Região Oceânica Sustentável - PRO-SUSTENTÁVEL, que conta com financiamento do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). Através deste programa, Niterói está equipando e implantando o Parque Natural Municipal de Niterói - PARNIT, o Parque Orla de Piratininga - POP, além de desenvolver o Projeto de Renaturalização do Rio Jacaré e de desenvolver estudos para a recuperação ambiental do Sistema Lagunar de Piratininga e Itaipu.

Também merecem destaque na agenda ambiental de Niterói, a implantação da infraestrutura de visitação do Parque das Águas (Centro de Niterói), a revitalização do Horto do Fonseca, a revitalização do Campo de São Bento que terá início nos próximos dias, a recuperação da balneabilidade da Enseada de Jurujuba (Programa Enseada Limpa) e tantas outras iniciativas em curso.

E vem mais novidade por aí!

Vamos em frente fazendo de Niterói uma referência em sustentabilidade urbana.

Axel Grael
Engenheiro Florestal
Secretário Executivo
Prefeitura de Niterói



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segunda-feira, 2 de julho de 2018

Charitas e Jurujuba, em Niterói, receberão plantio de 12 mil mudas



A área do Morro da Viração, sobre o túnel Charitas Cafubá, é uma das que receberão novas mudas. - Agência O Globo / Fábio Guimarães


Leonardo Sodré


Medida é para compensar a derrubada de 400 árvores para a construção da Transoceânica.

NITERÓI - Os morros do Peixe Galo, em Jurujuba, e do Preventório, em Charitas, receberão o plantio de 12 mil mudas. O Consórcio Transoceânico — formado pelas empreiteiras Constran e Carioca Engenharia (*) — já começou a preparar os terrenos onde serão cultivadas mais de 30 espécies, entre araçás, aroeiras e camboatá. A ação faz parte de uma medida compensatória pela derrubada de 400 árvores para a construção do corredor viário da Transoceânica.

(*) A informação não procede. A responsabilidade pela implantação do reflorestamento é uma empresa contratada especificamente para este fim pela Prefeitura de Niterói.

Segundo o secretário executivo do município, Axel Grael, a escolha dos locais que receberão as mudas considerou a proximidade com o corredor viário, de onde houve as recentes subtrações.

— O critério foi trabalhar com áreas que tivessem vínculo mais próximo possível, que são a Transoceânica e o Parnit (Parque Natural Municipal de Niterói). Como na vertente do Parnit para a Região Oceânica ele já é todo reflorestado, definimos essa área para as regiões da Baía de Guanabara que são próximas ao túnel — explica Axel.

A seleção das espécies levou em consideração a adaptabilidade e a fauna, como explica o secretário:

— O araçá foi uma opção porque atrai aves; a aroeira porque é rústica e se adapta facilmente a diversos ambientes; e o Camboatá é uma espécie pioneira.

Todo o plantio deve durar um ano para ser concluído, já que as ações serão escalonadas para evitar os períodos de estiagem.

A ação de reflorestamento é uma das promovidas pelo município, que propõe a recuperação de encostas degradadas. Em março, a cidade foi incluída na publicação “Florestas e cidades sustentáveis: histórias inspiradoras de todo o mundo”, divulgada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O documento, lançado para celebrar o Dia Internacional das Florestas e da Árvore, cita como exemplo de recuperação da vegetação o Morro Boa Vista, uma área de 9,5 hectares no Bairro de Fátima que recebeu 25 mil mudas de 50 espécies produzidas no viveiro pela Clin.

Fonte: O Globo Niterói




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"Barômetro da Baía" e o monitoramento da Baía de Chesapeake: inspiração para a despoluição da Baía de Guanabara
DESPOLUIÇÃO DAS BAÍAS DE GUANABARA E CHESAPEAKE: uma comparação das experiências, reflexões e algumas lições
The economic benefits of cleaning up the Chesapeake

Pessoas da Virada: os 40 anos de luta ambiental de Axel Grael







terça-feira, 8 de maio de 2018

Senado aprova MP sobre a compensação ambiental





Projeto segue agora para a sanção do Presidente da República.

O Senado aprovou na tarde de hoje (8) a Medida Provisória nº 809, que define novas regras para a aplicação de recursos da compensação ambiental e permite aumentar o prazo para a contratação de brigadistas. As medidas vão fortalecer a gestão das unidades de conservação administradas pelo Instituto Chico Mendes da Conservação da Biodiversidade (ICMBio). "Essa é a medida mais importante para o ICMBio, já que vai ampliar fortemente a capacidade de gestão das unidades de conservação", comemorou a presidente-substituta Silvana Canuto. A expectativa é que, com as mudanças na compensação ambiental, sejam liberados cerca de R$ 1,4 bilhão. O projeto de lei segue, agora, para a sanção do presidente da República.

"A expectativa é que, com as mudanças na compensação ambiental, sejam liberados cerca de R$ 1,4 bilhão".

No mês passado, foi aprovada por unanimidade, pela Comissão Mista do Congresso Nacional, o relatório favorável do senador Jorge Viana (PT) sobre a MP 809/2017.

As novas regras destravam a aplicação dos recursos da compensação ambiental, mecanismo por meio do qual empreendedores arcam financeiramente com impactos não mitigáveis ocorridos na implantação de empreendimentos e identificados no processo de licenciamento ambiental. Pelas normais atuais, para o cumprimento das condicionantes do licenciamento ambiental, os empreendedores são obrigados a executar diretamente as atividades de compensação ambiental nas unidades de conservação indicadas. A norma era de difícil aplicação, pois muitos empreendedores tinham dificuldade ou mesmo impedimentos em promover a execução direta.

Com as mudanças, o ICMBio está autorizado a selecionar um banco oficial (como Banco do Brasil, Caixa Econômica ou Banco da Amazônia, por exemplo) para criar e gerir um fundo formado pelos recursos arrecadados com a compensação ambiental. Assim, os empreendedores poderão optar por depositar os recursos da compensação ambiental em uma instituição financeira oficial, quitando assim suas obrigações. O ICMBio determinará a forma de aplicação dos recursos. As mudanças são decisivas para a consolidação de várias unidades. Parte significativa deste montante será destinada à regularização fundiária das unidades de conservação e o restante deverá ser investido na implementação das unidades, tais como em melhoria da infraestrutura para a administração, proteção, pesquisa, educação ambiental e visitação, entre outros.





Contratação de brigadistas

A Medida Provisória atualiza dispositivo da Lei nº 7.957/89 que trata da contratação de pessoal para combate a incêndios e emergências pelo ICMBio e Ibama, ampliando o tempo de contratação e diversificando as atividades a serem desenvolvidas.

Com a medida, o tempo de contratação destes brigadistas passa de 6 meses para 2 anos, prorrogável ainda por mais um ano. Agora, trabalhando por um período mais longo, os brigadistas poderão desenvolver atividades no combate ao fogo por maior período e também poderão reforçar as medidas de prevenção. Evitar os incêndios florestais, protegendo a biodiversidade deste dano, que em alguns biomas pode ser irreparável, é uma das prioridades do ICMBio. O controle do fogo contribui para diminuição das emissões de CO2 na atmosfera e, portanto, a melhoria do seu controle é uma medida de mitigação de mudanças climáticas.

A iniciativa tem outro aspecto importante como a contração de pessoal local, formado geralmente por moradores do entorno das UCs. Estas contratações promovem o envolvimento direto da população com a unidade de conservação ao mesmo tempo em que geram emprego e renda e contribuem para o desenvolvimento da região.

Comunicação ICMBio

Fonte: ICMBio












segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

BANCO DE ECOSSISTEMAS: uma criativa e inovadora ferramenta de proteção e recuperação de ecossistemas



COMENTÁRIO DE AXEL GRAEL:

O sistema de Bancos de Ecossistemas, ou banco de habitats ("habitats banks"), é uma solução que vem crescendo nos EUA como mecanismo de compensação pela supressão de ecossistemas para fins de implantação de empreendimentos.

O sistema teve origem com uma emenda à Lei da Água Limpa (Clean Water Act - CWA), aprovada em 1977 e que tinha o foco inicial em Áreas Úmidas ("Wetlands), que teve o reforço da Lei das Espécies Ameaçadas (Endangered Species Act - ESA). Estes instrumentos legais estabeleceram o princípio da não-perda líquida de ecossistemas ("no net loss"). Ou seja, quem desmata, passou a ter que recuperar previamente áreas do mesmo ecossistema.

Em 1984, a legislação passou a admitir a mitigação ex-situ (em outro local) da área degradada e por iniciativa de terceiros. Ou seja, abria-se, assim, a possibilidade de se ter um "Banco de Ecossistemas", que é a implantação de áreas previamente recuperadas de diferentes tipos de ecossistemas, certificadas por órgãos ambientais, que podem ser comercializados como forma de compensação. O sistema foi regulamentado nos EUA em 2008.

Hoje, o sistema de Bancos de Ecossistemas movimenta cerca de 1 bilhão de dólares anuais. O relatório "Habitat Banking in Latin America and Caribbean: A Feasibility Assessment Main Report" (2010), publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA, estimou que nos EUA existiam cerca de 500 Bancos de Áreas Úmidas ("Wetland Banks") e outros 500 aguardavam aprovação. Cada um destes bancos podem ter de um a milhares de acres e podem valer coletivamente entre US$ 1,1 a 1,8 bilhões.

O grande obstáculo para o desenvolvimento de Bancos de Ecossistemas é que aqui a legislação permite que o desmatador suprima a vegetação primeiro e compense o dano posteriormente. Somente com a mudança da legislação, como já se pratica nos EUA e outros países, seria possível viabilizar o sistema.

Em tempos de rolo compressor ruralista para promover o desmonte da legislação florestal brasileira, alcançar essa mudança não é uma tarefa fácil. Mas, além do meio ambiente, da biodiversidade e da geração de empregos na recuperação das áreas, quem mais se beneficiaria com a implementação dos Bancos de Ecossistemas seriam os próprios produtores rurais, que encontrariam no sistema a mais eficiente forma de financiamento da restauração e valorização de Áreas de Proteção Permanente (APP´s).

Axel Grael
Engenheiro Florestal
Secretário Executivo
Prefeitura de Niterói






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El primer banco de hábitat de América Latina estará en Colombia





En el proyecto piloto se invertirán 1,5 millones de dólares para la conservación y restauración de 605 hectáreas en el departamento del Meta.

En Colombia, las empresas cuya operación tiene impactos negativos sobre la biodiversidad están obligadas a realizar unas inversiones económicas llamadas compensaciones ambientales. Sin embargo, anualmente se invierten enormes cantidades de dinero en restauración de ecosistemas, pero no se ven los resultados.

Pero más allá de la pregunta sobre a dónde van a parar estos recursos, este martes se lanzó en Bogotá un mecanismo que, en palabras de sus promotores, logrará que los resultados de estas inversiones obligatorias dejen de ser una incógnita. Se trata del banco de hábitat, una iniciativa del Fondo Multilateral de Inversiones del Banco Interamericano de Desarrollo y del grupo Terrasos que invertirán 1,5 millones de dólares en la restauración y conservación de 605 hectáreas en el municipio de San Martin de los Llanos, departamento del Meta.

En este predio, cuyos propietarios tienen una tradición de conservación que ha permitido que exista un enorme relicto de bosque de galería, varios nacimientos de agua y sabanas naturales en buen estado, se establecerá un plan de manejo ambiental orientado a mantener el 75% del ecosistema actual y a restaurar el 25 restante en los próximos 30 años. “Con esta estrategia se generarán 50 empleos directos e indirectos y se aumentará la productividad de la ganadería que se realiza en esa finca”, explicó el ministro de Ambiente, Luis Gilberto Murillo.




Banco de Habitat-Meta from La Isla Fantasma on Vimeo.


Según Mariana Sarmiento, gerente general de Terrasos, la empresa encargada de la estructuración del proyecto, “el componente innovador de esta iniciativa radica en que los pagos se realizarán en función de los resultados y de la ganancia ambiental conseguida. Para medirlos se contará con una batería de indicadores ambientales, socioeconómicos y financiero que garantizarán que el proceso se cumpla de manera transparente y sostenible”.

Con el banco de hábitat, se introduce en el país una nueva estrategia para lograr objetivos de conservación de ecosistemas en alianza con el sector empresarial y a través del uso de instrumentos de mercado. “Sabemos que en el mundo se están invirtiendo más de 8.000 millones de dólares anuales de capital privado que buscan resultados ambientales y retornos financieros y queremos abrir esas puertas en Colombia con iniciativas como estas”, concluyó Murillo.

Fonte: Semana Sostenible











quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

RESTAURAÇÃO FLORESTAL: INEA promove o II Encontro do Observatório Florestal Fluminense






O Instituto Estadual do Ambiente - Inea e a equipe do Portal da Restauração Florestal Fluminense convidam a todos para o II Encontro do Observatório Florestal Fluminense.

O Encontro do OFF é uma iniciativa do Serviço Florestal do Inea com o objetivo de discutir avanços e desafios, bem como promover a troca de experiências sobre a restauração florestal no estado do Rio de Janeiro.

O Portal da Restauração Florestal Fluminense é o canal permanente de comunicação das ações de restauração florestal no Rio de Janeiro. O OFF é parte disso na iniciativa de acompanhar a implementação dos compromissos ambientais, criar transparência e promover o envolvimento da sociedade no aumento de escala e qualidade das florestas fluminenses.




O tema central desse encontro será a nova Resolução Inea Nº 143/2017 que instituiu o Sistema Estadual de Monitoramento e Avaliação da Restauração Florestal - SEMAR.

Se você trabalha com restauração florestal no estado do Rio de Janeiro esta é uma excelente oportunidade para se atualizar sobre o tema e ficar por dentro da nova regulamentação do Inea.

Acesse aqui a programação completa do evento

Data: 23 de fevereiro de 2018.
Horário: 10h às 16h30
Local: Sede do Inea - Auditório Alceo Magnanini - Av. Venezuela, 110, 6º andar, Saúde, Rio de Janeiro - RJ.

Vagas Limitadas!!! inscreva-se aqui!

Maiores informações entrar em contato com através do e-mail restauracaoflorestalrj@gmail.com ou telefone (21) 2332-5521.


Fonte: Restauração Florestal Fluminense - INEA













segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Antenas no Parque Nacional da Tijuca (Sumaré) terão que pagar





Após mais de 60 anos ocupando terras públicas no Morro do Sumaré, finalmente as empresas de comunicação deverão reduzir as estruturas e compensar financeiramente o Parque Nacional da Tijuca pelos impactos causados à paisagem e à biodiversidade.

Foi publicada hoje no Diário Oficial da União a Portaria ICMBio 828/2017 estabelecendo os valores a serem investidos anualmente em projetos de conservação e melhorias do Parque.

Essa é uma luta de 20 anos, iniciada na gestão da Sonia Peixoto. Nos últimos 4 anos contamos com o apoio decisivo do Ministério Público Federal e de todo o ICMBio.

Fonte: Facebook do ICMBio










domingo, 19 de novembro de 2017

RESTAURAÇÃO FLORESTAL: Niterói fará plantio de 12 mil mudas de espécies da Mata Atlântica



Reflorestamento no Morro da Boa Vista. Foto Luciana Carneiro.


17/11/2017 – A Prefeitura de Niterói dá início, em dezembro, à reposição florestal para compensação ambiental pelas obras da Transoceânica. Ao todo, serão plantadas cerca de 12.500 mudas de Mata Atlântica, em 48 mil metros quadrados de áreas da Montanha da Viração, que integra o Parnit (Parque Municipal de Niterói - Unidade de Conservação de Proteção Integral).

A empresa que executará os serviços já foi anunciada, o contrato para execução do serviço, assinado, e em dezembro começa o plantio em áreas de Jurujuba e Charitas, na Zona Sua da cidade. Serão plantadas mudas de espécies como araçás, aroeiras e camboatá. A manutenção da área será feita por 4 anos após o plantio.

A expectativa é de que a recomposição florestal contribua para a diminuição dos riscos de propagação de incêndios florestais e promova o uso e ocupação do solo de forma adequada, evitando o crescimento urbano desordenado.

O secretário municipal de Meio Ambiente de Niterói, Eurico Toledo, explicou que, para escolha dos trechos de plantio, foi feito um estudo de todas as áreas do Parnit que foram impactadas com a obra. Ele ainda frisou que a reposição faz parte de uma série de iniciativas municipais ligadas à sustentabilidade.

“Esse replantio dá continuidade ao trabalho feito pela Prefeitura para compensação ambiental pelas intervenções feitas na cidade, e reafirma o compromisso da atual gestão com o meio ambiente”, pontuou.

A TransOceânica é um projeto de sustentabilidade urbana baseado no transporte coletivo que tem na sua concepção a redução no número de deslocamentos em transportes individuais e, consequentemente, a redução de emissão de carbono. A intervenção prevê uma série de cuidados com o meio ambiente durante a execução da obra e após a conclusão, sendo todos voltados para uma cidade mais sustentável.

Fonte: Prefeitura de Niterói








domingo, 22 de outubro de 2017

REFLORESTAMENTO: Replantio muda paisagem do Morro Boa Vista



COMENTÁRIO DE AXEL GRAEL:

A Prefeitura de Niterói desenvolve um ambicioso programa de reflorestamento que prioriza várias áreas da cidade. O Morro da Boa Vista tem concentrado a maior parte dos plantios no momento e, em breve, outras áreas da Região Norte, Centro, e Região Oceânica, também serão atendidas.

Os plantios fazem parte do Programa Niterói Mais Verde, instituído pelo prefeito Rodrigo Neves em 2014, que expandiu as áreas protegidas de Niterói, fazendo com que a cidade alcance, em breve, cerca da metade do seu território coberto por unidades de conservação. Em paralelo, implantamos o programa Niterói Contra Queimadas e o GECOPAV-Grupo Executivo para o Crescimento Ordenado e Proteção às Áreas Verdes, que previne a ocupação irregular das áreas de encostas e áreas de risco.

O trabalho de reflorestamento de encostas promove as seguintes vantagens para a cidade:
  • SEGURANÇA DAS ENCOSTAS: Protege da erosão superficial, prevenindo ou minimizando riscos geotécnicos (deslizamento de encostas). Devido às características geológicas do revelo de Niterói, é muito comum a presença de matacões e pequenas rochas que mediante chuvas ou outros fatores naturais ou por causa humana, podem se deslocar e descer perigosamente a encosta afetando residências e logradouros públicos, colocando a população em risco. A presença da floresta diminui os riscos, principalmente nos casos de rochas menores.
  • PREVENÇÃO DE ENCHENTES: a floresta retém água e em ocasiões de chuvas mais fortes, evita que haja um rápido escoamento de águas, que ao chegar às áreas mais baixas da cidade provocam o transbordamento de rios e enchentes de logradouros e áreas urbanas.
  • PREVENÇÃO DO ASSOREAMENTO: a floresta evita a erosão e o carreamento de sedimentos para os rios, para as drenagens naturais ou drenagens urbanas, causando o assoreamento. Rios e drenagens assoreados são mais susceptíveis à inundação. Para preveni-la, a Prefeitura se vê obrigada a promover com frequência a limpeza e o desassoreamento de rios, que é um trabalho caro e exige muito esforço das equipes de trabalhadores da Prefeitura.
  • CLIMA E CONFORTO TÉRMICO: encostas desmatadas refletem muito mais calor e aquece os bairros próximos. Com mais calor, aumenta a despesa com ar-condicionado em imóveis e veículos.
  • DESMATAMENTO E FOGO: os incêndios em vegetação, exceto nos casos de raios - praticamente a única hipótese de ignição natural, sempre tem origem humana e são a maior causa de destruição de florestas. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, áreas desmatadas são rapidamente ocupadas pelo capim-colonião, que por sua vez é altamente comburente e, portanto, susceptível ao fogo. O fogo no capim-colonião é de difícil controle, principalmente em encostas e, com frequência, incêndios iniciados em áreas de capim alastra-se para outras áreas ainda florestadas, ampliando a destruição.
  • FLORESTA E POLUIÇÃO DO AR: florestas previnem a formação de poeira e são importantes filtros para a retenção de particulados (poeira), melhorando muito a qualidade do ar. Também cabe destacar que, como vimos acima, florestas amenizam o clima e a ausência dela provoca maior aquecimento. Em locais mais quentes, veículos utilizam mais o ar-condicionado, o que aumenta o consumo de combustível. Maior gasto de combustível implica em maior emissão de gases por parte dos veículos e, considerando que o transporte é o maior responsável pela poluição atmosférica nos grandes centros urbanos. Portanto, podemos afirmar que florestas ajudam a prevenir a poluição do ar.
  • FLORESTA E LIXO: segundo estudos realizados pela Prefeitura de Niterói, a maior causa de incêndios em vegetação são a queima de lixo e balões, práticas ilegais e que precisam ser combatidas. 
  • FLORESTA E ÁGUA: o Brasil acabou de passar por uma grave crise hídrica e muitas cidades ficaram com o abastecimento de água comprometido. Sofremos as consequências da crise hídrica também na conta de energia, que foi sobre taxada devido à falta de água nos reservatórios das hidrelétricas, principal fonte de energia do país. As florestas são fundamentais para proteger os mananciais. Sem floresta, as nascentes secam. Sem as nascentes, os rios perdem a sua vazão e a natureza e o ser humano perdem a capacidade de sobrevivência.
  • BIODIVERSIDADE: florestas abrigam inúmeras espécies vegetais e atraem animais. Áreas desprovidas de florestas são pobres em biodiversidade.
  • PAISAGEM, LAZER E TURISMO: florestas são oportunidades para o lazer, recreação e para o turismo. Portanto, além de beneficiar diretamente a população, contribuindo para a qualidade de vida, florestas são indutores do turismo, gerando empregos e movimentando a economia.

Pelos motivos acima citados, a Prefeitura de Niterói criou o programa Niterói Mais Verde e tem envidado muitos esforços para proteger as áreas verdes da cidade, evitar que sejam destruídas pelo fogo e promover a recuperação das florestas nas encostas.

O reflorestamento é um trabalho árduo, de risco e muito caro. Calcula-se que para promover o plantio e fazer a sua manutenção até que a floresta se estabeleça de forma a poder desenvolver-se naturalmente, são necessários pelo menos 10 anos de manejo e tratos culturais mais intensos, consumindo-se pelo menos US$ 10 mil/hectare.

Portanto, quando se vê o fogo numa encosta, é preciso pensar que é dinheiro que está virando fumaça, que é a saúde das pessoas que está sendo prejudicada, que são empregos que estão deixando de ser gerados, e que são oportunidades para o futuro que estão sendo desperdiçadas.

Também, como vimos, recuperar florestas é necessário, é muito trabalhoso e custa muito caro. Os recursos públicos que são canalizados para reflorestar áreas que foram queimadas poderiam ser aplicados em outras necessidades da população.

Portanto, evitar queimadas é uma questão de bom-senso e de inteligência. Incêndios em vegetação precisam indignar as pessoas e esta indignação precisa ser canalizadas para ações efetivas. Uma boa forma de ajudar é participar dos cursos de Formação de Voluntários para a Prevenção de Queimadas, o chamado NUDEC-Queimadas, oferecidos pela Defesa Civil de Niterói. Saiba como participar aqui.


Axel Grael
Secretário Executivo
Prefeitura de Niterói



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Replantio muda paisagem do Morro Boa Vista




por

Crescimento de 25 mil mudas de 50 espécies já revitalizou 9,5 hectares de área verde no Bairro de Fátima

O biólogo marinho Luiz Gonzaga, que já reflorestou sozinho mais de 20 mil metros quadrados de área de mangue às margens da Lagoa de Itaipu, costuma dizer que “é só dar uma forcinha; o resto, a natureza faz”. E foi o que ela fez também no Morro Boa Vista, na região central da cidade, com a “forcinha” da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin), do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e de medidas compensatórias que promoveram o plantio de aproximadamente 25 mil mudas de 50 espécies numa área de 9,5 hectares do Bairro de Fátima que passou anos degradada.


25 mil mudas de 50 espécies foram plantadas no Morro do Boa Vista!

Nossa política para a sustentabilidade e o respeito ao meio-ambiente estão gerando ótimos resultados! As medidas compensatórias em nossa cidade já permitiram a revitalização de 9,5 hectares no Morro Boa Vista. Desde que assumimos a Prefeitura de Niterói, iniciamos um trabalho para preservar e recuperar as áreas verdes de nossa cidade e estamos obtendo muito êxito. Já estamos produzindo cerca de 100 mil mudas ao ano e contamos com três viveiros: um no Horto do Fonseca, outro na Clin e mais um no Horto de Itapu. É Niterói avançando de forma mais sustentável e compromissada com as próximas gerações!
(Rodrigo Neves, prefeito de Niterói)


O Morro Boa Vista integra a Área de Proteção Ambiental (APA) da Água Escondida e tem 22 hectares ao todo. O trabalho de reflorestamento que vem sendo feito no local já revitalizou aproximadamente 42% da área degradada do morro. A estimativa é que até 2020 toda a montanha esteja reflorestada. Para conseguir cobrir toda a área, os trabalhos foram divididos em cinco lotes. Três deles são replantados via medidas compensatórias, sendo duas de empreendimentos imobiliários que foram construídos na cidade e uma da Autopista Fluminense, em razão da obra de alargamento da Avenida do Contorno, no Barreto. Uma parte do terreno foi reflorestada pelo Inea, e o maior lote, com aproximadamente cinco hectares, recebeu replantio do projeto socioambiental da Clin, que tem um viveiro em sua sede, próxima ao morro, só para a produção de mudas. Todo o trabalho é fiscalizado pela Secretaria municipal de Meio Ambiente.

Monitoramento constante

Secretário executivo da prefeitura e engenheiro ambiental, Axel Grael explica que o trabalho de plantio por si só não garantiria o reflorestamento. Foi preciso monitorar o crescimento de espécies invasoras e as queimadas, que são os maiores vilões.

— A maior preocupação é com o fogo. E a gente tem o grande inimigo do reflorestamento: é o capim-colonião, que ironicamente tem o nome científico de Panicum maximum. Ele tem uma capacidade de produção de biomassa fantástica e, com alguns dias sem chover, já seca e vira um vegetal com alta capacidade de combustão. É ficar o tempo todo roçando para não deixá-lo se alastrar, porque ele briga muito com a vegetação nativa que ainda está se integrando ao solo — conta Grael. — O melhor instrumento para combater o capim-colonião é sombra. Então, na fase inicial do plantio é preciso monitorar de perto, até que as árvores comecem a fazer sombra e possam se proteger sozinhas.

Além de contribuir para a estabilização das encostas do Morro Boa Vista, o trabalho de reflorestamento está recuperando duas nascentes que existem na área. Devido à sua localização central, a Secretaria municipal de Meio Ambiente acredita que o local tem potencial para se tornar uma área de visitação, inclusive com a criação de um parque, o que será estudado após a conclusão do trabalho de recuperação de toda a mata. Com o sucesso, a prefeitura espera que as ações de revitalização desenvolvidas no Morro Boa Vista sirvam também de exemplo para o reflorestamento de outras áreas verdes degradadas na cidade.

— Serão mais de 22 hectares de áreas recuperadas lá. O morro tinha passado por uma série de queimadas e sofria com problemas de erosão; as chuvas fortes traziam riscos para as pessoas que moram próximo, além de contribuírem para o assoreamento dos rios. O reflorestamento garante a estabilidade do solo e melhora muito o microclima, com melhora da sensação térmica. São ações em que o ganho é mútuo: uma área dessas reflorestada garante um fluxo melhor do aquífero, e, quanto mais ativo o lençol freático for, mais resistente ficam as árvores em período de estiagem — detalha Grael.

Frutas e legumes

No reflorestamento estão sendo usadas mais de 50 espécies nativas, como ipê, aroeira, pau-brasil e pau-ferro. Por meio de um trabalho conjunto da Clin com a Secretaria municipal de Meio Ambiente, e em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), está sendo desenvolvido no Morro Boa Vista um projeto piloto agroflorestal, que consiste no plantio de mudas nativas e também de mudas de árvores frutíferas, além de aipim e outras espécies que podem ser consumidas. Um dos objetivos dessa ação é que os moradores dos arredores do morro aceitem melhor o reflorestamento e ajudem na preservação da vegetação.

Fonte: O Globo Niterói



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