sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Parque Orla e monitoramento das lagoas de Itaipu e Piratininga sairão do papel






Moradores reivindicam projetos que preservem características do entorno

NITERÓI - Assinada há duas semanas pelo prefeito Rodrigo Neves, a ordem de início (documento de autorização) para a elaboração dos projetos executivos do Parque Orla de Piratininga e para os estudos de monitoramento do sistema lagunar de Piratininga e Itaipu, que têm previsão de entrega em seis e 16 meses, respectivamente, levantou dúvidas. Moradores temem mudanças de características locais.

À frente do movimento SOS Lagoa de Piratininga, Alexandre Soares denuncia a recente eliminação da taboa, vegetação típica das margens e que atua como depuradora das águas poluídas e refúgio para fauna e microfauna.

— A supressão da taboa ocorreu recentemente em quatro trechos, e não sabemos se quem a fez foi morador ou a prefeitura. Esperamos que as autoridades não deixem que isso ocorra no projeto, pois nosso principal pedido em audiências públicas foi que não alterassem as características locais — diz.

O biólogo Paulo Bidegain conta que gostou muito do que viu nos pré-projetos:

— Vão transformar uma área degradada em parque público para a população e definir quais tecnologias serão usadas para recuperar as lagoas. Sobre as taboas, vi fotos, mas não sei o que houve. São de vital importância para a lagoa, pois transformam o esgoto em plantas.

A prefeitura afirma que não fez o corte e adverte que a retirada das taboas é ilegal. Está sendo intensificada a fiscalização na região para impedir este tipo de crime. De acordo com a administração municipal, o Projeto Orla está sendo desenhado pela ótica do paisagismo ecológico, preservando a lagoa e seus ecossistemas associados e sem aterrar o espelho d’água.

Já o monitoramento do sistema lagunar analisará aspectos de qualidade das águas, de sedimentos, da flora e da fauna, além das questões físicas em relação à circulação, regendo as prioridades de intervenção para a despoluição e a recuperação ambiental das duas lagoas.

— O Parque Orla e o monitoramento vêm para evitar improvisos. Queremos encontrar uma solução para a gestão do sistema lagunar no curto e longo prazo — declara o secretário executivo Axel Grael.


Fonte: O Globo










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