Pesquisadores da USP e da Unicamp comprovam por meio de análises químicas da madeira da tipuana, árvore muito presente na arborização pública de São Paulo, que diminuiu os níveis de poluição por alguns metais pesados na zona oeste da cidade de São Paulo.
Com o uso de trados, os pesquisadores retiram amostras da madeira de árvores (tipuanas) com idade de cerca de 60 anos. Através da comparação da composição química da madeira em diferentes anéis de crescimento, identificando a presença de poluentes, como os metais pesados. Os anéis de crescimento são formados pelos ciclos de crescimento das árvores. A análise dos círculos concêntricos da madeira (anéis de crescimento) indica ao pesquisador a idade das árvores, quais anos foram mais secos ou mais chuvosos e períodos de stress sofridos por aquela árvore.
Como o vídeo mostra, uma das conclusões é a redução da presença dos metais pesados como o chumbo, após a legislação impor combustíveis mais limpos.
Outros metais como zinco e cádmio, também reduziram a sua presença. Os pesquisadores atribuem a queda à desindustrialização da cidade e o avanço tecnológico que permitiu uma maior eficiência dos motores, reduzindo emissões.
A análise temporal da poluição também permite fazer analogias com problemas de saúde pública, cruzando-se as informações obtidas das árvores com os dados de ocorrência de doenças.
Assista a tudo isso no vídeo divulgado pela Agência FAPESP.
Axel Grael
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