quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Alunos têm que entender a utilidade do que aprendem, afirma Ladislau Dowbor

Ladislau Dowbor

por Redação Carta na Escola
“Os alunos estão cansados de estudar coisas que lhes dizem que um dia vão entender a importância. Eles têm que entender e sentir a utilidade já!” Essa seria uma das principais estratégias para aumentar o interesse dos alunos na escola, de acordo o economista Ladislau Dowbor, que é professor da PUC-SP.

Em entrevista, ele abordou a importância de a escola trabalhar o seu entorno para melhorar o aprendizado. “Quando se dá instrumentos óticos para a compreensão deste entorno, no qual a criança tem a sua experiência de vida, a assimilação dos conceitos teóricos se torna incomparavelmente mais rica.”

Dowbor participará, nessa sexta-feira (25/11), do lançamento de uma coleção de cadernos sobre a tecnologia social do Bairro Escola, uma publicação da Associação Cidade Escola Aprendiz, em parceira com a editora Moderna. A entrevista faz parte de um dos livros.

Como seria uma escola menos “lecionadora” e mais articuladora, como o senhor defende?
Ladislau Dowbor — O conteúdo geral do que se ensina está se deslocando. É o velho debate: se a cabeça tem de ser bem cheia ou bem feita. Na realidade, está se tornando muito mais importante dar sentido ao que a gente está estudando. O matemático Ubiratan D’Ambrósio menciona uma frase que eu uso também: “Os alunos estão cansados de estudar coisas que lhes dizem que um dia vão entender a importância”. Eles têm que entender e sentir a utilidade já! A criança possui uma curiosidade natural imensa por entender as coisas, veja a forma como eles desmontam um brinquedo, é o que a Madalena Freire chama de “paixão de conhecer o mundo”. Sob esse pano de fundo a gente está começando a repensar de uma maneira muito mais ampla qual é o conteúdo que estamos ensinando.

Eu me lembro de experiências que eu tive na Guiné-Bissau, na África, onde houve uma iniciativa de educação no interior de uma região produtora de arroz onde se dava num dia de aula, por exemplo na segunda-feira, o estudo das estruturas produtivas, no outro dia as estruturas sociais e por aí vai. São povos que vivem do arroz irrigado. Então, ensinava-se química mostrando o que é capilaridade, como é a salinidade da água e todas essas coisas que eles conhecem pela prática. Quando eles adquirem a compreensão teórica dos mecanismos que estão por trás disso, isso apaixona. Não havia nesta experiência o fatiamento em disciplinas e havia, essencialmente, a vontade de dar aos alunos instrumentos da compreensão do próprio mundo deles. O gosto de aprender é 90% da capacidade de aprender, porque é isto que realmente estimula.

Em um artigo publicado na revista Estudos Avançados da USP, no ano passado, o senhor exemplifica essa mudança com o que aconteceu em Pintadas, na Bahia. Explique melhor o que eles fizeram de tão inovador.
Ladislau Dowbor — Este caso está diretamente ligado à mudança da cultura política. Pintadas é uma cidade onde a prefeitura foi assumida por movimentos sociais e eles passaram a buscar respostas para os seus problemas. Grande parte dos municípios do Nordeste localizados na região da Caatinga está envolvida com os programas de cisternas, movidos por uma rede de organizações da sociedade civil chamada Articulação no Semiárido (ASA). Isto porque na região Nordeste há a chuva, só que ela está concentrada em um período do ano, cai, se infiltra nos lençóis freáticos e desaparece. O que eles fazem? Captam essa água em cisternas (cada cisterna recebe até 16 mil litros), o que permite à família sobreviver durante o período seco com água suficiente, inclusive para jardinagem, cultivo de legumes e coisas do gênero. Isto é uma apropriação de conhecimento pela comunidade. Não são grandes conhecimentos, mas são essenciais em termos de responder às necessidades do lugar.

E a educação nisso? Apesar de Pintadas ficar no semiárido, as crianças nunca tinham tido uma aula sobre o semiárido, suas limitações e potencialidades. Hoje se ensina o semiárido nas escolas de Pintadas. É óbvio que isto envolve uma mudança de atitude na comunidade, e não só na escola, porque é preciso que ela esteja interessada em conhecimentos, que desperte para o fato de poder reconstruir o seu entorno de maneira diferente, porque o desenvolvimento não é uma coisa que chega lá de cima, é uma coisa que se faz. A partir daí, a própria escola passa a demandar conhecimento, não é mais “o que se empurra”, como estudar quem foi dona Carlota Joaquina, decorar o comprimento do Nilo, etc. Em termos de economia, já que sou um economista, poderíamos dizer que não é por oferta, mas por demanda que se organiza o conhecimento. Isso já foi visto e apresentado como uma visão reducionista, mas não é.

E como se combate a crítica de que esta seja uma visão reducionista da educação?
Ladislau Dowbor — Demonstrando que a experiência concreta da criança é o seu entorno e quando se dá instrumentos óticos para a compreensão deste entorno, no qual a criança tem a sua experiência de vida, a assimilação dos conceitos teóricos se torna incomparavelmente mais rica. A partir daí, o aluno entenderá melhor outras dimensões mais amplas. Então, não se trata simplesmente de substituir uma educação pela outra, mas de enriquecer. Eu acho que isto nos leva a uma compreensão mais abrangente da educação, no seguinte sentido: eu cada vez menos trabalho com o conceito de educação e cada vez mais com o conceito de gestão do conhecimento.

Por exemplo: Jacob Anderle, que foi secretário de Educação de Santa Catarina, montou naquele Estado um projeto chamado “Minha Escola, Meu Lugar”. A escola passou a ser uma articuladora dos conhecimentos necessários à própria comunidade, gerando uma escola menos lecionadora e muito mais articuladora dos diversos subsistemas de conhecimento. Precisamos entender o seguinte: a ciência não está mais como um tipo de estoque acumulado na cabeça do professor. A ciência existe numa rede que você pode fazer com faculdades regionais, em sites na internet, com os mais diversos temas científicos disponíveis a custos irrisórios, ou seja, há uma disponibilidade do conhecimento e você tem de aprender a fazer a apropriação inteligente e o cruzamento desses conhecimentos. Então, está acontecendo uma explosão do universo do conhecimento à disposição e a escola continua a repassar o que está na cabeça da professora, em vez de a professora ensinar seus alunos a fazerem a conexão com os diversos universos do conhecimento disponíveis.

É como se a escola ainda ignorasse que está em curso uma grande revolução…
Ladislau Dowbor — Exatamente. Há um descolamento, uma disritmia entre o avanço das tecnologias de informação e do conhecimento e o jeito como administramos esse conhecimento no universo escolar. Uma forma interessante de tentar fazer a ponte, o que os norte-americanos chamam de leap frog (dar um salto), eu vi em Piraí, no Rio de Janeiro. Eles pegaram aquelas torres de retransmissão de sinal de celular, fizeram um convênio com as empresas para transmissão de sinal banda larga, internet e rádio. Com isso, criaram uma rede wi-fi urbana, coisa que está sendo feita no mundo todo. Os custos são ridículos, da ordem de US$ 10 por domicílio. Por meio de um acordo com a Intel, compraram laptops de R$ 400 para as crianças. Eu vi aquele pessoal de escola pública, pessoal de chinelinho de dedo, típico das classes modestas, assistindo a uma aula de geografia e se conectando ao Google Earth…

É outra coisa. A gente tem de pensar que os meninos de hoje vão entrar no mercado de trabalho daqui a dez, quinze anos. A revolução que estamos vivendo hoje é uma revolução da passagem para a sociedade do conhecimento.

O senhor mencionou a necessidade de a escola se tornar articuladora eficiente de parcerias. Quais seriam as principais, as mais estratégicas?
Ladislau Dowbor — Vamos pegar o exemplo de Capela do Socorro, na região sul de São Paulo. Lá há uma ONG, coordenada por Cleodon Silva, que organizou um sistema de informação sobre aquela região, partindo dos dados que existem nas prefeituras e nos diversos subsistemas de informação, e enraizando essas informações na base que são os CEPs de correio. Qualquer pessoa conhece o seu CEP. Então a pessoa coloca o número do seu CEP, oito dígitos, e pode procurar quais são as escolas locais, quais os serviços prestados, as migrações, enfim, o conjunto de informações que existem, mas que estão dispersas e não se transformam em conhecimento. Imagine as escolas da região de Capela do Socorro fazendo parcerias com essa ONG.

São sistemas que buscam respostas práticas. Por exemplo, se você olhar quantas creches há naquela região, que é pobre, são poucas, mas ele trabalha com a molecadinha de rua, e eles anotam se veem uma plaquinha numa casa onde está escrito “Aceita-se guarda”. O que é isso? É a rede de creches informais que existe. Isso é importante? É importante para a pessoa local.

Se você vincula essas ONGs, que são especializadas em conhecimento, com organizações comunitárias e com as escolas, você se mobiliza para iniciativas de melhoramento de um bairro, de geração de atividades de renda, etc. O clique lógico da economia do conhecimento é o seguinte: quando eu produzo essencialmente bens físicos, por exemplo, esse meu relógio, se eu passo a você, eu deixo de tê-lo. Mas, quando a base do valor dos produtos é o conhecimento, se eu passo o meu conhecimento para você, eu continuo com ele. Então o deslocamento que está se fazendo é da visão da competição para a visão da colaboração.

É um deslocamento de paradigma. Isto não é coisa de sonhador, você tem trabalhos em nível mundial acontecendo de maneira colaborativa. A própria Wikipedia é um processo colaborativo gratuito com o qual muita gente contribui para fazer coisas úteis. Na economia mesmo, na área empresarial, esse conceito está entrando com muita força.

Eu queria que o senhor falasse de uma instância em especial, que é o Conselho Municipal de Educação.
Ladislau Dowbor — O Conselho Municipal de Educação pode ser um articulador dessa nova visão porque é formado por gente que vem de vários setores, com condições de entender o que aquela comunidade mais precisa, além de poder fazer parcerias com universidades ou centros de pesquisa para transformar esse enriquecimento local em conhecimento. Mas é preciso que os conselhos ultrapassem a visão de serem um tipo de fiscal das contas da prefeitura para se tornarem fomentadores das diversas articulações que um sistema local de conhecimento precisa.

O MEC está requalificando os Conselhos Municipais de Educação em todo o país, sei que será criado um portal dos conselhos e um software que permita, de um lado, ao Ministério poder repassar estudos científicos, documentos e propostas de atualização de sistemas de educação e, de outro, que toda iniciativa inovadora de um conselho possa ser colocada em rede.

Como o senhor vê o Ensino Médio no Brasil?
Ladislau Dowbor — Eu acho trágico que o moleque que faz até o fim do secundário chegue aos 18 anos para, pela primeira vez, visitar uma instituição de trabalho. O currículo escolar deveria introduzir desde cedo visitas a um hospital, a uma universidade, às indústrias, a uma empresa agrícola.

Dessa forma, haveria uma melhor compreensão. As pessoas têm muito esse medo da instrumentalização da educação. Nós temos uma herança antiga, de uma visão utilitarista e um pouco comercial.

Na década de 1980, se criticava o ensino profissionalizante como se ele fosse um ensino “para o pobre, enquanto o propedêutico era um ensino para a classe média que ia para a universidade. O senhor não compartilha dessa visão?
Ladislau Dowbor — Não. Eu acho que a raiz desse problema não está na educação, mas situa-se em nível estrutural. A desigualdade nesse país é o problema número um. A gente pode ver esse problema, pode evitar que haja uma educação para rico e outra para pobre, mas ainda é o que fazemos hoje.

Ainda pensando naquele jovem que se forma e não encontra emprego, como se concilia uma expectativa de vida mais longa com uma diminuição sistemática de empregos?
Ladislau Dowbor — Para que serve o emprego? Para você ter renda. Só que essa renda, esse papel-moeda, em si não vale nada: você não come ele, você tem de ter os bens, ou seja, você tem de produzir os bens e serviços, isto que é importante. Hoje a gente produz no mundo cerca de US$ 6 mil de bens e serviços para cada pessoa do planeta, a cada ano. Se você dividir isto por 12 meses e pegar uma família de quatro pessoas, dá de R$ 3 mil a R$ 4 mil por mês, ou seja, o que a gente produz hoje no planeta é amplamente suficiente para todo mundo viver com conforto e dignidade. Portanto, o problema não está na produção, está em organizar o acesso à renda correspondente.

O trabalhador norte-americano trabalha de maneira desesperada, compra um monte de bagulho, inclusive desperdiça cereais de uma forma fenomenal. Com isto, outra parte do planeta está passando fome. Um caminho para responder sua pergunta é a redução da jornada de trabalho. É óbvio que a humanidade está precisando de cada vez menos volume de trabalho para produzir o que necessita. É a experiência que se fez na França e que funciona, na linha do trabalhar menos para trabalharem todos. Com todos trabalhando, não é preciso ter aqueles fundos de desemprego, o que permite subvencionar as empresas que chiam porque vão pagar o mesmo salário, mas com menos horas de trabalho. Essa subvenção permitiu fazer funcionar o sistema. Nós teremos que evoluir para a gradual redução da jornada de trabalho.

Há um texto do (economista John Maynard) Keynes, escrito em 1933, uma carta para os seus netos imaginários, no qual ele imagina como será o mundo deles; portanto, o nosso. Ele disse o seguinte: se forem inteligentes os meus netos, eles trabalharão três dias por semana porque, com as tecnologias que surgirão, será amplamente suficiente para satisfazer o básico para cada um de nós. E note que ele escreveu esse texto quando ainda nem tinha netos! Este é um eixo de solução. Nós caminhamos para diversos tipos de desemprego estrutural. A pesca artesanal ocupa cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, mas ela vem sendo destruída pela grande pesca oceânica, de navios superequipados.
Então, com isso, estão sendo liquidados milhões de postos de trabalho, que sustentavam diversas economias locais. Então você tem uma substituição de empregos, mas, ao mesmo tempo, há a liquidação das reservas de peixe do planeta. Esse pessoal que praticava a pesca artesanal vai ficar desempregado e não terá renda para comprar esse peixe. Um exemplo disso: o japonês gosta muito de barbatana de tubarão. Em 2006, foram pescados 73 milhões de tubarões. Pesca-se, corta-se a barbatana, joga-se o resto fora. Toda essa destruição dos processos infelizmente tem uma lógica sistêmica, que pode ser assim resumida: se não for eu, será outro. É a lógica que está muito bem exemplificada no documentário A Corporação, que eu recomendo.

Biografia
Nascido na França, Ladislau Dowbor formou-se em Economia Política na Suíça. Fez mestrado e doutorado em Ciências Econômicas e descobriu o Brasil ao se casar com Fátima Freire. Por aqui viveu até o golpe de Estado de 1964. Exilado, trabalhou como consultor na Guiné-Bissau, Nicarágua, Costa Rica, África do Sul e no Equador. Anistiado, regressou ao Brasil.

* Publicado originalmente pela Carta na Escola e retirado do Portal Aprendiz.
(Portal Aprendiz)

Fonte: Envolverde

Projeto Grael capacita equipe e alunos

CURSO DE EMERGÊNCIAS AQUÁTICAS




O CURSO DE EMERGÊNCIAS AQUÁTICAS foi realizado em parceria com a SOBRASA (Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático) é parte do esforço de contínuo aperfeiçoamento que o Projeto Grael oferece à sua própria equipe, visando garantir a qualidade e a segurança das atividades desenvolvidas.

O curso atendeu 16 integrantes da equipe e foi ministrado durante todo o sábado, dia 19/11/2011. O programa incluiu prevenção de acidentes no mar, primeiros socorros, resgate e aulas práticas no mar, utilizando botes e barco.

Ministrantes:

Professor Marcelo Barros - professor de Educação Física e autor de dos livros "Hidroginástica e Natação Natural".

Dr David Szpilman - médico do CTI do Hospital Municipal Miguel Couto (Rio de Janeiro), médico da reserva do corpo de Bombeiros e do centro de recuperação de afogados da Barra da Tijuca, membro do Conselho Médico Internacional de Salvamento Aquático "International Lifesaving Federation - ILF", sócio fundador e atual diretor médico da Sobrasa - Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático e curso de guarda vidas pelo serviço de San Diego - Califórnia.

O Curso de Emergências Aquáticas foi oferecido nesta oportunidade de forma experimental. Em 2012, a parceria Projeto Grael e SOBRASA abrirá cursos de emergências aquáticas para o público externo. Aguardem !

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CURSO DE NÓS E COSTURAS EM CABOS

Ricardo Ermel, ensina os segredo dos nós e falcaças.
 
No dia 17 de Outubro, durante toda a tarde, aconteceu no Projeto Grael uma OFICINA DE NÓS E COSTURA EM CABOS, ministrada pelo velejador Ricardo Ermel.

Os alunos e alguns membros da equipe tiveram aulas teóricas e práticas sobre a vários tipos de nós e costuras em cabos. As técnicas são indispensáveis para um profissional ou amador dedicado às atividades do mar.

Agradecemos mais esta valiosa contribuição da família Ermel ao Projeto Grael.

domingo, 27 de novembro de 2011

Petrobras vazou duas vezes mais óleo em 2010 do que o acidente da Chevron


Para analistas, petrolíferas não investem o bastante em segurançaRIO — Os vazamentos de petróleo no Brasil são mais comuns do que se pensa. Só a Petrobras, a maior empresa do setor, encerrou o ano passado poluindo mais e recebendo um grande volume de autos de infração dos órgãos de fiscalização. Em 2010, a estatal registrou 57 vazamentos, contra 56 ocorrências em 2009. O volume de petróleo e derivados derramado cresceu cerca de 163%, pulando de 1.597 mil barris, em 2009, para 4.201 mil barris espalhados na natureza no ano passado, quase o dobro dos 2.400 barris que teriam vazado do poço da Chevron no campo de Frade (Bacia de Campos), onde a Petrobras tem 30% de participação no consórcio de exploração.

O óleo vazado pela Petrobras em 2010 foi o maior em pelo menos quatro anos, segundo levantamento do GLOBO com base em seus relatórios de sustentabilidade. O número ficou acima do Limite Máximo Admissível, índice anual usado pela estatal, de 3.895 mil barris. Especialistas dizem que as empresas não estão investindo o suficiente em sistemas de segurança e ressaltam que os desafios são maiores com o pré-sal.

Segundo o Relatório de Sustentabilidade de 2010, o Sistema Petrobras recebeu, em 2010, 21 autos de infração ambientais, que geraram multas de R$ 80,75 milhões. O número é 131,04% maior em relação a 2009, quando três autos totalizaram R$ 34,95 milhões. Esses números consideram multas com valores iguais ou superiores a R$ 1 milhão.

Presidente do IBP: empresas investem muito em prevenção
Segundo a advogada ambientalista Beatriz Paulo de Frontin, falta uma fiscalização mais rigorosa nos pequenos vazamentos que ocorrem não apenas nas plataformas, mas em oleodutos, refinarias, navios e bases. Ela ressalta que, às vezes, esses derramamentos não são nem considerados acidentes, por serem de pequeno porte, nem chegam ao conhecimento do público, mas causam grandes danos:

— Por serem pequenos, esses vazamentos não têm muito controle, mas devem ter um impacto ambiental grande. Deveria haver uma fiscalização mais constante para esses pequenos vazamentos e, principalmente, que fossem feitos de forma preventiva.

O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IPB), João Carlos França de Luca, garante que as petrolíferas estão preparadas para produzir com segurança em águas profundas, como no pré-sal. O executivo destacou que as petrolíferas do mundo todo investem muito não só em novas tecnologias, mas em sistemas de prevenção e contenção de acidentes.

— As indústrias investem muito em prevenção, e em caso de acidente, em sua contenção. É quase uma obsessão, pois os custos financeiros, o impacto negativo de sua imagem, os impactos ambientais, caso aconteça um acidente, são muito grandes — destaca.

Segundo De Luca, quando ocorre um acidente, como o da BP no Golfo do México, no ano passado, e agora o da Chevron, na Bacia de Campos, inovações tecnológicas e novos sistemas são incorporados por toda a indústria. As nove maiores petrolíferas, incluindo Petrobras, que fazem parte da Associação Internacional dos Produtores de Petróleo e Gás (OGP), estão investindo cerca de US$ 2 bilhões em quatro unidades de um equipamento (capping) desenvolvido e usado para conter o vazamento da BP.

Já o especialista em petróleo Claudio Pinho, autor do livro "Pré-sal: história, doutrina e comentário das leis" (Editora Legal), acredita que as empresas não vêm investindo o suficiente. Lembra ainda que, no caso do pré-sal, há agravantes, pois não foi prevista qualquer reserva de recursos para prevenção e combate a acidentes na exploração:

— Hoje, o conceito de segurança para explorar petróleo no pós-sal e no pré-sal é igual. Estamos vivendo uma espécie de corrida tecnológica, com os equipamentos e os exames sísmicos sendo desenvolvidos de forma difusa. A questão é que um vazamento só chama atenção quando é concentrado. As multas que a Petrobras recebeu (R$ 80 milhões em 2010) são representativas.

Minc vai pedir números de investimentos em prevenção
A Petrobras não comentou em que locais ocorreram os vazamentos. Chevron, ExxonMobil, Shell, BG Group e Repsol não revelam quanto investem em segurança. O analista Adriano Pires também considera insuficientes os investimentos em segurança:

— Mas é nítido que o setor terá de investir mais com o aumento de produção que está previsto (com o pré-sal). A fiscalização deveria ser mais rigorosa, com o uso de equipamentos mais sofisticados.

As empresas, porém, poderão ter de divulgar investimentos em prevenção. É o que Carlos Minc, secretário de Ambiente do Rio, vai pedir às petroleiras.

— A Chevron será a primeira da lista. Na próxima semana, é a vez de outras empresas. Essas informações são essenciais. Não sabemos se elas estão de fato preparadas quando os vazamentos ocorrem — diz Minc.

Para Fabio Guinancio, diretor da Comtrol Beneficiamento de Resíduos, é preciso investir em pesquisa para ter equipamentos adequados aos diferentes ambientes terrestres e aquáticos:

— Uma questão que se pode apontar como problema é a falta de conhecimento das diferentes regiões aos efeitos do óleo e dos produtos químicos.

Muitos especialistas, no entanto, não sabem dimensionar se o país está preparado para um grande desastre ambiental. Para biólogos, faltam equipamentos de segurança em escala nacional. A Petrobras conta com 30 embarcações de grande porte para recolhimento de óleo, 150 mil metros de barreiras de contenção, 200 recolhedores de óleo e 200 mil litros de dispersantes.

— Esses números já incluem as atividades relacionadas ao pré-sal. Hoje, a empresa tem ainda dez centros de defesa ambiental, 13 bases avançadas e 130 embarcações de apoio — diz uma fonte ligada à empresa.

Ainda segundo o Relatório de Sustentabilidade da Petrobras, a estatal registrou alta de 11% em gastos ambientais com produção e operação, passando de R$ 1,575 bilhão em 2009 para R$ 1,750 bilhão em 2010. Mas o total com equipamentos e sistemas de controle de poluição caiu de R$ 197,5 milhões para R$ 172,3 milhões — recuo de 12,76%.

— O Brasil vai para campos mais ousados, onde os riscos são maiores. É óbvio que a técnica para alcançar o óleo em maior profundidade, assim como seu sistema de segurança, devem ser mais estudados e desenvolvidos — afirma o biólogo David Zee.

Repasse da Petrobras para universidades cresceu só 3,4%
Especialistas criticam o pequeno avanço no volume repassado pela Petrobras para universidades em projetos para desenvolvimento de pesquisas. Entre 2009 e 2010, o repasse cresceu apenas 3,4%: de R$ 500 milhões para R$ 517 milhões.

— Não acho viável um crescimento tão baixo com todo o desafio do pré-sal batendo na porta — afirma um professor de uma faculdade do Rio.

Fonte: O Globo

Greenpeace denuncia o lobby que dificulta os acordos para salvar o clima


Who's holding us back?

How carbon-intensive industry is preventing effective climate change legislation

November 23, 2011

The corporations most responsible for contributing to climate change emissions and profiting from those activities are campaigning to increase their access to international negotiations and, at the same time, working to defeat progressive legislation on climate change and energy around the world.

These corporations – while making public statements that appear to show their concern for climate change and working with their own seemingly progressive trade associations like the World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) – threaten to defeat urgent global progress on climate change and economic development for the 99% of the world’s population that desires both clean energy and clean air.

This report helps to demonstrate why decisive action on the climate is being increasingly ousted from the political agenda. Firstly we summarise the lack of action at a national level in several key countries to build the right preconditions to a global climate agreement, which stands in stark contrast to public opinion demanding change. Then, the report reveals through clear case studies how a handful of major polluting corporations such as Eskom, BASF, ArcelorMittal, BHP Billiton, Shell and Koch Industries, as well as the industry associations that they are members of, are influencing governments and the political process on climate legislation.

Download the Executive Summary
Download the full report

Fonte: Greenpeace

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

BID aprova US$ 452 milhões para programa saneamento da Baía de Guanabara



Recursos ajudarão Governo do Estado do Rio de Janeiro a avançar com o Pacto pelo Saneamento, cujo objetivo é ampliar serviços de coleta para 80% da população do estado até 2018

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou empréstimo de US$ 452 milhões para a melhoria da coleta de esgotos nos municípios afluentes da Baía de Guanabara, um dos maiores símbolos da beleza natural do Rio de Janeiro.

Com os recursos, o Governo do Estado do Rio de Janeiro avançará com o Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (PSAM), uma região que abriga uma população de mais de 10 milhões de pessoas. O programa integra o Pacto pelo Saneamento, aprovado por meio de decreto em abril deste ano, com o qual o governo pretende ampliar os serviços de saneamento básico para 80% da população do estado até 2018.

“O objetivo é aumentar o nível de coleta e tratamento de esgotos, reduzindo a carga orgânica de origem doméstica vertida nos corpos hídricos e, em conseqüência, contribuir para a recuperação da qualidade das águas da Baía de Guanabara, de acordo com Yvon Mellinger, líder de projeto do BID.
Estima-se que o financiamento do BID contribuirá para que mais de 359 mil domicílios ganhe acesso à rede de esgotos, beneficiando diretamente 1, 68 milhão de pessoas.

Na Baía de Guanabara, além da realização de obras para instalação de receptores e sistemas de tratamento de esgotos, as ações também envolvem investimentos nas instituições estaduais para melhoria da qualidade dos serviços prestados, alem da promoção de políticas públicas sustentáveis de saneamento nos diversos municípios envolvidos. A recuperação ambiental da Baía de Guanabara é também um dos compromissos assumidos pelo Governo do Estado por ocasião da escolha da cidade do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Mellinger destaca ainda o fato de que o programa de saneamento tenha metas traçadas pelo governo estadual, mas seja implementado com o apoio dos diversos municípios banhados pelas águas da baía.
O empréstimo tem prazo de 25 anos e período de carência de cinco anos, com taxa de juros baseada na Libor. O período para desembolsos também é de cinco anos. O PSAM receberá ainda US$ 188 milhões do Governo do Estado do Rio de Janeiro, totalizando um investimento de US$ 640 milhões.

Saiba mais sobre o projeto aprovado.

Fonte: BID

terça-feira, 22 de novembro de 2011

OMM revela que nível dos gases atingiu recorde em 2010




Data: 22/11/2011 09:56
Por: Redação TN / EcoD

Os níveis de gases do efeito estufa na atmosfera alcançaram um novo recorde em 2010, ano no qual também aumentou o ritmo de emissão, segundo afirmou nesta segunda-feira, 21, a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Houve uma alta de 39% de dióxido de carbono (CO2), 158% de metano e 20% de óxido nitroso, de acordo com o relatório da agência da ONU.

Em seu Boletim sobre os Gases do Efeito Estufa, a OMM alerta que, na última década, houve um grande aumento das concentrações de óxido nítrico (NO), que também influencia o aquecimento da atmosfera. "O impacto causado na atmosfera devido aos gases do efeito estufa gerados pela atividade humana alcançou níveis recordes desde a era pré-industrial", destacou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.

"Mesmo se interrompêssemos hoje todas as emissões de gases poluentes, algo fora da realidade, seus efeitos continuariam presentes na atmosfera durante décadas" - Michel Jarraud. Na opinião do chefe da OMM, "agora, mais do que nunca, temos que compreender as complicadas, e às vezes imprevisíveis, interações entre estes gases e a atmosfera, a biosfera e os oceanos".

O objetivo da agência é continuar recolhendo informações por meio de sua rede de Acompanhamento Atmosférico Global (GAW, na sigla em inglês) para conhecer melhor as alterações que a atmosfera sofre e, portanto, o clima do planeta.

Força de irradiação

A OMM divulgou que, entre 1900 e 2010, houve um aumento de 29% na força de irradiação (o efeito de aquecimento atmosférico no clima) derivada dos gases do efeito estufa, e que o CO2 é o responsável por 80% desse aumento. O CO2 é hoje o gás de efeito estufa mais presente na atmosfera e representa cerca de 64% do total das causas de variação no clima. Segundo a OMM, desde o começo da era industrial, em 1750, sua presença na atmosfera aumentou em 39% - até 389 moléculas de gás por milhão de moléculas de ar limpo.

Entre 2009 e 2010, essa "abundância atmosférica" aumentou em 2,3 unidades por milhão, superando os números da década de 1990, quando foram 1,5 unidades por milhão e dos anos 1980, de 2 unidades por milhão.

Outros gases

Depois do CO2, o metano (CH4) contribui com 18% da força de irradiação, um aumento de 158% em relação à era pré-industrial, quando a presença deste gás na atmosfera terrestre era de 700 moléculas para cada 1 bilhão de partículas de ar limpo. Este forte aumento se deve principalmente à pecuária, à produção de arroz e à exploração dos combustíveis fósseis. A atividade humana é responsável hoje por 60% das emissões de metano, enquanto o restante procede de fontes naturais, como as terras úmidas. No caso do metano, a OMM adverte que "após um período de relativa estabilização de seus níveis entre 1999 e 2006, sua presença na atmosfera voltou a aumentar".

O óxido nítrico, que tem sua origem nos oceanos e em atividades humanas como o uso de adubos, contribui com 6% dessa força de irradiação e está 20% acima dos níveis prévios à revolução industrial. O problema é que seu impacto sobre o clima é 298 vezes superior ao das emissões em igual quantidade de dióxido de carbono.

Em janeiro deste ano, o EcoD noticiou que o ano de 2010 empatou com 2005 na condição de temporada mais quente desde 1880, quando a Organização Meteorológica Mundial (OMM) iniciou as medições. O período encerrou uma década de temperaturas excepcionalmente altas devido às emissões humanas de gases de efeito estufa. A temperatura da superfície terrestre em 2010 foi 0,62 grau Celsius superior à média do século 20, de acordo com relatório do Centro Nacional de Dados Climáticos (NCDC), ligado à Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês).

- Conheça o relatório na íntegra em PDF (em espanhol) - http://www.wmo.int/pages/prog/arep/gaw/ghg/documents/GHG_bull_6_es.pdf

*Com informações da Reuters e EFE.

Fonte: TN Sustentável

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Vegetação natural virou pasto em 80% das Áreas de Preservação Permanente

Estudo sobre a ocupação das chamadas APPs, a parte mais polêmica da reforma do Código Florestal em discussão no Congresso, mostra que as pastagens avançaram numa área protegida equivalente a uma vez e meia o território do Estado de São Paulo


 
MARTA SALOMON / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo


Oito de cada dez metros das Áreas de Preservação Permanentes já desmatadas às margens de rios e encostas de morros no País viraram pasto, mostra um retrato recente da ocupação das chamadas APPs, a parte mais estratégica e polêmica da reforma do Código Florestal, em debate no Congresso.

A recuperação das APPs é o maior nó na reta final da negociação da reforma das regras de proteção do ambiente nas propriedades privadas. A tendência das negociações é reduzir ainda mais a exigência de recuperação de áreas ocupadas pelo agronegócio, em nova versão da reforma a ser apresentada amanhã.

Estudo do professor da USP Gerd Sparoveck estima que 550 mil km2 nas APPs às margens de rios e encostas de morros foram desmatadas, de um total de 1,3 milhão de km2 de proteção da vegetação natural exigida pelo Código em vigor. Das áreas já desmatadas, 440 mil km2 são ocupados por pastagens, calcula o estudo. A extensão dos pastos em APPs corresponde a mais de 1,5 vez o território do Estado de São Paulo.

"No melhor dos mundos, haverá a restauração da vegetação natural de 15% das Áreas de Preservação Permanentes desmatadas, não mais do que isso. Na pior dos mundos, nem isso será recuperado", calcula Sparoveck, cujas estimativas sobre desmatamento das áreas de proteção vêm subsidiando os debates do Código Florestal desde o início dos trabalhos do então relator na Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), hoje ministro do Esporte. Os números são usados como referência tanto por ruralistas como por ambientalistas.

Sparoveck sugere um programa de custo reduzido para recuperação das APPs, baseado em investimentos em cercas e bebedouros, sem prejuízo ao tamanho do rebanho, mas que exigiriam maior produtividade da pecuária brasileira.

O estudo indica um porcentual menor de cultivo de grãos e alimentos que poderia ser atingido pela exigência de recuperação das APPs, entre 5% e 32%, nos biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. No Cerrado, 20% das APPs desmatadas são ocupadas pela agricultura.

Acordo. As negociações em curso, no entanto, vão em outra direção. Amanhã, o relator na Comissão de Meio Ambiente, senador Jorge Viana (PT-AC), apresenta uma nova tentativa de acordo, negociado com o relator nas Comissões de Ciência e Tecnologia e Agricultura, senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC).

Uma nova leva de concessões ao agronegócio tentará conter a oposição manifestada por líderes ruralistas. Proposta negociada com o governo prevê que proprietários de imóveis de 4 a 15 módulos rurais (de 20 a 1.500 hectares, dependendo do município) também possam escapar da exigência de recuperar APPs, dependendo do aval dos conselhos estaduais de meio ambiente.

A justificativa é beneficiar proprietários rurais que têm seus imóveis localizados quase integralmente nas áreas de proteção às margens de rios mais largos, como o Iguaçu e o São Francisco. O Estado apurou que a ideia é obrigar que proprietários de terras enquadrados nessa situação recuperem pelo menos 20% da vegetação natural em seus imóveis, desde que não estejam localizados no bioma Amazônia. Os benefícios eram previstos inicialmente apenas para pequenos agricultores.

A nova versão de acordo para a votação da reforma do Código trará regras de recuperação das matas ciliares adaptadas à largura dos rios. Até aqui, o texto exigia a recuperação de pelo menos 15 metros às margens dos rios mais estreitos, com até 10 metros de largura. A redação, aprovada pela Câmara, foi questionada no Senado. O governo endossa novas concessões desde que elas se restrinjam a imóveis produtivos e única residência dos proprietários.

A negociação no Congresso também prevê novas concessões para a produção de camarão e de sal em manguezais. Pressionado por setores de seu partido, o senador Luiz Henrique proporá a liberação das atividades instaladas em manguezais até 2010. O governo, por ora, é contra essa nova mudança de última hora.

As negociações avançariam pelo fim de semana, na busca de um texto que reúna o os votos de deputados e senadores e garantam a sanção do futuro código florestal por Dilma Rousseff.

Fonte: O Estado de São Paulo

Vídeo educativo da WWF Brasil sobre os perigos das mudanças no Código Florestal


Não podemos permitir que a alteração do Código Florestal promova desmatamento, destrua ecossistemas e coloque em risco a integridade de nossas florestas e da sociedade brasileira.

O vídeo "Código Florestal" mostra de maneira simples - mas contundente - as trágicas consequências do desmatamento para a vida das pessoas, tanto no campo quanto nas cidades.

Saiba mais e ajude a divulgar!

Acesse a página Código Florestal em Perigo
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domingo, 20 de novembro de 2011

Mapa da NASA indica Zonas Mortas no Oceano. Vários pontos são no litoral brasileiro


As marcas vermelhas indicam a ocorrência e a dimensão das Zonas Mortas no Oceano. Os pontos pretos são locais onde estes pontos foram observados, mas ainda não foram dimensionados. Vários destes pontos pretos estão no litoral do Brasil e um deles parece ser a Baía de Guanabara (!).

Map Illustrates Extent of the Planet’s Marine Dead Zones


A new NASA map illustrates the significant expansion of the world’s marine dead zones, deepwater regions where dissolved oxygen is so low marine species cannot survive. Many of these dead zones occur off densely populated coastlines, particularly along the eastern United States and in Northern Europe. Scientists produced the map using data from satellites that can detect high concentrations of particulate matter, an indicator of overly fertile waters that can create dead zones.

The zones arise when fertilizers applied to crops wash into streams and rivers, eventually reaching coastal waters, where the excess nutrients trigger massive algae blooms. When the algae die, they sink to the ocean’s depths, where they essentially become fertilizer for microbes that decompose the organic matter and consume oxygen, suffocating marine life. In 2008, a study found that dead zones had spread exponentially since the 1960s, affecting more than 400 ecosystems and a total area of more than 152,000 square miles (245,000 square kilometers).


Fonte: Yale Environment 360


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Informações do Earth Observatory/NASA:
Map by Robert Simmon & Jesse Allen; based on data from Robert Diaz, Virginia Institute of Marine Science (dead zones); the GSFC Ocean Color team (particulate organic carbon); and the Socioeconomic Data and Applications Center (SEDAC) (population density).


Instrument:
Aqua - MODIS

Barcos "pegam carona" para cobrir grandes distâncias e para evitar piratas

Como um cisne tranportando e protegendo os seus filhotes...

A foto acima é de um navio que presta um serviço chamado DYT - Dockwyse Yacht Transport. O navio submerge parcialmente para permitir que os barcos de luxo "venham a bordo", utilizando um sistema chamado "float on/float off". O serviço da empresa transportadora é utilizado por iates que precisam cruzar o Estreito de Oman, onde os piratas da Somália têm aterorizado os navegadores e já causaram dezenas de assassinatos.

É sempre bom lembrar que o litoral brasileiro também é considerado de alto risco de pirataria. Ataques de bandidos a embarcações já causaram várias vítimas.

O sistema também transpota embarcações entre centros de intensa atividade de navegação de esporte e lazer, como os EUA, Europa e Ásia/Oceania.

Leia mais em DYT

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Comentário:

No Facebook, recebi a sugestão de Anderson Porto do vídeo no YouTube que apresenta um documentário abordando o problema da pirataria e relata abusos atribuídos a empresas ligadas às grandes potências econômicas mundiais, que, segundo a denúncia, praticam a pesca predatória nas águas somalis, despejam lixo tóxico na região e contribuem para a miséria ultrajante daquele país.

Veja o vídeo em:

Parlamentares alemães visitam o Projeto Grael

Deputados do Parlamento Alemão e dirigentes do Projeto Grael. Foto arquivo Projeto Grael.

Na sexta feira, dia 18 de novembro, o Projeto Grael recebeu a visita de uma delegação de quatro deputados representantes da Comissão de Esportes do Parlamento Federal da Alemanha. Os visitantes estavam acompanhados de representantes do Consulado Alemão, funcionário do Parlamento e de uma tradutora.

Em viagem ao Chile e ao Brasil, os parlamentares vieram ao Rio de Janeiro para conhecer os preparativos da cidade para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de 2016. Na pauta dos parlamentares, a alocação das verbas federais alemãs no esporte.

No Projeto Grael, mostraram muito interesse na nossa tecnologia de educação que une esportes náuticos, profissionalização e meio ambiente, dentre outros temas.

Embora não receba recursos da Alemanha, o Projeto Grael foi a única ONG visitada pelos alemães no Brasil.

A chegada de mais este grupo de visitantes internacionais ao Projeto Grael demonstra o crescente interesse pelo trabalho pioneiro desenvolvido pela nossa instituição, não só no Brasil, mas também em outros países. Há poucos dias, recebemos uma delegação de empresários franceses ligados ao setor náutico. Isso nos orgulha e reafirma a importância de avançar cada vez mais no fortalecimento da nossa tecnologia social.

Leia também:
Projeto Grael recebe delegação de empresários do setor náutico da Bretanha e Paca, França.
Dirigente da ONU visita o Projeto Grael e oferece cooperação

Após decidir abandonar o nuclear, Siemens anuncia aposta na energia das marés

Siemens apuesta por la energía mareomotriz

Desde hace mucho la energía marina parecía un nicho de mercado muy pequeño, capaz de cubrir solo un escueto porcentaje de las necesidades energéticas globales. Pero esta aparentemente limitada fuente de energía está llamando la atención de grandes empresas, entre ellas Siemens. El gigante alemán de la ingeniería ha pasado de tener menos del 10 por ciento a tener el 45 por ciento de las acciones de Marine Current Turbines, una empresa que desarrolla sistemas de explotación de la energía mareomotriz con sede en Bristol (Reino Unido). Su atractivo, según Michael Axmann, director financiero de la división solar e hídrica de Siemens es la previsibilidad de la energía marina.


A los operadores de plantas solares y eólicas les cuesta mucho predecir los resultados para el día de mañana y las malas previsiones meteorológicas pueden sembrar el caos en la planificación de la transmisión energética y los precios del mercado. Por el contrario, las fuerzas gravitatorias de la luna y el sol, que controlan los ciclos de las mareas, son un método seguro para prever la producción de las plantas generadoras de energía a partir de las mareas. “La producción de energía de los sistemas se podría calcular con siglos de antelación”, afirma Axmann.


La consecuencia de esta previsibilidad podrían ser mayores ingresos. Axmann señala que el poder de las mareas “no está sujeto a la volatilidad. Esto aumenta el valor de la energía producida y por lo tanto hace que el negocio sea más fiable tanto para el inversor como para el operador”.

Axmann no quiso decir cuánto valor añade esa previsibilidad. Pero anticipa que, para 2020, las turbinas marinas proporcionarán energía a un coste que será competitivo con el de la energía eólica marina, a pesar de los retos de ingeniería que se presentan a la hora de hacer operaciones submarinas.

El director general de Marine Current Turbines, Andrew Tyler, afirma que una combinación de la reducción en los costes con los incentivos gubernamentales asegurará la rentabilidad de las plantas de energía mareomotriz de su empresa. Espera obtener rentabilidad sobre la inversión para las dos primeras plantas marinas de la empresa: una serie de cuatro turbinas propuesta para las aguas de la isla de Skye (Escocia) y una serie de cinco turbinas en la costa noroeste de Gales.

La reducción de los costes será resultado, en parte, de escalar la capacidad de sus unidades de doble rotor a dos megavatios, en comparación con el 1,2 megavatio que generaba su turbina de demostración y que ha estado produciendo electricidad en Stranford Lough (Irlanda del Norte) desde 2008. Futuras reducciones de costes -afirma Tyler- provendrán principalmente de la eficacia a la hora de montar el equipo y la logística que conlleva, aprovechando la experiencia de Siemens en esos campos.

La empresa también espera obtener incentivos en forma de subvenciones para el montaje por parte de los gobiernos del Reino Unido y Escocia. Las plantas mareomotrices también proporcionarán a la empresa créditos de generación de renovables, necesarios para cumplir con el estándar de energías renovables del Reino Unido. El mes pasado el país anunció planes para aumentar los créditos concedidos a las plantas de olas y mareas de dos a cinco por cada megavatio-hora de energía generado. En comparación, las plantas eólicas marinas obtienen dos créditos y las plantas eléctricas que queman biomasa obtienen uno por cada megavatio generado.

Tyler calcula que sus primeras plantas producirán de 15.000 a 20.000 megavatios-hora por año, lo que quiere decir que sus series de turbinas podrían obtener 3,75 millones de libras (unos 4,4 millones de euros) anualmente en forma de subvenciones.

Tyler afirma que el respaldo de Siemens será fundamental para reunir los 100 millones de libras (unos 117 millones de euros) de inversión privada necesarios para financiar los proyectos. “Cambia completamente su percepción sobre nuestra credibilidad”, sostiene.

El grupo Alstom, con sede en París y competidor de Siemens en la fabricación de equipos energéticos y trenes de alta velocidad tiene previsto introducirse en la energía mareomotriz el año que viene. Alstom está construyendo una turbina de demostración de un megavatio usando tecnología con licencia de Clean Current Power Systems (Canadá). En una reunión en Bali el mes pasado, Phillippe Gilson, director de energía marina en Alstom, afirmó que la empresa piensa instalar la turbina completamente sumergible de 20 metros de altura en la Bahía de Fundy frente a Nueva Escocia (Canadá) en 2012.

Peter Fairley - Lía Moya - http://www.technologyreview.es/ - http://www.centrodeinnovacionbbva.com/ - http://www.innovaticias.com/

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Fonte: Ecoticias


Leia mais aqui no Blog: Siemens anuncia que abandonará a tecnologia nuclear. E o Brasil insiste com Angra 3!!!

Uma das grandes vantagens da energia das marés é a previsibilidade.

Acidente no Campo de Frade levantam dúvidas sobre instrumentos da política ambiental


Segundo ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira: "Brasil já tem um sistema de responsabilização por acidentes ambientais, mas ainda não tem um Plano de Contingência" Givaldo Barbosa/06-06-2011 / O Globo


‘Derrame é de pequeno porte’, afirma Izabella Teixeira titular do Meio Ambiente

BRASÍLIA e RIO. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, admitiu em entrevista ao GLOBO que até agora não há uma conclusão sobre a dimensão do vazamento de óleo no poço operado pela americana Chevron na Bacia de Campos. Porém, baseada nas estimativas disponíveis, o evento não se configura um acidente de significância nacional. Isso quer dizer que, neste caso, o Plano Nacional de Contingência (PNC) — se existisse — não seria acionado.

Para acidentes de pequeno e médio porte entra em ação o Plano de Emergência Individual, no qual a empresa é responsável por controlar o problema. A ministra diz estar sendo informada de que este plano de emergência está sendo cumprido. Segundo ela, o Ibama coordena o processo:

— O Ibama está à frente porque é o órgão licenciador. Estamos avaliando o dano não só a partir das informações que a empresa fornece, mas também por sobrevoos que estamos fazendo e imagens de satélite. Agora, todo acidente você conclui o processo e depois é que avalia o dano. Qual é sua primeira providência: combater. O plano de emergência está sendo cumprido.

Se as estimativas com as quais o governo trabalha estiverem erradas e as dimensões do vazamento alcançarem um nível de gravidade nacional, o PNC não existe. Em tese, ele prevê que o governo atue quando a empresa sozinha não consegue resolver o problema, ou seja, quando o vazamento chega a 200 mil litros diários de óleo. Segundo Izabella, mesmo as estimativas mais altas estão aquém de um acidente desse porte:

— Um acidente como esse da Chevron, cuja estimativa é de cinco mil ou oito mil litros, segundo a legislação, é considerado de pequeno porte, em que você aciona o plano de emergência individual. Num caso como esse, nunca o PNC seria acionado.

O plano começou a ser elaborado no ano passado pelo governo, mas está preso nas teias das divergências entre os órgãos envolvidos. Apesar de, em agosto de 2010, a previsão ser de que o plano poderia estar pronto em 45 dias, Izabella garantiu ao GLOBO que a proposta técnica dos ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia ficou pronta no prazo estipulado no cronograma.

Segundo a ministra, o PNC está agora em consulta em outras pastas. Haverá uma reunião no fim do mês, e o plano então será enviado à Presidência da República.

Para o professor de Direito Ambiental e coordenador do Programa em Direito e Meio Ambiente da FGV, Rômulo Sampaio, o Brasil está atrás de vizinhos como Venezuela e Argentina, que têm planos nacionais de contingência em caso de acidente ambiental:

— O Brasil já tem um sistema de responsabilização por acidentes ambientais, mas ainda não tem um Plano de Contingência. Do ponto de vista jurídico, a empresa pode ser responsabilizada administrativamente por meio de multas, penalmente se comprovado que houve, por exemplo, omissão de informação, e civilmente ao arcar com os custos de reparação ambiental. Mas é apenas isso.

Fonte: O Globo
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Navios trabalham para conter o óleo na área próxima a plataforma da Chevron Marcia Foletto / O Globo

Emergência para quê?


Chevron não foi capaz de identificar vazamento, e descumpre ação prevista em caso de acidente

A empresa americana Chevron não estava preparada para identificar o vazamento de petróleo iniciado há 11 dias no campo de Frade, na Bacia de Campos, e seu plano de emergência para acidentes não vem sendo cumprido, segundo fontes ouvidas pelo GLOBO que acompanharam a inspeção da Polícia Federal na plataforma da petrolífera, realizada no último dia 15 de novembro. De acordo com essas fontes, quem identificou a presença de óleo em alto-mar no dia 7 foi a Petrobras, que, além de parceira da Chevron no Campo do Frade, opera outra plataforma numa área contígua, o Campo de Roncador.

Foi a estatal quem verificou que a fonte de vazamento de petróleo não estava na área de Roncador e, imediatamente, avisou a operadora do campo vizinho. Só então a Chevron mobilizou sua equipe e usou um robô para tentar identificar a origem do derrame. O equipamento, no entanto, tinha capacidade limitada de operação e não conseguia fazer uma leitura precisa das coordenadas do local de onde vinha o petróleo.

Por falta de equipamento adequado, a Chevron teve de recorrer à Petrobras, que lhe emprestou dois robôs capazes de colher dados mais precisos. Foi a partir desses dados que a petrolífera americana pôde, finalmente, arregaçar as mangas para tentar conter o vazamento.

É mais vantajoso pagar multa, diz Zee

Após passar a manhã de sexta-feira sobrevoando o Campo do Frade, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, constatou que o vazamento continua e que a Chevron não está recolhendo o óleo que vem poluindo o litoral fluminense. A empresa está usando outra técnica, a de dispersão mecânica, o que significa jogar areia sobre o óleo derramado. Seis navios faziam ontem o trabalho de "jateamento de areia sobre a mancha de óleo", segundo Minc.

— A estratégia de jogar areia sobre o petróleo visa a empurrá-lo para baixo. É mais ou menos assim: quando você tem um defunto boiando e não quer que ele boie, você faz o quê? Essa estratégia, na verdade, empurra o custo ambiental do vazamento para a natureza, pois esse óleo não será removido — criticou o oceanógrafo da Uerj David Zee, nomeado perito pela Polícia Federal para acompanhar a investigação sobre o vazamento na Bacia de Campos.

Zee afirma que a dispersão mecânica não é ideal na contenção de vazamentos de petróleo. O mais adequado, defende, é recolher o óleo. Mesmo constando do Plano de Emergência Individual da Chevron, o recolhimento mecânico do óleo vazado não está sendo adotado.

— Recolher o óleo é caro, é mais fácil pagar uma multa. Tá ficando vantajoso, né? — ironiza Zee.

A ironia expressa pelo oceanógrafo é porque, no Brasil, a multa máxima que pode ser aplicada por vazamento de óleo é de R$ 50 milhões. Valor, na opinião de Zee, insuficiente para inibir desastres ambientais.

Ainda assim, Minc quer impor o máximo de punições à empresa, já que o acidente acendeu o "sinal vermelho para o pré-sal que vem aí":

— A Chevron terá que pagar pelos impactos ao meio ambiente, independentemente de não ter tido intenção em causá-los. Para isso, nós nos baseamos no Princípio da Responsabilidade Objetiva, previsto na Constituição. A empresa terá que investir em projetos de preservação da biodiversidade, como o da Baleia Jubarte.

Onze dias depois do início do vazamento, o governador do Rio, Sérgio Cabral, divulgou um comunicado ontem. Ele se disse preocupado com os danos ambientais que o vazamento pode causar à costa fluminense. E ressaltou a importância dos recursos dos royalties aos estados produtores para se lidar com esse tipo de problema.

— É um momento de tensão para o Rio, para a nossa costa, para a fauna. Esse acidente é a demonstração clara do que significa um dano ambiental num estado produtor de petróleo. Temos que somar esforços para mitigar, reduzir os danos e punir os responsáveis — afirmou o governador.

Na segunda-feira, Minc vai se reunir com o presidente do Ibama, Curt Trennepohl. O secretário está disposto a cobrar reparação da Chevron, já que os danos à biodiversidade são "inquestionáveis", afirmou.

Fonte: O Globo

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Ibama pede à Chevron relatório de ações que permitiram licença ambiental

Minc diz que documento ajuda a embasar multa contra empresa

RIO - O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, disse que o Ibama solicitou à Chevron um relatório detalhando suas ações para cumprir as condicionantes da licença ambiental para operação no Campo de Frade. O prazo para entrega termina na segunda-feira, quando Minc se reunirá com o presidente do órgão ambiental, Curt Trennepohl.

Segundo o secretário, o documento ajudará o Ibama a embasar a multa a ser arbitrada contra a empresa em função do vazamento de petróleo na Bacia de Campos. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) também prepara uma estimativa do volume de barris derramados a partir de imagens captadas por seus satélites, afirma Minc. Na segunda-feira à tarde o secretário se reunirá com Trennepohl para discutir as punições à empresa. Embora a competência para multar seja do órgão federal, o governo do Rio negociou com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participação ativa no processo por se considerar diretamente prejudicado. No domingo de manhã, haverá uma reunião entre a secretaria do Ambiente e o delegado da Polícia Federal, Fábio Scliar.

- O descumprimento de condicionantes pode ser um agravante (para a multa) e também é considerado crime ambiental. O estado do Rio também vai ajudar a levantar os danos à biodiversidade e perdas sofridas por pescadores em função da mancha de óleo no mar - diz ele, que estima um valor mínimo de R$ 10 milhões para a reparação dessas perdas, além da multa do Ibama.

Um dos pontos a serem discutidos na reunião é a análise do EIA-Rima. Para Minc, é fundamental saber se a empresa responsável pelo estudo não detectou a fissura ou instabilidade do solo marinho no documento, caso em que ela seria responsabilizada junto com a Chevron. A outra hipótese é da petroleira americana ter operado em desacordo com as indicações do relatório de impacto ambiental, o que caracterizaria conduta lesiva ao meio ambiente. A Secretaria estadual do Ambiente colocou sua equipe e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) a postos para ajudar também com dados necessários à investigação dos crimes ambientais pela Polícia Federal.

- Eu mesmo fui convocado pelo delegado a testemunhar sobre o que vi na vistoria e me prontifiquei. Vamos mostrar para essa turminha que acha que pode vir aqui fazer a lambança ambiental que quiser que estão muito enganados. Isso não pode ficar barato. Quero ver o presidente da Chevron mergulhar naquele óleo - disse Minc.

O secretário e ex-ministro do Meio Ambiente também sugerirá ao Ibama que descredencie a Transocean, empresa contratada pela Chevron para fazer a perfuração no Campo de Frade e a mesma que atuava para a BP no megavazamento do Golfo do México, no ano passado.

Fonte: O Globo

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Veja vídeo do vazamento no fundo do mar

O Globo: "País não está preparado para acidentes ambientais"

Investimento em tecnologia preventiva é ínfimo, dizem especialistas. Plano Nacional de Contingência nunca saiu do papel


Local do vazaento da Chevron, no Campo de Frade.  Fonte: O Globo.


O Brasil não está preparado para evitar ou conter vazamentos de petróleo: o investimento em tecnologia preventiva é exíguo e o Plano Nacional de Contingência, embora previsto em lei, nunca saiu do papel. Para especialistas, o derrame de óleo da americana Chevron deve servir como alerta para corrigir o despreparo, tanto de empresas como dos órgãos de controle, visando aos desafios do pré-sal.

— Governo e empresas têm dado ênfase na pesquisa de prospecção de petróleo e pouco se tem avançado no desenvolvimento de tecnologia preventiva. Precisamos de robôs, sensores e outros equipamentos que consigam identificar vazamentos com precisão, de modo a permitir uma rápida reposta — diz o historiador ambiental Aristides Soffiati, do núcleo de estudos socioambientais da UFF de Campos.

É preciso criar um comitê independente de diagnóstico

O vazamento da Chevron no campo do Frade, na Bacia de Campos, é um exemplo desse despreparo. Segundo fontes ouvidas pelo GLOBO que acompanham a investigação, o robô da empresa tinha capacidade limitada de atuação a uma profundidade de 1.200 metros. Por isso, ela teve de recorrer à Petrobras, sócia minoritária do Frade e operadora de um campo vizinho, para identificar a fonte do vazamento com precisão. Foi a estatal que emprestou à petrolífera americana equipamentos mais modernos para que ela pudesse pôr em prática seu plano de contenção.

O desencontro de informações sobre a extensão do vazamento — a Agência Nacional do Petróleo chegou a estimar que o derrame era cinco vezes maior que o divulgado pela Chevron — é outro indício de despreparo. Para Segen Estefen, diretor de tecnologia e inovação da Coppe/UFRJ, os órgãos reguladores devem ter um comitê independente de diagnóstico, para não depender dos números fornecidos pela empresa responsável pelo acidente.

— Não é preciso que a ANP ou o Ibama tenham os equipamentos de monitoramento. Mas eles devem eleger previamente uma empresa independente capaz de fazer o diagnóstico e acioná-la nesses casos — afirma Estefen.

Os especialistas esperam que o acidente da Chevron seja um divisor de águas para se avançar na regulação, num momento em que, com o pré-sal, o país caminha para a exploração em águas cada vez mais profundas. Eles lembram que a legislação brasileira de controle de poluição por óleo existente só foi desenhada a partir de um dos piores acidentes já registrados no Rio: o derrame de mais de um milhão de litros de petróleo na Baía de Guanabara, após o rompimento de um oleoduto da Petrobras, em 2000.

Desde então, houve alguns avanços, reconhece a procuradora federal Telma Malheiros, que implementou e chefiou por quatro anos a coordenação de óleo e gás do Ibama, responsável pelo licenciamento ambiental no setor. Um deles é a exigência de um Plano Emergencial Individual (PEI) — desenvolvido pela concessionária para cada unidade ou instalação — entre os pré-requisitos para obtenção da licença. O Plano Nacional de Contingência e a avaliação ambiental estratégica, no entanto, ficaram apenas no papel.

Pressão de empresas emperra fiscalização

O plano nacional, explica Telma, é um planejamento detalhado da atuação de cada um dos órgãos que devem ser envolvidos em caso de vazamento de óleo. Cabe à Marinha, por exemplo, interditar o tráfego de embarcações nos arredores do local do acidente. À ANP cabe o acompanhamento operacional da contenção. Os ministérios da Pesca e do Turismo, bem como o Ibama, também devem ter suas atuações detalhadas, pois o derrame pode comprometer a atividade pesqueira e turística. Um grupo de trabalho chegou a ser montado em 2010, após o mega-acidente da BP no Golfo do México, mas a inércia das autoridades impediu que ele fosse à frente.

Já a avaliação ambiental estratégica é o mapeamento das áreas segundo sua vulnerabilidade. Por meio dela, definem-se as áreas de exclusão e aquelas onde o controle deve ser mais rígido, devido à sensibilidade dos ecossistemas. Telma recorda que, recentemente, o Ibama indeferiu o licenciamento para exploração de petróleo em Abrolhos, requisitado pela Fairfield, e para exploração na Bacia de Camamu-Almada (BA), pedido pela americana El Paso. No primeiro caso por causa da importância ambiental do ecossistema. No segundo caso, por causa da relevância turística da região.

— Essas áreas não deveriam sequer terem sido licitadas pela ANP — diz Telma.

O biofísico José Luiz Bacelar Leão, que era consultor do Ibama na época em que a instituição estava desenhando o atual marco regulatório, frisa que as leis e decretos não saíram do papel "por falta de vontade política" e por pressão das empresas.

— Investir em emergência é sempre uma despesa a mais. É tradição no nosso país evitar esse tipo de desembolso, e a ANP acaba trabalhando em prol das empresas.

Fonte: O Globo

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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Lars Grael e Samuel Gonçalves conquistam o vice-campeonato Norte Americano de Star

Samuel Gonçalves, velejador formado no Projeto Grael, foi o proeiro de Lars Grael em mais esta conquista.


Competição terminou nesta quarta-feira (16), em Tampa, EUA

Rio de Janeiro - Os brasileiros Lars Grael e Samuel Gonçalves conquistaram, nesta quarta-feira (16), o vice-campeonato norte americano da classe Star, disputada em Tampa, nos Estados Unidos, por uma diferença de apenas 4 pontos perdidos da dupla vencedora, formada por George Szabo & Mark Strube. Este foi o terceiro pódio de Lars e Samuel desde que começaram a competir juntos na Star, há três meses. A primeira conquista ocorreu na estreia da dupla, no Estadual RJ, onde ficaram em 1º lugar. Semanas antes de embarcarem para os Estados Unidos, Lars e Samuel conquistaram o 2º lugar no Campeonato do Hemisfério Sul, disputado no Rio de Janeiro. O Norte Americano de Star foi realizado entre os dias 11 e 16 e reuniu 28 barcos na raia.

"Termino a temporada 2011 de Star com a sensação de um saldo positivo. Disputei 3 títulos continentais e conquistei o Sul Americano em Mar del Plata com Rony Seifert e obtive dois Vice Títulos com o Samuel Gonçalves (o Samuca) respectivamente nos campeonatos do Hemisfério Sul, no Rio de Janeiro e agora o Norte Americano. Destaque ainda para os títulos Brasileiro com Renato Moura, em Brasília, e Estadual do RJ com o Samuca, em Niterói. Agradeço ao patrocínio da LIGHT e da Lei de Incentivo do Esporte do RJ e a todos que apoiam e torcem por este rumo de competições e paixão pela Vela", declarou o campeão.

Ex-aluno do Projeto Grael se firma como proeiro

O novo proeiro de Lars Grael, Samuel Gonçalves, foi um dos primeiros alunos do Projeto Grael - instituição social criada por Lars, Torben, Axel Grael e o velejador Marcelo Ferreira há 13 anos - quando a sede ainda era num contêiner na Praia de Charitas, em Niterói. Hoje, aos 22 anos, Samuel, que está concluindo o ensino superior em Desenho Industrial, vê na vela uma oportunidade profissional.

"Conhecer o Projeto Grael foi um divisor de águas em minha vida. Até o curso da faculdade foi definido por causa da vela. Tenho um projeto de desenvolver um barco-escola e levar o esporte até outros jovens, assim como ocorreu comigo", comenta Samuel.

Para Samuel, velejar ao lado do ídolo Lars Grael, reconhecido internacionalmente pela sua competência e determinação, é um sonho realizado.

"Jamais pensei que um dia eu poderia chegar perto de conquistar uma regata local, muito menos competir com o Lars e, melhor ainda, ganhar uma medalha. Subir no pódio ao lado dele é uma emoção muito grande", conta o jovem, oriundo de uma família de baixa renda em Niterói.

Após o vice-campeonato nos Estados Unidos, a dupla retorna ao Rio de Janeiro para reforçar os treinos.

Velassessoria - relações com a imprensa
Mariane Thamsten - (21) 8227-6713

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Portarias tratam da celebração de convênios com instituições privadas sem fins lucrativos

Foram publicadas, na semana de 7 a 11 de novembro de 2011, as seguintes portarias dispondo sobre a celebração de convênios:
  • a Portaria Interministerial MPOG-MF-CGU nº 492, de 10 de novembro de 2011, que altera a Portaria Interministerial MP/CGU/MF nº 127/08, norma geral para os convênios (DOU de 11/11/11, MPOG, pág. 118);
  • a Portaria da Secretaria Executiva do Ministério de Ciência e Tecnologia SE/MCT nº 17, de 7 de novembro de 2011, que aprova norma para solicitação, concessão, aplicação e prestação de contas dos recursos alocados no Orçamento da União, na modalidade 50 (Transferências a instituições privadas sem fins lucrativos), em favor de organismos nacionais em razão de sua significância para o segmento científico ou técnico, com fundamento na Instrução Normativa da Secretaria do Tesouro Nacional STN nº 3/02 (DOU de 9/11/11, MCT, pág. 4);
  • a Portaria do Ministério das Cidades GM/MCidades nº 528, de 10 de novembro de 2011, que dispõe sobre os procedimentos para avaliação de regularidade de execução de convênios, contratos de repasse e termos de parceria celebrados com entidades privadas sem fins lucrativos (DOU de 11/11/11, MCidades, pág. 94); e
  • a Portaria da Fundação Cultural Palmares nº 183, de 10 de novembro de 2011, que disciplina a transferência voluntária de recursos financeiros da Fundação Palmares, fixa os critérios de seleção para apoio a projetos e estipula a data de abertura e encerramento do Siconv no âmbito da Fundação para o exercício de 2011 (DOU de 11/11/11, MinC, pág. 47).


Leia mais: Portaria interministerial que altera disposições sobre a seleção de projetos para a celebração de convênios e contratos de repasse, Portaria MCT sobre transferências a instituições privadas sem fins lucrativos, Portaria MCidades sobre convênios com entidades privadas sem fins lucrativos e Portaria da Fundação Palmares que disciplina transferência de recursos e seleção para apoio a projetos. Outras portarias recentes sobre convênios: Portaria Incra sobre avaliação de convênios e Portaria do Ministério da Justiça que disciplina a avaliação de regularidade de convênios.
 
Fonte: Agenda Sociedade Civil

domingo, 13 de novembro de 2011

Paquetá Sustentável: iniciam-se as obras para o novo sistema de saneamento da ilha

Diante do baobá (conhecida como Maria Gorda), uma das árvores-símbolo de Paquetá, autoridades reunidas ouvem José Luiz Alquéres, liderança do Movimento Paquetá Sustentável, apresentar os objetivos do grupo e a importância do momento. Foto Axel Grael.

Wagner Victer (presidente da CEDAE), Carlos Minc (Secretário do Ambiente-RJ), Márcio Fortes (presidente da Autoridade Pública Olímpica) e José Luiz Alquéres (Paquetá Sustentável). Reafirmação do compromisso pela revitalização da Ilha de Paquetá. Foto Axel Grael. 

Inauguração simbólica das obras de implantação da nova rede de esgotos de Paquetá. O esgoto será bombeado e tratado na ETE de São Gonçalo. Foto de Axel Grael.

Minc e Victer ensaiam o passo: meio ambiente e saneamento unidos por Paquetá. Foto de Axel Grael.

Descontração de Victer e Minc no embarque da charrete. Foto Axel Grael.


As fotos acima registram um momento histórico na iniciativa de revitalização da Ilha de Paquetá, objetivo do Movimento Paquetá Sustentável, que pretende fazer da bela e histórica ilha o modelo de um bairro sustentável na cidade do Rio de Janeiro.

O evento ocorreu na data marcante, 11/11/11, e reuniu membros da comunidade, autoridades de estaduais e municipais e os membros do Movimento Paquetá Sustentável, do qual faz parte o Projeto Grael, representados por Axel e Lars Grael.

No pronunciamento de Márcio Fortes, da Autoridade Pública Olímpica, organização responsável pela coordenação de todas as ações governamentais para a Rio 2016, foi reiterado o reconhecimento da recuperação de Paquetá como uma das prioridades no contexto de uma Baía de Guanabara limpa para os Jogos Olímpicos.

Carlos Minc, secretário da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) apresentou os esforços e investimentos empreendidos por sua pasta na recuperação da Baía de Guanabara. Garantiu que até o final de 2012 os lixões estarão eliminados da Bacia da Baía de Guanabara, o que inclui a prevenção de que o chorume produzido chegue à Baía.

Wagner Victer, presidente da CEDAE, reafirmou que os projetos de despoluição da Baía de Guanabara estão em andamento e que as metas estabelecidas pela Candidatura Olímpica do Rio de Janeiro (o Rio prometeu a redução de 80% da poluição) estarão atendidas bem antes do prazo estabelecido.

Que assim seja...!!!

Axel Grael

Agricultura de baixo carbono será um dos temas principais da convenção da ONU sobre clima em Durban

Que as queimadas fiquem no passado: debate mundial sobre o clima deverá centrar no tema da agricultura de baixo carbono. 


Climate smart agriculture suggested to reduce GHG emissions

JOHANNESBERG (Commodity Online): The implementation of climate smart agricultural practices will go a long in reducing greenhouse gas emissions. The theme has now become the main agenda of the United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCC) scheduled to start later in November at Durban, according to carbon-investments.co.uk.

The importance of the reduction of greenhouse gas emissions from the agricultural sector has been generally recognised in the Kyoto Protocol. However, carbon-investments.co.uk comments on the limitations of the Clean Development Mechanism (CDM) with regards to Carbon Credit generation from projects in the agricultural sector.

CDM is one of the major tools enabling developing countries to receive financial aid for sustainable development from industrialised countries that need to meet a part of their emissions reduction targets. Therefore, the insufficient inclusion of agriculture into the CDM reduces the opportunities for climate mitigation action in this sector.

The Johannesburg communiqué from the African Ministerial Conference on Climate Smart Agriculture called upon the 17th Conference of the Parties (COP17) to the United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC) to establish an agriculture Programme of Work that covers adaptation and mitigation.

Carbon-investments.co.uk provides an overview of the attempts of the international community to include carbon offsets from the agricultural sector in the carbon credit market, and in particular, for carbon sequestration in soil. As estimated by the UN Food and Agriculture Organisation (FAO) in its paper on “climate-smart” agriculture, soil carbon sequestration represents 89% of agriculture’s mitigation potential and therefore, international efforts should concentrate on the possibilities to make better use of this potential.

This has been partly done with the FAO’s concept of “climate-smart” agriculture, whose essence carbon-investments.co.uk explains. However, in order to be able to successfully implement climate-smart agriculture practices, developing countries would need to significantly transform their agricultural sectors, which in turn would require increased financing.

The FAO’s newly developed Methodology for Sustainable Grassland Management as a way to overcome the main obstacle for attracting investments for soil carbon sequestration projects through the mechanisms of the Carbon Credit market. Even though the methodology is currently awaiting approval from the Verified Carbon Standard (VCS), it has the potential to facilitate the participation of agricultural projects on the voluntary carbon market.

According to carbon-investments.co.uk, the approach of developed nations toward agricultural emissions reduction, and namely the Australian Carbon Farming Initiative (CFI), which is the world’s first national scheme regulating the generation of carbon offsets from agriculture and forestry. The CFI, which is expected to become operational in December 2011, will allow Australian farmers and foresters to participate in the carbon credit market, by using government approved methodologies for generating carbon offsets. In addition, carbon-investments.co.uk comments on the European Union’s position on carbon emissions reduction from the agricultural sector.

Despite the seemingly favourable international situation, however, the future of climate-smart agriculture is still uncertain. Carbon-investments.co.uk discusses the challenges of the inclusion of carbon offsets from soil carbon sequestration projects in the compliance carbon market.
Furthermore, it comments on the absence of clarity regarding the outcome of the Durban talks, as well as on the determination of the developing countries to pursue a global solution for the agricultural sector at the upcoming climate change conference in South Africa.

Fonte: Commodity Online

Leia mais em: Governo brasileiro incentivará agricultores que emitirem pouco carbono

Ceticismo sobre mudanças climáticas é maior na imprensa anglo-saxã.



Is climate scepticism a largely Anglo-Saxon phenomenon?

A new study shows that climate sceptics feature much more prominently in the UK and US media than in other countries
 
Leo Hickman
 
During a trip to Italy earlier this year, I asked a local journalist whether climate sceptical views get much of an airing in the Italian media. My query was greeted with an air of slight bemusement, which was followed by a request for me to explain what I meant by the term "climate scepticism". Their facial reaction alone told me that this was something of an alien concept to them.
 
It supported a hunch I have long believed to carry some substance: climate scepticism is a predominantly Anglo-Saxon phenomenon. Or, rather, it is a phenomenon that tends to gets amplified to a much greater extent in the various English-language media outlets around the world – particularly, in the US, UK and Australia - than it does in other languages or countries.
 
Until now, there has been very little beyond the anecdotal to support this theory. But the proposition is now on a firmer footing thanks to a new report published by the Reuters Institute for the Study of Journalism, based at the University of Oxford, which firms up some related findings it published last year.
 
In "Poles Apart: The International Reporting of Climate Scepticism", a team of researchers, led by James Painter, a former BBC World Service journalist with a specialism in analysing how climate change is portrayed in the media, conducted a comparative study of the prevalence of climate sceptic voices in the print media across Brazil, China, France, India, the UK and US.
 
More than 3,000 articles from at least two different newspapers in each country (10 from the UK) were analysed over two separate three-month periods: February to April 2007 and mid-November 2009 to mid-February 2010, the latter including both the Copenhagen summit and fallout from the theft of emails from the University of East Anglia. The "political leaning" of each newspaper (except in China) was also taken into consideration.
 
The report undertakes the important and necessary task of defining and discussing the various types of climate sceptic – something it later stresses should be better emphasised by journalists. For example, there are the "trend sceptics" (who deny the warming trend), the "attribution sceptics" (who accept the trend, but attribute it to natural causes) and the "impact sceptics" (those who accept human causation, but claim the impacts will be beneficial or benign).
 
Then there are the policy sceptics; those who, for a variety of (often political or ideological) reasons, disagree with the regulatory policies being promoted to tackle climate change. Then, finally, there are the science sceptics; those who – again, for a variety of reasons - believe climate science not to be trustworthy.
 
The report also lists four examples of different sceptics - Pat Michaels, Steve McIntyre, Lord Monckton and Bjørn Lomborg – to illustrate their often contrasting motivations and methodologies in expressing their equally various types of scepticism.
 
Overall, the report (which, sadly, is behind a paywall, but the executive summary can be viewed here as a pdf) performs a very good job of summarising the political leanings of the sceptics and the media outlets that report, host or dismiss their views. It also shows why the flourishing of climate scepticism in the US "is related to the funding of American politicians by industry groups and the pervasive practice and power of lobbying".
 
With regard to the UK, it lays out how "particularly successful" the Global Warming Policy Foundation (GWPF) has been in getting its voice across most of the 10 surveyed newspapers, showing how the most mentioned or quoted sceptics "by far" were GWPF's Lord Lawson and Benny Peiser. (Ian Plimer, the Australian mining geologist, was the fourth most mentioned (most likely because he was promoting a book in late 2009) who also has links to the GWPF – as does the fifth most mentioned, the Canadian economist Ross McKitrick.)
 
But all this we knew – or could sensibly conclude ourselves. Where the report offers genuinely new insights is when it compares the coverage of climate scepticism across the six chosen countries. It finds, for example, that the so-called "Climategate" affair received much more attention in the UK and the US compared to Brazil, China, France and India. And it also notes that "significantly more" sceptics are mentioned in the UK and US media compared to the other four countries sampled.
 
It adds that it "was interesting to note that type (ii) sceptics [those who question the anthropogenic contribution to the warming trend] were much more common in the print media in Brazil, China, India and France, representing 45 out of the 51 times sceptics were quoted or mentioned, or 88%. In the Anglo-Saxon countries, for type (ii) sceptics, the percentage figure was lower (57%)."
 
Another important contrast between the Anglo-Saxon countries and the other four was that politician sceptics were quoted or included much more in the UK and US media (86%) than in Brazil, China, India and France. The Chinese media mentioned no politician sceptics at all, whereas India and Brazil only mentioned foreign politician sceptics.
 
The report concludes that one factor that explains the comparative absence of sceptic voices in the media in Brazil, France and India is that there are "no conservative parties, or significant elements within them, who energetically follow that type of conservative ideology whom the (right-leaning) print media can quote".
 
However, it says there is a danger in "over-stating the role of ideology":
 
Outcomes are usually determined by the interaction between internal processes or factors within newspapers (such as journalistic practices, editorial culture, or the influence of editors and proprietors as well as political ideology) and external societal forces (such as the power or presence of sceptical lobbying groups, sceptical scientists, sceptical political parties, or sceptical readers who are simply fearful of higher taxes or energy bills). An array of other factors, such as a country's energy profile, the presence of web-based scepticism, and a country's direct experience of a changing climate also play a role.
 
 
Lastly, it makes the interesting observation that in France, where, it says, all of the factors above have a possible role, there is also a strong "pro-science", rationalist culture which is "probably an additional prism through which to evaluate the experience of reporting climate change there".
 
By the author's own admission, the scope and range of the study is limited. It would be interesting to see how climate scepticism is reported in a wider range of other languages – German, Spanish, Japanese, Italian, Arabic, to name just a few. (Please share you own insights and observations below if you speak these, or any other, languages – even though you'll have to relay them in English?!)
 
But what the study does do is remind those of us who are engaged in the "climate debate" that – for a variety of reasons - it is one that is predominantly Anglo-Saxon. A complicated matrix of cultural, geographical and ideological influences has led climate scepticism to flourish in the UK and the US compared to other places, proving once again that "The Science" often only has a walk-on role.