quinta-feira, 30 de junho de 2016

MAIS SAÚDE EM NITERÓI: Inaugurada a nova emergência pediátrica do Hospital Getulinho





Fotos Leonardo Simplício/Prefeitura de Niterói.


Atendimento no local começa amanhã, após higienização e transferência de equipamentos. Mudança será gradual

 “Quem nunca precisou do Getulinho não sabe a importância desta unidade para a população da Zona Norte de Niterói. Ela tem uma importância médica, o atendimento pediátrico, mas também afetiva: o Getulinho sempre foi um espaço de cuidado e acolhimento que agora nós estamos devolvendo para a população”. Foi com essas palavras e muita emoção que o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, abriu, na tarde de hoje (30), a cerimônia de entrega das obras da nova emergência pediátrica do Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, no Fonseca.

A secretária de Saúde, Maria Célia Vasconcellos, o secretário de Obras e Infraestrutura, Vicente Temperini, e a diretora executiva da unidade, Patrícia Gomes, entre diversas outras autoridades, também participaram do evento. Mais de 500 pessoas acompanharam a solenidade. Foram investidos R$ 20 milhões na reforma e ampliação da emergência.

“É um dia muito especial para nossa cidade, pois, além do compromisso que cumprimos desde o primeiro dia de governo, com a reabertura da antiga emergência do Getulinho, que atendeu de maneira ininterrupta mais de 400 mil crianças nos últimos três anos e meio, construímos uma moderna emergência infantil. Lembro-me de todas as mães que estiveram comigo abraçando a emergência que havia sido fechada em 2011. É para elas e para as crianças que dedicamos este projeto realizado com tanto zelo”, disse Rodrigo Neves.





Fotos Leonardo Simplício/Prefeitura de Niterói.


Ele também destacou que, mesmo passando por uma crise geral no País e, principalmente, no Estado, a Prefeitura está entregando obras importantes como esta emergência, 19 novas escolas, a perfuração do túnel Charitas-Cafubá e residências populares no bairro do Caramujo, que beneficia as vítimas das chuvas de 2010.

A nova emergência do Getulinho possui 12 leitos, divididos de acordo com a classificação de risco amarela, vermelha e observação individual (isolamento). É importante destacar que, após a estabilização, esses pacientes podem ser liberados, encaminhados para a enfermaria do próprio hospital, que possui 24 leitos operantes, ou para outras unidades de saúde, de acordo com a complexidade do caso.

“Esta emergência é do povo de Niterói. Todos os profissionais que estão aqui estão emocionados pelas coisas grandes, como essa reforma, e pelas pequenas coisas, como a manutenção da árvore que era ponto de encontro da equipe nos intervalos do plantão. Isso é a sensibilidade de uma gestão que pensa nos seus profissionais e, principalmente, na população”, explicou a secretária Maria Célia Vasconcellos.

Sra. Maria Moura, que trabalhou no Getulinho desde a tragédia do Gran Circo Norte-Americano, em 1961. Fotos Leonardo Simplício/Prefeitura de Niterói.


Durante a visita nas novas instalações, o prefeito conversou com funcionários e cidadãos. Um momento especial foi o encontro com a aposentada Maria Moura, de 90 anos, que atuou como voluntária no atendimento às vítimas do trágico incêndio do Gran Circus Norte-Americano em 1961.

“Está tudo maravilhoso. Trabalhei muito aqui, cuidando das crianças após a tragédia no circo. Nunca pensei que voltaria aqui e encontraria uma estrutura tão linda”, contou, emocionada.

Após a entrega da obra, os funcionários começaram os procedimentos de higienização e a transferência de equipamentos e mobiliário das instalações provisórias para o novo espaço. Os pacientes que já estão internados serão transferidos gradativamente e com acompanhamento médico. Todo este processo ocorrerá ao longo do mês de julho, mas a nova emergência já começa a receber pacientes amanhã.

A nova emergência possui duas salas de espera, sendo uma para recepção e outra para espera do atendimento médico, dois consultórios para classificação de risco, quatro consultórios médicos, sala de medicação e inalação, sala de sutura, sala de curativo, sala de raios X, sala de estar para acompanhantes, sala de atendimento familiar, além de duas salas de apoio técnico e administrativo e duas salas de repouso para plantonistas.

O espaço foi planejado seguindo as normas de acessibilidade, com banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais e elevador. São 2.500 metros quadrados de área construída.

Fonte: Prefeitura de Niterói



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LUZ NO FIM DO TÚNEL: Nesta sexta-feira, a primeira galeria do Túnel Charitas-Cafubá já poderá ser totalmente percorrido




Fotos Leonardo Simplício. Prefeitura de Niterói.


30/06/2016 - Termina nesta quinta-feira (30/6) a perfuração da primeira etapa do túnel da via TransOceânica, em Niterói. Na sexta-feira (1º/7), às 15h, o prefeito de Niterói, ao lado de várias lideranças da cidade, atravessará a pé os 1.350 metros de extensão da galeria no sentido Charitas-Cafubá, que vai se chamar Luís Antônio Pimentel, em homenagem ao jornalista e historiador que faleceu no ano passado.

A segunda galeria do túnel, no sentido Cafubá-Charitas, deverá ser concluída até setembro deste ano. Ela terá a mesma extensão da primeira e receberá o nome do ex-prefeito João Sampaio, falecido em 2011. A abertura do túnel para o tráfego de veículos nos dois sentidos está prevista para dezembro.

Com 9,3 km de extensão, a TransOceânica é a maior obra viária da cidade desde a inauguração da ponte Rio-Niterói, em 1974. A via passa por 11 bairros e, quando concluída, vai beneficiar 80 mil pessoas por dia. Não haverá cobrança de pedágio.

A obra terá um papel importante na mobilidade de Niterói: além de 13 estações de ônibus BHLS, contará com ciclovia e estará integrada à estação do catamarã de Charitas. No sistema BHLS (Bus High Level Service), os ônibus têm ar-condicionado, portas dos dois lados, circulam em faixas exclusivas e os passageiros pagam a passagem no terminal, antes de embarcar.

O principal ganho que a TransOceânica vai trazer para Niterói será no trajeto entre a Região Oceânica e a Zona Sul, reduzindo o tempo e a extensão pela metade. Hoje, os 18 quilômetros que separam as duas regiões são percorridos em uma hora. A obra tem custo de R$ 310 milhões, financiados com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, do Governo Federal (R$ 292 milhões); e da Prefeitura (R$ 18 milhões).

DEMAIS TRECHOS – Ao todo, a TransOceânica é formada, além do túnel, por oito trechos de obras. Ainda nesta sexta-feira, será aberto ao tráfego o trecho 4, que liga o DPO à rótula do Cafubá, na Avenida Paulo de Melo Kalle. Serão duas faixas laterais exclusivas para moradores da região, enquanto que a pista de concreto do BHLS funcionará provisoriamente em quatro faixas para ônibus e carros.

Também está em obras o trecho 5, que vai do Shopping Multicenter até o DPO do Cafubá (a primeira parte, na Estrada Francisco da Cruz Nunes, sentido Centro, estará concluída em julho; depois, começarão as intervenções no sentido oposto); o trecho 1, na estação do BHLS de Charitas (conclusão prevista para agosto); o trecho 7, que vai da Avenida Central, em Itaipu, até a altura do Mercado Diamante, com conclusão prevista em oito meses; e o trecho 8, que compreende toda a Avenida Central até o Engenho do Mato (conclusão prevista para setembro). O trecho 3 encontra-se na fase de desapropriações e topografia e deverá ficar pronto no ano que vem e o trecho 6 ainda não começou.

Fonte: Prefeitura de Niterói







GESTÃO PÚBLICA: Prefeitura apresenta primeiros resultados do plano estratégico "Niterói Que Queremos"


Prefeito Rodrigo Neves fala sobre a importância do planejamento estratégico.


Plano estratégico aponta áreas que concentraram esforços e recursos do Município entre 2013 e 2016

30/06/2016 - Planejar e realizar políticas públicas para que Niterói se torne uma cidade organizada e segura, saudável, escolarizada e inovadora, próspera e dinâmica, vibrante e atraente, inclusiva, eficiente e comprometida. Esse é o objetivo do plano estratégico "Niterói Que Queremos 2013-2033", que teve seu primeiro balanço de realizações apresentado na manhã de hoje, no Solar do Jambeiro, no Ingá, Zona Sul de Niterói, pelo prefeito, pela secretária municipal de Planejamento, Modernização da Gestão e Controle, Giovanna Victer, e pela coordenadora do Núcleo Estratégico da Prefeitura, Gláucia Macedo.

Nascido da participação coletiva, com a colaboração de mais de sete mil cidadãos, e um ano de trabalho, o Plano Estratégico de Desenvolvimento prevê ações e objetivos de curto, médio e longo prazos para Niterói em 20 anos. Na solenidade de hoje, foram apresentados os resultados das áreas que concentraram os esforços e recursos da Prefeitura no período de 2013 a 2016.

“Nós chegamos a três anos e meio desse esforço com um misto de orgulho e, ao mesmo tempo, olhando para a frente com a certeza de que também temos desafios a superar. Niterói estava em uma situação muito frágil em 2012, mas hoje temos a satisfação de sermos uma das poucas cidades do Brasil que estão realizando investimentos há muito tempo esperados. Niterói, graças ao planejamento estratégico do "Niterói Que Queremos", está seguindo um rumo para se tornar a melhor cidade do Brasil para se morar e ser feliz. E o mais importante: esse rumo foi traçado pela sociedade”, disse.


Maj. Walace Medeiros, chefe da Defesa Civil de Niterói, apresentou os avanços institucionais conquistados no período.


A secretária Giovanna Victer explicou todo o processo de desenvolvimento do plano, do estabelecimento de parcerias com instituições públicas e privadas, até o congresso no Ginásio do Caio Martins, que ouviu a opinião da sociedade e a elaboração do projeto.

“Hoje estamos entregando o resultado de uma primeira fase desse trabalho, que pertence à cidade. Nós operacionalizamos um sonho, e todas essas entregas pertencem a cidade, e à cidade cabe a responsabilidade da continuidade e cobrança para que o projeto continue”, afirmou Giovanna.

A coordenadora do Núcleo Estratégico da Prefeitura, Gláucia Macedo, apresentou as entregas já realizadas em cada área. No quesito Organização e Segurança, foram destacadas obras de melhoria do trânsito, como a perfuração do túnel Charitas-Cafubá, e de segurança pública, como a inauguração do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) e as obras de contenção de encostas e drenagem em 50 pontos da cidade.

Na área de Saúde, a entrega da nova emergência do Getulinho, a inauguração da Unidade Municipal de Urgência Dr. Mário Monteiro, a ampliação do programa Médico de Família e a distribuição de água tratada em 100% das residências de Niterói foram apontadas como as grandes conquistas da gestão.

A entrega de 17 novas Unidades Municipais de Educação Infantil (UMEIs), que permitiu a criação de mais de 2,5 mil novas vagas na rede de educação infantil, de três novas escolas de Ensino Fundamental e a reforma de outras sete  são as ações que se sobressaíram.

Já na área de resultado “Niterói próspera e dinâmica”, a criação da Casa do Empreendedor e o incentivo à instalação de novos hotéis, que gerou oferta de mais de mil novos leitos na rede hoteleira da cidade, foram as iniciativas ressaltadas.

Os destaques na área “Niterói vibrante e atraente” foram a revitalização do Horto do Fonseca, com a inauguração do Skatepark, e o projeto Enseada Limpa, responsável por melhorias na balneabilidade das praias niteroienses da Baía de Guanabara.

Os projetos já realizados na área de inclusão incluem a contratação de 2.892 unidades habitacionais que serão destinadas às famílias residentes em áreas de risco e que recebem aluguel social, a entrega de 710 unidades de interesse social.

A modernização da gestão pública, a implementação do software de gestão e-cidade, a implantação do Portal da Transparência estão entre as ações de destacadas na área “Niterói eficiente e comprometida”.

Também participaram da cerimônia o vice-prefeito Axel Grael, o ex-presidente da Associação Conselho Empresarial e Cidadania (Acec) Robson Gouveia e o atual, Joaquim Andrade, o presidente do Sindilojas Niterói, Charbel Tauil, e o deputado estadual Comte Bittencourt, entre demais autoridades do Município.

Fonte: Prefeitura de Niterói







quarta-feira, 29 de junho de 2016

TORBEN GRAEL E MARCELO FERREIRA: triunfo em Atlanta, glória em Atenas

 
 
Campeões em 1996, nos Estados Unidos, e em 2004, na Grécia, velejadores viajam no tempo para relembrar as conquistas que fizeram com que os dois ganhassem lugar em um dos grupos mais seletos do país: o dos bicampeões olímpicos

A última regata da classe Star dos Jogos olímpicos de 1996, disputada em 29 de julho, em Savannah – cidade a 400 quilômetros de Atlanta e que sediava as provas de vela daquela Olimpíada –, já estava em curso havia quase meia hora quando o carioca Marcelo Ferreira, ao contornar a primeira boia do percurso, notou uma placa de sinalização que mudaria totalmente a sua vida e a de seu parceiro, o paulista Torben Grael, ambos a bordo do barco Vida Bandida.

O que a placa mostrava era que a embarcação dos australianos Colin Beashel e David Giles havia queimado a largada e que por isso a dupla rival tinha sido desclassificada. Ao perceber isso, foi impossível para Marcelo e Torben não serem tomados por uma sensação de júbilo. Afinal, com aquela informação, os dois – antes mesmo de cruzarem a linha de chegada, longe dos olhos do público e sem qualquer festa ou aplausos – tinham se tornado campeões olímpicos.


Marcelo Ferreira e Torben Grael, com as medalhas de ouro das Olimpíadas de Atlanta 1996: Sonho realizado em Savannah. Foto: Jorge Peter/Agência O Globo


“Não caiu a ficha na hora não”, lembra Marcelo. “Esse troço só quem passa é que entende como funciona. Essa é a realidade. Até quando a gente cruzou a linha, a gente estava comemorando, mas é uma sensação tão indescritível que você não realiza. Você está lá no meio do oceano. É diferente de quando você está dentro de uma arena fechada ou em uma pista de atletismo, com o público em volta. Não tinha nem spectator boat (barco que é usado para levar o público para acompanhar a regata de perto). Foi diferente de outros eventos. É o ouro que ninguém viu, vamos dizer assim”, resume Marcelo.

As lembranças daquela tarde, passados 20 anos, também seguem frescas na memória de Torben. “Na realidade, a gente começou a fazer uma marcação forte nele (Colin Beashel ) na largada dessa última regata, porque a gente queria ficar sempre junto dele. Como a gente tinha vantagem e ele tinha que ganhar, ele, pressionado, acabou queimando a largada”, recorda o velejador. “A gente já vinha na frente do Colin e quando chegamos lá perto da boia, quando o Marcelo viu a placa, realmente foi aquela comemoração. A gente estava bem ciente de que tinha dado certo”, prossegue Torben.

A medalha de ouro nos Jogos de Atlanta 1996 representou uma espécie de redenção para Torben e Marcelo em relação à experiência que a dupla vivera nas Olimpíadas de Barcelona, 1992. Na Espanha, eles competiram juntos pela primeira vez nos Jogos e terminaram na 11ª posição.

Para Torben, em especial, o significado da conquista em Savannah ia além. Quando desembarcou na Geórgia para os Jogos de 1996, ele já tinha no currículo dois pódios olímpicos. A primeira medalha, de prata, foi arrebatada em Los Angeles 1984, na classe Soling (ao lado de Daniel Adler e Ronaldo Senfft). Quatro anos depois, em 1988, em Seul, veio o bronze na classe Star, ao lado de Nelson Falcão.

Assim, aos 36 anos – seis a mais do que Marcelo –, o experiente Torben Grael finalmente havia chegado ao sonhado título olímpico. “Foi uma sensação maravilhosa, aquela sensação de dever cumprindo, de você ter chegado ao topo da pirâmide. Realmente foi uma curtição o restante da regata”, descreve Torben.

Campanha favorável

Ao contrário da campanha de Barcelona, quando os dois terminaram a primeira regata dos Jogos Olímpicos de 1992 em nono lugar, em Savannah os ventos sopraram a favor desde o início. A estreia nos Jogos de 1996 se deu em 22 de julho e a dupla começou vencendo a primeira regata. No dia seguinte, quando foram disputadas duas provas, eles conquistaram um sexto e um segundo lugares. Em 24 de julho, Torben e Marcelo terminaram em sétimo, mas se recuperaram um dia depois, quando cruzaram a linha de chegada em primeiro. No dia 26, quando novamente duas disputas, e os brasileiros chegaram em quarto e em nono. Depois disso, um segundo lugar no dia 27 e um sexto no dia 28 deixaram os dois em posição confortável para a última prova, no dia 29.


Grael e Ferreira em ação: sintonia do time assegurou dois ouros e um bronze em Jogos Olímpicos à dupla. Fotos: Marcelo Ferreira/arquivo pessoal.


“Atlanta foi um lugar bom para a gente porque as condições eram parecidas com o que a gente estava acostumado no Rio de Janeiro”, lembra Torben. “Era vento térmico, calor, umidade, sem vento de manhã, vento só à tarde, com aqueles temporais de verão de final de tarde... Enfim, era uma série de coisas com as quais a gente ficou super à vontade. Muita gente ficou achando ruim aquelas condições, mas para nós era como a gente velejava sempre, então nos adaptamos bem lá”, continua.

“A gente também foi fazer o evento-teste, fomos treinar duas vezes antes dos Jogos, e isso tudo ajudou muito. A gente conhecia bem o lugar. Estávamos com um barco que desenvolvemos para competir lá. Testamos bastante os equipamentos antes e isso tudo ajudou. Nós estávamos rápidos para a competição. Desenvolvemos um cockpit bem fechado para correr lá e em Savannah tinha bastante onda. Então o barco drenava mais rápido, ficava com menos água dentro, e isso ajudou. Mas a realidade foi que a gente velejou super bem”, prossegue Torben. Ele ressalta ainda que, além de ele e Marcelo terem ido bem em Savannah, outro fator contribuiu para a conquista do ouro em 1996.

“Nós disputamos muito com o Colin desde o começo a ponteira da competição. A gente alternava bastante os resultados com ele, mas quando ele ia bem a gente nunca ia mal. E quando a gente ia bem, às vezes ele dava uma escorregadinha. Aí, quando foi chegando o fim do campeonato, o que aconteceu foi que como a gente conseguiu abrir uma distanciazinha de pontos e no final ele tinha que ganhar a regata para ficar com o ouro”, detalha.

Superstição e camisa furada

Nas lembranças de Torben Grael, talvez por ser mais experiente, talvez por ter se sentido tranquilo por tudo o que haviam feito nas nove regatas anteriores, a noite do dia 28 de julho, véspera da decisão da classe Star nos Jogos de 1996, não foi angustiante.

“Nós não ficamos muito nervosos porque a gente vinha dos Jogos em Barcelona, onde nós tivemos um péssimo resultado, e (em Savannah) nós já estávamos matematicamente com a medalha de prata garantida. A gente já estava com aquela sensação de que já tinha conquistado um excelente resultado”, afirma.

Para Marcelo Ferreira, entretanto, aquela noite foi tudo menos calma. “Passava pela minha cabeça que a gente poderia ser campeão olímpico, sim. Mas não foi muito fácil tentar dormir nessa noite não. Na verdade, eu até saí como tio do Torben, o Erik, nosso técnico, para tomar uma cervejinha com ele. Porque não adiantava ficar deitado fritando na cama, né? Eu dormi mal na noite anterior à competição. É aquela situação de estar indo para a última prova sabendo que tem chances reais (de conquistar o ouro)”, recorda Marcelo.

Em seguida, Marcelo narra como foram as horas antes do início da regata que renderia a ele e a Torben a consagração nos Jogos de Atlanta:


Marcelo Ferreira, com a blusa furada abaixo da axila direita: superstição o fez usar a mesma camisa em todas as regatas dos Jogos de Atlanta 1996. Foto: Ivo Gonzalez/Agência O Globo.


“A regata era tipo uma hora da tarde. Você acorda como sempre naquele horário do café da manhã, umas 8 horas, para depois sair no ônibus e ir para o canal onde a gente pegava o ferry para ir para a marina”, conta. E cabe aqui uma observação em relação ao local de competição da vela em Savannah: ao contrário de muitas regatas onde o público em terra ainda consegue ver os barcos, mesmo que à distância, a marina olímpica de 1996 era flutuante, ficava a mais de uma hora de distância de barco mar adentro, muito longe dos olhares de qualquer torcedor.

“Aí chega lá e tem aquele velho ritual, porque a gente não muda nada, a superstição impera”, prossegue Marcelo. “Nem roupa a gente trocava. A camisa, se você olhar uma foto que eu tenho que saiu no jornal, tem um buraco embaixo da axila que continua até hoje. Foi uma camisa que eu usei durante todo o evento. A minha roupa de velejar, que era de feltro, foi feita aqui na confecção da minha esposa por uma costureira. Todos esses detalhes foram ficando mais fortes durante todos os dias do evento. Você não troca nada. Eu acho que isso é com todo mundo. E o Torben é pior do que eu. Ele não vai falar, mas é bem pior. Aquele cara com superstição é brincadeira...”, entrega.

O resto é história. Torben e Marcelo trataram de colocar em prática a estratégia de pressionar o australiano Colin Beashel e seu parceiro desde o início e a pressão surtiu o efeito desejado.

“Não estava nada ganho, mas a coisa estava muito na mão para a gente. E a tática de pressioná-lo na largada acabou funcionando”, lembra Torben. “Acho que foram três largadas. As duas primeiras foram invalidadas por muitos barcos partindo fora da linha. Mas nessas duas a gente saiu bem melhor do que ele, pressionando. Nessa terceira, ele viu que se continuasse daquele jeito não ia ter chances de ganhar a regata e acabou acelerando cedo. Ele saiu melhor do que nas outras duas, mas acabou queimando a largada. Mesmo assim a gente saiu bem também. Chegamos à bóia de contravento à frente dele. E foi lá na bóia de contravento que a gente viu pela primeira vez a placa com a sinalização da Austrália como barco escapado. Aí o resto da regata foi uma curtição só, porque a gente já sabia que tinha conquistado aquele sonho grande”, detalha Torben.

Enfim a celebração em terra

O que se seguiu ao fim da regata naquele 29 de julho de 1996, na qual Torben e Marcelo terminaram em terceiro lugar, foi uma sequência de eventos que marcaram profundamente os dois.

A comemoração para valer só se deu em solo firme em Savannah. Mas, antes, ainda houve tempo para uma breve celebração em alto mar. “Demorou mais de uma hora e meia até voltar para a terra. Já atendemos a imprensa lá no próprio flutuante e já teve a famosa champanhe lá mesmo no flutuante”, conta Marcelo.

“Quando chegamos, todo mundo estava dando os parabéns”, lembra Torben. “Obviamente, a gente tem sempre que chegar em terra e ver o resultado, ver se não tem nenhum protesto, aquela coisa toda de regata. A gente sabia que tinha feito uma regata bem limpa, que o Colin tinha queimado e que ele automaticamente precisava ganhar a regata e então estava bem decidida a coisa”, continua.

O premiação da classe Star dos Jogos Olímpicos de Atlanta só foi realizada no dia seguinte. E até a hora de subir ao pódio Torben e Marcelo comemoram em grande estilo. “Foi um barato porque tinha um bar/restaurante que a gente ia, chamado Spunks. A gente ia para tomar uma cervejinha e dar aquela relaxada e o dono do bar estava lá ensandecido e gritando (após saber que os brasileiros eram campeões olímpicos) e foi muito legal nesse aspecto. Era um lugar pequeno e foi bacana porque tudo acontecia naquela beirada de rio, naquelas arquibancadas para fazer a premiação. Foi um momento único, né? Eu nem lembro que horas a gente voltou pra casa. Nós fomos lá para esse tal de Spunks, botamos o cartão de crédito e fomos embora (celebrar)...”, conta Marcelo.

“Nesse aspecto foi melhor do que Atenas, pois em Atenas me pegaram para o antidoping e tive que fazer o teste de urina e de sangue. Mas aí o pessoal do sangue não estava lá e eu só podia fazer no dia seguinte. E aí o pessoal do COB não me deixou comemorar, porque eu tinha que fazer o antidoping no dia seguinte. Aí eu fiquei chupando dedo. Mas em Atlanta comemoramos com uma cervejinha, né?”, emenda Torben Grael, já se referindo ao que viveu na Grécia, oito anos depois da conquista em Savannah.


Torben, Marcelo e familiares desfilam em carro aberto no Rio de Janeiro no retorno das Olimpíadas de Atlanta 1996: reconhecimento do público não se converteu em apoio para o ciclo seguinte. Foto: Jorge Peter Agência O Globo.


Emoção no pódio

No dia 30 de julho de 1996, Torben Grael e Marcelo Ferreira receberam a terceira medalha olímpica de ouro do Brasil na vela, repetindo os feitos que Lars Bjorkstrom e Alex Welter, na classe Tornado; e que Marcos Soares e Eduardo Penido, na classe 470, haviam protagonizado nos Jogos Olímpicos de Moscou 1980.

“Para quem faz qualquer esporte olímpico, você ir para os Jogos é uma coisa fantástica, é uma coisa que poucas pessoas têm a oportunidade. Você ir bem, fazer medalha, é uma coisa que menos pessoas no mundo conseguem, pouquíssimas pessoas conseguem. Você já foi mais longe. E quando você ganha a medalha de ouro realmente a satisfação é enorme. Você ir ao pódio, ver sua bandeira subindo, ouvir o Hino Nacional tocando... É uma sensação muito difícil de descrever, mas é maravilhosa. Mas eu não me lembro de ter chorado”, diz Torben Grael.

“Passa um filme, né? Primeiro porque a gente foi para essa Olimpíada com aquele gosto amargo de Barcelona, que foi o maior aprendizado que eu tive dentro do esporte”, ressalta Marcelo. Para ele, apesar de toda a emoção vivida no pódio nos Estados Unidos, foi somente no retorno ao Brasil que ambos finalmente perceberam a dimensão do que eles haviam conquistado em Savannah.

“A verdade é que demora muito até você realizar o que foi feito. Quando cheguei ao aeroporto (no Rio de Janeiro) foi que eu achei que uma coisa fenomenal. Tinha uma galera no aeroporto. Era uma coisa que a gente da vela nunca tinha visto. A gente nunca teve contato com o publico e com essas coisas. Ali eu falei: ‘Pô, a coisa foi grande mesmo’. Porque a gente fora do Brasil não sabia exatamente o que estava se passando aqui. Aí, quando eu vi o carro de bombeiro esperando e nós viemos lá do Rio até aqui (em Niterói) em cima do carro de bombeiro, isso foi um troço que me marcou muito”, lembra Marcelo.

Perda do patrocínio e ganho na America’s Cup

Em geral, uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos costuma ser um divisor de águas na carreira de qualquer atleta. As portas, após uma conquista dessa magnitude, tendem a se abrir e o caminho a partir dali normalmente é mais tranqüilo em termos de apoio para a preparação visando ao ciclo olímpico seguinte. Mas, para a surpresa de Marcelo Ferreira e de Torben Grael, não foi isso que aconteceu depois que toda a celebração em torno do triunfo nos Jogos de Atlanta 1996 se foi.

“Como atleta, depois que passou essa festa pela medalha, foi uma frustração muito grande e isso eu não posso deixar de falar”, desabafa Marcelo Ferreira. “O que aconteceu, por incrível que pareça, foi que quando acabou a Olimpíada a gente perdeu o patrocínio. O ano de 1997 foi um terror em termos de apoio ao esporte e de incentivo, seja da Confederação, do Comitê Olímpico, de tudo. O nosso prêmio por ter tirado a medalha de ouro foi um ano seguinte muito ruim em termos de apoio. Eu acabei que em 1997 corri o Campeonato Mundial de Star com um alemão nos Estados Unidos e fui campeão mundial com ele”, prossegue.


Torben, com os companheiros da Equipe Prada, da Itália. Foto: Getty Images.


Já para Torben Grael, em particular, se a conquista do ouro em 1996 não rendeu apoio em seu país, ela serviu para lhe abrir as portas para uma nova fase de sua carreira. “Em termos de Brasil, você se tornar campeão olímpico é um degrau a mais, mas não houve grandes mudanças. Eu acho que uma mudança grande foi que essa vitória em Atlanta foi logo antes da Prada decidir fazer a America's Cup”, conta o velejador, referindo-se à mais prestigiada competição de vela do iatismo mundial e que detém a honra de ser o troféu mais antigo em disputa no planeta entre todas as modalidades do esporte. A primeira taça foi disputada em 1851, 45 anos antes da primeira edição dos Jogos Olímpicos modernos, realizada em Atenas, em 1896.

“A pessoa que foi convidada para ser o comandante da equipe Prada foi o De Angelis (o italiano Francesco de Angelis), que foi com quem eu comecei a correr de Oceano na Itália. Obviamente, como a gente tinha uma parceria muito forte, quando o chamaram, me chamaram também, inclusive pelo resultado de Atlanta com a medalha de ouro. Então acho que a conquista da medalha de ouro foi um diferencial grande”, prossegue Torben.

Os compromissos de Torben Grael com a America’s Cup e seu envolvimento com a equipe Prada renderam, anos depois, um patrocínio para ele e Marcelo na preparação da dupla na classe Star visando aos Jogos de Sydney 2000.

“Nós fizemos uma excelente campanha na America’s Cup. Ganhamos a Louis Vuitton Cup, que é uma coisa muito importante, e aí fizemos a final. Acabamos perdendo a final para o defensor, o neozelandês (o barco que derrotou a equipe de Torben era comandado pelo lendário velejador Peter Blake)”.


Torben Grael (à esquerda) e o italiano Francesco de Angelis comemoram a conquista da Regata Louis Vuitton em 2000: campeão olímpico teve sucesso também na vela oceânica. Foto: Getty Images.


“Ficamos na luta para retomar a nossa campanha para Sydney, procurando apoio, até que veio a Prada, que chegou em 1998. E aí ficamos com a Prada e a Petrobras. Mas a Prada foi graças ao Torben, que estava velejando na equipe”, destaca Marcelo. “Aí mudou o panorama financeiro para a gente para poder fazer tudo com calma. Só que aí a gente tinha mais recurso para fazer as coisas e menos tempo para a Star, porque tinha o envolvimento do Torben com a America’s Cup. Realmente tínhamos pouquíssimo tempo para treinar como dupla. A gente fez um ano de 1998 horroroso, com vontade de desistir, porque os resultados não vinham. A gente praticamente não tinha treinamento. A gente se encontrava e falava: ‘E aí? Qual é o campeonato?’ E ia lá para o campeonato e corria”, prossegue Marcelo.

“Então foi um ano terrível, desanimador, e em 1999 também não foi muito diferente. Em 1998, para ser sincero, que foi o ano do acidente do Lars, a gente até teve um Mundial fantástico na Eslovênia. A gente acabou o Mundial em segundo, o que valeu a classificação para Sydney (Jogos Olímpicos de 2000) para o país. Acabamos ganhando a eliminatória no Brasil também e fomos para Sydney com um barco novo e diferente. Para nossa surpresa, quando nós chegamos a Sydney nós acabamos conseguindo nos dedicar aos treinos e a gente estava voando baixo”, continua Marcelo.

Sydney 2000: o ouro caiu na água

Os Jogos Olímpicos de 2000, para o Brasil, ficará para sempre marcado como as Olimpíadas do “quase”. Várias de nossas estrelas consideradas favoritas sofreram reveses na hora H e, com isso, a delegação retornou para casa sem nenhuma medalha de ouro na bagagem pela primeira vez desde os Jogos de Montreal 1976.

Com Torben Grael e Marcelo Ferreira não foi diferente. Apesar de eles não terem feito uma preparação considerada ideal, a dupla por muito pouco não conquistou a segunda medalha dourada da parceria.

“A gente estava complemente fora de ritmo e de tempo para os Jogos e fizemos vários erros que a gente normalmente não teria feito se estivéssemos mais bem treinados”, lembra Torben Grael. “Mas ainda assim nós fomos para a última regata liderando, mas não demos muita sorte. A gente estava cinco pontos à frente do Mark Reynolds (norte-americano) e do barco dos ingleses. A gente acabou botando o americano fora da linha e ficamos com o lado bom da raia, só que nesse processo a gente acabou queimando a largada também e não conseguiu se dar conta disso. Normalmente, só do americano ter ido para o lado ruim da raia, a gente já teria ganho dele. Mas acabou que naquela regata em particular vagou o outro lado e então saiu tudo errado. A gente queimou e ele acabou ganhando a regata”, prossegue Torben. Torben e Marcelo acabaram no pódio, mas para receber a medalha de bronze, algo que eles não esperavam. “Nunca seria tão fácil (conquistar o ouro)”, resume Marcelo. “Mas só que mesmo com a largada escapada, e isso eu tenho que falar porque é a verdade, a gente velejou tão mal essa última regata que mesmo assim a gente não ganharia pela matemática. A gente cruzou a linha. Ninguém retirou a gente da regata. Nós cruzamos a linha e só depois soubemos que a gente tinha escapado. Mas com esse resultado de qualquer jeito a gente ficaria com o bronze, que era o pior que a gente poderia fazer no último dia. Antes de largar a gente já tinha o bronze. A gente fez o pior que a gente podia fazer”, reconhece.


No pódio dos Jogos Olímpicos de Sydney 2000: o ouro que quase se veio e que se transformou em bronze determinou a continuação da dupla para as Olimpíadas de Atenas 2004. Foto: Getty Images.


“Sydney ficou entalado na gente. Primeiro, ficou entalado porque quando eu cheguei em terra, me lembro como se fosse hoje, teve algum cara lá de imprensa, um brasileiro, que fez uma pergunta tão ridícula que eu dei um coice. Eu falei: ‘Ô babaca, filma lá a festa do norueguês que tirou terceiro no Soling’. Os caras estavam comemorando pra caramba o bronze”. Nós fomos lá, lideramos a Olimpíada quase toda, tiramos um bronze e aí o cara vem dizer que foi um fracasso. É brincadeira isso!. O brasileiro tem essa mania. Se não for o primeiro não serve. Só que no Brasil eu falo o seguinte: ‘Só em ser atleta o cara já é campeão, porque só a gente sabe das dificuldades’’, continua Marcelo.

Seja como for, o bronze em Sydney, por mais que não tenha sido o que os dois esperavam diante das circunstâncias do último dia de prova na Oceania, foi determinante para algo incrível que viria quatro anos depois. E hoje, ao olhar para trás, Marcelo consegue curtir em paz tudo o que ele e Torben viveram nos Jogos de 2000.

“A Olimpíada de Sydney, como Olimpíada, para mim foi maravilhosa. Era uma baía linda, um transporte maravilhoso, tudo funcionando, muito aprazível, um negócio muito bacana de você estar ali velejando naquele evento. Velejar naquela baía foi fantástico para a gente. Nós ganhamos duas regatas em um dia, e o resultado, para gente, estava acima das expectativas para as Olimpíadas. Foi o que o Torben falou: ‘Essa (medalha de ouro) bateu no convés e caiu na água’. Barcelona não existiu, deu tudo errado, então tudo bem. Ali não... A gente não contava que fosse chegar lá e arrebentar. Mas quando a gente viu que estava andando muito, que estava tudo bonito, ali realmente a medalha bateu no convés e caiu na água. E aí a gente fez um combinado de que teríamos que fazer mais uma campanha. Ali a gente já combinou. Aquela foi a que culminou em Atenas”, prossegue Marcelo.

Um lugar no Olimpo

No ciclo para os Jogos de Atenas 2004, Torben Grael mais uma vez se viu diante do desafio da America’s Cup. Mas, dessa vez, as coisas saíram diferente do caminho percorrido para os Jogos de Sydney.

“Novamente eu fiz America’s Cup. A diferença é que a Copa (a decisão do título) foi em 2003. Então, como a gente não foi para a final em 2003, a minha participação acabou no final de 2002. E a Olimpíada foi em 2004. Então deu bastante tempo para a gente se preparar bem para os Jogos. Se por um lado a America’s Cup, com a Prada, teve esse impacto, dificultando os treinamentos para a gente, por outro lado eles foram nossos grandes patrocinadores, tanto para Sydney quanto para Atenas, possibilitando fazer uma preparação, principalmente para Atenas, da melhor forma possível. Então são os dois lados da moeda”, pondera Torben.

Vieram os Jogos na Grécia. E no dia 26 de agosto de 2004, após um quarto lugar na décima e penúltima regata da classe Star das Olimpíadas de Atenas, Torben Grael e Marcelo Ferreira conquistaram, por antecipação, a segunda medalha de ouro olímpica de suas vidas. 

Torben Grael e Marcelo Ferreira, com as medalhas de ouro dos Jogos de Atenas 2004: passaporte carimbado para o clube dos bicampeões olímpicos do Brasil. Foto: Getty Images.


A campanha dourada teve início no dia 21 de agosto, com um quinto lugar e um quarto lugares. No dia seguinte, vieram duas vitórias, que foram seguidas por um segundo lugar no dia 23. Um dia depois, a dupla cruzou a linha de chegada em quinto e voltou a ficar em segundo no dia 25, quando ainda disputou outra prova e terminou em sétimo. Então, no dia 26, após um 11º lugar, veio o histórico quarto lugar na segunda regata, o que selou a conquista do ouro. Eles nem precisaram velejar a 11ª e última prova das Olimpíadas.

“Para Atenas a gente não queria saber de Campeonato Mundial, de Campeonato Europeu, nada disso... A gente queria trabalhar para desenvolver só para Atenas. E esse foi um grande trabalho mesmo. A gente contou com a ajuda do Alan Adler (experiente velejador brasileiro que disputou as Olimpíadas de 1984, em Los Angeles; de 1988, em Seul; e de 1992, em Barcelona), junto com o Roni (Ronald Seifert), que foi proeiro do Pascolato, que é um cara muito bacana. O Alan e o Roni foram com a gente para a Itália, para o Lago de Como, testamos vela, testamos mastro, e fizemos um trabalho de excelência junto com uma tripulação espanhola, que tinha o Roberto Bermudez (velejador espanhol), que fez a volta ao mundo com a gente no Brasil 1 (nome do barco em que Torben, Marcelo, Bermudez e outros sete tripulantes competiram na edição 2005/2006 da Volvo Ocean Race) depois”, recorda Marcelo.

“A gente ficou rápido demais em vento fraco, ficamos rápidos em vento forte, tivemos um barco novo, e nós levamos dois barcos para a Olimpíada de Atenas. O Alan estava lá velejando com a gente de sparring. E o desgraçado era o mais rápido da Olimpíada. O nosso sparring era o cara!”, diz Marcelo às gargalhadas. “Foi muito divertido porque logo no segundo dia de treino a nossa equipe foi protestada para tirar o barco do Alan do evento. Tivemos que tirar o barco de dentro da marina, porque só podia ficar um barco, e acabou que quando a gente ficava do lado dos caras e a gente estava muito rápido. Estava dando tudo certo. Realmente Atenas para a gente foi tudo perfeito. Não tinha uma coisa que você podia falar que não estava funcionando para a gente”, prossegue o bicampeão, que ainda hoje se diverte com uma história que ele presenciou logo no início da competição.

“No primeiro dia de regata da Olimpíada, saímos da água e a gente estava em segundo no geral, se não me engano, ou terceiro, e o americano Paul Cayard estava liderando a Olimpíada. Mas o cara sempre foi meio metidão, né? Nós saímos da marina e a gente descobriu um posto de gasolina que tinha bem pertinho da marina e que tinha uma cervejinha Heineken, aquela pra relaxar depois de um dia longo, e aí nós fomos para lá para tomar uma cervejinha. Aí estava o Alexandre Haddad (jornalista da ESPN) lá fumando o charuto dele e passou o americano vendo a gente tomando uma cervejinha. O cara olhou pra gente e nem cumprimentou, com uma cara de desprezo danada. A brasileirada estava toda nesse posto de gasolina e começou a zuar. E o Alexandre me pega aquele charuto e me enterra o charuto, fazendo lá as mandingas dele. Depois desse dia o cara (Paul Cayard ) sumiu da Olimpíada”, recorda Marcelo.


Torben e a felicidade de ter a honra de carregar a bandeira brasileira na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Atenas: momento inesquecível seria coroado com o ouro na classe Star. Foto: Getty Images.


No clube dos bicampeões

Em 26 de agosto de 2004, Torben Grael e Marcelo Ferreira entraram para um dos grupos mais seletos que o Brasil possui: o dos bicampeões olímpicos, uma façanha que apenas 12 atletas até hoje conseguiram no país.

Um dia antes, no dia 25, Robert Scheidt havia conquistado sua segunda medalha de ouro nos Jogos Olímpicos na classe Laser e, com isso, tinha se juntado a Adhemar Ferreira da Silva, até então o único bicampeão olímpico do Brasil. Agora, com os feitos de Torben e Marcelo, eram quatro bicampeões. E em Atenas os jogadores de vôlei Maurício e Giovane ampliariam esse número para seis. Esses são, até hoje, os únicos homens com duas medalhas douradas olímpicas no currículo. Seis mulheres, todas do vôlei, completam o clube dos bicampeões olímpicos do Brasil: Paula Pequeno, Sheilla, Jaqueline, Fabiana Oliveira (Fabi), Fabiana Claudino e Thaisa.

“Em Atenas foi muito especial. Primeiro porque é um lugar com muito simbolismo. É o berço do olimpismo moderno e tem aquela coisa toda... A gente teve, eu e Marcelo, a oportunidade de levar a tocha de Atenas, porque a tocha passou aqui no Rio de Janeiro antes. E depois eu levei bandeira no desfile de abertura e acabamos conseguindo o bicampeonato. Então foi uma Olimpíada muito marcante. Até Atenas só tinha o Adhemar (bicampeão olímpico). Isso foi uma coisa muito bacana, porque o Adhemar era aquele farol, aquela luz para a gente, dizendo que era possível. Então foi fantástico a gente conseguir chegar lá. E teve uma coisa curiosa em Atenas. As casas lá não tinham número na Vila. E a gente ficou em uma casa que o nome era Centauros. E dessa casa vieram quatro medalhas de ouro. Foram nós, o Robert Scheidt, o vôlei de quadra e o vôlei de praia (com Emanuel e Ricardo). Todo mundo ficou lá. Era um lugar especial”, conta Torben.

Marcelo Ferreira vai na mesma linha: “Você encerrar seu ciclo olímpico em Atenas, onde tudo começou, eu não precisava mais de nada. Para mim foi a melhor Olimpíada da minha vida. Foi o meu melhor resultado, foi a que mais me tocou, foi a que eu mais curti. Se você me perguntar de Savannah (Jogos de Atlanta 1996), Savannah foi fantástica. Mas Atenas para mim é o ápice, é a glória, não tem mais o que falar. A gente passeou naquilo tudo antes da regata eu e o Torben. Fomos visitar aqueles monumentos... Foi uma harmonia com Atenas”, emenda Marcelo. A tocha dos Jogos de 2004 até hoje decora a sala do velejador, junto com outros troféus, como mais uma lembrança especial de sua carreira.


Em Atenas, o ouro veio com uma regata de antecedência: Tudo a favor no berço dos Jogos Olímpicos. Fotos: Getty Images.


Os Jogos no quintal de casa

A entrevista que serviu de base para essa matéria estava perto de terminar quando Marcelo Ferreira respondeu o que é ser um bicampeão olímpico.

“É aquela história da realização. Você dedica uma vida a um trabalho, que é o meu caso e o do Torben, que passamos a vida toda dentro de um esporte. Em todo o esporte o sofrimento é o mesmo. É sair de casa, tem as viagens, tem aquela coisa de abdicar das festas familiares e eu sou um cara muito família e então isso tudo soma no final. Você se dedicar tanto e conseguir algo assim é uma coisa muito forte. Ser campeão olímpico é ter seu trabalho reconhecido, sua recompensa, é chegar ao topo em um evento de uma magnitude que você não consegue mensurar. É o que todo atleta procura. A maioria procura ir para uma Olimpíada. Então você imagina eu, que tive a oportunidade e a chance e a alegria de poder ter ganho duas e ainda ter tido um bronze. É muito difícil descrever em palavras o que é você ser um bicampeão olímpico”, diz Marcelo.

A Torben Grael foi feita a mesma pergunta. E após refletir por vários segundos, ele encontrou uma explicação que vai além das medalhas.

“Cara, acho que primeiro é um orgulho enorme. A gente que optou por dedicar a vida da gente ao esporte, conseguir chegar aonde nós chegamos eu acho que é fantástico. Eu tenho uma amizade enorme com todos os meus tripulantes e ex-tripulantes e isso também é muito bacana, porque não foi só uma coisa do momento. Foi uma coisa muito além do treinamento, da participação, da competição. Eu tenho uma amizade enorme com todos eles e é difícil expressar o que isso significa. Acho que significa tudo pra gente”.

Torben e Marcelo: Alegria por acompanhar os Jogos Olímpicos do Brasil em casa e torcida para que a competição seja um sucesso. Foto: Getty Images.


A partir do dia 5 de agosto, Torben Grael e Marcelo Ferreira viverão mais uma emoção ligada aos Jogos Olímpicos. Ambos moradores de Niterói, eles poderão acompanhar os Jogos no quintal de suas casas, algo impensável para qualquer um deles quando ambos, na Grécia, tornaram-se bicampeões olímpicos, em 2004.

Para Marcelo, a crise pela qual passa o país torna ainda mais importante que as Olimpíadas no Brasil sejam bem-sucedidas. “Eu acho fantástico uma Olimpíada no Brasil, mas só que temos tudo isso aí que todos estão acompanhando (na política e na economia). Eu espero de coração que essa Olimpíada seja um grande sucesso e que dê tudo certo. Porque a nossa realidade está muito ruim”, pondera.

“Eu acho que é uma oportunidade fantástica para quem está tendo o privilégio de poder disputar os Jogos Olímpicos em casa”, ressalta Torben. “E é muito bacana eu ter ambos os filhos entre essas pessoas que vão ter esse privilégio”, continua, referindo-se a Martina Grael (que competirá na classe 49erFX, ao lado de Kahena Kunze) e a Marco Grael (que velejará na clase 49er, ao lado de Gabriel Borges).

“A gente ainda tem bastante coisa para fazer para estar tudo pronto para os Jogos, mas eu espero que no final vai dar tudo certo. A gente atravessa momentos difíceis na política e na economia e eu espero que isso também se aprume deixando uma boa mensagem para o futuro. Então, acho que os Jogos vão chegar em um momento legal para o Brasil para botar o esporte mais em evidência, para o país ver coisas boas. Vai ser um período muito bacana da vida da gente”, encerra o velejador.

Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br


Fonte: Brasil 2016 








15 ANOS DO PROJETO APRENDIZ: Festival de Orquestras no Municipal de Niterói






29/06/2016 -O 1º Festival de Orquestras do Programa Aprendiz, com a participação de mais de 100 jovens músicos da rede municipal de educação, será realizado no dia 6 de julho, quarta-feira, às 19h, no Teatro Municipal de Niterói.

O evento faz parte das comemorações de 15 anos do Aprendiz | Música na escola e terá a participação dos principais grupos de referência do Programa, como: Orquestra Guerra Peixe, Orquestra Interculturalidades I, Orquestra Interculturalidades II, Banda Sinfônica Aprendiz e Orquestra Sinfônica Aprendiz. Na ocasião, o público poderá apreciar diferentes formações orquestrais infantil, juvenil, e máster.

O repertório terá clássicos nacionais como Villa Lobos, Tom Jobim e Luiz Gonzaga e grandes nomes internacionais como Mozart, Strauss e Quenn.

O Teatro Municipal de Niterói fica na Rua Quinze de Novembro, 35 - Centro, Niterói. Ingresso: R$10.

Fonte: Prefeitura de Niterói





Em terra e no mar, a força da devoção a São Pedro



 
Procissão marítima. Foto de Evelen Gouvea/O Fluminense
 

29/06/2016 -O padroeiro da cidade é São João, certo, mas nesta quarta-feira (29/6) se pôde comprovar mais uma vez a força da devoção dos niteroienses, especialmente de seus pescadores, a São Pedro, o santo do dia. Numa manhã ensolarada, Jurujuba honrou a tradição e foi palco das principais homenagens ao apóstolo que se tornou o primeiro Papa da Igreja Católica. O prefeito de Niterói foi um dos 500 fiéis que marcaram presença na missa ao ar livre, diante da Capela de São Pedro, celebrada pelo arcebispo de Niterói, Dom José Francisco Rezende Dias.

O chefe do Executivo esteve acompanhado do vereador Andrigo de Carvalho, do presidente da Neltur, José Haddad, e da secretária de Conservação e Serviços Públicos, Dayse Monassa.

"Este evento faz parte do calendário religioso e cultural de Niterói. Tem tudo a ver com a nossa cidade, é uma festa que reúne os pescadores e a atividade marítima. Eu sempre digo que uma das melhores recordações da minha infância era vir pela orla de Niterói comer um peixe no Bicho Papão, na enseada de Jurujuba. A festa está muito familiar e com segurança. Que São Pedro abençoe Jurujuba e Niterói!, disse o prefeito.

O programa de festa em homenagem a São Pedro continua até domingo e tem o apoio da Neltur, da Clin, da NitTrans e das secretarias de Urbanismo, Ordem Pública e Conservação e Serviços Públicos. Nesta quarta-feira, logo após a cerimônia religiosa, cumpriu-se outra das tradições do dia: a procissão de barcos, que, desta vez, contou com cerca de 80 embarcações.

"Temos cada vez mais a necessidade de um valor, de uma religiosidade, o mundo está doente, os valores mudaram muito. Mas acredito que devemos continuar prestigiando os eventos religiosos para contrapor a esta crise e a esta insegurança pelas quais país está passando", afirmou José Haddad.

Fonte: Prefeitura de Niterói







NOVO HOSPITAL PEDIÁTRICO GETULINHO SERÁ INAUGURADO NO DIA 1º DE JULHO








Serão 12 leitos divididos de acordo com a classificação de risco amarela, vermelha e observação individual (isolamento). Foto: Alexandre Vieira / Ascom Niterói

Getulinho abre as portas da nova emergência infantil a partir do dia 1º

Seis mil atendimentos deverão ser realizados mensalmente na unidade do Fonseca

O atendimento médico de emergência pediátrica do Hospital Getúlio Vargas Filho, no Fonseca, em Niterói, começa a funcionar no próxima sexta-feira (1º), segundo a Prefeitura. As obras estão previstas para entrega na quinta-feira (30) quando o local passará por procedimentos de assepsia, transferência de pacientes e de equipamentos, estando apto para início do funcionamento.

"Desde o primeiro dia de nosso governo reabrimos a antiga emergência do Getulinho, que já atendeu milhares de crianças nestes três anos e meio. Estamos avançando mais ainda, com a construção e entrega de uma moderna emergência pediátrica, que será uma referência na área. O Getulinho é uma das melhores sínteses de nossa gestão: olhamos por todos e por toda a cidade, mas especialmente pelos mais frágeis – crianças e famílias que mais precisam da atenção da saúde pública", disse o prefeito Rodrigo Neves.


Atendimento médico de emergência pediátrica começa a funcionar a partir do dia 1º de julho. Foto: Alexandre Vieira / Ascom Niterói

Segundo a Prefeitura, a emergência do Getulinho foi fechada em 2011 e reaberta em janeiro de 2013. Em um primeiro momento, a assistência médica aconteceu em um hospital de campanha, que realizou 25 mil atendimentos em quase cinco meses. Depois, o atendimento passou para a emergência provisória, que realizou todos os serviços de urgência e emergência durante a construção da nova unidade. Mais de 400 mil atendimentos foram realizados no local.

O Executivo estima que a nova emergência tem previsão de atender seis mil pacientes por mês. Foram investidos R$ 20 milhões na reforma, ampliação e compra de mobiliário e equipamentos para a unidade, que terá 12 leitos, divididos de acordo com a classificação de risco amarela, vermelha e observação individual (isolamento).

A emergência contará com duas salas de espera, sendo uma para recepção e outra para espera do atendimento médico, dois consultórios para classificação de risco, quatro consultórios médicos, sala de medicação e inalação, sala de sutura, sala de curativo, sala de raios X, sala de estar para acompanhantes, sala de atendimento familiar, além de duas salas de apoio técnico e administrativo e duas salas de repouso para plantonistas.

O espaço foi planejado seguindo as normas de acessibilidade, com banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais e elevador. São 2.500 metros quadrados de área construída.

Fonte: O Fluminense









segunda-feira, 27 de junho de 2016

MORAR MELHOR - Prefeitura e CEF entregam 140 casas no Caramujo









Fotos Leonardo Simplicio


25/06/2016 - O sonho de uma nova vida começou a se tornar realidade na manhã desta sexta-feira para 140 famílias que sofreram com a tragédia das chuvas ou que viviam em áreas de risco em Niterói. Elas receberam as chaves de suas novas casas das mãos do prefeito da cidade e do superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Cláudio Martins.

Os apartamentos fazem parte do condomínio Parque Açu, um empreendimento do Minha Casa Minha Vida na região e que terá mais dois condomínios, totalizando 600 unidades, e são destinados às famílias que viviam em situação de risco na comunidade Maria Thereza, no Morro do Céu, e no Morro do Bumba, no Viçoso Jardim.

O prefeito, que entregou a primeira chave do empreendimento, ressaltou a importância de investimentos na área habitacional:

"Quando assumi a prefeitura tínhamos mais de 500 pessoas vivendo em condições subumanas no 3º B.I. e defini como meta tirar aquelas pessoas de lá. Prestamos ajuda e conseguimos. Agora temos um compromisso de entregar até o final do ano duas mil casas populares para acabar com a dependência do Aluguel Social em nossa cidade.”, disse.

O prefeito elogiou as instalações dos apartamentos e o acabamento da obra e destacou o trabalho da Secretaria de Habitação, que acompanhou de perto o empreendimento. O próximo lote de entregas, de 220 unidades, está previsto para agosto e setembro.

Representante da CEF, Cláudio Martins ressaltou a qualidade do empreendimento e elogiou o compromisso do prefeito em desenvolver políticas sociais.

"É fundamental ressaltar a parceria do prefeito Rodrigo Neves nesses empreendimentos que estamos fazendo em Niterói para conseguir soluções para essas pessoas que passaram por grandes dificuldades. Já estamos conversando sobre novos investimentos, realizando mapeamentos para produzir habitações com a qualidade que estamos vendo aqui, restaurando a dignidade das famílias", declarou Cláudio.

Famílias ocupam apartamentos neste final de semana

O fim de semana será de mudança para as famílias contempladas com os apartamentos do Parque Açu. Todos os imóveis têm dois quartos, sala, banheiro e cozinha com área de serviço integrada, em sete blocos de cinco pavimentos. O empreendimento também tem área convivência, com churrasqueira, bancos e mesas. O valor total do investimento é de R$ 48,5 milhões, sendo R$ 45 milhões do governo federal, por meio da Caixa Econômica, e R$ 3,5 milhões da prefeitura.

As construções foram planejadas para atender a todos os tipos de usuários. Há unidades construídas especialmente para portadores de deficiências físicas e mentais, com barras de apoio, sinalização visual e paredes com cores contrastantes. As demais unidades podem ser adaptadas de acordo com as necessidades dos proprietários.

Para Alessandra Félix e Valéria Maria Rosa, líderes, respectivamente, das associações de moradores do Morro do Céu e do Viçoso Jardim, a entrega dos imóveis é a realização de um sonho.

"Depois das chuvas foram anos tentando reconstruir nossas vidas, através de muita luta e pressão dos moradores por uma solução para os problemas. Hoje é um dia muito feliz e não posso deixar de agradecer ao prefeito por fazer parte disso. É a nossa chance de ter um novo começo digno para nossas famílias", contou Valéria.

Há ainda quem dedicou suor e empenho, literalmente, para desfrutar das novas unidades, como o carpinteiro Jeferson Silva, de 26 anos, que irá morar na nova casa com a mulher e três filhos pequenos. "É uma vitória enorme, porque no início foi tudo muito difícil e incerto. Difícil de acreditar depois de tantas promessas. Hoje isso é uma realidade e é muito bom", revela o operário, que trabalhou por um ano e sete meses na construção do conjunto.

Com a finalização do Parque Açu, as obras no complexo habitacional do Caramujo continuam no Residencial Parque Araxá, que terá 220 apartamentos e no Parque Abaré, que terá 240. No total, serão entregues 600 moradias para famílias com renda até três salários mínimos.

Também participaram da cerimônia o vice-prefeito Axel Grael, os secretários Vitor Júnior (Executivo), Fábio Coutinho (Habitação) e Vicente Temperini (Obras e Infraestrutura), e os vereadores Bira Marques e Verônica Lima, ambos ex-secretários de Assistência Social, e a vereadora Priscila Noccetti, além de outras autoridades.

Fonte: Prefeitura de Niterói








TRANSOCEÂNICA: perfuração de uma das galerias do túnel estará concluída na sexta-feira





27/06/2016 - Foi anunciado na manhã desta segunda-feira (27/6) pelo prefeito da cidade que, na próxima sexta-feira (1º/07), será concluída a primeira etapa da perfuração do túnel Charitas-Cafubá e será possível atravessar uma das galerias a pé. Faltam apenas 30 metros para completar a escavação.

O chefe do Executivo municipal disse que também na sexta-feira será aberto o trânsito para carros e ônibus no trecho 4 da TransOceânica, de cerca de 500 metros, na Avenida Conselheiro Paulo Melo Kalle, entre o DPO e a rótula do Cafubá. Duas faixas laterais são exclusivas para moradores. Já a pista de concreto do BHLS terá quatro faixas para carros e ônibus provisoriamente, até que todo BHLS fique pronto.

"Estamos fazendo o maior investimento em infraestrutura da história da Região Oceânica. Acabamos com enchentes, lama e também com a falta de mobilidade. Além de abrirmos para circulação o trecho 4 na sexta-feira, que é importante para permitir o acesso dos moradores ao bairro do Cafubá, iremos fazer também a conclusão de uma etapa do túnel ligando Charitas ao Cafubá. Isso é extraordinário. Uma demonstração inequívoca de que o túnel saiu do papel após décadas de expectativa e promessas não cumpridas. Sexta-feira será um marco importante desta obra, que tem sido feita com muito planejamento, muito zelo, para que os transtornos sejam os menores possíveis", disse.

O prefeito informou também que parte do trecho 5, que vai do Multicenter até o DPO na Estrada Francisco da Cruz Nunes (sentido Centro), que ainda não está pronta, estará concluída na primeira quinzena de julho, inclusive com os postes em frente ao shopping sendo recuados.

A secretária municipal de Urbanismo e Mobilidade Urbana, Verena Andreatta, destacou a importância da obra da TransOceânica para a cidade de Niterói.

"A TransOceânica é a maior maior obra de infraestrutura de transporte coletivo da História da cidade. Ela faz a integração de duas regiões de Niterói, a das praias da Baía e a Oceânica, e ganha capilaridade com a abertura do túnel.  A obra representa ainda requalificação do espaço urbano onde ela atravessa. A Estrada Francisco da Cruz Nunes vai ganhar pistas exclusivas para ônibus, travessia semaforizada, calçadas, arborização e iluminação", disse.

Fonte: Prefeitura de Niterói







domingo, 26 de junho de 2016

NITERÓI CIDADE INTELIGENTE: Município terá sinais inteligentes e trânsito monitorado em tempo real



COMENTÁRIO DE AXEL GRAEL:

O Centro de Controle de Operacional do Trânsito de Niterói (CCO), assim como o Sistema de Geoprocessamento (SiGEO), são iniciativas do Programa de Desenvolvimento Urbano e Inclusão Social (PRODUIS), financiado pelo BID, fundamentais para que Niterói consolide os seus avanços para se tornar uma Cidade Inteligente. O PRODUIS é coordenado pelo Gabinete da Vice-Prefeitura de Niterói e o contrato para a implantação do CCO terá o custo de R$ 19,1 milhões.

O CCO permitirá que o trânsito da cidade ganhe maior fluidez melhorando a qualidade de vida e o cotidiano da população de Niterói. Mesmo com a redução da velocidade do trânsito, as pessoas chegarão antes ao seu destino, pois o sistema garantirá o efeito "onda verde", permitindo que o motorista avance sem parar em cada esquina.

"Mesmo com a redução da velocidade do trânsito, as pessoas chegarão antes ao seu destino, pois o sistema garantirá o efeito 'onda verde',..."

Com a redução da velocidade no trânsito, haverá também a redução do risco de acidentes e a diminuição da emissão de gases poluentes provenientes dos veículos, o que vem a ser a maior fonte de poluição atmosférica na cidade de Niterói.

A tecnologia a ser implantada será a mais avançadas na América Latina e dentre as melhores do mundo, como garantiu o dirigente da empresa ENGIE, que venceu o processo licitatório para a implantação do CCO.

O CCO também compartilhará tecnologia e informações com o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) e com o SiGeo. Os sistemas reunidos implantarão uma rede de fibra ótica pela cidade, que permitirá também outros avanços nos serviços de acesso à informação para Niterói.

Mais um passo para fazer de Niterói a Melhor Cidade para se Viver e Ser Feliz.

Axel Grael
Vice-Prefeito
Niterói



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Município terá sinais inteligentes e trânsito monitorado em tempo real




Novo sistema deve começar a funcionar dentro de quatro meses, nas dez áreas mais congestionadas da cidade

22/06/2016 - Os dez locais que concentram os engarrafamentos em Niterói passarão a ter parte dos semáforos sincronizados para melhorar o tráfego de veículos na cidade. Pioneiro na América do Sul, o novo sistema permitirá acionar em tempo real o sinal verde por mais tempo em uma área engarrafada, ou o vermelho para segurar o fluxo quando necessário, em caso de acidente, por exemplo, contribuindo para reduzir os congestionamentos.

Nos próximos quatro meses, serão instalados 190 controladores inteligentes de tráfego em Icaraí, Fonseca, Centro, Santa Rosa, São Francisco/Charitas, Largo da Batalha, Orla (Icaraí, Ingá e Centro), Barreto, Engenho do Mato e Região Oceânica. Cada controlador pode integrar até quatro semáforos. A diferença é que os equipamentos utilizados atualmente na maioria das cidades seguem um modelo pré-programado de fluxo de veículos.

A implantação do novo sistema – chamado de Centro de Controle de Operações (CCO da Mobilidade) – foi formalizada nesta quarta-feira (22), na sede da Prefeitura de Niterói. Assinaram o convênio o prefeito e representantes da ENGIE, fornecedora dos equipamentos e responsável pela implantação do mesmo sistema em cidades como Paris e Londres.

O investimento no CCO será de R$ 19,1 milhões, por meio de convênio com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), dentro do Programa de Desenvolvimento Urbano e Inclusão Social de Niterói.

Para o prefeito, o novo sistema muda o paradigma da gestão do sistema viário da cidade que, segundo ele, se tornará a melhor do Estado do Rio de Janeiro.

"Com a implantação de sinais inteligentes, o monitoramento por câmeras nos cruzamentos mais importantes e os painéis informativos, será possível melhorar em 30% a fluidez no trânsito, contribuindo para reduzir a poluição e o tempo de deslocamento, além de melhorar a qualidade de vida da população”, disse.

"Estamos orgulhosos de sermos a empresa que está implantando esta tecnologia pela primeira vez em uma cidade da América do Sul, uma tecnologia que permitirá a Niterói evoluir de uma gestão passiva do trânsito para uma gestão ativa e muito mais eficiente”, afirmou o Presidente da ENGIE no Brasil, Maurício Bähr.

INTEGRAÇÃO – O CCO funcionará junto ao Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), em Piratininga. Além da sincronização de semáforos, o novo sistema permitirá o monitoramento em tempo real do trânsito nas dez áreas identificadas pela NitTrans, o órgão municipal de trânsito de Niterói.

A empresa responsável pelo sistema instalará 55 quilômetros de cabos de fibra óptica e um total de 212 câmeras, das quais 190 de monitoramento do trânsito (controladores inteligentes de tráfego) e 22 de vigilância (com alcance de 360 graus). Ao vigiar o trânsito, essas câmeras vão estabelecer o tempo de cada sinal a partir da contagem do número de veículos que passam em uma determinada via.


Haverá, ainda, 14 painéis eletrônicos com informações úteis para os motoristas, como as condições de trânsito e o tempo de determinados trajetos; e um sistema fechado de TV, que transmitirá para o CCO imagens digitais em tempo real sobre o fluxo de veículos.

A expectativa é que o novo sistema reduzirá a necessidade de manutenção nos semáforos, além do tempo das viagens, do consumo de combustível e da emissão de gases poluentes – com impacto positivo no meio ambiente.

Fonte: Prefeitura de Niterói



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CENTRO DE CONTROLE OPERACIONAL DO TRÂNSITO EM NITERÓI - CCO

NITERÓI TERÁ SISTEMA DE CONTROLE DE TRÂNSITO MAIS MODERNO DO PAÍS
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NITERÓI CIDADE INTELIGENTE

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CCO - Centro de Controle Operacional do trânsito em Niterói
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Inclusão digital - PLATAFORMAS URBANAS DIGITAIS
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Efetivo, segundo Sérgio Caldas, atuará na cidade, durante provas de vela e na segurança de atletas e turistas

“Niterói e cidades da região não vão ficar desprovidas de policiamento durante a olimpíada”. A afirmação é do delegado Sérgio Caldas, responsável pelo 4º Departamento de Polícia de Área (DPA), citando que o reforço de policiais, civis e militares, que será enviado para a capital vai ser feito nos dias de folga dos agentes, dentro do que permite o Regime Adicional de Serviço (RAS). A cidade ainda vai receber uma das equipes da Força Nacional de Segurança Pública, do Governo Federal.

“Ainda não sabemos o quantitativo desse efetivo, mas certamente uma das equipes virá até a cidade por conta das provas de Vela e também dos atletas que ficarão baseados na cidade e os turistas, por conta da proximidade com o Rio de Janeiro”, afirma o delegado, que acredita que com o pagamento das gratificações e prêmios devido à ajuda do Governo Federal de R$ 2,9 bilhões ao Estado, a procura pelo serviço adicional volte a aumentar.

Caldas afirma que apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pelo Estado, reflexo da crise nacional, as delegacias que estão sob o seu comando estão batendo as metas estipuladas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) em relação a prisões, casos solucionados, mandados de prisão e busca e apreensão.

“Com a normalização do pagamento a tendência é ficar ainda melhor. Pois é muito difícil motivar todo um corpo de policiais se ele não recebe o salário dia. Mas mesmo assim estamos dentro da meta. Apenas no Centro de Niterói, área da 76ª DP, em um ano e meio foram presas cerca de 30 lideranças do tráfico de drogas”, exemplifica.

Um grande avanço para a cidade, mas que ainda está em fase de discussão, será a criação de uma Central de Garantias, que vai introduzir uma nova metodologia na apreciação das prisões em flagrante. “Ela funcionará nos mesmos moldes da que foi instalada na Cidade da Polícia, com quatro salas de audiência, salas de custódia, quatro delegados de plantão cada um com uma equipe especializada para possíveis diligências, além de um corpo de peritos. A qualidade dos inquéritos gerados na Central de Garantias já em funcionamento são excelentes”, afirma o delegado. Ainda segundo Caldas, o prédio para abrigar a central precisa ser construído em um terreno que deve ser doado pela prefeitura, preferencialmente, dentro da Cidade da Ordem Pública, no Barreto. Mas devido a situação financeira do Estado e ao período eleitoral no âmbito municipal, o assunto acabou sendo adiado para 2017.

Migração – Questionado sobre a migração de criminosos do Rio para favelas de Niterói e São Gonçalo, Caldas disse que os próprios dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), ligado à Secretaria de Segurança, confirmam o aumento no número de criminosos e de armamentos nas favelas da região, principalmente no Caramujo, em Niterói, e no Salgueiro, em São Gonçalo.

“O morador de Niterói ainda não tem, e ainda bem que não tem, a aceitação de que a violência é naturalmente sua vizinha, como se tem no Rio. Por isso esse desconforto na população. Junto com o crescimento das facções criminosas, cresce também o conflito entre elas pela busca de pontos de vendas do tráfico. A venda de drogas é algo quase impossível de se acabar, mas a questão do tráfico armado é o que chama atenção. Estamos lutando para diminuir isso”, afirma.

Mostrando as comunidades de Niterói sinalizadas em um mapa colocado em seu gabinete, Sergio Caldas afirma que a Zona Norte de Niterói, atendida pela 78ª DP (Fonseca), ainda é a região mais crítica da cidade. “Obviamente essa é a parte da cidade que mais recebeu criminosos do Rio, até pelo seu grande número de favelas, e onde a tensão entre facções cresceu. Mas, subjetivamente, algo que acontece na Zona Sul cria uma repercussão muito maior na população. Mesmo áreas como Santa Rosa, onde a migração foi bem menor, até para a polícia realizar uma simples operação hoje ficou mais difícil”, comenta.

‘Polícia sozinha não põe fim na criminalidade’

Para o delegado, a polícia, sozinha, não será capaz de acabar com a criminalidade, pois a questão da Segurança Pública começa com Educação, Saúde e outros serviços básicos que levem oportunidades para os moradores de comunidades carentes.

“Para tentar se aproximar dessa questão social a Polícia Civil tem o programa Papo de Responsa, que trabalha na interlocução com adolescentes e jovens de escolas de comunidades carentes. Fazendo um diálogo sobre drogas, violência e o papel do policial na sociedade. Os policiais ainda vão de cabelo comprido, barba, justamente para quebrar a sensação de dureza e rigidez. Mudando a impressão que muitos têm da polícia”, afirma.

Ainda de acordo com Caldas, o problema passa, também, pela questão penitenciária.

“Hoje com a justificativa de que não há espaço para deixar tantas pessoas presas, é afrouxado cada vez mais a progressão de pena. Com isso, bandidos perigosos têm retornado cada vez mais cedo para a rua”.

Legalizar armas e drogas, para ele, são questões que devem ser discutidas pela sociedade, mas acredita que a liberação do porte de armas para a população em geral traria mais problemas que benefícios.

“A legalização das drogas, a maconha especificamente, deve ser discutida sobre a ótica da regulamentação da produção. Autorizar apenas o uso não adianta nada, isso não passa de hipocrisia. Os traficantes vão continuar vendendo drogas nas favelas e portado armas. Regular desde a produção é o que pode gerar melhores resultados”, argumenta.

Fonte: O Fluminense