quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Vento pode ser segunda principal fonte de energia elétrica do país em 2019



Vento deve ser segunda principal fonte de energia do Brasil em 2019. Assista ao vídeo aqui. 


Há dez anos, energia eólica abastecia apenas dois milhões de pessoas. Em 2018, número chega a 77 milhões. Investimentos vêm até de empresas de petróleo.

O vento deve se tornar a segunda principal fonte de energia elétrica do Brasil em 2019. Os investimentos em energia eólica estão partindo até de empresas de petróleo.

Em poucos países do mundo a energia do vento cresceu tão rapidamente quanto no Brasil. Há dez anos, os cataventos gigantes abasteciam apenas dois milhões de pessoas. Hoje, esse número chega a 67 milhões. Em 2022, a energia eólica deverá alcançar cem milhões de brasileiros.

“Nós estamos desenvolvendo torres mais altas e mais potentes. Essas torres captam melhor os ventos e produzem mais energia e, inclusive, nós descobrimos potenciais eólicos não só no Nordeste, como no Sul do país, mas em outras regiões. Até onde se sabe, os fabricantes dizem que o Brasil tem o melhor vento do planeta para a produção de energia eólica”, afirmou Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica.

Ventos fortes e regulares, quase sempre na mesma direção, tornaram o Brasil um dos principais destinos dos investimentos em energia eólica no mundo inteiro. Em plena crise econômica, apenas em 2017, o setor movimentou mais de R$ 11 bilhões. A expectativa é de que já em 2019 o vento seja a segunda maior fonte de energia do país.

Hoje, 60% da energia elétrica produzida no Brasil vêm das hidrelétricas; 9%, das usinas de biomassa, principalmente da queima de bagaço de cana; e a energia eólica representa 8,5% da geração, seguida pelo gás natural, 8%.

“Nós temos cada vez mais tecnologia e custos operacionais de acesso, de fornecedores, inclusive fornecedores brasileiros, competitivos. O Brasil é um dos poucos ambientes do mundo em que se tem muito potencial para crescer em terra e no mar, ao mesmo tempo”, disse Jean-Paul Prates, diretor do Centro de Estratégias em Recursos Naturais.

Até quem fez do petróleo seu principal negócio, resolveu investir em vento. A Petrobras anunciou o primeiro projeto de energia eólica em alto mar, no Brasil.

O aerogerador será instalado a 20 quilômetros da Costa de Guamaré, no Rio Grande do Norte, a um quilômetro da plataforma de petróleo.

Cabos submarinos de energia vão conectar o gerador à plataforma e a plataforma ao continente.

A capacidade de geração será de aproximadamente que seis megawatts, o suficiente para abastecer 16.500 casas.

É um projeto piloto, que poderá abrir caminhos para novos investimentos.

“O Brasil tem naquela região do Ceará e Rio Grande do Norte uma capacidade, que nós mesmos medimos, de 140 gigawatts de potência. Isso é igual à capacidade total do país hoje. Portanto, a gente vê isso como uma área de negócios absolutamente possível, sim, sempre que economicamente viável”, explica o diretor de Estratégia da Petrobras, Nelson Silva.

Fonte: G1








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