segunda-feira, 25 de abril de 2022

Carnaval de Niterói no Caminho Niemeyer foi um sucesso
















Depois de mais de dois anos de espera, devido à tragédia da covid-19, a atual situação da pandemia, controlada graças à vacinação, nos permitiu voltar a celebrar a maior festa popular do mundo. Aqui em Niterói, o Carnaval foi marcado pela emoção dos 15 mil componentes das 31 escolas que atravessaram o Caminho Niemeyer durante três dias, contagiando as mais de 45 mil pessoas que lotaram as arquibancadas. A nova Passarela do Samba foi o ponto alto dessa folia e veio para ficar, tornando a nossa festa ainda mais bonita e cada vez maior.

Foi emocionante ver de perto a felicidade estampada no rosto de cada niteroiense com esse retorno da folia, num clima de esperança e recomeço após atravessarmos esse que foi o maior desafio da nossa geração. Estive lá no Caminho Niemeyer com a minha esposa, Christa, o amigo e ex-prefeito Rodrigo Neves e o vice-prefeito Paulo Bagueira, e ficamos muito felizes em ver o quanto o Carnaval de Niterói, que já foi eleito o segundo maior do país, vem crescendo e ganhando mais notoriedade. Isso é resultado de todo trabalho que fizemos desde a gestão do Rodrigo para valorizar essa festa popular, o que contribuiu para avançarmos com a qualidade e visibilidade desta celebração, que é tão significativa para a cultura e a cadeia produtiva de Niterói.

É muito simbólico que essa volta do Carnaval aconteça no Caminho Niemeyer, um espaço que foi reaberto na gestão do Rodrigo e ganhou um novo significado, se consagrando como uma das principais áreas de lazer das famílias niteroienses e de valorização da cultura local. Também foi um momento de reencontro com a essência da festa momesca na nossa cidade. Na década de 80, o Carnaval foi sediado onde hoje está a obra de Niemeyer e esse retorno, após 40 anos, marca um novo tempo dessa festa em Niterói.

Além de ser a primeira grande celebração após o período desafiador da pandemia, o Carnaval Niterói 2022 ficará marcado na história da nossa cidade pela inovação. A Prefeitura preparou uma mega estrutura para receber os foliões, numa arena com capacidade para 5 mil pessoas, praça de alimentação e toda segurança e conforto.

A vibração do público foi um show à parte. Durante os três dias, as arquibancadas do Caminho Niemeyer ficaram lotadas, com famílias festejando esse reencontro e mostrando a força do Carnaval de Niterói. Crianças brincando e idosos se divertindo reforçaram o quanto a festa da nossa cidade é democrática. Niterói recebeu com todo carinho visitantes de outras cidades e países, como França e Peru, o que mostra a grandiosidade do nosso evento e o forte potencial turístico.

Através da transmissão ao vivo nas redes sociais da Prefeitura de Niterói, a magia dessa festa chegou na casa do público. Foram mais de 24 horas de cobertura em tempo real, com 15 câmeras e um drone sobrevoando a Passarela do Samba de Niterói.

A cobertura contou com o trabalho de quatro apresentadoras, que transmitiram todos os detalhes da festa dentro de um estúdio de vidro, batizado de Esquina do Samba Mário Dias, em homenagem ao saudoso jornalista e produtor cultural. Na Avenida, duas repórteres acompanharam os bastidores das escolas e a empolgação do público nas arquibancadas.

Niterói tem um dos carnavais mais tradicionais do país e a magia disso está no amor que os componentes têm por suas escolas. Todas as 31 agremiações fizeram um trabalho lindo, através da garra da comunidade, que vive o carnaval e sonhou dois anos inteiros para colocar o desfile na rua. Não faltou garra, energia e samba no pé desses componentes, que lavaram a alma nos desfiles do Grupo A, B e C.

O que também marcou a inovação do Carnaval Niterói 2022 foi a consulta pública aberta na plataforma Colab. Pela primeira vez, além da apuração, o público vai poder escolher qual foi a melhor escola de samba do ano, além de opinar sobre a estrutura da festa, como a mudança de local. A votação popular segue até esta terça-feira, às 17h. O resultado será anunciado às 18h.

A apuração oficial dos jurados acontece nesta terça-feira, mas todas as escolas saem vitoriosas por fazer esse Carnaval 2022 ser inesquecível para Niterói. Viva a cultura popular, viva o Carnaval e viva Niterói!

Axel Grael  




Produção de bicicletas supera 183 mil unidades no primeiro trimestre

 


A indústria de bicicletas instalada no Polo Industrial de Manaus – PIM produziu 183.019 unidades no primeiro trimestre, alta de 7,1% na comparação com o mesmo período do ano passado (170.902 bicicletas).

Segundo levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, a produção retorna ao patamar de 2019, período pré-pandemia, quando foram fabricadas 183.742 unidades.

Ainda de acordo com dados da associação, em março, 57.870 bicicletas saíram das linhas de montagem, queda de 9,2% em relação a fevereiro (63.712 unidades). O volume foi muito próximo ao registrado no mesmo mês do ano passado (57.843 bicicletas).

Ao analisar o desempenho do setor, o vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo, Cyro Gazola, afirma que os números estão dentro da expectativa das associadas de produzir 880 mil unidades em 2022. “O ritmo de produção vem em uma curva ascendente. O pequeno recuo que tivemos em março está dentro da normalidade e foi provocado por um desequilíbrio que ainda existe na cadeia de suprimentos”, explica. “É um problema mundial que ainda vai persistir por mais alguns meses, mas acreditamos que em uma intensidade menor”, complementa.

Para minimizar esse problema, o executivo explica que as associadas elaboraram um plano de ação que envolve toda a cadeia logística para garantir o suprimento das linhas de produção. “Graças a isso, gradativamente estamos atendendo a demanda do mercado”, diz Gazola.

Na avaliação do vice-presidente, a procura por bicicletas deve continuar alta. “A bicicleta é um meio de transporte econômico e com menor custo de manutenção. Há, ainda, o ganho ambiental: é um meio de transporte sustentável, que não polui e só traz vantagens para as pessoas, para a mobilidade e para o planeta”, destaca.

Gazola afirma que o aumento dos combustíveis também pode contribuir para o aumento da demanda, uma vez que as pessoas têm buscado novas formas de mobilidade. O executivo destaca ainda que, desde o início da pandemia do coronavírus, quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendou o uso do modal por garantir o distanciamento social e ainda proporcionar o mínimo de atividade física necessária, o mundo todo passa por um “boom” de vendas de bicicletas.

Produção por categoria

Com 112.629 unidades e 61,5% do volume total produzido, a Mountain Bike (MTB), foi a categoria mais produzida no primeiro trimestre. Em segundo lugar, ficou a Urbana/Lazer (52.014 bicicletas e 28,4% da produção), seguida pela infanto juvenil (12.582 unidades e 6,9%).

Em termos porcentuais, a categoria que registrou maior crescimento foi a Estrada. Foram fabricadas 3.161 unidades, alta de 31,4% na comparação com os três primeiros meses do ano passado (2.405 bicicletas). Na sequência aparece a elétrica, com 2.633 unidades produzidas, volume 18,3% maior ao registrado no mesmo período do ano passado (2.225 bicicletas).

Gazola ressalta que a procura pela bicicleta elétrica cresce ano a ano. “A bicicleta elétrica permite que você vá a qualquer lugar com agilidade e conforto. Os brasileiros também seguem uma tendência mundial de optar por produtos em sintonia com o meio ambiente e adotar um estilo de vida mais saudável”, explica.

Para este ano, a expectativa da Abraciclo é que sejam fabricadas 15 mil unidades de bicicletas elétricas, o que representa um aumento de 45,7% na comparação com 2021 (10.294 mil unidades).

No ranking de produção mensal, as posições do primeiro trimestre foram mantidas: MTB (35.343 unidades e 61,1% do volume total produzido), Urbana/Lazer (13.923 unidades e 24,1%) e infanto juvenil (7.574 e 13,1%).

Fonte: A Tribuna




sexta-feira, 22 de abril de 2022

Ilha da Menina, em Itaipu, terá vegetação nativa recuperada




A notícia abaixo, do trabalhos iniciais dos profissionais que estão apoiando a Prefeitura de Niterói para o trabalho de recuperação da vegetação da Ilha da Menina, localizada em frente à Praia de Itaipu e que faz parte do arquipélago formado também pelas Ilhas da Mãe e do Pai.

Assim como verifica-se nas demais ilhas do arquipélago, além das Ilhas Cagarras, Ilha Redonda, Tijucas, Cotunduba, Ilha Rasa e outras ilhas nas proximidades da Baía de Guanabara, a vegetação original da Ilha da Menina era rica em palmeiras e abrigava uma variada avifauna marinha, que a utilizavam para abrigo e reprodução. A destruição da vegetação da Ilha da Menina impediu essa importante função ecológica, que precisa ser restaurada.

O projeto der recuperação da vegetação da ilha faz parte do "PROJETO DE RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA DO MUNICÍPIO DE NITERÓI", desenvolvido com recursos obtidos em a partir de um edital do BNDES cujo contrato foi assinado em 2019, para investir cerca de R$ 3 milhões em reflorestamento de 203 hectares na cidade de Niterói, inclusive ilhas do nosso litoral.

Proteção e recuperação de florestas urbanas em Niterói

Niterói é reconhecida pelo seu destacado esforço de proteção e recuperação dos seus ecossistemas naturais e conta hoje com uma das maiores ações de reflorestamento em curso no país. No último dia 6 de abril, Niterói recebeu a certificação do Programa Tree Cities Of The World, administrado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pela Arbor Day Foundation nos EUA. Trata-se de um selo concedido a cidades que são destaque a nível mundial no plantio e cuidado de suas árvores. Em 2018, a FAO já havia incluído Niterói como um dos dois destaques na América Latina (Lima, no Peru, foi a outra) na proteção de florestas urbanas, publicando a experiência de nossa cidade no livro "Forests and Sustainable Cities: inspiring stories from around the world".

Em 2013, no início da gestão do prefeito Rodrigo Neves, a Prefeitura produziu o planejamento estratégico intitulado "Niterói que Queremos", com metas para a cidade até 2033. O documento prevê que até 2033, Niterói terá recuperado 507,22 hectares de áreas degradadas. Estamos trabalhando para superar a meta estabelecida.

Desde 2014, quando o então prefeito Rodrigo Neves assinou o Decreto 11.744 criando o Programa Niterói Mais Verde, a cidade passou a contar com mais da metade do seu território protegido por unidades de conservação. Após a criação de novas unidades, Niterói já tem 56% do seu território protegido, o que é uma oportunidade quase única para uma cidade inserida num contexto metropolitano. Através de várias iniciativas, da qual damos destaque para às obras de implantação do Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis, a Ilha da Boa Viagem e outros investimentos que somam mais de R$ 100 milhões. Com a implantação dessas unidades de conservação, a população de Niterói poderá usufruir de suas áreas verdes e se beneficiar das oportunidades trazidas pelo ecoturismo

Vamos em frente para fazer de Niterói uma referência de sustentabilidade urbana.

Axel Grael


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Ilha da Menina, em Itaipu, terá vegetação nativa recuperada


Técnicos fazem vistoria na Ilha da Menina Foto: Luciana Carneiro/Divulgação

Vista aérea da Ilha da Menina. A vegetação original foi inteiramente perdida para o fogo e agora há a predominância do capim-colonião, grande desafio a se superar para a recuperação.

Pesquisadores estudam usar técnica semelhante à que vem sendo empregada nas Ilhas Cagarras; local está tomado de capim-colonião

NITERÓI — A Ilha da Menina, também conhecida com Ilha da Filha ou Pitanga, em Itaipu, na Região Oceânica, terá seu ecossistema totalmente recuperado. A ilha é a menor e mais próxima da costa, no pequeno arquipélago de três ilhas junto à Enseada de Itaipu.

Para a restaurar a vegetação original da ilha, serão introduzidas espécies nativas resistentes à seca e adaptadas àquele ecossistema. Hoje, o local está tomado por capim-colonião, uma espécie invasora.



Na sexta-feira passada, dia 8, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS), acompanhados de um pesquisador do Departamento de Biologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC), especialista em revegetação e restauração ecológica, fizeram uma vistoria técnica na Ilha da Menina. Eles foram lá investigar as formações vegetais, o tipo de solo, a fauna, a possível presença de água doce e a profundidade em relação à topografia, entre outros aspectos.

Depois da visita, os técnicos e o pesquisador vão apresentar um diagnóstico da ilha. O objetivo é estudar a melhor forma de reconstituir aquele ecossistema, as técnicas que serão empregadas e as espécies da flora que mais se adequarão ao solo para devolver a biodiversidade ao local.

O pesquisador da PUC Richieri Antonio Sartori explica que o primeiro passo deve ser a retirada do capim-colonião, que pode ter sido levado para a ilha pelo vento ou por pássaros.

— Fizemos esse reconhecimento para avaliar a profundidade do solo e se ele é saudável ou não. O local está tomado pelo capim-colonião, que é uma espécie invasora. Para eliminá-lo, vamos fazer um experimento plantando mudas que façam sombra. É um projeto que vai durar alguns anos. Tentaremos utilizar inicialmente espécies nativas para aumentar a biodiversidade. Antes de ser degradada, acredito que a área tinha,provavelmente, 60 espécies arbóreas — estima o especialista.

De acordo com a secretaria, os especialistas avaliam a possibilidade de utilizar a mesma técnica que está sendo empregada nas Ilhas Cagarras, na Zona Sul do Rio, onde vem sendo feito o plantio manual das espécies após a retirada do capim invasor. Em março de 2021, o Monumento Natural das Ilhas Cagarras foi classificado como um Hope Spot (Ponto de Esperança). A certificação é dada pela Mission Blue, aliança internacional para conservação marinha liderada pela pesquisadora americana Sylvia Earle.

Depois de vistoriar a Ilha da Menina, os técnicos farão visitas às ilhas do Pai e da Mãe, que compõem o arquipélago. A recuperação deste ecossistema faz parte do Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social da prefeitura, que começou em 2019 e recebeu R$ 2,9 milhões em investimentos financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o prefeito Axel Grael, a restauração do meio ambiente terá impacto direto na vida dos moradores da cidade.

— Passamos a ter parques e outras áreas protegidas em 56% do nosso território como. A arborização e as áreas verdes têm uma função fundamental na qualidade de vida do niteroiense — afirma o prefeito.

Fonte: O Globo  


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Niterói fecha parceria com a ONU para apoiar os cerca de 2 mil refugiados instalados na cidade






Niterói tem hoje cerca de 2 mil refugiados aqui instalados, segundo dados da Polícia Federal. O expressivo número de pessoas nesta situação em nossa cidade surpreende muitos niteroienses e alerta para a necessidade de iniciativas voltadas a este grupo. Para tratar deste assunto, junto com o secretário municipal de Direitos Humanos, Rafael Adonis, recebi esta semana o representante no Brasil do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), José Egas. Assinamos um memorando que oficializa a parceria de Niterói com a entidade para ampliar o mapeamento, estruturar serviços e capacitar servidores municipais para o atendimento a migrantes e refugiados que, somados, chegam a 9 mil em Niterói.

A iniciativa reforça a posição de vanguarda de nossa cidade, também, no que diz respeito a políticas públicas de inclusão. Em março, a Prefeitura de Niterói já havia inaugurado o Núcleo de Migrantes e Refugiados Moïse Kabagambe, administrada pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos, que passou a funcionar na Casa dos Direitos Humanos, no Centro.

Em pouco tempo de funcionamento, centenas de pessoas já procuraram por orientações no Núcleo, que presta atendimento jurídico, assistencial e psicológico. A unidade também viabiliza a emissão de documento de identificação civil, em parceria com o Detran, e promove a mediação de conflitos junto a equipes da Rede Mediar, do Pacto Niterói Contra a Violência.

Entre as nacionalidades que já buscaram a equipe para atendimento estão senegaleses em sua grande maioria. Depois seguem angolanos, haitianos e congoleses.

Casa dos Direitos Humanos
Endereço: Rua XV de Novembro, 188 – Centro, Niterói/RJ.
Funcionamento: de segunda a sexta, das 9h às 17h.
Agendamento: Zap da Cidadania (21) 96992-9577.


Niterói e os imigrantes

Niterói tem uma longa tradição de recepcionar imigrantes e refugiados. Ainda estão muito presentes os legados das colônias de migrantes que estão representados, por exemplo, no Rio Cricket Club (em Icaraí), na Igreja Anglicana (Icaraí), no Rio Yacht Club (originalmente se chamava Rio Sailing Club), no Iate Clube Brasileiro (fundado com forte presença alemã), na Igreja Luterana, que ainda recebe famílias alemãs, o Clube Português (a comunidade portuguesa ainda muito presente no comércio e na gastronomia), o Clube Italiano, Espanhol etc.

Bairros como Icaraí, São Francisco, Boa Viagem e outros, ainda abrigam muitas famílias de origem estrangeira.

Família

Iniciativas de apoio a migrantes e refugiados têm um sentido especial para mim. Sou neto de um dinamarquês (Preben Schmidt), que chegou ao Brasil em 1924, e uma alemã (Helene Schmidt), nascida na cidade de Lyck, hoje situada na Polônia, com o nome de Elk. Os dois migraram para o Brasil e aqui chegaram sem conhecer ninguém. O casal se apaixonou por Niterói e aqui se conheceu. Se estabeleceram e formaram a família na Estrada Leopoldo Fróes, então um lugar afastado da cidade. Cresci ouvindo histórias sobre a importância do acolhimento e da solidariedade, características marcantes de Niterói. 

Minha avó Helene, contava como foi recebida na época, na Ilha das Flores, onde havia um centro para recepcionar imigrantes. Durante quase um século (1877 a 1966), a Ilha das Flores, na Baía de Guanabara (hoje com acesso pela Rodovia Niterói-Manilha e abrigando uma instalação militar da Marinha), recebia imigrantes estrangeiros que chegavam ao Brasil. Lá, os recém-chegados imigrantes, das mais variadas origens, eram hospedados, recebiam exames médicos, eram eventualmente curados de enfermidades e recebiam propostas de empregos de todo o Brasil. Enquanto existiu, a unidade da Ilha das Flores recebeu 300 mil estrangeiros que chegaram ao Brasil pelo Porto do Rio.

Axel Grael





quinta-feira, 14 de abril de 2022

ASSEMBLEIA DE DEUS ERGUERÁ CATEDRAL NO CAMINHO NIEMEYER

 






Prefeitura de Niterói cede terreno para construção do templo no conjunto arquitetônico onde já está sendo erguida a Catedral Católica.

Ao projetar o Caminho Niemeyer, Oscar Niemeyer, este mestre da arquitetura contemporânea (que não seguia qualquer religião) pensou em erguer ali dois templos religiosos, um católico e outro evangélico. Esta semana, a Prefeitura de Niterói deu um importante passo para a realização deste sonho, que se tornou também o sonho de milhares de niteroienses. Na última quarta-feira, dia 13, assinei a cessão do terreno para a construção da Catedral da Assembleia de Deus.

Que o senhor continue sempre a inspirar criativas ousadias!!!
Escrevi aqui no Blog por ocasião do falecimento do Dr. Oscar Niemeyer
 
O belíssimo templo, que conta com os arrojados traços de Oscar Niemeyer, será erguido em 7.336,07 metros quadrados, às margens da Baía de Guanabara, de frente para o Cristo Redentor e a poucos metros de onde já está sendo construída a Catedral Católica. Além de joias arquitetônicas, estes espaços de fé e orações serão importantes símbolos da liberdade religiosa, direito constitucional que precisa ser preservado e respeitado em todo o País.
 
Ao se instalarem no mesmo complexo arquitetônico, a poucos metros de distância, a Igreja Católica e a Assembleia de Deus dão importante exemplo de respeito à pluralidade, às diferentes formas de exercer a religiosidade. É Niterói, mais uma vez, mostrando que é uma cidade de vanguarda, onde não há espaço para retrocessos.

As catedrais também cumprirão importante papel ao complementar o Caminho Niemeyer, este conjunto arquitetônico que já atrai a atenção de milhares de visitantes e turistas de todo o mundo. As novas construções vêm de encontro às obras que anunciei recentemente no Centro 450, que faz parte do Plano Niterói 450 Anos. Nos próximos três anos, a região central da cidade passará por uma série de investimentos, que incluem intervenções urbanísticas no entorno do Caminho Niemeyer.

A cerimônia de cessão do terreno contou com a presença do presidente da Convenção da Assembleia de Deus no Brasil (CADB), pastor Samuel Câmara; do vice-presidente nacional e presidente estadual da CADB, pastor Celso Brasil; do desembargador William Douglas; do amigo e ex-prefeito Rodrigo Neves, representantes do Escritório Oscar Niemeyer, familiares do arquiteto, lideranças religiosas e autoridades municipais.

Axel Grael
Prefeito de Niterói


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Prefeitura de Niterói entrega cinco prédios do Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF









Projeto teve aporte de R$ 28 milhões do governo municipal e vai beneficiar mais de 3.500 alunos de diversos cursos

A Prefeitura de Niterói entregou esta semana à Universidade Federal Fluminense (UFF) cinco dos 11 blocos do novo prédio do Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS), no Campus do Gragoatá. A obra, com aporte de R$ 28 milhões da Prefeitura de Niterói, inclui também a sala de exposições, conhecida como Maracanã. Cerca de 80% da obra já está concluída e a expectativa é de que seja finalizada em julho.

O IACS foi fundado em 1968, tem cinco departamentos e aproximadamente 3.500 alunos. Serão 110 salas de aula divididas em blocos, além de anfiteatro, pátio e sala de exposição. Os 11 edifícios serão interligados com bibliotecas, laboratórios e espaço de convivência. Os seis blocos que ainda serão entregues estão em fase de revestimento, colocação dos pisos e instalação de luminárias, ajustes de parte elétrica e hidráulica.

Na última quarta-feira (13), visitei o IACS acompanhado pelo reitor Antônio Claudio da Nóbrega, servidores, professores e alunos da UFF. Fiquei muito feliz em perceber a alegria e emoção de todos com o avanço das obras. Tivemos oportunidade de conversar e falar sobre o potencial da parceria da Prefeitura de Niterói com a universidade, onde ciência, cultura, educação, diálogo e reflexão.

A UFF, com seus cerca de 50 mil alunos, é um tesouro da nossa cidade e traz contribuição efetiva e inovadora para o desenvolvimento socioeconômico sustentável, com inclusão social, das diversas regiões do município. A Prefeitura de Niterói reconhece esse patrimônio e, por isso, mantém frentes de cooperação com a UFF em diferentes setores. Sabemos que esta parceria não é uma soma, mas uma multiplicação.

Com o Programa de Desenvolvimento de Projetos Aplicados – PDPA, por exemplo, a Prefeitura de Niterói investe R$ 25 milhões no desenvolvimento de projetos e pesquisas relacionadas a soluções para demandas da cidade em diferentes setores. Os projetos foram selecionados mediante edital, contando com 323 propostas inscritas e foram selecionados 78 projetos, que tiveram início em 2021.

Saiba mais sobre a visita ao IACS:

O reitor da Universidade Federal Fluminense, Antônio Cláudio da Nóbrega, contou da alegria de ver a obra sendo finalizada e ressalta a importância da parceria com o governo municipal.

"É muito gostoso experimentar a concretude de um projeto audacioso, cooperado e de longo prazo, pois sempre dizem que o poder público e as instituições públicas não são capazes de fazer e estamos vivendo essa entrega. Essa parceria entre a prefeitura e a UFF é muito orgânica e que tende a permanecer como política pública de Niterói e institucional da universidade. É inevitável fazer o registro de como encontramos a UFF, com um orçamento decrescente e com um momento político muito duro e muito difícil e a força dos estudantes foi fundamental. Nesse momento crítico, Niterói foi muito parceira e isso foi extremamente importante”, disse o reitor.

Flavia Clemente, diretora do IACS, ressaltou que a parceria entre UFF e prefeitura é um ganho para todos. “Estou muito feliz de podermos estar presentes nesse momento depois de tanto tempo. Eu tenho uma história com o Instituto bem antiga, fui aluna de jornalismo em 1990. Foi a UFF que me fez conhecer Niterói e eu entendi que a universidade e a cidade estão sempre juntas e que dialogam muito entre si e realizam tantas trocas. E com isso todo mundo sai ganhando. Ganha a universidade com educação, infraestrutura para nossos cursos e projetos com qualidade de ensino e criar ainda mais oportunidades e ganha a cidade com tudo que a UFF pode oferecer no campo da cultura, do cinema e do audiovisual que a gente dialoga com Niterói o tempo todo”.

Neste novo espaço serão ministrados os cursos de graduação em Arquivologia, Artes, Biblioteconomia e Documentação, Cinema e Audiovisual, Comunicação Social, Estudos de Mídia, Produção Cultural, e de Pós-Graduação em Ciências da Informação, Cinema e Audiovisual, Comunicação, Cultura e Territorialidades, Mídia e Cotidiano e Estudos Contemporâneos das Artes.



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Prefeitura de Niterói inicia mais uma etapa de expansão da malha cicloviária da Zona Norte

 





Mais uma etapa da expansão da malha cicloviária na Região Norte de Niterói foi iniciada. A Coordenadoria Niterói de Bicicleta, em parceria com a NitTrans e a Secretaria Regional da Engenhoca, está realizando a demarcação e pintura da ciclovia da Avenida Professor João Brasil, no Fonseca. Neste projeto, a Prefeitura de Niterói irá implantar 2,5km de malha cicloviária segregada ao longo de toda a via, conectando o bairro da Engenhoca ao Fonseca e à Venda da Cruz.

Responsável pela Coordenadoria Niterói de Bicicleta, Filipe Simões, destaca que após a finalização da pintura, serão incluídos elementos de segregação para melhor segurança de ciclistas, motoristas e pedestres, além da requalificação do projeto de sinalização vertical. De acordo com ele, atendendo às demandas da população está sendo dado mais um importante passo na expansão da malha cicloviária, com o objetivo de estimular ainda mais este transporte sustentável na cidade, prático e de baixo custo.

“Em outubro do ano passado, foi implantada a ciclofaixa no Barreto, conectando a Rua Benjamin Constant à praça Flávio Palmier. Para a Avenida Professor João Brasil, a Coordenadoria Niterói de Bicicleta desenvolveu um projeto de ciclovia com apoio da Administração Regional da Engenhoca e da NitTrans, com foco na segurança viária. Esta obra é parte da implantação de uma malha cicloviária mais segura para a Zona Norte e integra o programa Niterói 450 anos”, enfatiza.

O projeto da ciclovia da Avenida Professor João Brasil, de acordo com ele, possibilitará a integração com a futura ciclovia da Alameda São Boaventura, permitindo o deslocamento mais seguro dos bairros até a região central da cidade.

“Trabalho em equipe é a chave para o sucesso de qualquer projeto. NitTrans e Niterói de Bicicleta vem dialogando sobre as melhores alternativas para integrar a mobilidade ativa com segurança no dia a dia da população”, reforça a diretora de planejamento da NitTrans”, Amanda Machado.

Mais ciclovias – O Plano Niterói 450 anos, lançado este ano pela Prefeitura de Niterói, prevê ações de ampliação e requalificação da infraestrutura cicloviária na cidade. Na Região Oceânica, a meta é alcançar a marca de 60km de ciclovias e ciclorrotas, além de concluir a implantação dos bicicletários e paraciclos. Na Região Norte, a previsão é de implantar ou requalificar 21,5km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. O objetivo é chegar aos 120 km de infraestrutura cicloviária em Niterói até 2024.

O programa prevê, ainda, o aumento de 113% do número de vagas disponíveis no Bicicletário Arariboia de forma integrada ao projeto da nova Praça Arariboia até o fim de 2024. Além disso, a Prefeitura de Niterói estuda a implantação de um sistema de compartilhamento de bicicletas com 40 estações e 400 bicicletas nos bairros do Centro, São Lourenço, Fonseca, Icaraí, Santa Rosa, Ingá, São Domingos e Gragoatá.

Fonte: Prefeitura de Niterói



domingo, 10 de abril de 2022

Cidades contra o aquecimento global





Cidades contra o aquecimento global

Por Axel Grael

O século 21 será, sem dúvida, dominado pelas cidades, disse Sadiq Khan, prefeito de Londres, durante reunião de que participei com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o português António Guterres, e outros oito prefeitos de diferentes países. Khan constatou, no encontro da COP 26, em Glasgow, Escócia, em novembro do ano passado, que após os séculos 19, dos Impérios, e 20, das grandes potências, chegou a hora e a vez das cidades.

As cidades têm um desafio planetário que vem sendo tratado pelas nações de forma, no mínimo, complacente. Recentemente, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU divulgou relatório no qual faz forte alerta quanto à possibilidade de não cumprimento do Acordo de Paris, de 2015, quando se concordou que o nível de aquecimento global não poderia passar do limite de 1,5 C° até 2100. Se tudo continuar como está, deve chegar a 3,2 C°. O século das cidades está em xeque.

Países desenvolvidos são os maiores emissores, com destaque para os Estados Unidos e China. O Brasil está entre os que mais emitem carbono na atmosfera, devido às queimadas e ao desmatamento. A posição brasileira hoje, infelizmente, é totalmente retrógrada a respeito das mudanças climáticas.

No nível municipal, sofremos os efeitos catastróficos do uso de fontes de energia sujas, do desmatamento e do negacionismo. Tivemos dilúvios sem registro na História, como em Petrópolis e Angra dos Reis. Grandes secas ameaçaram a segurança alimentar, o abastecimento urbano, a produção industrial e a geração de energia hidrelétrica. A estiagem provocou incêndios, como o que destruiu o Pantanal.

Não há futuro sem sustentabilidade. Ainda temos tempo e espaço para a corrigir o rumo. Será preciso virar a chave, da postura reativa para a agenda propositiva, e superar o ceticismo e os lobbies contrários à mudança. Mesmo vilões, EUA e China têm mostrado avanço, vide o caso da Califórnia. A China fabrica a maioria das placas fotovoltaicas do mundo e promove o maior esforço de reflorestamento do planeta.

Alemanha, França e Grã-Bretanha baseiam planos de retomada econômica pós-pandemia de Covid-19 em ações de sustentabilidade e uso de energia limpa. Economia e responsabilidade ambiental e climática precisam caminhar juntas.

Nos municípios, Niterói criou a primeira Secretaria Municipal do Clima há um ano. Lançamos, por ocasião dos 450 anos da cidade, ano que vem, pacote de R$ 700 milhões até 2024 em medidas que levarão à neutralização das emissões de gases, como a instalação de painéis solares e a eletrificação da frota de veículos. Desde 2013, privilegiamos programas de replantio e conservação da área verde. Niterói tem mais da metade do território protegido. Fazemos a nossa parte.

O maior custo é o da inércia. Ao assumir senso de urgência, a compreensão do tamanho e da severidade do risco, temos capacidade de encontrar a solução que nos garanta um futuro sustentável e próspero.

*Engenheiro florestal e ambientalista, é prefeito de Niterói e vice-presidente de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Frente Nacional de Prefeitos (FNP)


Publicado em O Globo, 10/04/2022.


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quinta-feira, 7 de abril de 2022

Assinada ordem de início para obras da Rotatória de Camboinhas






Mais uma obra esperada há muitos anos começa a sair do papel. Assinei esta semana a ordem de início das obras no acesso a Camboinhas. O projeto prevê uma rotatória nos mesmos moldes da que existe na Avenida Francisco da Cruz Nunes, no acesso à Avenida Central.

Nesta área, já desapropriada pelo Município, será instalada uma praça, com novo paisagismo e iluminação. No local, haverá um ponto de ônibus recuado, além de um parque para cães (Parcão) e bicicletário. As intervenções permitirão também a conexão das ciclovias de Piratininga, da entrada de Camboinhas e do Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis.

A obra, além de melhorar o acesso ao bairro, também beneficiará o fluxo de veículos que seguem para Piratininga. A previsão é que todo o trabalho seja concluído em oito meses. O investimento será de R$ 15 milhões. 

Saiba mais sobre a Rotatória de Camboinhas:

O projeto prevê o alargamento da rotatória já existente, que terá a ampliação dos raios permitindo um fluxo maior de carros, já que será duplicada de uma para duas faixas. A intervenção vai proporcionar redução no conflito viário nesta área, principalmente nos dias de maior movimento por conta das praias. 

As estações de ônibus funcionarão neste novo espaço sem interromper o fluxo de trânsito. Haverá ainda a conexão das ciclovias, além do alargamento das calçadas, gerando maior mobilidade e acessibilidade para todos: motoristas, ciclistas e pedestres.

Axel Grael



NITERÓI E SEU POTENCIAL PARA O ECOTURISMO


Pedra do Elefante. Foto Gilson Freitas

Sinalização da Trilha. Foto Charles Gomes.

Sinalização da trilha. Foto Charles Gomes

Voluntários fazem sinalização da trilha de longo curso chamada Rota Charles Darwin. Foto Charles Gomes.


A 14 quilômetros do Rio de Janeiro, Niterói é destino fácil para quem chega a esta que é uma das principais portas de entrada do Brasil. A localização geográfica, no entanto, não é o único trunfo do município quando o assunto é o turismo. Entre montanhas e o mar, nossa cidade conta paisagens exuberantes e mais de 50% de seu território preservado por meio de um decreto municipal. Para efeito de comparação, o municipio do Rio de Janeiro, que conta com áreas da maior importância como o Parque Nacional da Tijuca e o Parque Estadual da Pedra Branca e tantos outros, conta com 35,8% do seu território protegido

Neste cenário, temos 45 trilhas, a maioria localizada em unidades de conservação, como o Parque Natural Municipal de Niterói (PARNIT), Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET) e Reserva Ecológica Darcy Ribeiro. No Parque da Cidade, por exemplo, existe uma rede de 14 quilômetros de trilhas sinalizadas. O município conta, ainda, com trilhas em parques urbanos, como o Horto do Fonseca.

Trata-se de um expressivo capital natural, um potencial para o ecoturismo que, cada vez mais, se apresenta como oportunidade de preservação e de geração de emprego e renda. Esta é uma tendência que ganha ainda mais força neste período pós-pandemia, quando o desenvolvimento econômico com sustentabilidade e inclusão social se mostra ainda mais importante.

Atualmente, a Rede de Trilhas de Niterói está entre as melhores do Brasil. O município possui trilhas de longo curso (TLC), que são pertencentes à Rede Brasileira de Trilhas (Portaria 407/2018). Há opções para trekking, escalada, mountain bike e para prática da educação ambiental. A cidade também conta com rotas acessíveis no Parnit, pilar formador da maior trilha do Brasil que, com cerca de 9 mil quilômetros, ligará o Oiapoque ao Chuí.

Outra importante característica de Niterói é um voluntariado forte e atuante na cidade, que garante trilhas sinalizadas e manejadas, que proporcionam segurança para moradores e visitantes. Hoje, temos 250 pessoas colaborando, reafirmando a boa experiência que o município tem com o trabalho voluntário em diferentes áreas.

Ciente das oportunidades inseridas neste contexto, a Prefeitura de Niterói tem um olhar especial voltado para suas trilhas. Em 2018, em parceria com o município de Maricá, o Município criou a Rota Charles Darwin, que conecta unidades de conservação (Parnit e Peset) e atrativos de grande relevância (MAC, Ilha da Boa Viagem, entre outros). São 28km em Niterói e 70 km no total.

Em 2020, foi instituído o Sistema de Sinalização de Trilhas de Niterói (NitTrilhas) para auxiliar a orientação dos usuários nos trajetos. No mesmo ano, foi lançado o Guia de Trilhas de Niterói, produto que contempla as 45 trilhas, que foram listadas de acordo com a metodologia Femerj. A ferramenta está disponível nas versões impressa e online, em que o usuário tem informações georreferenciadas que potencializam o uso público das áreas protegidas da cidade.

Niterói é ainda o único município que possui destaque na plataforma "Passaporte de Trilhas". Nossa cidade possui papel fundamental com a conexão da Trilha Transcarioca, que atualmente termina no Morro da Urca. A expectativa é de que seja estendida até a Praça XV para conexão com a Rota Darwin, que começa na Praça Arariboia, no Centro de Niterói, e os outros municípios deste lado da Baía de Guanabara na construção da maior trilha da América do Sul.

E não vamos parar por aí. Em 2023, Niterói sediará o próximo Congresso Brasileiro de Trilhas, que este ano acontecerá em Goiânia. Nossa cidade se manterá atenta e atuante para aproveitar as oportunidades inseridas neste eixo do turismo, um dos pilares de nossa estratégia para impulsionar o desenvolvimento baseado nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

POTENCIAL DO BRASIL – Um relatório do US News & World Report, divulgado na última semana, listou o Brasil como principal destino de aventura do mundo entre 78 nações. Nos quesitos avaliados, de um total de 100 pontos, o país superou a marca de 80 pontos em categorias como clima, cenário e diversão. A posição de destaque confirma o potencial do Brasil no cenário pós-pandemia, impulsionado pelo turismo de natureza, grande diferencial do país.

Em muitos países, as unidades de conservação são reconhecidas como um patrimônio, um potencial a ser utilizado de forma sustentável em benefício da população. No Brasil, ao contrário, estas áreas ainda são encaradas como sinônimos de gastos de recursos públicos. Como vice-presidente de ODS da Frente Nacional de Prefeitos, tenho me empenhado em incentivar outros municípios a investir em ações que busquem a geração de emprego e renda com preservação do meio ambiente e mitigação da emissão de gases do efeito estufa. Trata-se de um caminho sem volta. Ou trilhamos o caminho da sustentabilidade ou, simplesmente, não teremos caminho.

Axel Grael
Prefeito de Niterói
Vice-Presidente de ODS da Frente Nacional de Prefeitos - FNP




CIDADE DAS ÁRVORES: Niterói recebe selo internacional por plantio e cuidado com suas árvores



Niterói plantou 8.000 árvores nas ruas da cidade desde 2013, renovando e melhorando a qualidade da arborização da cidade. Até 2024, mais 7.700 mudas serão plantadas.



Niterói tem uma das maiores proporções do território protegido por unidades de conservação: 56% do território municipal.


Niterói foi reconhecida, na última quarta-feira (06), pelo Programa Tree Cities Of The World, administrado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pela Arbor Day Foundation nos EUA. Trata-se de um selo concedido a cidades que são destaque a nível mundial no plantio e cuidado de suas árvores.

No total, 138 municípios de 21 países foram reconhecidos. Os municípios com o selo de "Cidade da Árvore do Mundo" são conectados em uma rede dedicada a compartilhar e adotar as abordagens mais bem-sucedidas para gerenciar árvores e florestas comunitárias. É um reconhecimento não só pela quantidade de árvores na cidade, mas também pelo planejamento, gestão e cuidado das "florestas urbanas".

A proteção e a gestão de florestas urbanas em Niterói já havia sido objeto de destaque pela FAO, quando nossa cidade e LIMA (Peru) foram as únicas citadas em publicação sobre as principais experiências no mundo.


Em nossa cidade, nos últimos anos, o Meio Ambiente deixou de ser uma política periférica para se tornar prioridade de governo. Passamos a ter 56% do nosso território como parques e outras áreas protegidas, investimos pesado em reflorestamento e o saneamento básico chega a 100% de abastecimento de água enquanto o tratamento de esgoto beira a universalização.

A arborização e as áreas verdes têm uma função fundamental na qualidade de vida e na amenização do microclima urbano. O Plano Diretor de Niterói previu que o planejamento urbano privilegiasse a proteção das áreas verdes, da arborização e que o conceito de Ilhas de Calor e outras questões climáticas também fossem considerados.

Implementamos o maior plantio urbano e reflorestamento da história de nossa cidade. Foram mais de 70 mil mudas plantadas nas encostas e outras áreas degradadas de Niterói desde 2013. A arborização urbana também está avançando. Só nos últimos dois anos, foram mais de oito mil mudas plantadas e a previsão é de mais oito mil novos plantios até 2024, sempre utilizado espécies nativas da Mata Atlântica, como Pau Brasil, Pau Ferro, Sibipiruna, Oiti, Aldrago, Ipê Branco, Ipê Amarelo, Ipê roxo, Ipê Rosa, Aroeira Pimenta, Araçá, Pitanga, entre outras.

O investimento, de R$ 6 milhões, em arborização urbana nos próximos anos faz parte de um pacote de mais de R$ 700 milhões que anunciei recentemente nos eixos Sustentabilidade, Clima e Resiliência do Plano Niterói 450 anos.

Este reconhecimento internacional é mais um impulso para Niterói seguir firme no caminho do desenvolvimento com sustentabilidade e justiça social. Como tenho dito, este é um caminho sem volta. Ou trilhamos o caminho da sustentabilidade ou não seguiremos caminho algum.

Axel Grael



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PRÊMIO CIDADE EMPREENDEDORA: Niterói conquista o prêmio principal e disputará o prêmio nacional








Com um orgulho imenso, recebi esta semana o prêmio Prefeito Empreendedor, concedido pelo Sebrae. Vencemos a categoria principal, de Cidade Empreendedora, apresentando o projeto “Niterói Empreendedora - Uma Cidade de Oportunidades". Agora, já somos finalistas da premiação nacional, que acontecerá em junho, em Brasília.

Niterói apresentou para a comissão avaliadora do Sebrae os programas e iniciativas criadas durante a pandemia da Covid-19 para manter a atividade econômica no município, como o Empresa Cidadã, que auxiliou as empresas com recursos para o pagamento da folha de funcionários, além de programas de crédito a juro zero como o Niterói Supera, Supera Mais e Supera Mais Ágil.

Outra iniciativa apresentada foi a Plataforma Digital de Novos Negócios, disponibilizada de forma gratuita para desburocratizar e ajudar no desenvolvimento de novos empreendimentos na cidade. Foram avaliados ainda espaços como o Núcleo de Atendimento ao Empreendedor (NAE) e a Casa do Empreendedor.

As políticas públicas implementadas por Niterói para promover o desenvolvimento econômico foram analisadas durante seis meses por uma comissão julgadora que avaliou as ações voltadas para a melhoria do ambiente de negócios das empresas instaladas no município e para as empresas que desejam se instalar. O foco da avaliação foi o empreendedorismo e a integração das cadeias produtivas entre os micros e pequenos empreendedores e os grandes projetos e setores tradicionais que já possuem base no município.

Foram 30 municípios finalistas e Niterói conquistou o prêmio principal. Esse é um reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelo município para minimizar o impacto da pandemia e garantir a retomada da economia. Fomos incansáveis e continuamos firmes nas ações para a retomada econômica do município, com foco na geração de emprego e renda.

Em meu discurso na solenidade do Sebrae, lembrei que, durante a COP-16, tive uma reunião com o secretário geral da ONU, Antônio Guterrez, e outros oito prefeitos de diversas partes do mundo. No encontro, ressaltamos a importância das cidades na implementação de políticas públicas para o desenvolvimento sustentável.

As prefeituras são muito importantes no processo de crescimento dos estados e do país, pois fomentam a economia. Como vice-presidente dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Frente Nacional de Prefeitos, tenho me dedicado a incentivar cada vez mais municípios a buscar o desenvolvimento econômico com sustentabilidade, inclusão e combate a desigualdades.

Vamos, cada vez mais, fortalecer a nossa capacidade de gestão, e as parcerias com outras prefeituras são importantes para o desenvolvimento com sustentabilidade e justiça social.

Na entrega do prêmio do Sebrae estavam comigo os secretários de Administração, Luiz Vieira, e de Desenvolvimento Econômico, Luiz Paulino Moreira Leite, além da secretária do Escritório de Projetos, Valéria Braga, e integrantes das equipes técnicas das secretarias. Eles representaram cada profissional da Prefeitura de Niterói que trabalhou para a conquista deste reconhecimento, seja na inscrição e defesa do projeto, seja na implementação de políticas públicas tão transformadoras e inclusivas. Parabéns a todos os envolvidos nesta conquista! Vamos em frente!

Saiba mais sobre as iniciativas apresentadas no projeto “Niterói Empreendedora - Uma Cidade de Oportunidades":

Banco Comunitário Arariboia – Teve como objetivo organizar e cadastrar pequenos produtores, empreendimentos de economia solidária e comerciantes de dentro da própria comunidade para que a Moeda Social Arariboia seja usada como moeda local circulante, aquecendo e movimentando a economia na comunidade. O projeto de transferência de renda beneficia famílias em situação de maior vulnerabilidade, cadastradas no CadÚnico, para receber o benefício da moeda social (em forma de cartão) para ser usado no comércio, fazendo a economia girar dentro da própria comunidade e também dentro da cidade.

Empresa Cidadã – Criado durante a pandemia da Covid-19, ajudou micro e pequenas empresas, entidades religiosas, organizações sindicais, clubes e entidades filantrópicas no pagamento da folha de empregados. Pelo programa, o poder público municipal fez o depósito de um salário-mínimo, até julho de 2021, para até nove empregados de empresas, entidades religiosas e organizações sindicais com até 40 funcionários e alvará na cidade. Como contrapartida, as empresas se comprometeram a não reduzir seu número de funcionários até seis meses após a adesão ao programa, ação que resultou na proteção de mais de 15 mil empregos.

Concessão de microcrédito - A Prefeitura de Niterói também atuou para facilitar a oferta de crédito para os pequenos negócios do município. Através dos programas Niterói Supera, Supera Mais e Supera Mais Ágil, comerciantes puderam ter acesso a empréstimos com juros zero, carência de seis a dez meses para o início dos pagamentos e parcelamento em até 36 vezes.

Plataforma de Novos Negócios – Foi criada para desburocratizar e ajudar no desenvolvimento de novos empreendimentos na cidade. Chamada de Novos Negócios, a ferramenta permite que o empreendedor pesquise uma série de dados relativos à abertura e à viabilidade do seu futuro negócio, contribuindo para a tomada de decisões com mais segurança. Por meio desta aplicação, construída pela equipe do Sistema de Gestão da Geoinformação (SIGeo), do Escritório de Gestão de Projetos do Município, os interessados em iniciar um negócio na cidade poderão consultar as informações remotamente para uma análise preliminar, sem precisar se deslocar até a Prefeitura.

Núcleo de Atendimento ao Empreendedor (NAE) - O espaço é utilizado como um ambiente inspirador e colaborativo para quem quer desenvolver, aprimorar ou iniciar negócios. O objetivo é criar uma atmosfera que leve os empreendedores a promoverem iniciativas que contribuam para o crescimento do seu negócio, alavancando vendas, ou mesmo para aqueles que pretendem iniciar sua empresa e não sabem como agir.

Casa do Empreendedor - Atingiu seu pico de atendimentos em 2021. Oferece serviços de apoio para o microempreendedor individual, de forma presencial e online, facilitando a abertura de cadastro dos MEIs; a alteração de dados cadastrais; a viabilidade de local para novos empreendimentos; a emissão de alvarás; fornece esclarecimentos sobre emissão de nota fiscal eletrônica e a declaração de faturamento e parcelamento. O trabalho intenso de assessoria e apoio surtiu efeito. Dados recentes indicam que, no comparativo com 2020, em 2021 a Casa do Empreendedor aumentou em 50% o número de alvarás emitidos no primeiro semestre. Foram 1.687 novas licenças que permitem o exercício de certas atividades, especialmente na área do comércio. O pico de emissões de alvarás, nos últimos 12 meses, foi em maio deste ano.

Busca Ativa - consistiu no repasse de um cartão pré-pago no valor de R$ 500 ao mês, até dezembro de 2021, para grupos de pessoas que exercem atividades produtivas específicas que possuem cadastro no Município. Foram beneficiados cerca de sete mil microempreendedores individuais que estão com inscrições ativas no cadastro da Secretaria Municipal de Fazenda de Niterói, residentes no município.