sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Inaugurada a Cia Destacada da PM em Pendotiba. 150 homens e 14 viaturas





Localizada em Pendotiba, unidade contará com 150 homens e 14 viaturas para realizar o policiamento da região

O município de Niterói ganhou nesta sexta-feira (31/1) mais uma Companhia Destacada do estado. A unidade – que funciona em Pendotiba, na Região Oceânica – conta com um efetivo total de 150 homens e 14 viaturas. A localização da Companhia, na Estrada Caetano Monteiro, é considerada estratégica pela Polícia Militar e vai facilitar a atuação do efetivo, que patrulhará a área que vai de Maria Paula a São Francisco. Esta é a segunda Companhia Destacada na cidade.

O Governo do Estado já instalou Companhias Destacadas na Praça Seca (Bateau Mouche e São José Operário), Flamengo (Morro Azul), Mesquita (Chatuba), Duque de Caxias (Complexo da Mangueirinha), Niterói (Estado e Palácio), Jacarepaguá (Covanca) e Pavuna.

– A combinação entre investigação e policiamento ostensivo é fantástica. A Divisão de Homicídios (DH) já faz um bom trabalho, as delegacias regulares também e quem ganha é a população. Estamos presentes com Bope, Choque, polícia regular, UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), batalhões, delegacias especializadas e companhias. O policiamento ostensivo é a garantia de ir e vir – disse o governador Sérgio Cabral na inauguração da unidade, que contou com a presença do vice-governador e coordenador de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão.

De acordo com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, Niterói vai dispor até maio de um efetivo de cerca de 800 homens entre o 7° Batalhão de Polícia Militar (BPM) e 12° BPM.

– É uma satisfação entregar uma companhia, assim como entregamos a Divisão de Homicídios. Até o fim de maio, teremos aproximadamente de 800 homens em UPPs, Companhias e batalhões. Inauguramos recentemente na Pavuna uma Companhia – afirmou o secretário.

Comandante da companhia, o capitão Carlos Henrique Elethério, disse que com o aumento do efetivo e as novas viaturas será possível atuar com mais celeridade na região. A antiga Companhia estava instalada no centro de Niterói, no 7º Batalhão da Polícia Militar.

– Com os 60 novos homens oriundos de UPPS houve um aumento de efetivo de cerca de 70%. Também aumentamos o número de viaturas, de oito passamos para 14. Com isto, teremos mais policiais nas ruas fazendo operações. Estamos em um ponto estratégico. Temos certeza que vamos diminuir a criminalidade na localidade, gerando mais sensação de segurança à população – explicou o capitão.

Moradores satisfeitos

Moradora de Pendotiba há 45 anos, a comerciante Márcia Gallea, que tem uma papelaria em um pequeno shopping na região, comemorou a instalação da unidade.

– Acho importante porque precisamos ter a sensação de segurança. Já haviam aumentado o policiamento por aqui, mas agora ficará muito melhor – afirmou a comerciante.

Para o coordenador da Comissão de Moradores da Região Oceânica, Carlos Marins, a Companhia vai combater os casos de roubos a transeuntes e veículos que tem ocorrido na área.

– Estamos muito satisfeitos, isto era uma reivindicação antiga. Estávamos precisando de mais segurança na região – disse o coordenador.

Fonte: Governo do RJ



Caldeirão carioca: calor até debaixo d’água




Renato Grandelle
Maria Clara Serra

Falta de ressurgência e massa de ar quente elevam temperatura do mar

RIO - Nem um mergulho atenua a onda de calor que castiga o carioca desde o início do ano. Em janeiro, a temperatura da superfície do mar nas praias oceânicas chegou a 30 graus Celsius por sete dias - 2,5 graus Celsius acima da média histórica de 40 anos, de acordo com informações de satélite da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês). O mar desse mês não lembra em nada as águas geladas que costumam refrescar corpo e mente durante o verão.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o mar só costuma apresentar temperaturas tão elevadas cerca de três vezes por mês durante a estação. E o responsável pelas águas quentes é o vento. A chegada de uma corrente vinda do Norte inibiu a ressurgência, um fenômeno que ocorre na região de Cabo Frio e que empurra as águas geladas do fundo para a superfície.

Quando o fenômeno que ocorre na Região dos Lagos chega à capital, a temperatura média da superfície da água fica em torno de 20 graus Celsius, segundo o Inpe. Nos dias sem ressurgência, os termômetros no mar chegam a bater os 27,5 graus Celsius.

- Mesmo sem a ressurgência, a temperatura da superfície do mar carioca está acima da média coletada nos últimos 40 anos - destaca João Antônio Lorenzzetti, doutor em Oceanografia Física e pesquisador da Divisão de Sensoriamento Remoto do Inpe.

Para que as águas da ressurgência, mais geladas, cheguem ao Rio, é preciso haver vento Nordeste em Cabo Frio, ressalta Leonardo Marques da Cruz, pesquisador do ProOceano.

- Atualmente ele ocorre, mas muito fraco. As condições atmosféricas precisam se estabilizar para que as águas resfriem.

Os surfistas sentiram a diferença na pele.

- Nunca tinha presenciado temperaturas tão altas do mar no verão - conta Marcelo Andrade, membro da Associação Brasileira de Surfe Profissional (Abrasp). - Tenho surfado em condições parecidas com as do Nordeste.

Além da falta do refresco que poderia vir de Cabo Frio, outros fatores contribuem para que o mar do Rio se pareça mais com uma sopa. A massa de ar seco próxima ao litoral, que tem impedido a chegada de chuvas e frentes frias, também deixa as águas calmas. E a falta de ondas diminui a troca da camada de água superior, mais quente por absorver a energia solar, com a inferior, que é gelada.

- A sensação térmica na praia está muito diferente neste verão - observa Luiz Lima, instrutor de natação no Posto 6, em Copacabana. - Nos outros anos, quando chegávamos perto do mar, era como se houvesse um ar condicionado natural. Agora, o que sentimos é ar quente.

"As estações de tratamento são eficientes para reduzir a carga orgânica, mas não para barrar o despejo de nutrientes como nitrogênio e fósforo". Axel Grael

Água quente e escura

Outra vantagem da ressurgência é fazer com que as águas cariocas fiquem mais claras, como as vistas na Região dos Lagos. O mar quente, por sua vez, proporciona um ambiente favorável para a proliferação de algas.

- Por isso as praias estão com uma coloração marrom, ferrugem - constata o ambientalista e velejador Axel Grael.

A espuma e a coloração do mar preocuparam banhistas nesse primeiro mês do ano. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) analisou amostras da água e informou que ela não apresentava risco. Acostumado a passar horas no mar, o surfista e fotógrafo Fabio Minduim conta que o padrão de cor tem variado muito nesse verão.

- Tem dias com espuma, alga e muita sujeira, mas eu também pude fotografar águas transparentes - diz. - Quando o vento sopra de Leste e não tem ressurgência, o que acontece é que a corrente acaba trazendo água da Baía de Guanabara. As pessoas acham que é esgoto, mas sujeira a gente sente pelo cheiro.

Apesar de não se tratar de esgoto em si, é ele que serve de alimento para as algas.

- A espuma que vemos nas praias do Rio vem do esgoto despejado na Baía - ressalta Grael. - As estações de tratamento são eficientes para reduzir a carga orgânica, mas não para barrar o despejo de nutrientes como nitrogênio e fósforo.

Corrente oceânica também atrapalha

Longe do litoral, outro fator mostra como boa parte do Atlântico Sul também está com os termômetros acima da média histórica. Trata-se da Corrente do Brasil, que nasce nos trópicos, tem temperatura de cerca de 28 graus Celsius e desce o país pela costa.

- Esta corrente pode oscilar e atingir as águas das plataformas continentais, o que traz uma grande quantidade de calor - alerta Lorenzzetti. - Sua presença não está relacionada com a alta temperatura da praia, mas ela deixa grande parte do oceano aquecido.

Apesar de sofrerem pouca influência da ressurgência, as praias da Zona Oeste também têm apresentado águas mais quentes.

- O mar está mais quente e escuro aqui na Barra também, o que não é normal. É ruim para a prática de esportes - reclama Marcelo Cunha, responsável pelo Kitepoint Rio Team Nogueira, na Avenida do Pepê.

Fonte: O Globo
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Mancha escura aponta presença de micro-organismos na costa brasileira Nasa

Nasa captou imagens dos micro-organismos que têm aparecido com frequência na costa

RIO - O aquecimento anormal das águas do Atlântico Sul neste verão ficou evidente numa imagem capturada pelo satélite Aqua, da Nasa, no último dia 19. Uma mancha escura de cerca de 800 quilômetros de extensão se formou no litoral dos estados do Rio e São Paulo, chegando a Santa Catarina. Ela é resultado da decomposição de algas, ingeridas por outros micro-organismos, e mortas pela temperatura elevada. Um sinal da onda de calor extremo que deixa meteorologistas e oceanógrafos atentos à possibilidade de ocorrência de fenômenos climáticos como grandes tempestades, que poderiam aparecer no fim do verão carioca e no outono.

A mancha escura, segundo a Nasa, foi provocada pela espécie Myrionecta rubra, um micro-organismo protista ciliado que se desloca rapidamente e produz sua própria comida por meio de fotossíntese, ao ingerir cloroplastos de microalgas. Apesar de se alimentar destes micro-organismos, o protista não é tóxico para seres marinhos ou para humanos. No entanto, seu acúmulo pode ter efeitos sobre a vida marinha, inclusive sobre espécies filtradoras do mexilhões, consumidos pelo homem.

O alerta sobre imagem da Nasa veio do oceanógrafo Heitor Augusto Tozzi, um observador atento das condições do mar do Rio e que destaca a intensidade do fenômeno.

- Florescimento seguido de mortandade de micro-organismos marinhos já aconteceu outras vezes. O que impressiona agora é a dimensão do fenômeno, não só um sinal da força dessa massa de calor quanto o que ela pode representar em desequilíbrio nos ecossistemas marinhos - destaca Tozzi.

Ele observa que a persistente massa de ar quente por trás do calor - ela esteve ativa por todo o mês de janeiro - é tão intensa que só poderá ser rompida por uma frente fria de grande potência. Isso significa a possibilidade de fortes tempestades. A massa funciona como um escudo que bloqueia ventos e frentes frias associadas à chuva.

- Nas suas bordas tem chovido torrencialmente, principalmente em certas áreas do Nordeste do Sul do país - alerta.

No centro da massa onde está o Rio de Janeiro, porém, persiste o tempo quente e seco, que deve perdurar nos próximos dias.

Professor de Engenharia Costeira da Coppe/UFRJ, Paulo Cesar Rosman avalia que a formação da mancha é resultado de uma série de eventos anormais. O principal deles é a massa de ar quente e seco que está bloqueando a chegada de ventos baixos e frentes frias ao litoral da Região Sudeste. Com isso, a temperatura da superfície do mar está beirando os 30 graus Celsius.

Também faltam correntes marítimas que garantem o trânsito normal das águas entre São Paulo e o Espírito Santo. O mar parado concentra nutrientes nitratos e fosfatos, liberados por rios poluídos por esgoto que desaguam nas baías de Guanabara e Sepetiba.

- As algas precisam de calor e nutrientes para viver. Estão, portanto, na situação ideal - descreve Rosman. - No entanto, em situação normal, as substâncias que as alimentam são dispersas por ventos, chuvas e correntes marítimas. Se eles são fracas, estes micro-organismos ficam estacionados no litoral.

Meteorologistas acreditam que, nas próximas semanas, a zona de ar seco sobre o Sudeste vai se deslocar para o meio do oceano.

Paulo Cesar Abreu, professor do Instituto de Oceanografia da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg), lembra que o acúmulo de algas mortas já foi visto na costa brasileira, mas não em quantidade tão expressiva.

- Este verão veio com um aquecimento exagerado da superfície do oceano - assinala Abreu, que também é pesquisador do Laboratório de Fitoplâncton da universidade. - A temperatura alta e a pouca movimentação da água facilitam a proliferação de micro-organismos, como algas e cianobactérias. No Rio, essa combinação gerou a espuma esverdeada nas praias.

Abreu ressalta que fenômenos como manchas negras podem provocar mudanças na cadeia alimentar.
- Alguns micro-organismos, que servem como alimento de peixes, podem deixar uma região. Assim, haveria uma grande mortalidade, o que prejudicaria a pesca - observa.

A oceanógrafa Fernanda da Frota Mattos Mazzillo explica que uma microalga que vive dentro da Myrionecta provoca a descoloração da superfície da água. Por isso o acúmulo de protistas flutuando a poucos metros de profundidade pode ser detectado pelos satélites.

- A floração da Myrionecta pode estar relacionada à interação entre duas grandes correntes, a do Brasil e a das Malvinas, mas para comprovarmos esta teoria precisamos de mais informações da temperatura da superfície do oceano - pondera. - A mancha vai se dissipar em algum momento, provavelmente pelo fim de nutrientes ou pela ação de predadores, como peixes.

Fonte: O Globo
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Casas multadas em Piratininga por esgoto irregular


A Lagoa de Piratininga, que passa por obras de desassoreamento, receberá ações de reflorestamento no entorno. Foto: Júlio Silva

Mais de 200 imóveis já foram notificados na Região Oceânica. Fiscalização foi intensificada em Piratininga

A Lagoa de Piratininga, que passa por obras de desassoreamento previstas para serem concluídas em março, receberá ações de reflorestamento do entorno e controle da emissão de esgoto nas águas. Desde o ano passado, mais de 200 imóveis já foram notificados na Região Oceânica por jogarem esgoto em lagoas, informa o secretário municipal de Meio Ambiente, Daniel Marques. Os trabalhos para a avaliação da real situação da lagoa será intensificado no fim do primeiro semestre deste ano. Após o diagnóstico, serão traçados planos direcionados.

“Desde o ano passado estamos fazendo o trabalho de fiscalização da emissão de esgoto na Região Oceânica. Já detectamos mais de 200 residências que não estavam ligadas à rede pública. Após a interrupção destas emissões e as obras de desassoreamento, iniciaremos no fim deste primeiro semestre um trabalho intenso de georreferenciamento dos rios e lagoas, o controle das casas dentro das áreas de preservação, além do reflorestamento na mata ciliar dos rios. Isso nos dará uma noção completa da atual situação da lagoa. Depois iremos atuar com ações direcionadas”, disse Daniel Marques.

A fiscalização intensa é fruto da parceria entre o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a concessionária Águas de Niterói e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A ação começou em Piratininga devido à proximidade das residências às lagoas. Até o final do programa, a previsão é de que aproximadamente 500 estabelecimentos e imóveis da Região Oceânica sejam notificados. As ações contam com agentes do Inea, da concessionária, além do próprio secretário, Daniel Marques.
Todos os imóveis que são notificados têm um prazo de 60 dias para regularizar a situação. Após este prazo, uma nova vistoria é realizada e os infratores são autuados caso não cumpram as medidas determinadas. Estas ações estão ocorrendo desde junho de 2012 e o objetivo é de que até junho todos os estabelecimentos e residências no entorno da Lagoa façam o lançamento de esgoto diretamente na rede coletora pública.

Intervenção – A primeira etapa da intervenção está prevista para ser concluída em março. Essa fase do desassoreamento, orçada em R$ 5 milhões, que teve o prazo de término prorrogado em três meses, após o Inea acatar a sugestão feita pela Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (Coppetec-RJ), é seguida da segunda fase de obras, estimada em R$ 25 milhões, que prevê a desobstrução completa do canal do Camboatá, ligação entre as lagoas de Piratininga e Itaipu, e a construção de soleira de transição da Lagoa de Piratininga para o canal, controlando os níveis de água da lagoa.

De acordo com o Inea, o prazo para término dessa primeira etapa está mantido para março deste ano. Segundo o órgão, as obras encontram-se no estágio de final de dragagem e contagem do material retirado através do serviço de desassoreamento, disposto na Ilha do Jardim Imbuí, que fica no centro da lagoa.

Fonte: O Fluminense

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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Subúrbios: 150 anos de história carioca


Botafogo: até fins do século XIX, arrabaldes ocupados apenas por sítios e chácaras.Arquivo do Museu Histórico Nacional.


Vilma Homero

Quando o comerciante inglês John Luccock aportou em terras brasileiras, poucos meses após a chegada da família real portuguesa e da abertura dos portos da então colônia ao comércio internacional, a cidade do Rio de Janeiro compreendia um quadrilátero que pouco ultrapassava os limites entre o Cais Pharoux, hoje Praça XV, até o Campo de Santana, que mais tarde seria a Praça da República. O que existia para além desse núcleo eram sítios e chácaras, onde residia a população mais abastada, que não precisava trabalhar ou circular pelas ruas do Centro, ocupadas majoritariamente por pequenos comerciantes, trabalhadores, ambulantes e escravos.

Pode-se dizer que a "certidão de nascimento" dos subúrbios é a estrada de ferro Central do Brasil, que teve seu primeiro trecho inaugurado em 1858, e as fábricas que viriam a se instalar nas regiões mais distantes, como Magé, Petrópolis e Paracambi, aproveitando os cursos dos rios e suas quedas d’água. Com a máquina a vapor e o primeiro surto fabril no país, na década de 1880, as fábricas se aproximariam mais da área urbana da cidade, instalando-se em arrabaldes, como Jardim Botânico, Gávea, Laranjeiras, e ainda Tijuca, São Cristóvão e Bangu, às margens da ferrovia. Na esteira desses novos caminhos rumo à zona rural e com a grande reforma urbana que aconteceria nos primeiros anos do século XX, com o prefeito Pereira Passos, novos bairros vão surgindo, povoamentos urbanos ocupados tanto por operários quanto por parte da população pobre, agora desalojada do antigo Centro da cidade. A história dessa ocupação e da formação do subúrbio carioca é contada em uma série de artigos, reunidos no livro 150 Anos de Subúrbio Carioca, organizado pelos geógrafos Márcio Piñon de Oliveira e Nelson da Nóbrega Fernandes, ambos da Universidade Federal Fluminense (UFF), e publicado com apoio do Auxílio à Editoração (APQ 3), da FAPERJ.

"Tanto eu quanto o Nelson estudamos o tema subúrbio de longa data. Em 2008, quando a Central do Brasil completou 150 anos de existência, aproveitamos a data e organizamos um colóquio na UFF para reunir as diferentes pesquisas que falassem sobre essa ocupação. Em 2010, transformamos esses trabalhos em livro", conta Piñon. Como é possível ver em 150 Anos de Subúrbio Carioca, o livro procurou trazer ao leitor uma visão multidisciplinar do tema, reunindo história, geografia, antropologia, sociologia, urbanismo e até mesmo cinema. "Queríamos apresentar a história da ocupação dos subúrbios por diferentes enfoques, desmistificando os conceitos vigentes."

A começar pelas palavras do britânico Luccock, um tanto surpreso ao constatar que, naqueles começos do século XIX, "decididamente, as ruas do Rio não eram lugar para senhoras. Não havia lojas comerciais com vitrines atrativas, apenas comércio atacadista e importadores, um passeio público e praças nauseabundas, verdadeiros depósitos de imundícies, frequentadas pela ralé, o que não era para mulheres de família. O melhor mesmo era que continuassem fechadas em casa", comenta o viajante, sobre suas impressões da cidade. Nesse contexto, o Rio de Janeiro se dividia entre o urbano e o rural, com uma tênue zona fronteiriça, os chamados arrabaldes, em que se incluíam Botafogo, Tijuca, Laranjeiras e Andaraí, só para citar alguns.


Imagem dos sobrados da Vila Proletária Marechal Hermes, na rua 1º de Maio, em 1919. Autor não identificado / Souza, 1944.

Com a reforma urbana de Pereira Passos, o eixo Zona Norte e Zona Sul se consolida. Progressivamente habitados por moradores bem-nascidos, os subúrbios ao sul da área central foram sendo incorporados à cidade, transformando-se em bairros. "Aliás, a invenção da expressão Zona Sul, que aparece pela primeira vez em 1927, se deve ao jornal da Associação Comercial de Copacabana, o Beira-Mar, que passa a denominar assim a região geograficamente localizada ao sul do Cristo Redentor", explica Piñon. Como conta o pesquisador, o assunto foi tema da tese de doutorado de Elizabeth Dezouzart Cardoso, orientada por ele, em que se mostra como os bairros abastados de Botafogo, Laranjeiras e mais tarde Copacabana, Ipanema e Leblon passam a identificar o moderno, o requinte e a sofisticação.

Por outro lado, as áreas ocupadas por uma população operária ao longo da via férrea, que vão de Santa Cruz até São Cristóvão, começam a ser identificadas pejorativamente como subúrbio – a sub urbis. Subúrbio, portanto, eram as áreas distantes do Centro, que não contavam com a infraestrutura e os símbolos de poder econômico que caracterizavam esse Centro. "A palavra passa a ter uma diferente conotação social, associada àquilo que é antiquado, que é precário", afirma Piñon. Como se vê no livro, em artigo do antropólogo Rolf de Souza, esse conceito se estende até mesmo às pessoas, passando a designar uma certa masculinidade subalterna. "Seria aquele homem sem refinamento, encontrado nas esquinas e nos botecos. Segundo as representações que aparecem nas reportagens de jornais da época, todos eles teriam em comum, além da pouca instrução, a postura machista, a malandragem", afirma Souza.

Durante a gestão do presidente marechal Hermes da Fonseca, no entanto, houve pela primeira vez a preocupação em intervir no espaço urbano de forma planejada, na criação de bairros inteiros, as chamadas vilas proletárias. A ideia era marcar três pontos cardeais distintos na cidade: Gávea, o limite da periferia urbana ao sul, densamente ocupada pelos operários das fábricas têxteis Corcovado, Carioca e São Félix, onde foi construída uma vila em 1913, batizada como Vila Orsina da Fonseca, em homenagem à esposa do marechal presidente; Manguinhos, zona em franca industrialização, nas proximidades do recém-inaugurado porto e servida por bondes e pelas estradas de ferro da Leopoldina, Auxiliar e Rio D'Ouro, foi o espaço escolhido para a segunda vila proletária; e os terrenos vizinhos à Vila Militar, projeto mais ambicioso, onde se ergueriam moradias para cinco mil pessoas, com infraestrutura de hospitais, escolas, teatro etc. Seria, portanto, um grande bairro planejado como até então nunca se vira. Como explicam Alfredo Cesar Tavares de Oliveira e Nelson da Nóbrega Fernandes, autores do artigo que trata do assunto, "em gritante contraste com os demais bairros do subúrbio, Marechal Hermes seria a primeira iniciativa em habitação popular, monumental, planejada pelo Estado para contar com todos os serviços. Seus imponentes sobrados e espaçosas ruas sombreadas pelo verde aparecem pelas lentes do cineasta Cacá Diegues, no filme Chuvas de Verão".

Vista aérea de Marechal Hermes, em 1935: no centro, praça da estação e cúpula do cinema. Museu Aeroespacial.

Como Piñon faz questão de citar, "destacam-se ainda o texto do historiador Almir Chaiban El-Kareh, que conta as andanças do inglês Luccock e de outros viajantes, numa época em que subúrbios eram os arrabaldes; o trabalho da socióloga Maria Laís Pereira da Silva sobre a formação das favelas nos subúrbios do Rio; e a rica pesquisa histórica de Laura Antunes Maciel em torno da atividade intelectual e letrada nos subúrbios".  Mas o livro vai além ao trazer ainda o trabalho do arquiteto e urbanista Antonio Pedral, comentando sobre o significado da segmentação espacial dos bairros dos subúrbios cortados pela ferrovia e sua repercussão na vida social dos seus moradores; e por fim a análise do cineasta Luiz Cláudio Motta Lima sobre a trama socioespacial expressa no clássico filme Rio Zona Norte, do cineasta Nelson Pereira dos Santos, levando para as telas o cotidiano e os dramas da população que o subúrbio abriga.

"Queríamos trazer à tona os aspectos menos visíveis e menos conhecidos da geografia e da sociedade dos subúrbios cariocas, e indicar horizontes de análise mais amplos, vistos sob um olhar mais crítico. Esse foi parte de nosso propósito", finalizam os organizadores.

Fonte: FAPERJ



Niterói ganha primeira escola pública bilíngue do país



Foto: Péricles Rodrigues

Unidade estadual localizada em Charitas terá jornada ampliada e ensino da língua francesa integrada ao Ensino Médio

O prefeito em exercício de Niterói, Axel Grael, participou nesta quarta-feira (29.1), ao lado do governador Sérgio Cabral, do vice-governador Luiz Fernando Pezão e do secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, da solenidade de inauguração do Ensino Médio Intercultural no Ciep 449 Governador Leonel de Moura Brizola, no bairro de Charitas, Zona Sul da cidade. A unidade de ensino estadual, que se tornou a primeira escola pública bilíngue do país, vai oferecer o programa Dupla Escola, com jornada ampliada e o ensino da língua francesa integrada ao Ensino Médio.

Até o fim de 2016, a escola disponibilizará 288 vagas. Os 96 alunos que irão cursar o 1º ano do Ensino Médio este ano passaram por um processo seletivo. A inauguração também contou com a presença do embaixador da França no Brasil, Denis Pietton; e do cônsul geral da França no Rio de Janeiro, Brice Roquefeuil. O projeto é uma parceria do governo estadual com a Académie de Créteil e tem o apoio da Embaixada da França no Brasil.

"O Visconde de Taunay escreveu um livro sobre as belezas desta região, que eu recomendo que seja lido pelos alunos dessa escola porque é um relato muito importante e bonito sobre essa enseada e as encostas. Já tivemos aqui um francês enaltecendo as belezas e a importância deste local, e agora é exatamente aqui está sendo implantada essa experiência de parceria com a França”. Axel Grael

Em seu discurso, Axel Grael destacou a escolha de Niterói para sediar a escola bilíngue. “Essa é uma grande oportunidade. A escolha de Niterói, dessa comunidade do Preventório é bastante simbólica porque, há mais de um século, uma família francesa passou uma longa temporada na Casa da Princesa, aqui no mesmo bairro. O Visconde de Taunay escreveu um livro sobre as belezas desta região, que eu recomendo que seja lido pelos alunos dessa escola porque é um relato muito importante e bonito sobre essa enseada e as encostas. Já tivemos aqui um francês enaltecendo as belezas e a importância deste local, e agora é exatamente aqui está sendo implantada essa experiência de parceria com a França”, afirmou Grael.

O prefeito em exercício também lembrou que a delegação de vela da França é uma das que estão vindo a Niterói para se aclimatar para os Jogos Olímpicos de 2016. “Acho que é uma grande oportunidade promovermos a integração desses alunos que vão estar se preparando culturalmente para fazer uma ponte entre Niterói e França. Queria agradecer a escolha de Niterói e desejo que esse projeto tenham pleno êxito”, concluiu.

Fonte: Prefeitura de Niterói

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CASA DA PRINCESA: Saiba mais sobre a Casa da Princesa, no Preventório, e leia trechos do belo livro escrito pelo Visconde de Taunay sobre as belezas de Charitas, da Enseada de Jurujuba e da Baía de Guanabara:
Um pouco da história da Casa da Princesa, no Preventório, que será um Centro de Convivência para Idosos.

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Escola intercultural Brasil-França é inaugurada na cidade de Niterói


Consultório de Rua: 188 moradores em situação de rua já foram atendidos na unidade móvel em bairros da cidade




O prefeito em exercício de Niterói, Axel Grael, acompanhou na tarde desta quarta-feira (29.1) o trabalho realizado pelo Consultório de Rua no Jardim São João, centro da cidade. A unidade móvel integra as ações do programa Mais Saúde na Rua e, desde o início das atividades, este mês, já atendeu 188 pessoas. 

O Consultório na Rua oferece atendimentos especializados para a população em situação de rua da cidade. Composto por médico, psicólogo, enfermeiro, técnico de enfermagem, redutores de danos, assistente social, entre outros profissionais. A equipe atua principalmente no Centro, Icaraí, Ingá, São Domingos, Gragoatá, Boa Viagem e Vital Brazil. Para dar suporte ao trabalho dos profissionais, o veículo disponibilizado é equipado com TV para auxiliar em atividades educativas e computador, odne serão cadastrados todos os atendiemntos.

Além das pessoas que vivem nas ruas, os usuários que se encontram abrigados nas unidades da Secretaria Municipal de Assistência Social também são atendidos na unidade móvel. 

Os usuários são cadastrados rua e depois são atendidos pela equipe de saúde e de assistência social. Caso seja necessário, são inseridos na rede de atenção básica do município para fazerem exames e acompanhamento. Há, ainda, o trabalho de reinserção familiar. Quatro pessoas que moravam nas ruas voltaram a viver com as famílias desde que a equipe de assistentes sociais começou a atuar no Consultório de Rua.

Axel Grael, que estava acompanhado do secretário municipal de Saúde, Chico D’Angelo, destacou o perfil inovador do projeto. 

“Esse projeto pode ser um modelo bastante promissor para outras cidades também. Dá muito orgulho ver a qualidade do equipamento e da equipe, e o resultado já alcançado em tão pouco tempo. Estamos conseguindo reunir em torno do consultório móvel uma quantidade grande de pessoas que precisam desse serviço. O que estamos vendo aqui é as pessoas se sentindo atendidas, abrigadas e isso faz com que sejam muito mais suscetíveis a ter orientação de saúde”, ressaltou Grael.

Fonte: Prefeitura de Niterói

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Prefeitura de Niterói inaugura equipamentos para atendimento a dependentes químicos



Embargo no Morro da Viração para construção de cinco casas




Igor Mello e Leonardo Sodré

Apesar do licenciamento, Prefeitura de Niterói paralisa construção de cinco casas para averiguações. As construções provocaram revolta nos moradores de São Francisco

A construção de um conjunto de cinco casas no Morro da Viração, em São Francisco, nas imediações do Parque da Cidade, uma das mais importantes áreas verdes de Niterói, foi embargada pela Prefeitura.

Apesar das fortes suspeitas de que a legislação ambiental proíbe edificações no local, os proprietários obtiveram o licenciamento ambiental e urbanístico em 2010.

As casas ocupariam grande espaço de uma face rochosa do Morro da Viração. As construções provocaram revolta nos moradores de São Francisco e outros bairros da cidade, que criaram mobilização nas redes sociais. Para responder às críticas, a Prefeitura paralisou a obra e solicitou aos proprietários todos os documentos relativos às licenças, para que uma comissão composta por três fiscais avalie a legalidade delas.

De acordo com o vice-prefeito Axel Grael, que também é ambientalista, existe grande possibilidade de que a obra não possa continuar.

“A minha impressão é que não está [dentro da lei]. A meu ver é uma área de proteção permanente, que perante a legislação não poderia ser edificada, mas isso precisa ser justificado por laudos”, explica.

Por isso, a comissão atuará em duas frentes: vai analisar se a área poderia ser edificada e se o projeto original apresentado à Secretaria Municipal de Urbanismo foi desrespeitado. Caso algum dos problemas tenha ocorrido, a obra não poderá mais continuar.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Daniel Marques, afirmou em um grupo de discussões em uma rede social que está analisando a documentação para saber se houve alguma irregularidade no licenciamento ambiental, concedido na gestão anterior.

“Estou empenhado em descobrir se no licenciamento inicial de 2010, com licença expedida em 2011, houve algum ato de má-fé”, afirmou.

Fonte: O Fluminense

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Saiba mais sobre o assunto:

O MEU POSICIONAMENTO E OUTRAS INFORMAÇÕES: Prefeitura de Niterói cria comissão para reavaliar licença de obra na Rua Tupis, em São Francisco
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Novas opções de mestrados e doutorados na cidade


Coordenador da Coordenadoria de Pós-Graduação Stricto Sensu da UFF, Walkimar Carneiro. Márcio Alves

UFF cria seis cursos e dois já têm edital publicado em seu site

Para quem anda pensando em fazer mestrado ou doutorado, uma boa notícia: a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação aprovou seis novos cursos na UFF.

Os interessados em doutorado terão como opções Ciências Biomédicas (com início em agosto), Sistema de Gestão Sustentável (também em agosto), Ciência da Informação (começa em 2015) e Ciência do Cuidado em Saúde (com aulas a partir de março), o único cujo edital já está publicado.

Para quem quer fazer mestrado, os novos cursos são Geografia (com início em março e edital já publicado no site da universidade) e Ciências Biomédicas (que começa em agosto).

Cada curso terá, em média, 15 vagas. A UFF tem outras 64 opções de mestrado (com dois anos de duração), e 34 de doutorado (quatro anos).

Segundo o coordenador da Coordenadoria de Pós-Graduação Stricto Sensu da UFF, Walkimar Carneiro, a universidade não tem dados de quantos candidatos procuram os cursos de pós-graduação a cada ano, porém, o número têm aumentado consideravelmente, principalmente, nos mestrados das áreas de humanas, como Direito e Comunicação.

— Para esses cursos, costumamos receber 200 candidaturas para preencher 20 vagas. Em Química e Matemática, em compensação, há um déficit de candidatos. A UFF, atualmente, tem opções de mestrado e doutorado em todas as áreas e esse número está aumentando a cada ano. Em 1990, eram apenas 13 mestrados e três doutorados — afirma Carneiro.

Os interessados em cursos, cujo edital ainda não foi publicado, podem entrar no site <www.sistemas.uff.br/sispos/candidatura/cursos?tipo_curso=2> e clicar na opção “avise-me”.

Fonte: O Globo


Escola intercultural Brasil-França é Inaugurada na cidade de Niterói


Cabral fez questão de dizer que agora o aluno da rede pública também terá a chance de desfrutar do ensino bilíngue. Foto: Léo Fonseca
Axel Grael exalta a oportunidade de ter a experiência inovadora. É a primeira escola pública bilíngue. Bom para a educação, bom para Niterói, bom para o Rio de Janeiro e bom para a relação Brasil-França.


Igor Mello

Unidade de ensino terá horário integral e oferecerá o curso de Ensino Médio onde alunos irão desenvolver proficiência na língua francesa. Obra no Ciep custou R$ 1,5 milhão

O governador Sérgio Cabral reinaugurou na tarde da última quarta-feira, em Charitas, o Ciep Leonel de Moura Brizola. A unidade passa a integrar o programa Dupla Escola e é a primeira escola integrada de ensino médio bilíngue do país.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre o governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Educação, a Academia de Créteil e a embaixada da França no Brasil. Segundo o governador Sérgio Cabral, o programa ajudará a dar oportunidades de ensino iguais aos jovens carentes:

“A burguesia coloca seus filhos para estudar na Escola Inglesa ou na Escola Americana. Agora o aluno da rede pública também tem a chance de desfrutar de um ensino bilíngue”, comparou.

A escola vai admitir anualmente, através de uma prova de seleção válida para candidatos de toda a rede estadual de educação, um contingente de 96 a 120 alunos. Os presentes exaltaram o legado dos Cieps, grande projeto das gestões do ex-governador Leonel Brizola. Segundo o vice-governador Luiz Fernando Pezão, que chegou a ser filiado ao PDT, se os governantes que o sucederam tivessem dado prosseguimento a essa política pública, muitos jovens não teriam ido parar na marginalidade:

“Se tivessem continuado o projeto, não precisaríamos hoje investir tanto quanto investimos em segurança pública. Foi um crime o que fizeram com os Cieps”, criticou.

Florence Robine, reitora da Academia de Créteil, afirmou que “o Rio está no coração de todos os franceses” e definiu os objetivos da parceria com o Estado:

“Nós queremos justiça social e igualdade de oportunidade e de sucesso para todas as crianças”.
Já o cônsul-geral da França no Rio de Janeiro, Brice Roquefuil, mostrou bom humor ao estabelecer uma meta audaciosa para os estudantes:

“Daqui há três meses eu volto novamente aqui e dessa vez vamos conversar em francês”, prometeu, recebendo aplausos entusiasmados dos alunos.

O secretário estadual de Educação, Wilson Rizolia, acredita que o estudo de outro idioma vai “abri a janela do mundo” para os jovens contemplados. Segundo ele, a rede estadual não dá base o suficiente para seus estudantes:

“A gente sabe que o ensino de língua estrangeira é superficial e tem poucos tempos de aula semanais. Essa iniciativa ajuda também no potencial econômico do estado, que está recebendo uma série de investimentos internacionais”.

Diversas autoridades, como o vice-prefeito Axel Grael, o embaixador da França no Brasil, Denis Pietton, o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Felipe Peixoto, o deputado estadual Luiz Martins e o ex-ministro do Trabalho e presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, prestigiaram a inauguração.

Maratona – Ainda de acordo com as informações do secretário Wilson Rizolia, houve grande procura pelas vagas na unidade niteroiense. Além de alunos de Niterói, foram aprovados outros de São Gonçalo e até mesmo da capital. É o caso das amigas Maria Clara Souza e Isabella Caboi, ambas de 15 anos e moradoras de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio. Elas acreditam que o grande deslocamento para chegar de casa à escola vai valer a pena, já que a oportunidade de aprender francês é especial:

“A gente mora no Rio, é uma grande jornada até aqui, mas estamos muito ansiosas pela oportunidade de aprender outra língua”, contou Isabella, que pretende estudar medicina após concluir o ensino médio.

Já Maria Clara está focada nas bolsas de intercâmbio que serão dadas aos alunos que se formarem com os melhores desempenhos, em 2016: “Essa é a minha grande meta”.

Além da unidade em Niterói, o governo do Estado inaugurará hoje uma escola de ensino bilíngue em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, que terá aulas de inglês através de uma parceria com o governo do estado americano de Maryland. Outra, que ensinará espanhol, será lançada no Méier, Zona Norte da capital, amanhã.

Fonte: O Fluminense

 

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Niterói terá ecobarreiras na orla de São Francisco


Lixo. Velejadora Martine Grael encontra televisão boiando em praia de Niterói. Divulgação / 07-01-2014

Renato Onofre

Prefeitura apresenta metas para diminuir o despejo de lixo na enseada da Zona Sul

Os investimentos serão de R$ 13,6 milhões

NITERÓI - Representantes do município e moradores de comunidades de Charitas, São Francisco e Jurujuba se reuniram, na manhã desta terça-feira, para discutir as metas do programa Enseada Limpa para 2014. Entre as metas estão a criação de um sistema mecanizado de retirada de sedimentos do canal da Avenida Presidente Roosevelt, em São Francisco, com a criação de ecobarreiras na sua saída ao mar; a transformação do morro da Viração em parque municipal e a conclusão do sistema de rede coletora em algumas comunidades, como o Preventório, iniciada em 2013. O programa tem como objetivo a despoluição da enseada de Jurujuba.

Estão previstos ainda a construção de novas elevatórias, em Charitas, o recadastramento do sistema de esgotamento sanitário também em Charitas e Jurujuba; e a ampliação da desinfestação de ratos para as localidades do Preventório, Peixe Galo, Salinas, Cascarejo e Jurujuba. Segundo o prefeito em exercício, Axel Grael, os investimentos serão de R$ 13,6 milhões feitos em parceria com a concessionária Águas de Niterói:

- O projeto é viável, estamos no caminho certo. Tenho certeza de que, com essas parcerias, vamos conseguir os resultados - prometeu Axel.

No início do ano, a velejadora Martina Grael postou uma foto em uma rede social sentada numa prancha de stand up paddle com uma TV , que acabara de encontrar na Baía de Guanabara, durante o treinamento para a Copa Brasil de Vela, realizada em Niterói neste mês. Em entrevista ao Extra na época, a velejadora desabafou:

- A Baía continua suja. Não acho que tenha como dar jeito até as Olimpíadas. De repente, dará para melhorar um pouco. E seria um legado dos Jogos, mas que não vai acontecer - lamentou.

Em novembro, o governo do estado licitou a contratação de dez ecobarcos que vão coletar o lixo flutuante da Baía de Guanabara até 2016. O investimento estimado é de R$ 3,13 milhões só neste ano com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam). Segundo dados oficias do Instituto Estadual de Ambiente (Inea), a Baía de Guanabara recebe diariamente em média 100 toneladas de lixo flutuante, levados pelos rios que cortam a Região Metropolitana do Rio.

Fonte: O Globo

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Conheça detalhes do Programa Enseada Limpa:
ENSEADA LIMPA: Conheça detalhes do Plano de Ação 2014 para a despoluição da Enseada de Jurujuba

Saiba o que está sendo feito para despoluir a Enseada de Jurujuba (Saco de São Francisco):
Ações do programa Enseada Limpa são apresentadas a comunidades de Jurujuba, Preventório, Charitas e São Francisco
Programa Enseada Limpa entra em nova etapa
Niterói lança programa para despoluir Enseada de Jurujuba
ENSEADA LIMPA - resultados de balneabilidade de Charitas são animadores
ENSEADA LIMPA: mutirão de limpeza na Grota do Surucucu é mais uma ação pela despoluição da enseada de Jurujuba
ENSEADA DE JURUJUBA LIMPA - despoluição começa a sair do papel
Autoridades de olho na poluição da Baía de Guanabara
Prefeitura de Niterói quer praias livres da poluição
Praia de São Francisco recebe projeto de recuperação de restinga
Dia Mundial de Limpeza das Praias recolhe 1 tonelada de lixo
Ação para combater a infestação de ratos em Niterói
Enseada de Jurujuba será despoluída
Niterói - Canal de São Francisco leva toneladas de lixo para a Baía de Guanabara
Equipe do Projeto Grael visita a Grota do Surucucu
Iniciativas do Projeto Grael na prevenção do lixo flutuante da Baía de Guanabara
Ecobarreira será implantada o Canal de São Francisco
Estados do Rio e Maryland se unem para despoluir Baía de Guanabara
RJ e Maryland debatem, em Niterói, cooperação para a despoluição da Baía de Guanabara

O que o Governo do Estado tem anunciado:
Projetos do Governo do Estado que prometem limpar a Baía de Guanabara até a Rio 2016
BAÍA DE GUANABARA TEM O PRIMEIRO PLANO CONTRA ACIDENTES AMBIENTAIS DO PAÍS
Rio assina acordo com norte-americanos para despoluir a Baía de Guanabara
Estados do Rio e Maryland se unem para despoluir Baía de Guanabara
RJ e Maryland debatem, em Niterói, cooperação para a despoluição da Baía de Guanabara

Acesse também:
Instituto Baía de Guanabara
Projeto Grael





Inea notifica 94 casas em Piratininga que ainda não interligaram seus imóveis à rede pública de esgoto


Lagoa de Piratininga.


O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em parceria com a concessionária Águas de Niterói e a secretaria municipal de Meio Ambiente, notificaram na quinta-feira 94 imóveis, em Piratininga, na Região Oceânica, que ainda não interligaram seus imóveis à rede coletora de esgoto pública.

As 26 notificações restantes serão encaminhadas aos proprietários por meio de Avisos de Recebimento dos Correios.

“Grande maioria desses imóveis estão ligados à rede pluvial, que drena os resíduos para o rio e vão diretamente para a Lagoa de Piratininga. E como o Inea está fazendo um trabalho de despoluição da Lagoa, é preciso fazer o tratamento adequado de esgoto”, contou o superintendente regional do Inea, Ramon Ayres.

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Daniel Marques, toda essa ação de notificar os imóveis irregulares também vai ajudar na redução de poluição, podendo originar a oxigenação das lagoas.

“Essa ação tem tudo a ver com o primeiro ato que estamos promovendo na Lagoa de Piratininga. É um projeto paralelo do Inea com a concessionária, em parceria com a secretaria. Apuramos de maneira aprofundada as propriedades que não estão ligadas à rede de esgoto. Com isso, a gente possui o tratamento de esgoto dessas propriedades e, como consequência, a melhora da qualidade das lagoas de Piratininga e Itaipu”, contou o secretário, que acredita que se o projeto percorrer de acordo com o cronograma, em 2014 as lagoas poderão ser propícias para lazer e esporte e, talvez, possa se encontrar vida da fauna marinha.

O projeto de execução de desassoreamento da Lagoa de Piratininga começou em 2012 e está orçado em R$ 4.749 milhões, somente na primeira fase. A ação começou em Piratininga devido à proximidade dos estabelecimentos às lagoas. Até o final do programa, aproximadamente 500 estabelecimentos da Região Oceânica serão notificados, segundo o superintendente regional do Inea, Ramon Ayres.

A ação contou com 11 agentes do Inea, outros quatro da concessionária, além do secretário municipal de Meio Ambiente, Daniel Marques. Três equipes percorreram diversas ruas da região. Por volta das 9h30, a ação começou na principal via do bairro, Avenida Francisco da Cruz Nunes, onde três estabelecimentos foram notificados pelos agentes.

Desde junho de 2012, o Inea vem realizando campanhas publicitárias e educativas para que estabelecimentos que não estivessem regulares procurassem o órgão ou a concessionária, com o intuito de normalizar o escoamento dos resíduos.

Todos os estabelecimentos que foram notificados terão um prazo de 60 dias para regularizar a situação de acordo com o decreto estadual 4131/2008. Após este prazo, nova vistoria será realizada e os infratores serão autuados. Durante a entrega do documento, o Inea disponibilizou o número: 2622-7592, onde dúvidas poderão ser sanadas.

Fonte: Niterói Mais


Circuito brasileiro de Handebol de praia chega a Niterói nesta quarta


Niterói recebe Circuito Brasileiro de Handebol de praia. Domingos Peixoto/14-01-2009

Torneio será disputado na praia de São Francisco até domingo
Campeã mundial na quadra, goleira Mayssa disputa campeonato


NITERÓI - São Francisco parece ter se tornado o palco principal do esporte brasileiro em 2014. Depois da Copa Brasil de Vela, no início do mês, o bairro vai receber o circuito brasileiro de Handebol de praia. A partir desta quarta-feira, cerca de 30 times masculinos e femininos de todo o país disputarão vaga na fase final do torneio, que será realizado no fim de semana. Os jogos começam às 9h.

As equipes do Niterói Rugby Football Club vão representar a cidade no campeonato. Além dos atletas niteroienses, o campeonato terá a presença dos jogadores da seleção brasileira de quadra, como a goleira Mayssa, que sagrou-se campeã mundial da modalidade em dezembro. Os integrantes da seleção brasileira da modalidade praiana também estarão presentes.

"São Francisco parece ter se tornado o palco principal do esporte brasileiro em 2014".

Tricampeão mundial nas areias, o Brasil é uma potência no esporte que é praticado de maneira diferente de sua versão indoor. Na praia, as equipes jogam com 4 integrantes, sendo um goleiro. A partida é disputada em duas etapas de dez minutos. E os gols podem até valer por dois, caso o atleta consiga colocar a bola nas redes fazendo uma pirueta.

Fonte: O Globo

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CAFIFA: choque de ordem contra "pipeiros" em Piratininga




Texto: Ruy Machado
Foto: Marcello Almo


A Secretaria de Ordem Pública (Seop) apertou o cerco contra os “pipeiros”, durante ação realizada na noite de ontem, na Praia de Piratininga. O objetivo da operação era combater o uso do cerol em linhas, sua comercialização e o transporte do composto. Além disso, a utilização da linha chilena também está proibida. O resultado foi a apreensão de um carro lotado dessa mercadoria que foi encaminhado ao depósito público, além de 40 carretéis de linha.

De acordo com a Seop, denúncias de moradores motivaram a ação. Segundo as informações repassadas ao órgão, havia a comercialização do cerol na região, além de moradores relatarem a invasão de domicílios no período noturno. O caso ocorria depois que duas pipas tinham suas linhas cruzadas e a que estivesse com cerol cortava a outra. A pipa então caía na casa de moradores e, como consequência eram invadidas por pessoas que corriam para pegar o objeto.

Alan Dias, estudante de jornalismo de Joinville, está de férias na cidade e elogiou a ação da prefeitura. “Na semana passada eu estava passeando com minha familia e uma linha chegou a enroscar em mim. Esse tipo de ação é importante porque a brincadeira pode virar tragédia.

O secretário de Ordem Pública, Marcus Jardim, avaliou a ação.

“É uma ação de ordenamento. Fizemos o decteto e tivemos notícia de desordeiros e motos empinando na região. Estamos promovendo o ordenamento e essas linhas ferem e podem até matar”, disse.

O uso do cerol é proibido e está regulamentado na lei estadual 3278/99 e pelo decreto municipal 11485/13.


Fonte: A Tribuna


Com Muita História, barco de Torben Grael completa 100 Anos






Entrevista de Torben Grael sobre o centenário do barco AILEEN.

O Aileen é um barco da classe 6 metros (International 6 meters) e que pertenceu ao dinamarquês Preben Schmidt, avô de Torben, Lars e Axel Grael.

Saiba mais sobre o centenário do Aileen em

Centenário do AILEEN (1912-2012): um barco de várias gerações






Principais nomes do handbeach desembarcam hoje em Niterói


Pedro Budega é o goleiro do Niterói Rugby. Time niteroiense estará representado nas categorias masculina e feminina. Foto: Divulgação

Circuito Brasileiro da modalidade será disputado até domingo em São Francisco

A etapa final do Circuito Brasileiro de Handbeach masculino e feminino ocorrerá no próximo fim de semana. Mas a partir de hoje, às 10 horas, as equipes entram nas areias da Praia de São Francisco, em Niterói, para a disputa da fase de classificação. O evento contará com a presença de 20 equipes, sendo dez no naipe masculino e dez no feminino.

A cidade de Niterói será representada pelas equipes do Niterói Rugby Football Clube no masculino e no feminino. Também estarão presentes no masculino: Guarujá e São Vicente (São Paulo), HCP e Grêmio CIEF (Paraíba), Handebol Futuro (Rio Grande do Norte), Rio Handbeach e IEMAR (Rio de Janeiro). No feminino: Campinas 360º (São Paulo), APCEF, HCP e Grêmio CIEF (Paraíba), HCNN (Rio Grande do Norte), Z5 Handebol e Rio Handbeach (Rio de Janeiro). As outras vagas serão disputadas na fase de qualificação.

O handbeach é a modalidade derivada do handebol indoor. A categoria é disputada em melhor de três sets, sendo que, uma vez que ocorra o empate em 1 a 1, o desempate ocorre no shoot out (um contra o goleiro), uma espécie de confronto direto entre jogador de linha e goleiro, sem qualquer jogador de defesa.

Fonte: O Fluminense


 


terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Agentes da NitTrans iniciam patrulhamento com bicicletas em ciclofaixas




A Niterói Transporte e Trânsito (NitTrans) iniciou na manhã desta terça-feira (28/1) o patrulhamento com bicicletas em vias que possuem ciclofaixas.Quatro veículos realizam a fiscalização, sendo dois no perímetro entre a avenida Ernâni do Amaral Peixoto e o Museu de Arte Contemporânea (MAC) e duas para o patrulhamento entre a Estrada Leopoldo Fróes e a orla de Charitas, nos dois sentidos.

Os agentes, que atuam com vestimentas próprias para pedalar, incluindo bermuda, trabalharão em dois turnos e possuem autonomia para autuar e solicitar remoção de veículos estacionados. Caminhões-reboque estarão posicionados próximos às áreas monitoradas. Outras seis bicicletas estão sendo preparadas para patrulhamento nas ciclofaixas restantes e na orla nos finais de semana.

"A ideia de termos agentes pedalando pelas ciclofaixas veio de uma reunião com o então prefeito em exercício Axel Grael. É uma forma sustentável e também eficiente. E não deixa de ser uma forma de conscientizar a população da importância da ciclofaixa na cidade, uma vez que os próprios agentes estão pedalando pela faixa destinada aos ciclistas", afirmou o coronel Paulo Afonso Cunha, presidente da NitTrans.

Logo no primeiro dia com os novos veículos, os agentes autuaram cinco veículos e outros três foram removidos, sendo dois na Estrada Leopoldo Froes e um nas imediações do MAC. Estacionar em ciclofaixas é infração grave prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e rende ao motorista a perda de cinco pontos na carteira e multa de R$ 127,69.

Fonte: Prefeitura de Niterói


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LEIA TAMBÉM: Guarda Municipal também faz patrulha de bicicleta


SAIBA MAIS SOBRE O QUE TEM SIDO FEITO POR UMA NITERÓI COM MAIS BICICLETAS
Acompanhe o programa NITERÓI DE BICICLETA

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Obra em área verde no Morro da Viração será investigada



Obra na encosta do Morro da Viração. Foto do Leitor Frederico Pessoa


Construção está sendo erguida próxima ao Parque da Cidade

NITERÓI - A construção de uma casa no Morro da Viração, aos pés do Parque da Cidade, em São Francisco, virou alvo de uma investigação. A prefeitura abriu, na sexta-feira, um processo administrativo para analisar o licenciamento da obra, concedido em 2010. Quem fez o requerimento ao município foi o ex-deputado federal José Carlos Coutinho. Segundo o vice-prefeito Axel Grael, há indícios de que a autorização não levou em consideração o impacto na vegetação nem o declive do terreno.

Dentro de alguns dias, a prefeitura planeja anunciar a criação do Parque Municipal da Viração.

- O que vemos ali é uma obra enorme, acintosa, que provoca um significativo impacto paisagístico. Suspendemos a construção do imóvel e instauramos uma comissão para verificar como foi feito o licenciamento - informa Grael.

O vice-prefeito explica que, com a criação de uma unidade de conservação ambiental, impedirá outras construções na região. O Parque Municipal da Viração deverá ocupar uma área de 1.539 hectares.

Fonte: O Globo Niterói

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A minha opinião e mais informação:
Prefeitura de Niterói cria comissão para reavaliar licença de obra na Rua Tupis, em São Francisco


Ações do programa Enseada Limpa são apresentadas a comunidades de Jurujuba, Preventório, Charitas e São Francisco


Hoje, apresentamos as ações do programa Enseada Limpa, que tem como objetivo despoluir toda a enseada de Jurujuba e melhorar a qualidade de vida de quem mora na... região, serão beneficiados os bairros de São Francisco, Charitas, Jurujuba, Cachoeira e parte do Largo da Batalha e mais as comunidades de Gavião, Jamelão, Igrejinha, Ponte Velha, Maceió, Brasília, Preventório, Peixe Galo, Cascarejo e Salinas, entre outras.

Ações do programa Enseada Limpa são apresentadas a representantes das comunidades. Foto: Luciana Carneiro


Objetivo a despoluição da Enseada de Jurujuba e a melhoria da qualidade de vida de moradores que vivem nas localidades que compõem a base territorial da bacia hidrográfica da enseada

O prefeito em exercício de Niterói, Axel Grael, apresentou na manhã desta terça-feira o planejamento do programa Enseada Limpa para 2014 e os seus resultados no ano passado a representantes de associações de moradores de comunidades de Charitas, São Francisco e Jurujuba, a integrantes do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), concessionária Águas de Niterói e das secretarias de Saúde, Obras e Meio-Ambiente, Fanit (Federação das Associações de Moradores de Niterói), Instituto Baía de Guanabara, entre outros.

O programa tem como objetivo a despoluição da Enseada de Jurujuba e a melhoria da qualidade de vida de moradores que vivem nas localidades que compõem a base territorial da bacia hidrográfica da enseada, que abrange os bairros de São Francisco, Charitas, Jurujuba, Cachoeira e parte do Largo da Batalha, além das comunidades de Gavião, Jamelão, Igrejinha, Ponte Velha, Maceió, Brasília, Preventório, Peixe Galo, Cascarejo e Salinas, entre outras.

Axel reafirmou que para 2014 os investimentos previstos no programa, que é uma parceria entre a municipalidade e a Águas de Niterói, serão de R$ 13.643.000.

Entre as ações citadas pelo prefeito em exercício para 2014 estão a criação de um sistema mecanizado de retirada de sedimentos do canal da avenida Presidente Roosevelt, em São Francisco, a transformação do morro da Viração em parque municipal, a construção de novas elevatórias (próxima da estação do catamarã e no Quiosque 12), a instalação de ecobarreiras na saída do canal de São Francisco, o recadastramento do sistema de esgotamento sanitário em Charitas e Jurujuba, a conclusão do sistema de rede coletora em algumas comunidades, como o Preventório, e a ampliação da desinfestação de ratos para as localidades do Preventório, Peixe Galo, Salinas, Cascarejo e Jurujuba.

"O projeto é viável, estamos no caminho certo. Tenho certeza de que, com essas parcerias, vamos conseguir os resultados", disse Axel

Fonte: O Fluminense

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Conheça detalhes do Programa Enseada Limpa:ENSEADA LIMPA: Conheça detalhes do Plano de Ação 2014 para a despoluição da Enseada de Jurujuba

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Acesse também:
Instituto Baía de Guanabara
Projeto Grael


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Prefeitura de Niterói cria comissão para reavaliar licença de obra na Rua Tupis, em São Francisco


Na foto acima pode-se verificar a presença de estruturas de contenção (acima, à esquerda), indicando que trata-se de encosta com risco geotécnico e que já demandou investimentos públicos para controlá-lo.


OPINIÃO E PROVIDÊNCIAS:

Nas últimas semanas cresceu a indignação e os protestos causados por uma construção na encosta de São Francisco, em Niterói. A reação justifica-se. Trata-se de uma edificação de porte desproporcional para uma residência, construída em cota elevada e em imóvel limítrofe a um terreno que recebeu obras recentes de contenção de encosta. A obra causa grande impacto paisagístico no Morro da Viração, um dos pontos turísticos mais visitados da cidade e que será transformado em parque municipal em breve.

O projeto foi licenciado pela Prefeitura, tanto pela Secretaria de Urbanismo, como a de Meio Ambiente, em 2010. Portanto, as licenças foram concedidas na gestão anterior. Mas, sempre que for constatado erro administrativo é dever da administração pública rever os seus atos.

Cabe lembrar que a licença foi concedida para a construção de cinco casas!

Em agosto de 2013, requeri o processo e, no mês seguinte, assinei um parecer questionando os critérios das licenças concedidas e determinando que fossem dados esclarecimentos por parte das secretarias de Meio Ambiente (SMARHS) e Urbanismo (SMU). Registrei naquele ato administrativo a minha preocupação principalmente quanto aos critérios do licenciamento no que se refere à legislação florestal: presença de vegetação de Mata Atlântica e a declividade do terreno. Parace-me claro que a obra está em APP - Área de Preservação Permanente, conforme estabelecido na legislação.

Com base nestas preocupações, a obra foi paralisada e no dia 24 de janeiro (última sexta feira) foi publicado no Diário Oficial uma portaria da secretária de Urbanismo e Mobilidade Urbana, Verena Andreatta, designando uma Comissão Especial de Vistoria Administrativa com o objetivo de investigar indícios de ilegalidade na obra da casa da Rua Tupis.


Chama a atenção também a existência de outras residências situadas imediatamente abaixo da área que está sendo edificada.


Os principais aspectos a serem observados serão:
  • Se a obra está localizada em área considerada como APP-Área de Preservação Permanente, conforme legislação florestal e regulamentação pertinente, considerando a cobertura vegetal por ocasião do início da obra e a declividade do terreno
  • Se a obra cumpre os parâmetros da legislação urbanística
  • Se os critérios acima citados foram adequadamente considerados no processo de licenciamento da obra
  • Se a obra em desenvolvimento está de acordo com o projeto que foi apresentado para o licenciamento na Prefeitura.
  • Se as outras quatro casas também licenciadas para o imóvel atendem a legislação ambiental e urbanística.
Com base nas conclusões da Comissão Especial de Vistoria Administrativa, a Procuradoria Geral do Município orientará as providências administrativas a serem adotadas com relação à obra.

Axel Grael



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MATÉRIAS PUBLICADAS SOBRE O ASSUNTO:

Secretaria de Urbanismo cria comissão para analisar ilegalidade de construção em São Francisco

A Secretaria de Urbanismo e Mobilidade Urbana de Niterói criou uma comissão especial de vistoria administrativa para aprofundar a análise de indícios de ilegalidade na construção de uma residência na Rua Tupis, em São Francisco, em área de encosta do Morro da Viração. A portaria designando os membros da comissão foi publicada nesta sexta-feira (24.1) no Diário Oficial do Município. A obra foi paralisada por determinação da prefeitura.
    
A obra recebeu licenças das secretarias de Urbanismo e de Meio Ambiente em 2010, na gestão passada. Em 2013, o atual vice-prefeito, Axel Grael, solicitou o processo para fazer uma análise do licenciamento. Segundo ele, a construção não deveria ter sido autorizada no local, por se tratar de área de preservação.

A comissão vai apurar se há irregularidades no licenciamento e se a obra está de acordo com a legislação e com o projeto que foi aprovado.
 
Se após a análise técnica e administrativa ficar constatado que houve ilegalidade na concessão das licenças e que a obra não foi realizada de acordo com o projeto original, caberá à Procuradoria Geral do Município orientar sobre as medidas que a prefeitura deverá tomar em relação à construção.

Fonte: Prefeitura de Niterói

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Obra em área verde no Morro da Viração será investigada

Construção está sendo erguida próxima ao Parque da Cidade

NITERÓI - A construção de uma casa no Morro da Viração, aos pés do Parque da Cidade, em São Francisco, virou alvo de uma investigação. A prefeitura abriu, na sexta-feira, um processo administrativo para analisar o licenciamento da obra, concedido em 2010. Quem fez o requerimento ao município foi o ex-deputado federal José Carlos Coutinho. Segundo o vice-prefeito Axel Grael, há indícios de que a autorização não levou em consideração o impacto na vegetação nem o declive do terreno.

Dentro de alguns dias, a prefeitura planeja anunciar a criação do Parque Municipal da Viração.

- O que vemos ali é uma obra enorme, acintosa, que provoca um significativo impacto paisagístico. Suspendemos a construção do imóvel e instauramos uma comissão para verificar como foi feito o licenciamento - informa Grael.

O vice-prefeito explica que, com a criação de uma unidade de conservação ambiental, impedirá outras construções na região. O Parque Municipal da Viração deverá ocupar uma área de 1.539 hectares.

Fonte: O Globo Niterói