domingo, 1 de junho de 2014

Martine e Kahena ditam o ritmo da 49erFX no mundo


Grande parte da preparação de Martine e Kahena acontece no Rio Yacht Club - Sailing. Fotos de André Redlich

No início da temporada, a dupla brasileira faturou a Copa Brasil de Vela, disputada, em sua maioria na Baía de Guanabara, tendo a medal race na enseada de São Francisco. Fotos de André Redlich


Vinicius Rodrigues

Líderes do ranking, brasileiras acumulam ótimos resultados e miram Olimpíadas do Rio

Elas representam a nova geração da vela brasileira. Estão na liderança do ranking mundial da classe 49erFX desde novembro do ano passado e venceram as três últimas competições internacionais de vela, incluindo duas etapas da Copa do Mundo e semana olímpica de vela de Garda Trentino, na Itália, durante a temporada europeia. A vasta experiência nos mares, está na conta de duas amigas que, com apenas 23 anos, carregam no peito a esperança de medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2016. Martine Grael e Kahena Kunze mostram a cada dia que a experiência independe da idade, mas do que é feito dentro do mar.

O exemplo foi o acidente que as atletas evitaram na Semana Olímpica de Vela de Garda Trentino, no Lago de Garda, na Itália. No incidente, as velejadoras conseguiram escapar de uma colisão com as velejadoras da Nova Zelândia, quase em cima da linha de chegada da regata e, na manobra para desviar do barco neozelandês, as brasileiras acabaram virando.

Martine e Kahena protestaram contra as adversárias e, diante das regras que regem o esporte, foram consideradas corretas na manobra.

Juntas desde o fim de 2012, as atletas conquistaram o Mundial da Juventude e na temporada do ano passado foram campeãs do Norte-Americano de Vela, da etapa da Copa do Mundo de Vela de Miami, do Sul-Americano e ainda foram vice no Europeu e no Mundial da classe 49erFX. Esse ano já conquistaram a Copa Brasil de Vela, as etapas de Mallorca e Hyères da Copa do Mundo.

“Estamos muito felizes pelo momento que estamos vivendo. Ganhamos os três campeonatos que disputamos na Europa esse ano. Começamos por Palma (Mallorca), Hyères e Garga. Fizemos um ótimo treinamento no começo do ano e acredito que isso tenha contribuído para os títulos. Treinar na Nova Zelândia ajudou no psicológico e na parte física”, disse Kahena.

Para Martine, filha do multimedalhista Torben Grael, o período de reclusão fora do país possibilitou o crescimento da equipe em termos de proximidade e entrosamento.

As atletas, que estão descansando no Brasil para o mundial Júnior, que será disputado de 8 a 13 de julho, em Helsinki, Finlândia, encaram essa competição como uma das mais importantes do ano. O motivo é a possibilidade de aumentar a vantagem no ranking mundial e ter uma prévia das adversárias que encontrarão, caso disputem as Olimpíadas de 2016.

“Competir em casa é sinônimo de torcida. A gente sempre comemora quando há competição aqui. A atmosfera é diferente, os nossos amigos comparecem, gritam.”, disse Martine Grael.

Enquanto as competições não chegam, as atletas descansam em águas tranquilas, pelo menos até a próxima regata.

Fonte: O Fluminense





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