Em entrevista exclusiva, Prefeito da cidade fala de novidades nas áreas de saúde e transporte para este ano
Marina Rocha
Niterói - Apesar da crise que o Brasil se encontra, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, afirma que por aqui a situação está sob controle. De acordo com ele, 2016 será sim um ano de feitos importantes, de novos investimentos e crescimento da qualidade de vida do município. Com medidas que visam engrossar a receita da cidade, o objetivo é manter as contas públicas em dia. O orçamento da cidade para este ano cresceu em 9,5%: será de R$ 2,3 bilhões, enquanto em 2015 ficou em R$ 2,1 bilhões. Confira as expectativas para 2016 nesta entrevista exclusiva ao DIA NITERÓI.
Segundo o prefeito, até o fim do ano parte do efetivo da Guarda Municpal já estará armado Foto: Divulgação |
O DIA: Prefeito, vivemos uma crise financeira no país que preocupa a todos. Como Niterói vai passar por 2016? Os moradores devem se alarmar?
Qual será o orçamento da cidade para 2016?
Será de R$ 2,3 bilhões. Maior que o de 2015, que ficou em R$ 2,1 bilhões. A prioridade é manter as contas públicas organizadas como fizemos nos últimos três anos, sem perder de vista o nosso principal objetivo, que é realizar entregas pra fazer da nossa cidade a melhor para viver no Brasil.
Mas o que será feito para manter a economia em dia?
Estruturamos vária medidas imprescindíveis para a travessia do ano de 2016, onde a crise fiscal do Estado deverá se agravar. Destacaria a lei e o projeto de securitização da dívida ativa. Isto é, vamos abrir para as instituições financeiras comprarem papeis referentes a dívidas passadas para os bancos, uma operação que resgata dívidas antigas.
Também sancionamos uma lei que facilita a formalização de pequenas e micro empresas com o projeto alvará fácil. A ideia é que 15 mil empreendedores sejam cadastrados. Também estamos realizando eventos esportivos e culturais com investimentos privados.
Gastamos R$ 300 mil no Réveillon e lotamos a rede hoteleira da cidade com visitantes que gastam aqui. Em janeiro teremos a Copa do Banco do Brasil de Vôlei de Praia, em Icaraí. E já assinei um pacto de responsabilidade fiscal com as oito maiores áreas da cidade, onde estabelecemos uma meta de redução de gastos sem comprometer o atendimento ao cidadão.
Vamos diminuir gastos com telefone, passagem, carro e economizar R$ 60 milhões no ano.
A Saúde Estadual vem passando por diversas dificuldades. Quais são os investimentos da Prefeitura para atender a demanda crescente?
Enquanto a Secretaria Estadual está fechando várias unidades, eu vou entregar o Mário Monteiro (em Piratininga) em fevereiro totalmente reformado, um novo hospital. No primeiro semestre vamos concluir a segunda etapa das obras do Carlos Tortelly (no Centro) e, ainda em 2016, terminar a nova emergência do Getulinho, a melhor emergência pediátrica do estado. E vamos ainda ampliar a capacidade de atendimento da Saúde da Família em 30 mil pessoas, chegando no índice de 90% do total do público alvo.
O Cisp representou um grande avanço para a segurança da cidade. Há mais investimentos para o setor em vista?
Inauguramos o Cisp em agosto e conseguimos cinco meses seguidos de redução dos índices de segurança na cidade. Ainda são altos, mas tivemos redução. Agora nós vamos implantar o Centro de Controle Operacional da NitTrans, o que fará de Niterói uma das primeiras cidades a ter sua sinalização controlada por meio eletrônico em tempo real, melhorando a performance da operação de trânsito da cidade. Além disso, até o fim do ano uma parte do efetivo da guarda municipal já estará armada.
A mobilidade urbana é outro tema que requer atenção. O que teremos de novidade?
Um ponto importante é a conclusão da segunda etapa da duplicação da Benjamin Constant. Mas neste ano vamos concluir a perfuração dos túneis que vão ligar a Zona Sul à Região Oceânica, que é 90% da obra da TransOceânica. Uma obra que vai beneficiar cerca de 80 mil pessoas.
E para o lazer, o que teremos de novo?
Em março será concluída a reforma do MAC, que completa 20 anos em 2016. Ele vai ficar todo modernizado. Também vamos reabrir a Ilha da Boa Viagem para a visitação, o que vai formar um passeio interessante do século 21 ao século 19.
Fonte: O Dia
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