domingo, 12 de julho de 2015

POLÍCIA APERTA O CERCO CONTRA OS BALÕES. Municípios de Niterói e São Gonçalo são responsáveis por metade das ocorrências envolvendo artefatos no Estado do Rio



Polícia tem agido para combater a prática criminosa de soltar balões
Foto: Colaboração / Anderson Justino


Vinicius Rodrigues

Municípios de Niterói e São Gonçalo são responsáveis por metade das ocorrências envolvendo artefatos no Estado do Rio

Dos 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo são responsáveis por 50% dos casos envolvendo prisões de baloeiros e apreensões de balões. A constatação foi feita pelo Comando de Polícia Ambiental (Cpam) da Polícia Militar, que registrou de janeiro até o dia 9 de julho deste ano, 12,3 mil materiais para a fabricação do artefato e 331 balões apreendidos, além de 21 presos em todo o Estado.

Segundo informou o tenente Diego Vasconcelos, chefe de comunicação social da Cpam, das 37 ocorrências envolvendo denúncia de baloeiros agindo no Estado, pelo menos 18 teriam vindo de Niterói e São Gonçalo. Apesar do número ser considerado expressivo, Diego garante o comprometimento da população em denunciar os infratores, uma vez que a prática de soltar balões é crime.

“Soltar balão é considerado uma prática criminal. De acordo com o artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais nº 9.065 de fevereiro de 1998, a prática de soltar, fabricar, vender ou transportar balões é crime. Quem for pego praticando alguma dessas atividades pode ser penalizado com detenção de um a três anos, estando sujeito também a pagamento de multa por balão apreendido”, disse ele, reforçando que as informações podem ser passadas através da Linha Verde do Disque-denúncia (2253-1177) ou 0300 253-1177 (interior) .

Ainda de acordo com o tenente Vasconcelos, o espetáculo de balões no céu traz sérios riscos de tragédias, caso esses artefatos caiam em matas fechadas, fiações elétricas e até atinja aviões em momentos de pouso ou decolagem. Segundo ele, normalmente o grupo de baloeiros age de madrugada e normalmente a soltura é feita em locais abertos.
Segundo informou a secretaria Estadual do Ambiente, até o último mês, os dois municípios tiveram oito incêndios causados por balões. Para se ter uma ideia, apenas na região do Parque Estadual da Serra da Tiririca, os artefatos foram a causa de cinco dos dez incêndios registrados em matas pelo Estado.

Apreensão – No último dia 7, após receberem denúncias sobre fabricação de balões, PMs do CPAm apreenderam 100 balões de diversas metragens em São Gonçalo. De acordo com os policiais, no total foram encontrados, além dos 100 balões, 34 bandeiras, 550 lanternas, uma lata e 50 Kg de parafina, sete rolos de buchas, um saco de estopa, 18 rolos de papel, dez aros, 36 bocas de balão de diversos tamanhos, três maçaricos, 528 antenas, seis cangalhas, 120 bombas, um motor de Popa de 40, seis pássaros e um Jabuti. Quatro pessoas foram detidas e encaminhadas à 73ª DP (Neves), onde a ocorrência foi registrada.

O Corpo de Bombeiros do Estado do Rio (CBMERJ) fez um alerta sobre a prática de soltar balões, que se agrava durante o período de estiagem (maio a outubro), em razão das condições climáticas que criam condições favoráveis à propagação de incêndios, como as chuvas escassas e os ventos mais intensos.

Em nota, a corporação informou que os incêndios provocam o empobrecimento do solo, a destruição do habitat dos animais, contribuem para o desaparecimento de espécies vegetais ameaçadas de extinção, além de provocarem o aumento do percentual de dióxido de carbono na atmosfera e sua influência no efeito estufa.

“O ideal é que a população ajude a denunciar este crime. Qualquer pessoa pode efetuar denúncias através dos telefones do Corpo de Bombeiros (193), da Polícia Militar (190) ou do Disque-Denúncia (2253-1177). Desde o dia 15 de Abril, está em vigor a Campanha “Disque-Balão”, do Linha Verde, onde até setembro deste ano, quem denunciar locais de soltura, confecção e comercialização de balões, além de grupos de baloeiros, pode receber recompensas que variam de R$ 300 a R$ 2 mil”, diz a nota da Secretaria Estadual do Ambiente.

Fonte: O Fluminense


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