Pelo 15 hectares foram destruídos pelas chamas, o equivalente a 15 campos de futebol. Foto: Evelen Gouvêa |
Cicero Borges
Vegetação nativa, típica de costões rochosos, foi destruída pelas chamas
Pelo menos 15 hectares de vegetação foram destruídos no Parque Estadual da Serra da Tiririca, região entre os municípios de Maricá e Niterói, devido o incêndio de grandes proporções que começou ainda na noite da última segunda-feira (20). A área afetada equivale a aproximadamente 150 mil metros quadrados de mata nativa, o equivalente a 15 campos de futebol do Maracanã. A vegetação rupestre, típica de costões rochosos, foi destruída pelo incêndio. Na ação conjunta, que contou com 50 homens das equipes do Corpo de Bombeiros, guarda-parques do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Ibama e Guarda Municipal Ambiental da Prefeitura de Niterói, foi realizado o trabalho de rescaldo da área que durou mais de 13 horas sendo finalizado na noite desta terça. Um helicóptero da Polícia Militar e veículos também foram utilizados no controle das chamas.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio aconteceu por conta da queda de um balão e da estiagem, que pode ter favorecido na propagação das chamas. O trabalho seguiu durante todo o dia de ontem e o incêndio já foi controlado. Por conta da mudança de tempo e das chuvas desta quarta-feira, segundo a Coordenação Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca) da Secretaria de Estado do Ambiente, não há mais foco de incêndio na área.
A administração do Parque Estadual da Serra da Tiririca suspendeu a visitação na unidade desde a última terça-feira, para que todo o trabalho pudesse ser realizado. De acordo com o coronel José Maurício Padrone, da Coordenação Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca) da Secretaria de Estado do Ambiente, um novo estudo da área afetada deverá ser feito para que se possa quantificar em detalhes a destruição da área. Segundo ele, o mau tempo favoreceu a vegetação para o fim definitivo do incêndio.
"Vamos ainda quantificar com exatidão o prejuízo que foi causado à vegetação nos próximos dias, mas, a princípio, as estimativas mostram que pelo menos uma área de 15 hectares foi incendiada. A chuva foi excelente porque molhou todo o terreno e acabou com qualquer possibilidade de novos focos", informou Padrone, chamando a atenção para o número de balões apreendidos pelo Comando de Policiamento Ambiental (Cpam) da Polícia Militar desde o início do ano.
"O Cpam já apreendeu quase 500 balões desde janeiro. A prática continua porque infelizmente a punição ainda é muito branda. O principal trabalho para que se possa de uma maneira evitar esse tipo de crime, é o de denúncia por parte dos moradores. As pessoas estão muito engajadas em ajudar, e as elas vendo o fogo perto de suas casa, denunciam. Em áreas de difícil acesso, o combate torna-se muito mais complicado e caro porque requer a utilização de helicópteros, por exemplo, para o lançamento de água, porque os incêndios provocados por balões geralmente começam em locais onde as equipes não conseguem resgatá-los a tempo", disse o coronel.
De acordo com a legislação ambiental, provocar incêndio em florestas ou matas é um crime ambiental que pode acarretar penas de prisão de dois a quatro anos. Já a pena para quem fabricar, vender, transportar ou soltar balões é de um a três anos, ou multa de R$ 1 mil a R$ 10 mil, ou ambas as penas, conforme o caso.
Quem quiser denunciar a fabricação ou soltura de balões pode entrar em contato com a Linha Verde, parceria entre a Secretaria do Ambiente e o Disque Denúncia. O custo é de ligação local e o anonimato é garantido. Nos meses típicos de soltura de balão que vai de maio a outubro, o Disque Denúncia oferece a recompensa de até R$ 2 mil para informações que levem à prisão de baloeiros ou quantidades de balão. O telefone é 2253-1177 e, no interior, (033) 253 1177.
Fonte: O Fluminense
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