segunda-feira, 21 de agosto de 2017

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: TJ abre campanha ‘Justiça pela paz em casa’



Impossibilitada de comparecer à abertura devido ao mau tempo no Rio, a presidente do STF e CNJ mandou vídeo. Nos depoimentos, Maitê Proença emocionou. Felipe Cardoso / TJ-RJ.



Eventos serão realizados até sexta-feira tendo como tema central a violência doméstica contra a mulher

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) promoveu nesta segunda-feira (21) o lançamento da 8ª edição da Semana da Justiça pela Paz em Casa, coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia, impossibilitada de vir ao Rio por falta de condições de pouso do avião que a traria de Brasília, mandou uma mensagem de saudações por vídeo. Os eventos irão até a próxima sexta-feira.

A solenidade foi conduzida pelo presidente do TJ-RJ, desembargador Milton Fernandes. Participaram o corregedor-geral de Justiça, Cláudio de Mello Tavares; o diretor-geral da Emerj, Ricardo Rodrigues Cardozo; a presidente da Amaerj, Renata Gil; o presidente da AMB, Jayme de Oliveira; e a desembargadora Suely Lopes Magalhães, da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, entre outras autoridades civis e judiciárias.

O presidente do TJ-RJ disse considerar a questão da violência doméstica “um tema muito atual e preocupante no Brasil de hoje”. O corregedor Cláudio Tavares lamentou o Brasil estar na quinta posição no ranking mundial do feminicídio, segundo levantamento da ONU. Ele enalteceu a ação do TJ-RJ no combate à violência no lar, que, de 2011 a 2016, “conduziu mais de 20 mil medidas” com a meta de “proteger mulheres com a vida em risco”.

A presidente da Amaerj, Renata Gil, comemorou a “data especial”.

“Este é um ato de cidadania para chamar a sociedade a se engajar no combate à violência doméstica”, disse.

O presidente da AMB elogiou a atuação do Judiciário e da Amaerj em ações de combate à violência no lar.

“O que percebemos nas estatísticas é que o agressor, de um modo geral, está dentro de casa ou no entorno do lar. Isso nos leva a refletir sobre a importância que tem o núcleo familiar. Quem escolheu trabalhar na magistratura tem que amar as pessoas. Nossa atividade lida com gente, lida com pessoas”, afirmou.

Ao final da solenidade, a atriz Maitê Proença relatou o dramático episódio que viveu aos 12 anos, quando o pai assassinou a mãe com 16 facadas. Ela disse que as pessoas devem estar atentas a episódios que podem representar o início de “uma escalada” de violência familiar”, como “um objeto que voa”, “uma palavra”, “um tapa”.


Fonte: O Fluminense










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