O dia 18 de agosto entrou para a história da vela brasileira nos Jogos Rio 2016. Na tarde daquela quinta-feira nublada, uma multidão lotou a Praia do Flamengo e foi ao delírio com a conquista da medalha de ouro da dupla Martine Grael e Kahena Kunze, na classe 49erFX. Foram as primeiras campeãs olímpicas da vela feminina do Brasil.
A euforia foi tamanha que muita gente foi para dentro d’água festejar com a dupla brasileira, que venceu a regata da medalha por apenas dois segundos de vantagem sobre as adversárias neozelandesas, medalhistas de prata. Na chegada à areia, o barco foi erguido nos braços do povo. Festa nas águas da Baía de Guanabara, êxtase na Marina da Glória.
Hoje, exatamente um ano após a conquista, a Confederação Brasileira de Vela lança a nova versão do seu site oficial. É uma página mais dinâmica, com conteúdo mais rico em fotos, vídeos e conexão direta com nossas redes sociais. Para marcar a ocasião, a Confederação presta uma homenagem às campeãs olímpicas com um bate-papo muito especial. Confira!
Como foi a vida de vocês neste período de um ano após a conquista do ouro nos Jogos Rio 2016? O que fizeram fora da água, e o que fizeram no esporte?
Kahena – As duas semanas depois dos jogos foram as mais intensas da vida. Muitos compromissos, fotos e eventos junto com comemorações. Já tínhamos marcado viagem para tirar umas férias, esfriar a cabeça, curtir o momento e ponto! Por mais que estivéssemos de férias por aí, foi impossível não velejar. Velejei com outros barcos, mas de 49er só voltamos seis meses depois, para a Copa do Mundo em Miami.
Martine – Foram muitas mudanças, eu passei por uma “ressaquinha” pós-Jogos depois que eu voltei das férias. E nesse ano muitas coisas começaram a pintar. Como a Regata de Volta ao Mundo, que tem sido um projeto meu desde o começo do ano. Na 49er, fizemos a maior parte dos campeonatos e fomos bem em todos. Priorizamos os que íamos nos sentir melhor, pois começar no primeiro ano do ciclo a 100% ia ser complicado.
Olhando pra frente: onde vocês pretendem estar daqui a um ano?
Martine – Daqui a um ano espero estar super, superanimada para velejar todos os dias de 49er.
Kahena – Retomando os treinos depois do Mundial de Aarhus (Dinamarca).
A CBVela agora tem sede na Marina da Glória. O que a Marina representa para vocês?
Kahena – Finalmente conseguimos uma base para vela. Já é um passo bem grande ter a Marina como base. Agora é aproveitar para promover mais campeonatos e investir nas novas gerações.
Martine – É bom que a CBVela tenha um lugar permanente agora. Velejadores de outros estados que não tinham onde deixar o barco quando vinham para treinamentos no Rio agora têm onde ficar. Acho que abre mais espaço para organizarmos campeonatos de maior porte e trazer clínicas de treinamento para o Rio. Tirou um pouco a necessidade de velejadores estarem filiados a mais de um clube.
Como vocês lidam com a oportunidade de inspirar novas gerações na vela, especialmente as meninas?
Martine – Acho que fomos o abre-alas. Quebramos o gelo, agora só falta a mulheradinha se animar! Tem que ter dedicação, mas mostramos que não é impossível. Eu sou superaberta se algum dia alguém vier pedir dicas ou pedir para sair para ver um treino. Adoro pessoas proativas. Tenho o maior prazer de passar um pouco da experiência. Nos últimos dois anos, a gente estava superatenta se tinha alguma meninada vindo das classes mais jovens. E tem, mas para muitos falta o interesse.
Kahena – Essa medalha inspirou muitas meninas e jovens velejadores, mas o caminho é longo e, se não tiver uma paixão, uma motivação, é tudo mais complicado. Estamos abertas para ajudar e trazer novas meninas para a nossa e outras classes.
O Mundial de 49erFX começa no dia 28 de agosto, na cidade do Porto, em Portugal. Qual a expectativa para essa competição?
Martine – Vai ser um reencontro de todas as meninas que foram para os Jogos Rio 2016, algumas supertreinadas e outras um pouco menos, como nós. Além de todas as que estão começando.
Kahena – Vamos com calma e sem criar muita expectativa. Tem algumas meninas que já estão treinando forte desde o começo do ano. Muitas pararam e estão recomeçando agora. Não vai ser fácil, ainda mais no Porto, que é uma raia que exige muita técnica, com ondas e vento. Mas será um desafio e somos movidas por novos desafios. Então, é aproveitar os dias antes do campeonato para tirar o máximo.
Num dia sem vento, que outro esporte você mais gosta de fazer?
Kahena – Paddle, nadar, surfar, correr, pedalar…
Martine – Com certeza pedalar! Eu adoro. Sempre que tenho um tempinho entre as competições, pego a bike para explorar novos lugares.
A euforia foi tamanha que muita gente foi para dentro d’água festejar com a dupla brasileira, que venceu a regata da medalha por apenas dois segundos de vantagem sobre as adversárias neozelandesas, medalhistas de prata. Na chegada à areia, o barco foi erguido nos braços do povo. Festa nas águas da Baía de Guanabara, êxtase na Marina da Glória.
Hoje, exatamente um ano após a conquista, a Confederação Brasileira de Vela lança a nova versão do seu site oficial. É uma página mais dinâmica, com conteúdo mais rico em fotos, vídeos e conexão direta com nossas redes sociais. Para marcar a ocasião, a Confederação presta uma homenagem às campeãs olímpicas com um bate-papo muito especial. Confira!
Como foi a vida de vocês neste período de um ano após a conquista do ouro nos Jogos Rio 2016? O que fizeram fora da água, e o que fizeram no esporte?
Kahena – As duas semanas depois dos jogos foram as mais intensas da vida. Muitos compromissos, fotos e eventos junto com comemorações. Já tínhamos marcado viagem para tirar umas férias, esfriar a cabeça, curtir o momento e ponto! Por mais que estivéssemos de férias por aí, foi impossível não velejar. Velejei com outros barcos, mas de 49er só voltamos seis meses depois, para a Copa do Mundo em Miami.
Martine – Foram muitas mudanças, eu passei por uma “ressaquinha” pós-Jogos depois que eu voltei das férias. E nesse ano muitas coisas começaram a pintar. Como a Regata de Volta ao Mundo, que tem sido um projeto meu desde o começo do ano. Na 49er, fizemos a maior parte dos campeonatos e fomos bem em todos. Priorizamos os que íamos nos sentir melhor, pois começar no primeiro ano do ciclo a 100% ia ser complicado.
Olhando pra frente: onde vocês pretendem estar daqui a um ano?
Martine – Daqui a um ano espero estar super, superanimada para velejar todos os dias de 49er.
Kahena – Retomando os treinos depois do Mundial de Aarhus (Dinamarca).
A CBVela agora tem sede na Marina da Glória. O que a Marina representa para vocês?
Kahena – Finalmente conseguimos uma base para vela. Já é um passo bem grande ter a Marina como base. Agora é aproveitar para promover mais campeonatos e investir nas novas gerações.
Martine – É bom que a CBVela tenha um lugar permanente agora. Velejadores de outros estados que não tinham onde deixar o barco quando vinham para treinamentos no Rio agora têm onde ficar. Acho que abre mais espaço para organizarmos campeonatos de maior porte e trazer clínicas de treinamento para o Rio. Tirou um pouco a necessidade de velejadores estarem filiados a mais de um clube.
Como vocês lidam com a oportunidade de inspirar novas gerações na vela, especialmente as meninas?
Martine – Acho que fomos o abre-alas. Quebramos o gelo, agora só falta a mulheradinha se animar! Tem que ter dedicação, mas mostramos que não é impossível. Eu sou superaberta se algum dia alguém vier pedir dicas ou pedir para sair para ver um treino. Adoro pessoas proativas. Tenho o maior prazer de passar um pouco da experiência. Nos últimos dois anos, a gente estava superatenta se tinha alguma meninada vindo das classes mais jovens. E tem, mas para muitos falta o interesse.
Kahena – Essa medalha inspirou muitas meninas e jovens velejadores, mas o caminho é longo e, se não tiver uma paixão, uma motivação, é tudo mais complicado. Estamos abertas para ajudar e trazer novas meninas para a nossa e outras classes.
O Mundial de 49erFX começa no dia 28 de agosto, na cidade do Porto, em Portugal. Qual a expectativa para essa competição?
Martine – Vai ser um reencontro de todas as meninas que foram para os Jogos Rio 2016, algumas supertreinadas e outras um pouco menos, como nós. Além de todas as que estão começando.
Kahena – Vamos com calma e sem criar muita expectativa. Tem algumas meninas que já estão treinando forte desde o começo do ano. Muitas pararam e estão recomeçando agora. Não vai ser fácil, ainda mais no Porto, que é uma raia que exige muita técnica, com ondas e vento. Mas será um desafio e somos movidas por novos desafios. Então, é aproveitar os dias antes do campeonato para tirar o máximo.
Num dia sem vento, que outro esporte você mais gosta de fazer?
Kahena – Paddle, nadar, surfar, correr, pedalar…
Martine – Com certeza pedalar! Eu adoro. Sempre que tenho um tempinho entre as competições, pego a bike para explorar novos lugares.
Fonte: CBVela
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