Lenine plantou uma muda de mangue-branco no entorno do mangue Foto: Marcelo Feitosa |
Representantes de várias ONGs percorreram o manguezal do 9º distrito Foto: Marcelo Feitosa |
Milena Bouças
O manguezal no entorno da Baía de Guanabara foi o 9º destino escolhido. Atualmente, o maior problema da Baía é o resíduo flutuante que prejudica o mangue.
A Organização Não Governamental Guardiões do Mar e o projeto Encontros Socioambientais com Lenine promoveram ontem um encontro na Área de Proteção Ambiental (APA), em Guapimirim, entre o cantor Lenine, as comunidades, gestores e técnicos das ONGs envolvidas no projeto em prol do meio ambiente. O manguezal no entorno da Baía de Guanabara foi o 9º destino escolhido. Atualmente, o maior problema da Baía é o resíduo flutuante que prejudica o mangue.
No início do encontro, houve uma palestra com a analista ambiental do Instituto Chico Mendes, Juliana Fukuda, que esclareceu sobre a situação real do mangue e os projetos de recuperação da área.
“O reflorestamento de margens de rios e o replantio de manguezais contribuem para diminuir o carreamento de sedimentos para as águas. A recuperação do manguezal permite, sobretudo, o retorno de pescadores e de catadores de caranguejos”, ressaltou.
A Guardiões do Mar está com dois projetos: o Catasonhos II e o Caranguejo Uçá. O primeiro atende sete cooperativas de catadores de reciclagem e atua com coleta seletiva nos bairros de seis municípios do Rio, que abrange Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, onde as cooperativas estão instaladas. Através do Catasonhos II, os catadores poderão fortalecer a rede de comercialização de resíduos. Já o projeto Caranguejo Uçá une ciência e educação ambiental. A iniciativa ambiental promove a mão de obra na região, ajudando a alavancar a economia local.
“Há 32 anos eu vivo da pesca (siri), vendo no mercado São Pedro, em Niterói, e consigo faturar em torno de R$ 3 mil”, disse o pescador e morador de Itambi, Marcos Antônio da Silva, de 62 anos.
No meio de tantos mangues, Lenine deixou a sua colaboração. O cantor nordestino plantou uma muda de mangue-branco, da espécie Lagume Ultra Racemosa.
“Minha maior felicidade é desde o início do projeto. O mais legal são essas trocas de informações e experiências que o projeto promove. É perceber que tudo isso só é possível acontecer através de um sonho de uma pessoa que existe por detrás desse projeto”, comemorou.
Investimento – Atualmente, a Petrobras investe em torno de R$ 162 milhões em projetos ambientais, atingindo cerca de 310 mil pessoas. O gerente setorial de Relacionamentos Comunitários da Petrobras, José Abdias salientou que a estatal pretende continuar investindo nesse tipo de projeto.
“Pretendemos investir nos próximos anos algo em torno de R$ 1,5 milhão em projetos socioambientais, além de outros investimentos, como o projeto Programa Petrobras Comunidades”.
Show – Para celebrar com a comunidade local, o cantor Lenine promoveu uma apresentação musical gratuita durante a noite, no Centro Cultural Joaquim Lavoura, em São Gonçalo.
Durante o evento foi lançado um álbum de figurinhas educativo sobre os impactos causados pelo lixo atirado no ecossistema como um todo. As cooperativas vão receber os álbuns e distribuir nas escolas dos seis municípios atingidos pelo projeto.
Fonte: O Fluminense
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