segunda-feira, 5 de maio de 2014

Em Niterói, ministro destaca importância da Copa para desenvolver a gestão do futebol


Aldo Rebelo e Léo Batista homenageados em simpósio sobre Copa do Mundo (Foto: Paulo Rossi)

O Simpósio Copa 2014, realizado pelo Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (05.05), em Niterói, distribuiu homenagens e fez os participantes voltarem no tempo com histórias de jornalismo e de futebol. Ao lado do pentacampeão mundial na Copa de 2002 Gilberto Silva e do locutor esportivo Léo Batista, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, foi um dos agraciados com troféu, feito de barro, que remete à taça da Copa do Mundo.

Com a presença do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, e do presidente do sindicato, Continentino Porto, o ministro do Esporte lembrou o processo histórico que transformou o futebol numa paixão no país: “Estamos às vésperas da Copa, o grande momento de um esporte que se tornou o mais popular do mundo principalmente pela contribuição do Brasil”.

Aldo Rebelo destacou que o futebol foi uma plataforma de ascensão social para os pobres e os negros brasileiros. “Friedenreich, Fausto, Leônidas. Nossos primeiros ídolos eram negros ou mestiços. O futebol representou para eles uma janela de oportunidade numa sociedade desigual.” Segundo o ministro, o futebol cresceu no país à margem do Estado e do mercado, concebido pela própria sociedade. “Quando Getúlio Vargas criou o Conselho Nacional de Desportos (CND), em 1941, o futebol já havia se consolidado como esporte popular.”

Para Aldo Rebelo, a Copa do Mundo é uma oportunidade para aumentar a participação do futebol na economia brasileira e do país no PIB do futebol mundial. “Precisamos recuperar as marcas dos nossos clubes e melhorar a gestão do esporte. Temos que vender serviços para o mundo inteiro e não apenas jogadores.”

Pioneiro

Coube a Léo Batista brindar o público do simpósio em Niterói com saborosas reminiscências do jornalismo esportivo. Ao se referir à modernidade tecnológica que vai marcar a Copa do Mundo no Brasil, o locutor da TV Globo lembrou a primeira vez em que narrou um jogo de futebol, ainda adolescente, nos anos 40, em sua terra natal, Cordeirópolis – próximo a Limeira, no interior de São Paulo.

“Improvisamos um aparelho transmissor em cima de um caminhão. Mas era o tempo da ditadura Vargas, e fiscais do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) apareceram para impedir a transmissão, já que não tínhamos licença. Quando vi minha irmã gritando para avisar que os fiscais estavam chegando, corri com o aparelho debaixo do braço e me escondi no meio de um laranjal”, recordou Léo Batista, arrancando risos da plateia.

Paulo Rossi, de Niterói (RJ)
Fonte: Ascom – Ministério do Esporte



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