sexta-feira, 2 de maio de 2014
Niterói ganhará, até julho, seis quilômetros de ciclovias
Gustavo Schmitt
Projeto de mobilidade ‘verde’ é lançado com a expectativa de melhorar o trânsito
NITERÓI - Quem mora em Niterói pode receber com desconfiança o anúncio de uma nova ciclovia. Afinal, não foram poucas vezes que políticos prometeram criar espaços exclusivos para quem adora pedalar; e, hoje, as referências na cidade se resumem a um trecho de 200 metros na Praia de Icaraí, na altura do Clube Central, e a uma pista de areia esburacada que margeia a Lagoa de Piratininga. No entanto, a prefeitura garante que vai tirar do papel, a partir da semana que vem, um projeto de mobilidade urbana que dará mais segurança a ciclistas.
O projeto começará com a instalação de uma ciclovia na Rua Timbiras, em São Francisco. Além dessa obra, que custará R$ 400 mil, a cidade deverá ganhar, até julho, 6,4 quilômetros de pistas para ciclistas, que serão separadas de faixas destinadas ao trânsito de veículos motorizados por blocos de concreto. Esse circuito será integrado à atual malha de ciclofaixas, que soma 18 quilômetros de extensão.
— A implantação do projeto começará na segunda-feira, quando a Niterói, Transporte e Trânsito (NitTrans) começará a fazer as marcações e as pinturas no asfalto do circuito universitário. A ideia é incentivar o uso da bicicleta em deslocamentos de Icaraí, do Ingá e de São Francisco ao Centro — diz o coordenador do plano Niterói de Bicicleta, Argus Caruso, que, entre 2001 e 2005, deu a volta ao mundo pedalando.
Caruso adianta que está prevista a construção de uma ciclovia que interligará todos os campus da UFF e vários museus da cidade, como o de Arte Contemporânea (MAC), o Janete Costa e o Solar do Jambeiro. Com 3, 4 quilômetros, esse circuito incluirá as ruas Doutor Nilo Peçanha, Tiradentes e José Bonifácio, no Ingá, e Andrade Neves, no Centro.
Outras vias que deverão ganhar ciclovias são a Rua Miguel de Frias, em Icaraí, que contará com uma pista exclusiva para bicicletas no lado direito, e as estradas Fróes (que liga o bairro a São Francisco) e Velha de Maricá, na divisa com São Gonçalo. A prefeitura ainda planeja transformar, em 2015, a ciclofaixa da Estrada Caetano Monteiro, em Pendotiba, numa ciclovia.
— O ciclista passará a ter mais segurança para se deslocar pela cidade. Na Estrada Fróes, por exemplo, decidimos mudar o lado da ciclovia para evitar acidentes — informa Caruso.
Em setembro do ano passado, a prefeitura lançou o programa Niterói de Bicicleta. Com isso, foram pintadas ciclofaixas nas avenidas Amaral Peixoto, no Centro, e Acúrcio Torres, em Piratininga, e na Rua Timbiras, em São Francisco. Mas a maior parte das ciclofaixas da cidade foi criada na gestão anterior, de Jorge Roberto Silveira, que as estabeleceu em corredores viários como a Rua São Lourenço, no Centro, e a Avenida Roberto Silveira.
Caruso acredita que bicicletas podem ajudar a melhorar o trânsito na cidade. Numa medição feita no último dia 25, agentes do município calcularam que passam, por hora, 120 “magrelas’’ pela ciclofaixa da Avenida Amaral Peixoto.
O município lançará o projeto cicloviário na Semana da Mobilidade, entre os dias 11 e 18. A abertura do evento acontecerá na Praia de São Francisco, que estará fechada para carros, motos e ônibus entre 7h e 19h. Na Praia de Icaraí, será montado um cicloponto, no qual professores de educação física ensinarão técnicas de postura para quem anda de bicicleta.
Fonte: O Globo Niterói
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Niterói é o único lugar do planeta que uma ciclovia funciona de 6h as 12h e depois vira estacionamento, isso ele teria que alterar também.
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