A energia será consumida pelos prédios do grupo, e o excedente vai para a rede da cidade - Foto de Divulgação/Antonio Pinheiro |
Terreno no bairro de São Domingos tem 260 metros quadrados e 175 placas solares
por Clarissa PainsNITERÓI — A maior usina solar do Brasil, em Santa Catarina, entrou em funcionamento em agosto; um mês depois, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, vaticinou que “chegou a hora” da energia solar no país, expressão que já caiu na boca de um sem-número de autoridades públicas e investidores. Este mês, Niterói começa a engatinhar no assunto, sinalizando uma mudança: o maior estacionamento solar brasileiro — embora pequeno, comparado a outros países — acaba de ser construído na sede das empresas do grupo Enel, que inclui a Ampla, no bairro de São Domingos. O espaço de 260 metros quadrados, com capacidade para 20 carros, tem 175 painéis solares instalados pela Prátil, outra empresa do mesmo grupo. Essas placas devem gerar 60 mil kWh/ano, o suficiente para abastecer, por ano, mais de 30 residências com consumo médio de 155 kWh/mês.
— Apenas com a energia gerada pelo estacionamento, evitaremos a emissão de 5,2 toneladas de CO2 por ano na atmosfera. A geração solar é uma ótima opção para países tropicais como o Brasil, onde há boa incidência de sol durante grande parte do ano — ressalta o presidente da Prátil, Albino Motta.
O projeto permite a geração de energia para consumo próprio e o compartilhamento do excedente com o sistema elétrico. Segundo a Resolução 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o excedente resulta em um crédito monetário na conta de luz de quem gerou a energia.
— Além de ser um sistema inteligente, as placas solares ainda dão sombra aos carros, o que agradou muito os funcionários — comenta Motta.
Na mesma linha de sustentabilidade, o grupo Enel lança este mês uma promoção para os funcionários, que poderão comprar bicicletas elétricas com desconto de 15% e maior número de parcelas. Queridinhas do meio ambiente, por não emitirem gases poluentes, elas costumam carregar, no entanto, preço bem salgado: cerca de R$ 2 mil.
— A iniciativa vai beneficiar, de forma indireta, toda a cidade, porque o aumento de pessoas circulando de bicicletas elétricas contribuirá para a difusão da prática em Niterói — acredita o presidente da Prátil.
CONDOMÍNIO SOLAR
Outra iniciativa de destaque, que ainda está em fase de estudos, é a construção de um condomínio solar feito em parceria entre a Ampla e a prefeitura. Ainda sem data para o projeto ser lançado, o objetivo já está definido: gerar energia para atender às escolas da rede. Segundo o prefeito Rodrigo Neves, o terreno da Concha Acústica abrigará o condomínio.
Fonte: O Globo Niterói
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