Projeto de Recuperação das restingas já foi implantado em várias praias como São Francisco, Piratininga, Camboinhas, Itacoatiara, Icaraí e Itaipu. Fotos: Marcelo Feitosa |
Projeto de Recuperação das restingas já foi implantado em várias praias como São Francisco, Piratininga, Camboinhas, Itacoatiara, Icaraí e Itaipu |
Pedro Conforte
A previsão é de que as mudas do projeto de Restituição das Restingas sejam plantadas na orla da praia até o início de 2016 na única praia ainda de fora do projeto
O projeto que pretende recuperar e restituir a restinga na orla de Niterói continua. Isso porque, das praias inicialmente contempladas com a ação, apenas a de Charitas falta receber as mudas. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, a previsão é que até o final de janeiro do ano de 2016 a praia receba as novas mudas. A ação é realiza em medida compensatória, quando empresas privadas cortam árvores e plantam mudas em outros locais, orientadas pelo poder municipal.
Facilitar o controle de espécies com potencial de pragas, evitar a erosão causada pela chuva e reter a areia evitando seu carregamento pelo vento são alguns dos benefícios que o projeto de Restituição das Restingas traz às praias. Segundo o secretário Daniel Marques, o projeto já é uma realidade na orla de Niterói, que já passou por São Francisco, Piratininga, Camboinhas, Itacoatiara, Icaraí e Itaipu.
“Levamos em conta uma série de fatores, cada praia tem suas peculiaridades, sendo que o objetivo principal é proteger a fauna nativa. Calculo que o projeto, por baixo, tenha plantado dezenas de milhares de muda. Para se ter uma ideia, apenas em Itacoatiara foram 1,5 mil mudas plantadas”, esclareceu o secretário.
Daniel Marques ressalta ainda que Charitas, até então, será a última praia a receber o projeto, porém há interesse e um estudo para que ele possa ser expandido.
“Os biólogos da Secretaria já estão estudando a implementação da ação em mais praias da cidade. Há também um estudo para que seja feita a integração de animais nativos da restinga, como lagartos e borboletas em alguns locais”, completou o secretário.
De acordo com a bióloga da Secretaria, Vanessa Ingleses, demora cerca de cinco anos para a restinga se reconstituir plenamente. “Tentamos preencher os vazios entre as matas existentes com esse plantio, para, quando for possível, fechar a vegetação. Entre as mudas estão aroeiras, ipomeias, pitangueiras e eritrinas”, ressaltou a bióloga, que lembrou ainda que é firmado um termo de compromisso com as empresas que realizam o plantio compensatório para que seja feito um monitoramento.
“Essas empresas entregam um relatório trimestral do monitoramento. A secretaria também acompanha as mudas que permanecem cercadas para que não haja invasão e elas possam crescer plenamente e se estabilizar no local. Além disso, a cerca serve para evitar estacionamentos irregulares em áreas de preservação”, esclareceu Vanessa Ingleses.
Aterro – Uma das dificuldades encontradas pelo projeto são as praias que sofreram aterramento, como São Francisco e Icaraí, deixando poucos locais com a vegetação nativa. “Queremos manter a diversidade da vegetação local, mas com o aterro e o urbanismo estamos perdendo essa diversidade”, explicou Vanessa Ingleses.
Compensação – Quando uma empresa privada realiza um crime ambiental, a dívida é abatida com doações, plantações e monitoramento de mudas nativas de restinga. Sendo que é necessário a contratação de empresa para a implantação da espécie.
Segundo a lei 9605/1998, é crime ambiental destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas, ou vegetação fixadora de dunas. A pena para aqueles que cometem a infração é detenção de três meses a um ano, além de multa.
Fonte: O Fluminense
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