Reservatório da Usina Marimbondo, na divisa entre São Paulo e Minas Gerais - Armando Paiva / O Globo |
Operador Nacional do Sistema Elétrico piora previsão para as chuvas e aumenta expectativa de crescimento do consumo de energia
por Reuters
SÃO PAULO - As previsões do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para o nível de reservatórios das usinas e crescimento do consumo de energia em outubro pioraram, segundo informativo divulgado nesta sexta-feira, diante do cenário de estiagem que afeta o país. Segundo o ONS, o nível dos reservatórios do Sudeste — responsáveis por cerca de 70% da capacidade do país — chegou a 20,32% da capacidade de armazenamento, pior que os 21,4% verificados ao fim de outubro de 2001, ano do racionamento.
O Operador reduziu a projeção para os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste ao fim do mês para 18,4% de armazenamento, ante previsão anterior de 19%. As chuvas esperadas para a região em outubro devem ser equivalentes a 62% da média histórica, ante 67% previstos na semana passada.
No Nordeste, as represas devem encerrar o mês a 15,2% de armazenamento, sendo que as afluências em outubro ficarão muito abaixo da média, a 36%. O Norte terá chuvas equivalentes a 75% da média e o nível das represas no fim do mês deverá ser de 33,7%. No Sul, onde está chovendo acima da média, as represas devem fechar o mês a 85,7% de armazenamento, ante 90,56% verificado atualmente.
O ONS já opera de forma a mitigar a redução do nível dos reservatórios das hidrelétricas, reduzindo a geração e acionando praticamente todas as termelétricas disponíveis no país. Com a elevação das temperaturas que já vem ocorrendo, o consumo de energia também segue em trajetória ascendente diante do aumento do uso de equipamentos de refrigeração. O ONS estima alta de 3% no consumo em outubro ante mesmo mês do ano passado. A previsão anterior era de alta 2,4%.
PREÇOS ALTOS
Com a piora das projeções hidrológicas, o preço da energia no mercado à vista — chamado Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) — se manteve no teto de R$ 822,83 para a semana entre 25 e 31 de outubro, segundo comunicado divulgado nesta sexta pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O valor vale para todos os submercados.
Fonte: O Globo
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