terça-feira, 14 de junho de 2016
Secretaria de Estado do Ambiente lança Refúgio da Vida Silvestre no Rio Paraíba
Unidade de conservação está situada nas margens do Rio Paraíba do Sul e abrange 13 municípios do Médio Paraíba
O secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, lançou, nesta segunda-feira (13/6), o Refúgio de Vida Silvestre, no Médio Paraíba fluminense. Situada nas margens do Rio Paraíba do Sul, o Refúgio vai contribuir para a segurança hídrica do Estado do Rio de Janeiro, já que o Paraíba do Sul é responsável pelo abastecimento de cerca de 12,5 milhões de pessoas, o equivalente a 85% da população do estado.
A nova unidade de conservação abrange mais de 130 córregos e nascentes; visa proteger 63 ilhas fluviais, essenciais à reprodução das espécies nativas do rio (ninhais de aves, sítios para a construção dos ninhos de tartarugas e jacarés, além das corredeiras, fundamentais para a reprodução de peixes); e vai garantir a conservação e a reprodução de espécies ameaçadas de extinção, como o cágado-do-paraíba (Mesoclemmys hogei) e o surubim-do-paraíba (Steindachneridion parahybae).
O refúgio abrange 13 municípios do Médio Paraíba: Três Rios, Paraíba do Sul, Rio das Flores, Vassouras, Valença, Barra do Piraí, Pinheiral, Volta Redonda, Barra Mansa, Quatis, Porto Real, Resende e Itatiaia.
Durante o lançamento, realizado no município de Valença, o secretário fez um balanço das ações realizadas pelo Estado para a proteção e recuperação da Mata Atlântica. Entre as ações estão o Pagamento por Serviços Ambientais (PSAs) a produtores rurais, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), o ICMS Ecológico e os Planos Municipais de Conservação e Restauração da Mata Atlântica.
“Quando estive pela primeira vez à frente da Secretaria, o Rio de Janeiro era o campeão nacional em desmatamento da Mata Atlântica. Hoje, somos o estado que menos perdeu cobertura desse importante bioma. A nossa meta é aumentar a cobertura de Mata Atlântica e, ao mesmo tempo, preservar os mananciais de abastecimento público. Toda a nossa política de reflorestamento, de compensação ambiental estará voltada para isso: vamos priorizar a recuperação florestal de áreas que vão refletir na melhoria dos mananciais de abastecimento público”, afirmou André Corrêa.
O gerente das Unidades de Conservação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Fernando Matias, ressaltou que a criação do refúgio teve como base um estudo desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente que mostrou que a melhor forma de proteção de um ecossistema da importância do Rio Paraíba do Sul e de sua biodiversidade seria através da criação de uma unidade de proteção integral.
“A criação do refúgio foi feita de forma participativa: mobilizamos os 13 municípios, ouvimos todos os secretários das cidades envolvidas. Em seguida, promovemos quatro consultas públicas para ouvir as opiniões e sugestões da população a fim de adequar a proposta da criação desta unidade de conservação”, disse ele.
Fonte: SEA
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