Operários trabalham na instalação da primeira estação da Transoceânica, em Charitas - Divulgação / Leonardo Simplício |
Prefeitura espera liberar tráfego para carros até dezembro
Por Renan Rodrigues
NITERÓI — Parte da Transoceânica, o túnel que ligará os bairros de Charitas, na Zona Sul; e Cafubá, na Região Oceânica, atingiu a marca de um quilômetro de perfuração — são 500 metros em cada galeria. Com o andamento da construção, a prefeitura trabalha com um prazo mais curto para o fim da escavação: junho deste ano. Já a abertura para o tráfego de veículos está prevista para ocorrer em dezembro.
Amanhã, o prefeito Rodrigo Neves (PT) fará o anúncio do marco durante vistoria ao canteiro de obras no Cafubá. O túnel, por onde passará o sistema de ônibus BHLS (sigla para ônibus de serviço de alto nível), terá 1.350 metros de extensão em cada galeria e, de acordo com estimativas da prefeitura, reduzirá pela metade o trajeto entre Charitas e Engenho do Mato — atualmente são 18 quilômetros percorridos em uma hora, informa o órgão. Com a conclusão das obras, o deslocamento de um bairro a outro, com o túnel, passará a ser de 9,5 quilômetros, num tempo estimado de 25 minutos.
O investimento total da obra, considerada a principal de mobilidade urbana em andamento, é de R$ 310 milhões. A execução é do consórcio Constran. Pelo projeto, cerca de 123 mil pessoas serão beneficiadas em 11 bairros, especialmente os moradores da Região Oceânica.
O maciço onde o túnel está sendo escavado é feito de rochas conhecidas como gnaisse facoidal, similares às encontradas em formações como o Pão de Açúcar e o Corcovado. Atualmente, ocorrem três detonações diárias pelo lado de Cafubá e uma em Charitas. A cada explosão, conta Lincoln da Silveira, engenheiro da prefeitura que acompanha as obras, o túnel avança de cinco a dez metros. São necessários aproximadamente 1.500 quilos de explosivo em cada detonação.
Rodrigo Neves destaca que a obra da Transoceânica é uma quebra de paradigmas no sistema de transporte público de Niterói:
— Ela vai reduzir o fluxo pesado de veículos sobre eixos saturados, como a Avenida Roberto Silveira e o Largo da Batalha — diz o prefeito, que, apesar dos prazos mais otimistas de conclusão do túnel, dados pelos responsáveis pela obra, prefere manter para dezembro, como já anunciado, a previsão de abertura a veículos.
O término total de todo o corredor viário da Transoceânica, incluindo as 13 estações para embarque e desembarque no corredor BHLS e ciclovia, está previsto para o segundo semestre de 2017. Em Charitas, já começaram as obras do primeiro ponto, em frente à estação de catamarãs.
PREFEITURA AGUARDA APOIO PARA VLT
Paralelamente às obras da Transoceânica, a prefeitura busca recursos para a realização do estudo de viabilidade de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A proposta é que o modal faça a integração entre Charitas e o Centro. Em outubro do ano passado, a prefeitura apresentou o projeto — orçado em R$ 750 milhões, com 20 estações em 11 quilômetros de percurso — a dirigentes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A expectativa é que metade dos recursos venha do empréstimo e a outra de uma parceria público-privada (PPP).
— Vamos estruturar o VLT para um eventual segundo mandato. Será nossa prioridade — conta Rodrigo.
Fonte: O Globo Niterói
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