Aline Balbino
Uma pesquisa feita com 2.098 pessoas apontou que 74% desse total é a favor de ações que reduzam o espaço do veículo particular nas ruas se o motivo for dedicar esse espaço para ciclovias, corredores de ônibus e calçadas. O levantamento sobre mobilidade urbana foi encomendado pelo Greenpeace ao Instituto Datafolha. A pesquisa foi realizada com a partir de 16 anos, em 132 municípios de todas as regiões do país. Os entrevistados responderam perguntas sobre medidas que impulsionem o desuso de carros, com redução de vagas de estacionamento nas vias (rotativo), das faixas de rolamento e o fechamento de ruas para automóveis. O levantamento apontou que 43% dos entrevistados estavam na região Sudeste, sendo a maior parte mulheres entre 23 e 25 anos.
Em Niterói, há atualmente mais de mil vagas de estacionamento para bicicletas. E esse número deve crescer, já que em dezembro será finalizada a obra de construção do estacionamento de bicicletas na Praça Arariboia, no Centro. “A pesquisa demonstra que a população apoia a redistribuição do espaço nas ruas quando entende que ele será destinado a outros meios de transporte benéficos para a cidade”, diz Vitor Leal, da campanha de Mobilidade Urbana do Greenpeace Brasil.
Questionados sobre qual meio de transporte preferido para circular na cidade se elas oferecessem infraestrutura adequada, o ônibus seria a escolha de 42% das pessoas, seguido por carro (23%) e bicicleta (21%) – na prática, estes dois empatados pela margem de erro de dois pontos da pesquisa.
"É imprescindível que a sociedade abrace esta ideia pois já sabemos dos diversos benefícios que este modelo de cidade traz para a vida dos seus habitantes". Isabela Ledo, coordenadora do programa Niterói de Bicicleta
O motorista Francisco José, mesmo com seu carro é a favor de medidas que visem o pouco uso de carro. “Eu acho que estacionar em Niterói é difícil, até porque tem que pagar. Mas, eu sou a favor de melhorar a situação dos ciclistas. É preciso investir em ciclovias, área para parar bicicletas. É importante pensar numa vida saudável”, disse.
O ciclista Maurício Moreira, de 31 anos, concorda com Francisco. Para ele, pensar no ciclista é uma questão se segurança. “Não dá mais para disputar mais pelas ruas de Niterói com motoristas. Mais bicicletas na rua melhorará a cidade em tudo. Menos poluição, mais mobilidade, menos engarrafamento”, disse.
Isabela Ledo coordenadora do programa Niterói de Bicicleta concorda com o estudo. “É imprescindível que a sociedade abrace esta ideia pois já sabemos dos diversos benefícios que este modelo de cidade traz para a vida dos seus habitantes. Temos que repensar nossos hábitos diários de deslocamento e ter a consciência do impacto dos mesmos na nossa vida”.
Fonte: A Tribuna
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