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Axel Grael destacou que o município já realizou diversas ações para ampliar a preservação na cidade e o Plano Niterói 450 dá continuidade a esse cenário de investimentos. O chefe do Executivo enfatizou os avanços alcançados pela gestão municipal nos últimos anos com a conquista de índices positivos como 100% de abastecimento de água, 97% de oferta de rede para coleta de tratamento de esgoto e mais de 50% de área preservada, além de ser a melhor do Estado Rio e a segunda melhor cidade do país em limpeza urbana de acordo com o Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana.
“Niterói vem se firmando como referência em vários temas voltados para a sustentabilidade e meio ambiente. O PRO Sustentável, por exemplo, tem papel fundamental na transformação da Região Oceânica, que tem conquistado avanços importantes com a reocupação do sistema lagunar e a criação do POP. Agora, lançamos esse conjunto de investimentos dando continuidade aos projetos que começaram em 2013 e trazendo outras ações inovadoras. São iniciativas que além do aspecto da preservação irão trazer mais oportunidades de emprego e renda, como por exemplo, o incentivo ao ecoturismo”, disse o prefeito.
Parque Orla Piratininga – Entre as ações que estão em andamento, a principal é o POP. O projeto da Prefeitura de Niterói contempla a recomposição vegetal da orla da Lagoa de Piratininga, em uma área de mais de 150 mil metros quadrados, e a implantação de cerca de 10 quilômetros de sistema cicloviário ao longo de toda a orla. O POP também terá um ecomuseu, trilhas, áreas de lazer, píeres de contemplação e para pesca, além de quadras esportivas e mirantes. O investimento previsto é de R$ 100 milhões.
“O POP é um dos maiores projetos hoje no Brasil, com uso de soluções baseadas na natureza para recuperação ambiental. Estamos recebendo a visita de técnicos de outras cidades para conhecer de perto o projeto do parque. O PRO Sustentável atualmente tem 22 projetos e muitos deles estão contribuindo para um novo cenário, uma nova página na história da Região Oceânica em termos de requalificação urbana e ambiental”, pontuou a coordenadora do PRO Sustentável, Dionê Marinho Castro.
Além do Parque Orla, o município estuda um projeto para a redução da camada de lodo no sistema lagunar da Região Oceânica. Outra ação em andamento é a renaturalização da bacia do Rio Jacaré e a construção do Centro de Referência de Sustentabilidade Urbana, com investimento previsto de R$ 40 milhões.
As ações do Plano Niterói 450 Sustentabilidade incluem, ainda, a ampliação do programa Clin Comunidade Sustentável, que visa acondicionar de forma correta os resíduos sólidos orgânicos e recicláveis, através de contenedores especiais semienterrados, promovendo melhor qualidade de vida para as comunidades. O município também vai ampliar o programa de coleta seletiva nos bairros, proporcionando o descarte correto de resíduos.
“A previsão é que, a partir de 2023, essa coleta seja realizada com caminhões elétricos”, afirmou o presidente da Clin, Luiz Fróes, ressaltando que será criado um programa de recuperação de resíduos em escolas municipais, para ampliar a gestão e coleta seletiva nas escolas municipais visando a sustentabilidade e a conscientização ambiental dos alunos, pais, professores e funcionários.
Novas usinas de resíduos – Além disso, Niterói terá três novas usinas para o correto tratamento e descarte de resíduos no município. Uma Usina de Triagem, que fará a separação mecanizada e automatizada dos resíduos sólidos orgânicos e recicláveis, uma Usina de Biodigestão, que dará tratamento adequado aos resíduos orgânicos, produzindo energia elétrica e térmica e composto orgânico além de eliminar chorume e suprimir os gases do efeito estufa, e uma Usina de Beneficiamento de Resíduos de Construção Civil, para reduzir o consumo de recursos naturais não-renováveis, eliminando o descarte irregular destes resíduos. Os três projetos têm investimento previsto superior a R$ 77 milhões.
A Prefeitura de Niterói vai realizar também a restauração da Ilha da Boa Viagem, um dos maiores patrimônios históricos, culturais e ambientais da cidade e do Estado do Rio de Janeiro. O investimento para recuperação da capela, do forte e do castelo será de R$ 5,5 milhões. Após as intervenções, a ilha será reaberta para visitação. A intervenção será realizada em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e vai contemplar as estruturas da ilha sem que percam as características originais. O castelo vai receber uma área administrativa e um novo ambiente cultural com espaços de exposição.
“As áreas de preservação ambiental já existentes em Niterói também receberão novos investimentos. O Parque da Cidade terá obras de requalificação da sede, que devem ser licitadas até o mês de abril. O Parque Municipal do Baldeador, criado em 2021, receberá investimentos em infraestrutura. Serão abertas e sinalizadas duas novas trilhas no Parque do Baldeador e duas no Parque da Água Escondida. Além disso, serão atualizadas cinco trilhas do Parnit e consolidadas três trilhas de uso exclusivo para ciclistas”, comentou o secretário municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade, Rafael Robertson.
O plano para as unidades de conservação prevê também a restauração ecológica de 203,1 hectares de Mata Atlântica, que já tem 30% do serviço concluído e a criação do Plano Municipal da Mata Atlântica, que terá o objetivo de fortalecer a gestão ambiental municipal na proposição de ações voltadas à conservação dos remanescentes florestais. Deverá ser licitado ainda no primeiro semestre o levantamento das espécies da fauna encontradas na Enseada de Jurujuba, para promoção de ações de conservação local e educação ambiental na região.
O Município vai firmar um termo de compromisso ambiental com a concessionária Águas de Niterói para um projeto de interligação de mais de 600 imóveis de famílias de baixa renda que vivem na região das lagoas à rede coletora de esgoto. Com investimento previsto de R$ 1 milhão, o projeto já concluiu o mapeamento dos imóveis e deve começar a ser executado ainda no primeiro semestre, de acordo com o secretário.
Arborização – O trabalho de arborização na cidade tem novas ações previstas. Nos últimos dois anos, foram mais de oito mil mudas plantadas e a previsão é de mais oito mil novos plantios até 2024, sempre utilizado espécies nativas da Mata Atlântica, como Pau Brasil, Pau Ferro, Ipê Branco, Ipê Amarelo, Ipê roxo, Ipê Rosa, Pitanga, entre outras.
O Plano Niterói 450 Sustentabilidade inclui também ações de ampliação e requalificação da infraestrutura cicloviária. Na Região Oceânica, a meta é alcançar a marca de 60 quilômetros de ciclovias e ciclorrotas, além de concluir a implantação dos bicicletários e paraciclos. Na Região Norte, a previsão é de implantar ou requalificar 21,5 quilômetros de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. O objetivo é chegar a 120 quilômetros de infraestrutura cicloviária em Niterói até 2024.
Neste segmento de mobilidade sustentável, a Coordenadoria Niterói de Bicicleta destaca o aumento de 113% do número de vagas disponíveis no Bicicletário Arariboia de forma integrada ao projeto da nova Praça Arariboia até o fim de 2024. Além disso, está em estudo a implantação de um sistema de compartilhamento de bicicletas com 40 estações e 400 bicicletas nos bairros do Centro, São Lourenço, Fonseca, Icaraí, Santa Rosa, Ingá, São Domingos e Gragoatá.
Fonte: Prefeitura de Niterói
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