domingo, 24 de setembro de 2017

PARQUE DAS ÁGUAS, EM NITERÓI, VAI DEBATER O DESAFIO DA ESCASSEZ DE ÁGUA NO ESTADO



Vista aérea, com o Reservatório da do Parque das Águas ao fundo. Foto por drone, por Leonardo Simplício.


Parque das Águas. Fotos Leonardo Simplício.

Elevador de acesso ao Parque das Águas. Foto Axel Grael

Elevador iluminado à noite. Foto de Mariane Thamsten.




COMENTÁRIO DE AXEL GRAEL:

As obras do Parque das Águas Eduardo Travassos, no Centro de Niterói, estão quase prontas e a nova área verde e espaço cultural da cidade estará aberto ao público, com uma agenda educativa e uma programação musical e de outras manifestações artísticas.

O principal tema das atividades no local será a Água, a influência da sua escassez na evolução histórica da cidade de Niterói e o atual desafio de abastecimento da Metrópole do Rio de Janeiro, em particular, os municípios do Leste da Baía de Guanabara, abastecidos pelo Sistema Imunana-Laranjal.

Para promover a discussão sobre as águas, o Parque contará com:
  • RESERVATÓRIO DA CORREÇÃO: Visitas guiadas ao reservatório, uma bela e centenária construção que ainda abastece parte da cidade
  • EVENTOS: O local conta com um auditório que também poderá ser utilizada como sala de eventos e exposições. Receberá cursos em geral, treinamentos de Núcleos Comunitários de Defesa Civil - NUDECs e eventos sobre mudanças climáticas e resiliência urbana.
  • VÍDEO: os visitantes poderão assistir a um vídeo sobre a história do abastecimento de água e saneamento em Niterói, com o depoimento de especialistas como o engenheiro José Bedran, "memória-viva" do saneamento em Niterói.
  • VISTA PARA OS MANANCIAIS: Vista para a Chácara do Vintém, que durante muito tempo abasteceu a cidade e que será recuperada e protegida pela Prefeitura de Niterói. Do local, também será possível acompanhar os esforços de reflorestamento das encostas do Morro da Boa Vista. O reflorestamento das áreas de mananciais é uma das principais medidas para garantir a oferta de água para o abastecimento humano e para a regulação do lençol freático, que permite a sobrevivência de nascentes, favorece as árvores e os ecossistemas.
O Parque das Águas contará ainda com os seguintes equipamentos: 
  • ELEVADOR: o acesso ao Parque das Águas será facilitado pela construção de um elevador ligando a Praça Bety Orsini à parte alta do parque, beneficiando a visita de cadeirantes, idosos e o público em geral. O elevador está pronto e passa atualmente por testes dos seus equipamentos.
  • CENTRO DE VISITANTES: Funcionará junto à Praça Bety Orsini, com espaços para exposições e atividades que estimulem a visita ao Parque das Águas.
  • BAR: a Prefeitura realizou processo licitatório para a seleção de um concessionário que operará um bar no local.
  • ÁREAS DE CONVÍVIO E ACADEMIA DA TERCEIRA IDADE: com instalações novas, teremos áreas de contemplação e para exercícios físicos.
  • JARDIM SENSORIAL: um jardim com plantas que estimule a interação de deficientes visuais e público em geral.
  • ARBORETO: um belo arboreto, com espécies simbólicas como o pau-brasil e diversas frutíferas
Leia, a seguir, matéria do jornal O Fluminense sobre a preocupação o desafio de abastecimento de água na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Axel Grael
Secretário Executivo
Prefeitura de Niterói



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Alerta para a escassez de água no Estado

Falta de chuva, prevista para até o fim de setembro, diminuiu consideravelmente o nível da água no Rio Guapiaçu. Foto: Lucas Benevides



Pamella Souza

Barragem para solucionar a crise hídrica ainda não saiu do papel

O uso consciente de água vem se tornando cada vez mais indispensável. Quem faz o alerta são as concessionárias Cedae e Águas de Niterói, diante da forte estiagem que atinge a bacia dos rios Guapiaçu e Macau, em Cachoeiras de Macacu, que abastecem o sistema Imunana-Laranjal. Especialistas alertam que a região pode enfrentar uma forte crise hídrica a partir de 2020, que já começa a dar seus sinais. Empresas já adotam medidas operacionais para conter a escassez.

As águas captadas dos rios da Região Serrana do Rio não têm reservação. Por isso, dependem exclusivamente do regime de chuva. Os níveis de água das bacias estão visivelmente baixos, com pedras aparentes. No entanto, sem previsão de mudança de tempo para, pelo menos, até o fim deste mês, as concessionárias alertam para a seca.

“Estamos trabalhando para diminuir os impactos da estiagem com ações de informação à população e aumento na disponibilidade de carros-pipa. É fundamental, neste momento, a conscientização das pessoas para o uso racional da água, evitando o desperdício”, atenta a Cedae.

A Águas de Niterói também reforçou o pedido. “É muito preocupante depender das chuvas para assegurar o abastecimento de aproximadamente 2 milhões de pessoas. Águas de Niterói tem implantado ações operacionais para minimizar o impacto para os clientes. A concessionária pede que a população use água de forma consciente até que a situação seja normalizada”, ressalta a Águas.

O oceanógrafo e coordenador da Rede Universidade Federal Fluminense de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Julio Wasserman, aponta que a escassez do recurso na região leste da Baía de Guanabara já é um problema antigo.

Um estudo realizado por ele, em 2008, já apontava que o sistema Imunana-Laranjal já tinha atingido seu limite de vazão e que, em situações extremas de seca, não haveria abastecimento para algumas áreas do fim da rede.

“Neste sentido, é altamente aconselhável que, desde já, seja pensada a construção de barragens na região”, dizia o estudo de 2008.

Essa é exatamente uma das soluções apontadas por ele, e por outros especialistas, para conter a crise hídrica. A construção de uma barragem no Rio Guapiaçu é um projeto anunciado pelo Governo do Estado em 2015, mas que continua sem previsão de execução.

“Veja que o tempo para sua construção (barragem) está estimada em 4 anos e, se começarmos agora, é provável que entraremos no estado de escassez hídrica antes de terminar o empreendimento”, alerta Julio.

De acordo com o especialista, a crise hídrica enfrentada entre 2014 e 2015, e a escassez de água observada agora, não são resultado de constantes mudanças climáticas. Mas, sim, do aumento da demanda pelo recurso. E, por isso, já deveria ter soluções em prática.

“Em vários estudos que realizei, não há absolutamente nenhuma indicação de que estes anos sejam realmente muito mais secos do que outros anos. O que existe é uma falta total de planejamento diante de uma população que cresce e que demanda cada vez mais água”, aponta o oceanógrafo.

A licença ambiental para a construção da barragem está parada desde então. Isso porque, para a realização da obra, cerca de três mil pessoas precisariam ser desapropriadas de suas terras. Ambientalistas e produtores locais são contrários ao projeto, alegando que a área é altamente produtiva e responsável pelo abastecimento de 40% do aipim distribuído no Estado.

“Entendo o ponto de vista dos agricultores, mas a situação é muito grave e, se tivesse que escolher, eu escolheria a água à mandioca. A situação é realmente crítica e existe necessidade de se construir reservatório nesta região. Também é necessário que existam mais estudos de planejamento hídrico”, alerta o especialista.

Custo - De acordo com a Águas de Niterói, a barragem resolve o problema da escassez por, no mínimo, os próximos 15 anos, atendendo à demanda do aumento do uso de água pelo crescimento da população, na região entre Niterói, Maricá, São Gonçalo, Itaboraí e Ilha de Paquetá.

A barragem armazenaria a água para uso em tempos de seca, evitando, ainda, alagamentos na região de Cachoeiras de Macacu. Todo o custo seria arcado pela Petrobras, devido ao licenciamento para a instalação do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj).

“Não há outra solução de custo suportável. Estamos falando de uma solução que resolverá o abastecimento de água, bem essencial à vida, para mais de 2 milhões de pessoas. O projeto está pronto. É preciso empenho para exigir a construção da mesma a custo zero, já que a obrigação de implantá-la ficou sob responsabilidade da Petrobras”, disse a Águas de Niterói, através de nota.

Fonte: O Fluminense


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