terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

MARTINE GRAEL E TRIPULAÇÃO DO BARCO TEAM AKZO NOBEL VENCEM A ETAPA DA VOR



Martine Grael a bordo do Team AKZO NOBEL.

A chegada na cidade de Auckland, Nova Zelândia.

TEAM AKZO NOBEL enfrenta as calmarias tropicais (Doldrums) do Pacífico. 

Martine encontra a Kahena Kunze em Auckland. As duas vão aproveitar o tempo livre na cidade para treinar de 49erFX.


Após uma dura velejada de 20 dias, o barco AKZO NOBEL, que conta com a medalhista olímpica Martine Grael na tripulação, venceu a etapa 6 da Volvo Ocean Race, entre Hong Kong e a Nova Zelândia. E o tio-coruja aqui, passou a última madrugada angustiado com a regata, acordando de vez em quando para torcer pela nossa Martine.

Que sufoco! É impressionante o nível de competitividade dos atuais barcos da Volvo Ocean Race. A opção da atual edição da VOR por barcos "one design", ou seja, barcos com o mesmo projeto, deu muito destaque às tripulações, pois são elas que fazem toda a diferença. Vence o melhor, aquele que tomou as melhores decisões, que teve a melhor performance e que também ... foi mais ajudado pela sorte!

Após 20 dias de regata, enfrentando calmarias e temporais, percorrendo o Oceano Pacífico de Norte a Sul, de Hong Kong à Auckland/Nova Zelândia, os barcos conseguiram chegar quase todos juntos, com pequena distância entre eles. Veja no quadro abaixo:




O AKZO NOBEL venceu com apenas 2:14 minutos de vantagem sobre o segundo colocado, o Scallywag. Ufa!!!

Veja mais alguns dados interessantes sobre o trecho 6 da regata:





Foi uma belíssima regata. Uma intensa disputa, em que as tripulações se desdobraram, manobrando seguidamente pela busca do melhor caminho, pelo melhor vento, pela melhor performance.

E que chegada! Martine. Assim, você mata o tio aqui do coração!!!

Axel Grael





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Reproduzo abaixo o texto do super-Murillo Novaes, falando sobre a vitória do TEAM AKZO NOBEL.



Parem as Máquinas! AkzoNobel, de Martine Grael, vence a 6ª etapa da VOR em Auckland.

Murillo Novaes

Na madruga kiwi, foi Martine e seus companheiros que cruzaram linha primeiro. Uhuu!

Esta terça-feira que se inicia em terras brasilis, já madrugada de quarta-feira na Nova Zelândia (GMT+13), é histórica para a vela tupiniquim. E novamente quem protagoniza o feito traz um sobrenome legendário nos mares nacionais e planetários: Grael.

Na primeira vez que um velejador brasileiro venceu uma etapa da regata de volta ao mundo, na Holanda, em 2006, o comando do inesquecível Brasil 1 estava com um Grael, Torben. Foi ele também, junto com Joca Signorini e Horácio Carabelli (uruguaio-catarinense), que colocou o Brasil no topo ao vencer a VOR 2008/9 no comando do sueco Ericsson 4. Agora, quando pela primeira vez uma velejadora de Pindorama chega à frente numa etapa da Volvo Ocean Race, é a filha dele, Martine, que tem a honra de seguir, renovar e ampliar a incrível saga familiar. Sem falar no já comemorado ouro olímpico no Rio ao lado da parceira Kahena Kunze, no 49erFX. Demais!! Vai Tine!!!

O AkzoNobel, da timoneira e trimmer Martine Grael, que disputou a liderança da sexta perna da regata milha a milha, com o Sun Hung Kai / Scallywag desde que os dois emergiram nas cabeças da flotilha depois de um golpe de ousadia ao rumar, há agora longínquos 20 dias, pro norte (N-NE) logo depois do estreito de Luzon, enquanto o resto da flotilha rumava pro sudeste (E-SE), chegou à frente em Auckland, na Nova Zelândia. sem falar nas jogadas finais de ambos, usando o modo stealth, quando podem ficar "invisíveis" por 12 horas. Bela batalha!

Martine que viveu e navegou muito de Optimist naquelas águas (ganhou umas reganhas, claro) por ocasião da America's Cup enquanto seu pai era tático do italiano Prada, já tinha previamente marcado um treino/retorno ao 49erFX com Kahena e as amigas/rivais kiwis para desenferrujar da vela olímpica. Vai fazê-lo com um largo sorriso agora!

Depois de mais de quase 6 mil milhas navegadas o AkzoNobel venceu com autoridade, com o Scallywag a apenas poucos minutos depois. Na cola, 4 míseras milhas atrás, vinha o Mapfre, que ultrapassou o Turn the Tide on Plastic nos minutos finais e trouxe o também fortíssimo Dongfeng na cola para desespero da zebra plástica da comandante Dee Caffari que chegou a parecer na liderança em algumas ocasiões depois do equador. Mais destacado, em último na perna, já que o acidentado (sempre ele, que coisa!) Vestasestá no estaleiro lá em Auckland mesmo, está o Team Brunel.

A próxima etapa, já com os sete barcos novamente, a maior, com mais de 7500 milhas, pontos dobrados e um ponto extra pro primeiro barco a montar o cabo Horn, deixa Auckland dia 18/3 e ruma direto pra Itajaí (onde este escriba/papagaio vélico estará novamente locutando tudo. Venham todos!). Vamos torcer!!! Brasil-il-il-il!!

Fui!!

Murillo Novaes










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