segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Cisp ultrapassa 45 mil chamados em 4 anos



Das ocorrências, 33,04% foram de trânsito, seguidas de 28,40% de Ordem Pública. Fotos de Thiago Côrtes / Prefeitura de Niterói


Inaugurado em 2015, Centro Integrado conta com 485 câmeras de vigilância

A guarda-municipal Jaqueline Penha não pode reclamar de rotina: a cada dia ela se depara com situações diferentes e inusitadas no cumprimento de suas funções. Ela é um dos agentes que monitoram as 485 câmeras do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), inaugurado há quatro anos pela Prefeitura de Niterói para ajudar as forças de segurança no combate à criminalidade. No mesmo local, trabalham cerca de 50 guardas-municipais, policiais militares, agentes do Niterói Presente e da NitTrans.

O Cisp também recebe os chamados do número 153, que passou a ser uma ferramenta utilizada pela população para diversas ocorrências. Desde a implantação, já foram 45 mil atendimentos. O Cisp também funciona com 70 câmeras inteligentes distribuídas em 10 portais de segurança instalados nas entradas, saídas e principais vias da cidade. O sistema forma um cercamento eletrônico total, capaz de identificar automaticamente carros roubados, furtados ou clonados e alertar as autoridades.

Das ocorrências, 33,04 % foram de trânsito, seguidas de 28,40% de Ordem Pública e 22,08% de demandas ambientais. Os chamados relativos a ocorrências policiais ficaram em 6,4%. O monitoramento é feito por 24 horas, sete dias por semana.


No local, trabalham cerca de 50 guardas-municipais, policiais militares e agentes do Niterói Presente e NitTrans. Fotos de Thiago Côrtes / Prefeitura de Niterói


Na rotina diária de atendimento do 153, a agente do Cisp revela que normalmente as chamadas são atendidas em até três minutos pelos operadores. Tão logo o atendimento é feito, o operador aciona a força de segurança ou o agente público que estiver mais próximo ao local da ocorrência.

“O 153 passou a ser uma ferramenta de auxílio para a população e não somente em caso de ocorrências policiais”, explica Jaqueline. “Assim que atendemos aos chamados, avaliamos a situação para encaminhar para o órgão competente. Quando se trata de uma emergência, acionamos vários órgãos ao mesmo tempo para tentarmos resolver ou minimizar a situação naquele momento. Já tivemos até o caso de uma pessoa reclamando do cheiro do café da casa de um vizinho. É inusitado, mas atendemos sempre com a mesma atenção”, conta.

Todas as solicitações atendidas pelo Cisp são encaminhadas aos órgãos competentes, como NitTrans, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Militar.

“Nossos agentes são treinados para atender bem quem está do outro lado da linha, pois nunca se sabe qual o grau da ocorrência”, explica o secretário de Ordem Pública, Paulo Henrique de Moraes. “Nenhuma chamada é dispensada ou deixada de lado. Todas são atendidas, avaliadas e encaminhadas com a celeridade que cada caso exige. Quando o morador está muito nervoso, mesmo diante de uma demanda considerada de impacto menor, os agentes conversam e orientam procurando acalmar, e fazem de tudo para que a situação se resolva o mais rápido possível”, garante.

Diagnóstico produzido pelo Observatório de Segurança Pública de Niterói, que apoia e integra o monitoramento de 24 horas feito pelo Cisp, mostra que o serviço 153 vem se traduzindo em importante ferramenta a serviço do Meio Ambiente, ao receber denúncias de desmatamento, ocupação irregular em áreas de preservação ambiental, além de pedidos de resgate de animais silvestres.

“Os moradores passaram a identificar o número para buscar apoio do Centro Integrado de Segurança Pública. O atendimento é rápido e, tão logo recebem as chamadas, agentes direcionam imediatamente de acordo com a especificação e o tipo de atendimento necessário para maior eficiência”, explica Nilson Cunha, diretor do Cisp. Ele lembra que o serviço também pode ser acionado por mensagem através do WhatsApp 98450-0153.

Ao sistema do Cisp ainda são conectados 80 botões de alerta que podem ser acionados por um agente treinado para convocar mais forças de segurança de forma rápida em locais de grande movimento, como escolas e hospitais. O sinal entra no sistema e soa um alerta georreferenciado.

Com investimentos de cerca de R$ 20 milhões, sendo R$ 3 milhões do governo federal, o Centro Integrado de Segurança conta com câmeras fixas e móveis, além de portais nas entradas e saídas da cidade com leitores automáticos capazes de verificar as placas de veículos em situação irregular. As imagens captadas ficam armazenadas em um banco de dados e podem ser requisitadas pelas polícias Civil e Federal para facilitar as investigações.

“Muitas investigações na cidade já foram resolvidas ou estão em andamento graças às câmeras do Cisp e ao monitoramento e investigação de nossos agentes. O trabalho do Centro é integrado com as forças de Segurança, e essa troca com as polícias Civil e Militar, além do Niterói Presente, está trazendo bons resultados para Niterói”, destaca o secretário de Ordem Pública Paulo Henrique de Moraes.

Portais de segurança

A operação dos Portais de Segurança, sistema de cercamento eletrônico que usa inteligência artificial e 70 câmeras para identificar carros roubados, furtados ou clonados em frações de segundo, começou em maio deste ano.

Os equipamentos instalados nas entradas, saídas e principais vias da cidade emitem alerta para que o veículo seja rastreado e interceptado pela polícia. Houve 154 ocorrências onde foram realizadas abordagens que tiveram a recuperação de veículo ou prisão de suspeitos. Em outras 114 situações diversas, placas de veículos foram inseridas no sistema para monitoramento e investigação de inteligência da Polícia Civil, Militar e Guarda Municipal.

Quando um veículo em situação irregular é identificado pelas câmeras inteligentes do Portal de Segurança, um alerta chega no Cisp. Após a identificação, o veículo passa a ser rastreado pelas outras câmeras para facilitar a abordagem. A unidade policial mais próxima é imediatamente acionada para que seja feito o cerco e a interceptação do veículo.


Fonte: O Fluminense











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