quarta-feira, 31 de maio de 2017

Garagem de Charitas será inaugurada no próximo dia 8



Diárias na garagem subterrânea terão o custo de R$ 20. Foto: Leonardo Simplício / Prefeitura de Niterói



Contando a parte superior da construção, serão 480 vagas para carros, 75 para motos e 49 para bicicletas

A Prefeitura de Niterói e a Concessionária Niterói Rotativo vão inaugurar, no próximo dia 8, a Garagem Subterrânea de Charitas. Serão 230 vagas para automóveis, 75 para motos e 49 para bicicletas. No mesmo dia, o sistema Niterói Rotativo será implementado na Avenida Prefeito Silvio Picanço e na Rua Murilo Portugal, no mesmo bairro. As ações fazem parte de um plano de reordenamento da região, em função das transformações viárias com a abertura do Túnel Charitas – Cafubá.

A garagem subterrânea funcionará das 6h às 23h e o preço da diária será R$20. O horário também valerá para as 250 vagas de estacionamento rotativo na superfície, que custarão R$3,50 a cada duas horas.

De acordo com o prefeito Rodrigo Neves, a garagem subterrânea de Charitas é mais um importante passo para a organização do transito na cidade e um avanço na política de parcerias-público privadas.

“Nos últimos quatro anos realizamos importantes PPPs que garantiram investimentos na infraestrutura e na qualidade urbana de Niterói, como os mobiliários urbanos o Reserva Cultural, a ampliação do sistema de saneamento, além do mergulhão da Praça da Renascença. A inauguração da garagem subterrânea vai contribuir muito para a performance do túnel Charitas-Cafubá e a organização do entorno da estação de Charitas.”, disse o prefeito.

"Charitas é um bairro que vem se desenvolvendo e crescendo nos últimos anos e agora, com a abertura do Túnel Charitas-Cafubá, vem recebendo um fluxo maior de veículos. A garagem e a implementação do estacionamento rotativo nas ruas são essenciais para a mobilidade do bairro, pois contribuem para o ordenamento das pistas", comentou a secretária de Conservação e Serviços Públicos, Dayse Monassa.

A secretária lembrou que a garagem subterrânea, de 5 mil metros quadrados, é uma contrapartida da empresa Niterói Rotativo pelo gerenciamento de vagas de estacionamento no município. Durante a escavação da garagem subterrânea, foram instaladas 690 estacas metálicas e retirados 4 mil caminhões de terra.

"Foi um empreendimento que demandou uma engenharia complexa já que, pelo local, passam muitos caminhões e tanques do Exército, devido à proximidade dos fortes de Jurujuba. Além de beneficiar o trânsito, esta obra também será importante para o Polo Gastronômico, muito forte em São Francisco e Charitas", disse Dayse Monassa.


Fonte: O Fluminense 










Pesquisa: Percepção da população americana sobre os seus parques e sobre o que é natureza



OPINIÃO DE AXEL GRAEL

Inicialmente, é importante lembrar que os parques nos EUA, além da sua função ecológica e de geração de serviços ecossistêmicos, são um importante ativo econômico no país, movimentando cerca de 3% do PIB nacional. Esta importância vem do turismo, da construção civil relacionada à infraestrutura dos parques (estradas, prédios para receber visitantes, administração, etc), da indústria de equipamentos e materiais (utilizados nas áreas de lazer, na construção de trilhas, na sinalização etc), atividades náuticas, montanhismo e outros esportes, do setor gráfico e editorial que publica aqueles belos livros sobre os parques, o Zé Colmeia, Bambi e Wally Gator na TV, etc. Portanto, áreas protegidas são também uma indústria, geram emprego e promovem o desenvolvimento.

Como qualquer setor com relevância econômica, parques e recreação nos EUA possui organização, lobby próprio e pesquisa o seu mercado e a satisfação dos seus clientes.

Como mostra a matéria abaixo, a National Recreation and Parks Association - NRPA, uma das maiores e mais influentes organizações do setor de parques e recreação nos EUA, fez uma pesquisa que indicou resultados interessantes sobre a importância que os americanos dão às suas áreas protegidas.

Alguns dados da pesquisa chamam a atenção:

  • 7 em cada 10 americanos visitam parques locais ocasionalmente
  • 3/4 dos entrevistados são favoráveis a um aumento das verbas públicas para a gestão dos parques.

Apesar do forte apoio à prioridade aos parques, constatou-se também que a conexão das pessoas com a natureza tem diminuído. O estilo de vida, os compromissos profissionais, as redes sociais e outras pressões do cotidiano têm ocupado o tempo que as pessoas disponibilizavam para atividades ao ar livre.

Parques locais: mais próximos do cotidiano, mais longe da natureza

Segundo o autor da pesquisa, há uma diferença significativa entre a percepção de natureza entre crianças e adultos. As crianças reconhecem o que é natureza "naquilo que podem ver pela janela de casa". Uma área de lazer, uma praça, um córrego, etc. Já o adulto reconhece como natureza o que é menos cultivado, mais longe, menos comercial e mais diferente do cotidiano.

Apesar dos parques locais serem muito presentes nas cidades americanas, serem muito mais acessíveis à população e oferecerem boa logística e infraestrutura, apenas 52% dos entrevistados afirmaram percebe-los como "natureza". Menos do que praias (63%), jardins (72%). Parques estaduais (77%) e nacionais (82%) foram melhor associados à natureza do que os municipais.

A percepção é compreensível. Parques Nacionais e Estaduais são maiores, preservam características naturais mais próximas das originais, concentram menos gente e são menos "urbanos".

No entanto, tive a oportunidade de presenciar engarrafamentos de visitantes no Parque do Yellowstone e das Montanhas Rochosas. Apesar da exuberância da paisagem e da fauna e flora, levou-nos a questionar a qualidade da experiência do visitante. O fato foi bem frustrante para quem esperava encontrar a natureza. Mas, tanto um parque como o outro são relativamente longe dos grandes centros urbanos e o grande afluxo de visitantes reforça o valor, a importância e o interesse que a população tem por esses espaços.

Áreas protegidas são sempre indispensáveis, principalmente num mundo cada vez mais urbano. Mesmo que sejam menos "naturais", parques urbanos são indispensáveis para garantir a qualidade de vida, o clima urbano, controlar a poluição, estabilizar aquíferos, proporcionar turismo, lazer e recreação etc.

Um outro alerta importante da pesquisa diz respeito ao futuro dos parques, o que pode ser depreendido do comportamento dos jovens e crianças. Uma grande maioria dos pais reportaram que seus filhos gastam entre 2 e 4 vezes mais tempo em atividades internas do que ao ar livre.

Parques lá e cá

Conclui-se que mesmo nos EUA, onde parques são muito valorizados, verifica-se a preocupação dos planejadores de parques e formuladores de políticas públicas na manutenção do interesse das próximas gerações na proteção da natureza e das áreas protegidas.

Aqui no Brasil, a importância dos parques ainda não conta com o mesmo reconhecimento. Apesar de ser crescente, o número de visitantes ainda é muito baixo, sendo mais expressivo principalmente naquelas unidades mais próximas dos grandes centros urbanos ou em lugares com melhor infraestrutura turística.

O que mais preocupa aqui é a atual geração, em particular os seus representantes nas instâncias de tomada de decisão. Como estamos vendo no Congresso Nacional, há uma forte mobilização de setores retrógrados do parlamento, liderado pela bancada ruralista, investindo na redução de áreas protegidas da Amazônia e do Mata Atlântica, como aconteceu recentemente no Parque Nacional e da Floresta Nacional do Jamanxim, na área de influência da rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém), e no Parque Nacional de São Joaquim, em Santa Catarina.

Axel Grael







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By Kevin Roth
Posted on May 25, 2017

Only 52% Of Adults View Local Parks as Nature

Over the past year-and-a-half, NRPA has published two separate studies that demonstrate the many ways people throughout the United States engage with their local public parks and recreation facilities. Per the Americans’ Broad-Based Support for Local Recreation and Park Services study, seven in 10 Americans visit their local parks occasionally. A key motivator for visiting local parks is to be closer to nature, as indicated by nearly half of the respondents to the 2016 Americans’ Engagement with Parks study. Three-quarters of respondents to that same study support increased funding for their local park and recreation agencies.

But even with the public’s ardent support for public parks, people are increasingly losing their connection to nature. Busy lifestyles, work pressures, living in more urban settings, and the prevalence of technology all have taken us away from the beauty and rejuvenating benefits of the outdoors. Time previously spent outdoors has been exchanged for looking at the glowing screen on our mobile device or sitting behind the wheel of a car.

As a result, fewer people are gaining the physical and mental health benefits of the outdoors. Even worse, children who venture less outdoors may never gain the personal appreciation for nature that their parents and grandparents had acquired. Ultimately, this disconnection could weaken support for park and recreation funding at the very time that local, state and federal budget dollars become scarcer.







A recently released comprehensive study takes a closer look at how Americans connect with nature. The Nature of Americans report, conducted by Dr. Stephen Kellert, David J. Case and a team of researchers at DJ Case & Associates combines data from 15 focus groups, a survey of more than 770 children and their parents, and a survey of 5,500 adults to better understand their sentiment of nature, outdoor activities, perceived benefits, and the barriers and facilities to greater outdoor activity.

The result is a thorough analysis of our shifting attitudes of nature. On one level, this study follows the key findings of NRPA’s studies in that Americans value and support the nature and public open space. At the same time, this study also demonstrates that adult and children do not spend as much of the day interacting with nature as we would like.

The 364-page report contains a wealth of findings, including:
  • Nearly three-quarters of adults are satisfied with the parks and open space located near where they live. Further, a large majority of respondents support an increase in programs offered that help people enjoy the outdoors and nature. 
  • Most adults spent five hours or less per week outside in nature, but nevertheless, these people are largely content with the number of hours they can spend outdoors. The biggest impediments from greater interaction with nature are a lack of time, financial constraints, and a lack of family and friends who share a similar interest the outdoors.
  • An overwhelming majority of children enjoy playing outdoors, but parents report that their children spend two to four as much time on indoor activities (e.g., computers, television) than they are on outdoor activities. Adults report being concerned about the relative lack of connection children have with the outdoors. 
  • An impediment that keeps children from spending more time outdoors are parents’ concerns for their children’s safety, whether it involves concerns about “dangerous” people lurking around, heavy car traffic in the area, or health concerns (e.g., getting hurt, allergies, poison ivy). Parents also note an inability to find adults who can accompany their children outdoors and the parents’ lack of time. Beyond that, barriers keeping children from greater interaction with the outdoors includes friends/family who want to be outdoors, a personal interest in nature, and having time.

One research finding that is critical for local park and recreation professionals involves how children and adults each define “nature.” Children see what they see out the window of their home as being nature. This means children see nature as what is in their backyard, the local creek, an outdoor sports league or many other things that are outdoors.

But for adults, the definition of nature is more complicated. The report’s authors note that adults have “set a high and even impossible standard for what they perceive to be ‘authentic’ and ‘pure’ nature.” They are less likely to see a place near where they live as being “nature,” and they often identify solitude as a necessary condition to being connected to nature. When presented with a list of places and activities, 82 percent of adults agreed that national parks were “nature,” while 77 percent said they considered state parks to be “nature.” But a significantly lower percentage of adults — 52 percent — say local parks represent nature to them.




The authors describe adults’ view of nature as being “less cultivated, more distant, less commercially oriented, and less common in daily life.” As a result, adults, in their minds, are not interacting with nature frequently, at least based on the high standard for what they perceive constitutes as nature. And if they are not interacting with nature on a regular basis, they may be less likely to instill the value of nature to their children.

The implication that adults are less likely to view something that is nearby and convenient, including local parks, trails, and other outdoor facilities, as nature is problematic. While our national and state parks are beautiful and valuable, it is local parks where people — young, middle-aged, or older — are most likely to visit on a daily, weekly or monthly basis. They represent the greatest opportunity to bring people back to nature. Reconnecting people back to nature may involve reintroducing your community to what you have to offer.

What are your thoughts on adults being less likely to see local parks as being a part of nature in comparison to national and state parks? What are there opportunities in terms of new facilities and improved marketing that would narrow this gap? Answers to these questions will inform you and peers on how local parks and recreation can help people reconnect with nature.

Kevin Roth is NRPA's Vice President of Research.


Fonte: NRPA



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Are Parks Worth the Investment?
The study also finds that 4 in 5 Americans believe their local parks are well worth the average amount of $70 per person paid in local taxes every year with over 30% believing they are worth even more.

Dig deeper here with interactive graphics to see how all Americans--crossing nearly all age, income, household format and political strata--support their local parks.


Why This Matters: Local Parks Transform Our Neighborhoods, Towns and Cities into Vibrant Communities

Despite the tight fiscal environment, Americans agree that local, state and national leaders need to dedicate financial resources to support, sustain and expand local park and recreation agencies. As indicated by their strong support, Americans do not view their local park and recreation system as a luxury, but instead as a vital part of what makes their neighborhood a vibrant, dynamic community.
About Americans’ Broad-Based Support for Local Recreation and Park Services

This report is a follow up to the landmark 1992 study The Benefits of Local Recreation and Park Services: A Nationwide Study of the Perceptions of the American Public.

NRPA commissioned Andrew Mowen, Alan Graefe, Austin Barrett and Geoffrey Godbey to follow up on the 1992 study. Using a survey questionnaire that closely followed the questions, wording and order of the 1992 survey, the 2015 study generated 1,144 responses from across the United States. This report is a summary of key highlights from the full study report titled, Americans’ Use and Perceptions of Local Recreation and Park Services: A Nationwide Reassessment.

Fonte: NRPA




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Niterói terá bibliotecas escolares em todas as unidades da rede municipal até 2020






30/05/2017 - A Escola Municipal Dario Castelo, em Itaipu, Região Oceânica de Niterói, vai ganhar uma biblioteca. A unidade é a quinta da rede municipal de ensino a participar do Programa de Implantação das Bibliotecas Escolares, que transforma as salas de leitura em espaços com acervo maior. O prefeito Rodrigo Neves, que visitou a escola nesta terça-feira (30.5), conheceu detalhes do programa.

Neves conversou com alunos e professores nas salas de aula e lembrou que a Dario Castelo, que tem 473 alunos, foi uma das 22 escolas entregues nos últimos três anos. Antes da unidade de Itaipu, o prefeito esteve na Unidade de Educação Infantil (Umei) Geraldo Bezerra de Menezes, em Santa Rosa, que tem 167 crianças matriculadas em horário integral.

“Essas visitas são importantes para aperfeiçoar a nossa gestão na cidade. Essa Umei conta com uma equipe dedicada e unida, que trabalha com carinho pela educação de nossas crianças. Niterói é uma das únicas cidades da Região Metropolitana que colocou todas as crianças na educação infantil e no ensino fundamental. Isso representa um esforço muito grande, porque mesmo com a crise, nós estamos com os salários em dia, assim como os serviços e investimentos, como a construção de novas unidades de educação”, afirmou Rodrigo Neves.


Rodrigo Neves acompanhou de perto o início da iniciativa na Região Oceânica. Foto: Luciana Carneiro / Prefeitura de Niterói


Benefícios para os alunos

A secretária municipal de Educação, Flávia Monteiro de Barros, explicou que o município está cumprindo lei federal que determina que todas as escolas de ensino fundamental tenha bibliotecas em suas dependências até 2020.

Já contam com o equipamento as escolas municipais Paulo Freire, no Fonseca; Santos Dumont, no Bairro de Fátima; e Heloneida Studart, em Várzea das Moças. Na escola Rachide da Glória Salim Saker, em Santa Bárbara, a biblioteca está em fase de implantação. Já na Dario Castelo, a previsão é que a partir de agosto os alunos possam utilizar o novo espaço.

“Estamos cumprindo a lei e ao mesmo tempo contribuindo ainda mais para a educação de nossas crianças e adolescentes. As bibliotecas têm acervo maior do que as salas de leitura e possuem uma dinâmica diferente. Com certeza esse programa será de grande benefício para os alunos da rede municipal”, explicou a secretária.

Fonte: Prefeitura de Niterói










Rios e canais vão receber placas em Niterói



A prefeitura recolheu, em ações realizadas em 2017, quase 1,5 tonelada de lixo. Foto: Luciana Carneiro/Prefeitura de Niterói



Equipamento terá informações sobre a última limpeza do local, bem como mensagem de conscientização ambiental

A Secretaria de Conservação e Serviços Públicos vai iniciar o plaqueamento dos rios e canais da cidade para informar a data da última limpeza e conscientizar a população sobre o despejo irregular de lixo. A ação, que terá início nas próximas semanas, foi pensada após a quantidade de detritos retirados dos rios ter mais que dobrado no último verão em relação ao mesmo período do ano anterior (5.100 m³ este ano contra 2.000 m³ em 2016).

“A população tem que se conscientizar que não basta apenas a prefeitura realizar o serviço de conservação. Também é dever de todos os cidadãos zelar pelos espaços públicos da nossa cidade. Nossas equipes encontram todos os tipos de detritos enquanto realizam a limpeza dos rios. Varia desde garrafas PET e pneus, até mesmo móveis. É importante que cada um faça a sua parte para mantermos a nossa rede pluvial o mais limpa possível”, comentou a secretária de Conservação e Serviços Públicos, Dayse Monassa.

A quantidade de detritos retirados dos rios mais que dobrou no último verão em relação ao mesmo período do ano anterior (5.100 m³ este ano contra 2.000 m³ em 2016).

Serão cerca de 50 placas informativas instaladas nos rios e canais. Além de trazerem escrito o mês da última limpeza realizada pelas equipes da Seconser, as placas também mostrarão uma mensagem da prefeitura alertando quanto ao despejo irregular do lixo e o site da Companhia de Limpeza de Niterói para mais informações sobre a coleta.


O despejo irregular de entulho pode gerar uma multa no valor de R$ 1.459,47 e que a população pode colaborar com a limpeza da cidade, denunciando os infratores, através do 0800-022-2175.


A Companhia de Limpeza de Niterói (Clin) ressalta que vem intensificando as ações educativas e de fiscalização, com o intuito de coibir irregularidades, com relação ao descarte inadequado dos resíduos. O despejo irregular de entulho pode gerar uma multa no valor de R$ 1.459,47 e que a população pode colaborar com a limpeza da cidade, denunciando os infratores, através do 0800-022-2175.

Só em 2017, quase 1,5 tonelada de lixos e detritos foi recolhida pelas equipes da Prefeitura.


A Seconser ainda informou que na próxima semana serão iniciadas ações de limpeza do canal da Avenida Ary Parreira e na Rua Mariz e Barros. Já foram realizadas em 2017 ações no Canal de São Francisco, Rio João Mendes, Rio Colibri, Rio Santo Antônio e na Viradouro. No total, quase 1,5 tonelada de lixos e detritos foi recolhida pelas equipes da Prefeitura.



Fonte: O Fluminense










terça-feira, 30 de maio de 2017

'Jabuti' na MP das Concessões isenta bancos de punição em crimes ambientais




Artigo incluído em medida discutida no Congresso pretende eliminar responsabilidade de instituições, salvo em caso de culpa ou intenção comprovada; Ibama se mobiliza por veto

André Borges, O Estado de S.Paulo


BRASÍLIA - A inclusão de um artigo na medida provisória 752, a MP das Concessões, pretende isentar os bancos de qualquer punição em casos nos quais ações ilegais de desmatamento estejam apoiadas em financiamentos dados por essas instituições financeiras.


Se estivesse em vigor, medida teria impedido multa de R$ 47,5 milhões ao Santander por financiar o plantio de grãos em áreas embargadas da Amazônia Foto: Daniel Beltrá / Greenpeace


O "jabuti", como são conhecidas as emendas incluídas nos textos sem nenhuma relação com o tema central da medida, prevê que os bancos supervisionados pelo Banco Central do Brasil e as entidades governamentais de fomento "somente responderão por dano ambiental nos contratos de parceria, se comprovado dolo ou culpa, bem como a relação de causalidade entre sua conduta e o dano causado".

Surpreendido com o jabuti, o Ibama tem se mobilizado para tentar convencer o presidente Michel Temer a vetar o artigo. O Estado teve acesso a uma nota técnica que o órgão ambiental federal elaborou a respeito dos riscos para o meio ambiente, caso o artigo não seja vetado.

Pagar multa custa menos que prevenir dano ambiental

Na avaliação do Ibama, o artigo contraria regras que estão em vigor e "dificulta a atuação da fiscalização ambiental na cadeia de custódia dos produtos de origem ilegal em decorrência de infrações ambientais".

A mudança impediria o Ibama de aplicar, por exemplo, a punição de R$ 47,5 milhões que apresentou em 22 de outubro do ano passado contra o banco Santander, por financiar o plantio de grãos em áreas da Amazônia que já estavam embargadas pelo órgão de fiscalização, por serem áreas de proteção ambiental. Em operação feita em parceria com o Ministério Público Federal de Mato Grosso, a fiscalização constatou que recursos do banco financiaram a plantação de milhares de toneladas de milho e soja em áreas já bloqueadas por causa de plantações irregulares anteriores. Em vez de serem revitalizadas, essas terras continuaram a ser exploradas.

A multa se baseou na conclusão de que o banco intermediou a plantação de 95 mil sacas de milho na safra de 2015, em uma área de 572 hectares. As irregularidades foram encontradas nas cidades de Porto dos Gaúchos, Feliz Natal e Gaúcha do Norte, próximos a Sinop (MT), um dos principais polos de produção de grãos do País. A identificação das irregularidades foi feita a partir do cruzamento de informações realizado nos últimos meses por agentes do Ibama e do MPF, no âmbito da Operação Shoyo, que mapeou as áreas embargadas, o histórico de imagens por satélite e, finalmente, a emissão de "cédulas de produto rural", as chamadas CPRs - um tipo de título usado por produtores para tomar crédito. À época, o Santander informou que cumpria rigorosamente a legislação vigente e adotava as melhores práticas do mercado em políticas socioambientais.

A inclusão do artigo 35, que não tem relação com o objeto da MP 752, que deveria cuidar especificamente das regras de concessões no setor de transportes, foi aprovada na Câmara e no Senado e agora só depende de sanção presidencial. O prazo para publicar a sanção da medida, que passou a ser o Projeto de Lei de Conversão (PLV) nº 3/2017, acaba na próxima segunda-feira, dia 5 de junho.

Ao discorrer sobre o objetivo da MP das Concessões, o Ibama lembra que "a lei não pode conter matéria estranha" a seu objeto. "Está configurado problema jurídico claro ao se incluir o tema da responsabilidade ambiental das organizações financeiras em texto que dispõe sobre assunto evidentemente diverso", declara o órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). "A responsabilidade ambiental, portanto, por força dos preceitos legais que fundamentam a Política Nacional do Meio Ambiente, é sempre objetiva e o poluidor responde pelo dano ambiental, mesmo que o cause indiretamente."

Em sua conclusão, a área técnica do Ibama afirma que, caso o texto seja aprovado, "o Estado brasileiro arriscará adotar políticas públicas contraditórias e excludentes entre si, pois ao mesmo tempo em que investirá recursos humanos e financeiros no combate ao desmatamento ilegal, financiará, por meio de bancos públicos, o desmatamento ilegal".

"Isto porque os bancos públicos ou privados são regidos por uma lógica própria, de mercado, cujo objetivo principal é o lucro, sendo assim, sem a expectativa de sanção não há garantia ou mecanismo para que as regras ambientais sejam internalizadas pelas instituições financeiras", conclui o documento.

A preocupação com as mudanças na regra foram levadas pelo Ibama ao ministro do MMA, José Sarney Filho, para que tente convencer a Casa Civil a retirar o artigo incluído no texto que aguarda publicação no Diário Oficial da União.


Fonte: Estadão 




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Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (ANAMMA) se reúne em Niterói








Reunião no Solar do Jambeiro contou com a participação do prefeito Rodrigo Neves e representantes de diversas entidades para debater soluções sustentáveis, e ações para a área.

Niterói foi palco, nesta segunda-feira, do XII Encontro Estadual da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma). A reunião ocorreu no Solar do Jambeiro e serviu para discutir questões relacionadas ao meio ambiente e à elaboração de uma pauta a ser levada para o Fórum Brasil de Gestão Ambiental a ser realizado no próximo mês, em Campinas, São Paulo.

O prefeito da cidade-sede do encontro, Rodrigo Neves, deu as boas-vindas ao grupo e falou sobre as ações implementadas no município de Niterói:

“Nos últimos anos, além de investimentos, concursos e profissionalização da área de meio ambiente da prefeitura, avançamos no saneamento e na ampliação das áreas verdes de Niterói. Também investimos no Fundo de Meio Ambiente e na gestão de resíduos sólidos e na preservação. Acreditamos que este tipo de debate ajuda a cidade a consolidar suas iniciativas no campo ambiental. Ao mesmo tempo, nossas ações podem servir de exemplo para outras cidades do estado e do Brasil.”

Presidente estadual da Anamma, o secretário municipal de Meio Ambiente de Niterói, Eurico Toledo, abriu o encontro e enalteceu a importância do evento:

“Vivemos um momento muito delicado e todos nós temos os mesmos objetivos em relação ao meio ambiente. Por isso, precisamos somar esforços e fortalecer o conhecimento da questão ambiental dos municípios, que é fundamental para o desenvolvimento dessas cidades.”

Rogério Menezes, presidente Nacional da Anamma, ressaltou a necessidade de integração entre os diferentes órgãos ambientais tanto de municípios, estados e União.

“É preciso entender que os municípios precisam ter um papel fundamental no licenciamento ambiental pois a realidade local está muito mais clara para o gestor municipal”, pontuou ao comentar mudanças na legislação ambiental.

Engenheiro ambiental e secretário-executivo da prefeitura de Niterói, Axel Grael disse aos participantes do evento que Niterói tem, hoje, a sustentabilidade e a temática ambiental como eixo condutor de políticas:

“Quem acompanha de perto Niterói pôde comprovar que nos últimos anos chegamos a quase 50% de proteção e preservação de áreas verdes do território municipal, que avançou na proteção animal, mobilidade sustentável, ciclovias, saneamento, enfim, vários avanços importantes e que gostaríamos que inspirassem os debates que teremos aqui hoje e no futuro”, disse.

Já o presidente do Instituto estadual do Ambiente (Inea), Marcos Lima, ressaltou a necessidade de parceria entre municípios e o próprio Inea.

“Essa parceria e participação dos municípios nas áreas de comando e controle são fundamentais pois o estado não tem condições de se capilarizar para chegar aos impactos locais.”


PROJETO GRAEL: Semana do Meio Ambiente Dora Negreiros. PARTICIPE!!!







Semana do Meio Ambiente Dora Negreiros:

De 5 a 9 de junho o Projeto Grael realizará a Semana do Meio Ambiente.

A programação do evento contará com mesas de debates sobre temas importantes como energia renovável, sustentabilidade, mudanças climáticas, gestão de resíduos, lixo flutuante e biodiversidade da Baía de Guanabara, entre outros. Além disso, oferecerá oficinas de tecnologias para todos os públicos.

A proposta do evento é promover o debate e a reflexão acerca de temas centrais para a construção da cidadania ambiental em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que compõem a Agenda de Desenvolvimento Sustentável dos próximos anos de acordo com a ONU.


Sede do Projeto Grael.



::PROGRAMAÇÃO::

5 DE JUNHO - 2ª FEIRA
MANHÃ
8h - Coffee Break
8h30 - Abertura Oficial do Evento - Axel Grael
9h - Mesa 01 | Vento Solar
10h – Debate
11h - Encerramento do Dia
TARDE
13h30 - Abertura
14h - Mesa 02 | Energia, Meio Ambiente e Tecnologia
15h30 - Debate
16h30 - Coffee Break
17h - Encerramento do Dia

6 DE JUNHO - 3ª FEIRA
MANHÃ
8h - Coffee Break
8h30 - Abertura do Dia
9h - Mesa 03 | Variabilidade e Mudanças Climáticas
10h – Debate
11h - Encerramento do Dia
TARDE
13h30 - Abertura
14h – Oficinas: Vivenciando as Energias Renováveis | Instrumentação de Baixo Custo (Arduino) | Nós |
16h30 - Coffee Break
17h - Encerramento do Dia

7 DE JUNHO - 4ª FEIRA
MANHÃ
8h - Coffee Break
8h30 - Abertura do Dia
9h - Mesa 04 | Energia, Meio Ambiente e Sustentabilidade
10h – Debate
11h - Encerramento do Dia
TARDE
13h30 - Abertura
14h – Mesa 05 | Baía de Guanabara e Biodiversidade
16h30 - Coffee Break
17h - Encerramento do Dia

8 DE JUNHO - 5ª FEIRA
MANHÃ
8h às 11h – Gincana Ecológica e Regata Ecológica Dora de Negreiros
TARDE
13h30 - Abertura
14h às 17h – Oficinas

9 DE JUNHO - 6ª FEIRA
MANHÃ
8h às 11h – Oficinas


INSCRIÇÕES PARA O EVENTO:
https://goo.gl/forms/PilqVFZ2VTxGtgik1


Patrocínio: Águas de Niterói
Parcerias: ERSol, UFF, UFRJ, Projeto Cavalos do Mar, Usinando.


Fonte: Projeto Grael

















Análise indica que grandes propriedades respondem por 59% da desobediência ao Código Florestal







A informação faz parte da nova análise da Lei Florestal realizada pelo IMAFLORA, Geolab/ESALQ e KHT e que está disponível livremente

Quarenta e um milhões de hectares de florestas deixarão de ser restaurados, com o perdão concedido aos proprietários rurais pelo novo Código Florestal, que completará cinco anos no próximo dia 25. A área é equivalente à soma dos estados do Maranhão, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Norte, dos quais 36,5 milhões de hectares deveriam ser áreas de reservas legais. Independente da anistia, mais 19 milhões de hectares de áreas de preservação permanente e reservas legais precisam ser recuperados para o cumprimento da lei no Brasil.

Essas informações fazem parte do novo estudo do Atlas da Agropecuária Brasileira e da parceria entre o IMAFLORA, o Geolab Esalq/USP e da universidade sueca KHT.

O trabalho na íntegra pode ser conhecido na edição atual do Sustentabilidade em Debate 5, disponível para download gratuito aqui.

Alguns resultados

O trabalho aponta que a Mata Atlântica é o bioma que mais perdeu em reserva legal e áreas de preservação permanente, nas propriedades privadas.

Traz ainda uma grande novidade ao calcular a vegetação que deixou de ser restaurada, por perfil de imóvel rural. As grandes propriedades representam apenas 6% do total de imóveis no país, mas possuem 59% da área com déficit de reserva legal ou área de preservação permanente. Os pequenos imóveis, por sua vez, representam 82% do número de imóveis e possuem apenas 6% da área com déficit. De acordo com o Gerd Sparovek(Geolab – Esalq/USP), o estudo dá subsídios para o desenvolvimento de políticas e incentivos econômicos mais assertivos para o cumprimento da lei por produtores, e uma definição mais justa e correta dos incentivos e medidas de controle necessárias.

Para Vinicius Guidotti, analista de geoprocessamento do Imaflora a análise inova, porque foi feita a partir da nova malha fundiária do país, revelada pelo Cadastro Ambiental Rural e, por isso, foi possível avaliar a anistia e os déficits de cumprimento da Lei, propriedade a propriedade, permitindo maior precisão ao agregar os resultados por município, regiões administrativas, estado ou bioma.

O estudo pode ser conhecido aqui.

Colaboração de Fátima Nunes, IMAFLORA, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 30/05/2017


Fonte: EcoDebate



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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Coleta seletiva de embalagens custa menos de 1 centavo para cada produto



Depósito da Coopamare, uma das cooperativas da cidade de São Paulo (Foto: Julio Avanzo)

Dados mostram que a indústria poderia ajudar a subsidiar a reciclagem em larga escala – conforme previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos


ALEXANDRE MANSUR
24/05/2017 - 21h05 - Atualizado 24/05/2017 21h27

A coleta seletiva do nosso lixo é mais viável economicamente do que se imagina. É o que mostra um relatório divulgado pela BVRio. A empresa negocia créditos de coleta seletiva de lixo promovida por catadores organizados em cooperativas do país. O levantamento foi feito com base no trabalho realizado pela BVRio entre 2014 e 2015 com cerca de 3 mil catadores de aproximadamente 100 cooperativas distribuídas por 21 estados brasileiros. Entre outros dados, o relatório apresenta uma média do custo da coleta realizada por essas cooperativas. O trabalho das cooperativas envolve recolher, separar e enviar para reciclagem ou reúso as embalagens mais comuns, como garrafa PET, latinha ou sacolas plásticas. É a chamada logística reversa. Essa operação, segundo a BVRio, custa menos de R$ 0,01 (1 centavo de real) por unidade nos principais materiais coletados.

O potencial da economia circular para acabar com o lixo

O custo é mais baixo ainda para um dos materiais mais comuns no supermercado hoje. É o Bopp, sigla em inglês para Polipropileno Biorientado. Trata-se de um tipo de plástico que pode ser metalizado ou laminado. É usado na embalagem de sachês de alimentos, de saquinhos de batata frita, barras de cereais, biscoitos e vários outros produtos. Segundo o levantamento da BVRio, a coleta de cada unidade de Bopp custa R$ 0,0010 em média.

O custo por unidade coletada de cada tipo de resíduo é o seguinte:

latinha: R$ 0,0014
sacolinha plástica: R$ 0,0003
garrafa PET: R$ 0,0051
vidro: R$ 0,0245
caixa de papelão: R$ 0,0140
BOPP (embalagem comum em sachês, biscoitos barras de cereal): R$ 0,0010

Esse custo relativamente baixo pode significar que uma coleta seletiva feita em larga escala com ajuda da indústria seria mais viável do que se imagina. O Brasil produz cerca de 67 milhões de toneladas por ano de lixo. Menos de 1% disso é reciclado. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, uma legislação criada em 2010, determina que as empresas devem assumir responsabilidades pela coleta e pelo descarte devido dos resíduos de seus produtos. Mas essa diretriz está longe de ser colocada em prática. O principal argumento da indústria é que embutir no custo dos produtos as despesas com a coleta e a destinação teria um grande impacto no preço ao consumidor.

Lixões sem fim no Brasil

“Quando você olha os custos reais de recolher os produtos usando a rede nacional de catadores, vê que é absurdo não termos mais incentivos para aumentar o alcance da coleta”, diz Pedro Moura Costa, presidente da BVRio. “Fica evidente que, se a indústria assumisse uma responsabilidade maior para viabilizar a coleta, o impacto no preço final dos produtos não seria relevante.”

Podemos chegar ao lixo zero?

Além de reduzir a pressão sobre os aterros e lixões, esse investimento melhoraria a renda dos 800 mil catadores de lixo que atuam hoje no país. Permitiria que tivessem um incremento na qualidade de vida e nas condições de trabalho.

Fonte: Época


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Acesse o relatório do Instituto BV Rio: "Créditos de Logística Reversa: uma inovação sócio-ambiental para gestão de resíduos sólidos urbanos"









Desmatamento da Mata Atlântica representa a volta ao passado



Foto tirada em sobrevoo em Santa Cruz Cabrália, na Bahia, mostra desmatamento da Mata Atlântica na região (Foto: SOS Mata Atlântica/ Divulgação)


Derrubada cresceu quase 60% em um ano e voltou a índices de dez anos atrás

MARCIA HIROTA E MARIO MANTOVANI*
29/05/2017 - 18h53 - Atualizado 29/05/2017 19h35

Foram destruídos 29.075 hectares – 291 quilômetros quadrados – de florestas de Mata Atlântica entre 2015 e 2016, um crescimento de 57,7% em relação ao período anterior. Fazia dez anos o Atlas da Mata Atlântica, estudo da SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), não registrava desmatamentos nessas proporções. O total da área devastada equivale quase ao território de Belo Horizonte.

Vai sobrar floresta para contar história?

Municípios históricos do sul da Bahia, conhecidos como ponto de chegada dos portugueses e início da colonização do Brasil, concentram cerca de 30% do total desmatado. É a história se repetindo ou somos nós que estamos voltando ao passado?

Em Santa Cruz Cabrália, município onde foi realizada a primeira missa no país, o levantamento identificou o desmatamento de 3.058 hectares de florestas, ou seja, mais de 10% do total que foi desmatado no bioma entre 2015 e 2016. Se somados aos 68 hectares da vegetação de mangue que também foram destruídos no período, a área sobe para 3.126 hectares.

Para investigar os motivos que levaram a essa situação, foi feito um trabalho de campo por terra e sobrevoo na região. O que vimos foi desolador. Florestas queimadas, destruídas, sem vida, em processo de retirada de madeira e limpeza de áreas onde o entorno apresenta forte atividade de silvicultura e pecuária. O mesmo padrão no município vizinho, Belmonte, que perdeu 2.122 hectares de floresta no período.

A Bahia foi o estado que liderou o ranking do desmatamento no bioma, com decréscimo de 12.288 hectares – alta de 207% em relação ao ano anterior. A vice-liderança ficou com Minas Gerais (7.410 hectares desmatados). Depois vem Paraná (3.453 hectares) e Piauí (3.125 hectares).

Febre amarela provoca uma das piores mortandades de primatas da Mata Atlântica

Em Minas Gerais, os principais pontos de desmatamento ocorreram no norte do estado, reconhecido pelos processos de destruição da Mata Atlântica para produção de carvão e substituição por eucalipto. No Paraná, a maior concentração de desmatamento ocorreu na região das araucárias, espécie ameaçada de extinção com apenas 3% de florestas remanescentes.

No Piauí, os maiores desmatamentos foram em Manoel Emídio (1.281 hectares), Canto do Buriti (641 hectares) e Alvorada do Gurgueia (625 hectares), municípios limítrofes entre si, localizados numa importante região de fronteira agrícola, que concentra a produção de grãos e é também uma área de transição entre a Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga.

A situação é gravíssima e indica uma reversão na tendência de queda do desmatamento registrada nos últimos anos. E não é por acaso que os quatro estados campeões de desmatamento são conhecidos por sua produção agropecuária.

O fato é que o setor produtivo voltou a avançar sobre nossas florestas nativas, não só na Mata Atlântica, mas em todos os biomas, após as alterações realizadas no Código Florestal e o subsequente desmonte da legislação ambiental brasileira.

E a ofensiva continua com a tentativa de flexibilização do licenciamento ambiental e diversos ataques ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação.

Na semana anterior, a bancada ruralista no Congresso Nacional aprovou duas MPs (756 e 758) que colocam em risco mais de 1,1 milhão de hectares de florestas ao fragilizar o regime de proteção de várias Unidades de Conservação do oeste do Pará. Incluíram ainda, de maneira descabida, uma Emenda Parlamentar na MP 756 para reduzir cerca de 20% da área do Parque Nacional de São Joaquim (PNSJ), em Santa Catarina, excluindo 10.000 hectares de seu território. Agora, avançam sobre o licenciamento ambiental, na tentativa de aprovar uma lei que fragiliza esse instrumento e libera vários empreendimentos e atividades de sua obrigatoriedade.

No momento em que o caos está instalado em Brasília, numa crise política que tem em seu centro a maior empresa de carnes do mundo, a bancada do agronegócio e o núcleo central do governo federal avançam, de forma orquestrada e em tempo recorde, sobre nosso sistema de proteção ambiental. Entretanto, a sociedade não pode ficar alheia às decisões tomadas por nossos governantes e legisladores.

A retomada do desmatamento coloca em risco todo o esforço da sociedade por um modelo de desenvolvimento sustentável e afasta o país do cumprimento de compromissos assumidos em convenções e acordos internacionais.

Nossas florestas naturais são fundamentais para a produção e o abastecimento de água, a proteção do solo e a oferta de polinizadores, sem os quais o crescimento do próprio agronegócio fica comprometido. Além disso, contribuem para a proteção de encostas e para a regulação climática, o que confere a qualidade de vida e segurança, mesmo para quem vive nas cidades.

Precisamos nos mobilizar para frear o desmonte e proteger nossa legislação ambiental, que já foi uma das mais avançadas do mundo. Devemos aprender com os erros da história – e não repeti-los.

*Marcia Hirota e Mario Mantovani são, respectivamente, diretora executiva e diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, ONG brasileira que atua há 30 anos na defesa da floresta mais ameaçada do Brasil. Saiba como apoiar as ações da Fundação em www.sosma.org.br/apoie.


Fonte: Época













Em meio à grave crise política, Senado aprova mutilação de florestas no Pará



Greenpeace fez protesto contra as MPs na semana passada, pouco antes da votação no plenário da Câmara | Leonardo Milano / Greenpeace


Medidas Provisórias de Michel Temer abrem 600 mil hectares de áreas protegidas para desmatadores e grileiros. Votação durou poucos minutos

Em meio à maior crise política do governo Temer, o plenário do Senado aprovou, no início da noite de ontem (23), as Medidas Provisórias (MPs) 756/2016 e 758/2016 sem alterações em relação ao texto vindo da Câmara. Na prática, as duas medidas colocam à disposição de grileiros, desmatadores ilegais e garimpeiros 598 mil hectares – quatro vezes a cidade de São Paulo – de Unidades de Conservação (UCs), no sul do Pará. Veja o mapa abaixo. 





As medidas retiram trechos do Parque Nacional e da Floresta Nacional do Jamanxim, na área de influência da rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém), transformando-os em Área de Proteção Ambiental (APA), tipo de UCs com menor grau de proteção, que permite a venda e compra de terras privadas em seu interior, o corte raso da vegetação, pecuária e mineração.

“O cenário vai ser de aumento do desmatamento e da invasão de áreas públicas na área de influência da rodovia BR 163”, explica Ciro Campos, assessor do ISA. Os arredores da rodovia BR 163 representam alguns dos maiores índices de desmatamento da Amazônia.

A Flona do Jamanxim, por exemplo, maior afetada pela redução, foi a UC federal mais desmatada entre 2012 e 2015 na Amazônia Legal, tendo perdido 23,7 mil hectares, de acordo com dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) (veja tabela abaixo).

“Essa MP [756] é um dos mais graves crimes contra o meio ambiente no país. É um acinte organizado pelo governo Temer atendendo a alguns setores econômicos”, criticou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Ele apresentou obstrução e pediu o voto nominal da proposta.

Os grandes beneficiados com as MPs serão grileiros, desmatadores e garimpeiros, de acordo com Maurício Guetta, advogado do ISA. Ele considera que a redução das UCs através das MPs aprovadas é “absolutamente inconstitucional” e um ato que traz risco para o futuro de toda a floresta amazônica.





Em Santa Catarina, os 20% da área do Parna São Joaquim que perdem proteção são áreas que conservam a Floresta de Araucárias, formação florestal mais ameaçada do país, localizada na Mata Atlântica.

“É inaceitável que o Senado aprove essa Medida Provisória [756] da forma como ela veio da Câmara”, disse o senador João Capiberibe (PSB-AP). Ele acrescentou que a MP “contraria frontalmente os princípios assumidos pelo Brasil em relação ao clima e à biodiversidade”.

Antes da abertura dos trabalhos no plenário do Senado, houve bate-boca e confusão na Comissão de Assuntos Econômicos da casa durante a leitura do parecer sobre a Reforma Trabalhista. A oposição insistiu que o Senado não poderia votar projetos com essa importância em meio à crise política e ao questionamento da legitimidade do presidente Michel Temer e prometeu obstruir todos os trabalhos da casa. O presidente da casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), não deu ouvidos aos apelos dos senadores para adiar a votação.





Na votação das MPs, já em plenário, no entanto, a líder do PT, Gleisi Hoffmann (PR), recuou, abriu mão da obstrução e liberou a bancada do partido para votar. Em cima da hora, o senador Paulo Rocha (PT-PA) também descumpriu o acordo feito com organizações ambientalistas e retirou o destaque que tentaria garantir a integridade do Parque Nacional de São Joaquim.








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Karina Toledo | Agência FAPESP – Medições aéreas feitas no âmbito da campanha científica Green Ocean Amazon Experiment (GOAmazon) revelaram que a floresta amazônica emite pelo menos três vezes mais isopreno do que estimavam os cientistas.

De acordo com Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e coautor do estudo, a substância é considerada um dos principais precursores do ozônio na Amazônia e, de forma indireta, interfere no balanço de gases de efeito estufa na atmosfera.

Os resultados da pesquisa foram divulgados no dia 23 de maio na revista Nature Communications.

“A descoberta explica uma série de questões antes não compreendidas, por exemplo, as altas concentrações de ozônio encontradas vento abaixo de Manaus, que não podiam ser explicadas pela ação antrópica”, disse Artaxo, coordenador do Projeto Temático “GOAmazon: interação da pluma urbana de Manaus com emissões biogênicas da Floresta Amazônica”, financiado pela FAPESP.

As estimativas anteriores eram baseadas em medidas feitas por satélites ou em torres de até 60 metros de altura. Durante a campanha científica GOAmazon, porém, foi possível obter novos dados com o avião de pesquisa Gulfstream-1, que pertence ao Pacific Northwest National Laboratory (PNNL), dos Estados Unidos, e atinge até 6 mil metros de altitude.

As medições com a aeronave foram feitas nos anos de 2014 e 2015 – tanto na estação chuvosa como no período de seca – e foram comparadas com dados obtidos no nível do solo.

“Com medidas feitas a 4 mil metros de altitude, foi possível calcular uma emissão média referente a uma área muito maior do que a considerada em trabalhos anteriores. Assim, pudemos perceber que as emissões biogênicas naturais são muito maiores do que se imaginava”, disse Artaxo.

Outra descoberta considerada pelos pesquisadores como “surpreendente” foi que as emissões de isopreno variam fortemente de acordo com a elevação do terreno – sendo maiores nas regiões mais altas. Para uma elevação de 30 metros, por exemplo, o fluxo de isopreno foi de 6 miligramas por metro quadrado por hora (mg/m2/h), enquanto para uma elevação de 100 metros foi de cerca de 14 mg/m2/h.

“A região amazônica é, de modo geral, de baixa elevação. Nas áreas sobrevoadas pelo avião, havia pequenas oscilações no terreno e pudemos notar que nas regiões mais altas as emissões eram bem maiores”, disse Artaxo.

Os pesquisadores ainda não sabem ao certo explicar o motivo dessa variação das emissões – observada tanto no período seco como no chuvoso. Duas hipóteses são apontadas no artigo e vão requerer novos experimentos para serem testadas.

Uma das possibilidades é que a população de plantas existente em áreas alagadas (mais baixas) seja diferente da encontrada em regiões de maior altitude – e o nível de emissão de isopreno varia de acordo com a espécie biológica.

Outra hipótese é que as plantas de áreas mais elevadas, por apresentarem maior dificuldade para obter água, liberariam mais isopreno em resposta a um estresse hídrico.

“Embora chova muito na Amazônia, já foi mostrado que, em algumas regiões, o lençol de água desce bem abaixo do solo na estação seca. Há plantas com raízes muito profundas, capazes de coletar água a 10 ou 20 metros abaixo do nível do solo”, comentou Artaxo.

Interações atmosféricas

O isopreno é um dos compostos orgânicos voláteis (VOCs, na sigla em inglês) emitidos naturalmente pela vegetação amazônica. É uma das fontes dos aerossóis orgânicos secundários que servem de núcleo de condensação de nuvens – ajudando a regular o ciclo hidrológico na região.

Ao se decompor, o isopreno dá origem a diversos subprodutos – entre eles o radical hidroxila (OH). Essa molécula, em certas condições, quando encontra com o oxigênio atmosférico (O2), dá origem ao ozônio (O3), um dos gases responsáveis pelo efeito estufa. Em altas concentrações, o ozônio pode irritar os estômatos das plantas, que são os canais usados na troca de gases e na transpiração, dificultando a fotossíntese e a assimilação de carbono pela vegetação.

“Além disso, o radical OH controla a oxidação do metano na atmosfera, outro importante gás de efeito estufa. Dependendo da situação, o radical OH pode prolongar ou reduzir a meia-vida do metano, com implicações para o balanço de gases de efeito estufa”, explicou Artaxo.

Segundo o professor do IF-USP, a Amazônia já era considerada a maior fonte mundial de isopreno mesmo antes das novas descobertas. “Esses resultados reforçam a relevância desse ecossistema na regulação da química atmosférica tropical do planeta. Agora, precisamos incluir os resultados nos modelos climáticos globais para saber exatamente qual é o efeito climático desses novos valores de emissões.”

Iniciada em 2014, a campanha científica GOAmazon tem entre seus objetivos investigar o efeito da poluição urbana de Manaus sobre as nuvens amazônicas e avançar no conhecimento sobre os processos de formação de chuva e a dinâmica da interação entre a biosfera amazônica e a atmosfera. Com base nos achados, os pesquisadores pretendem estimar mudanças futuras no balanço radiativo, na distribuição de energia, no clima regional e seus impactos para o clima global.

O consórcio conta com financiamento do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês), da FAPESP e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), entre outros parceiros (leia mais em: http://agencia.fapesp.br/18691).

O artigo Airborne observations reveal elevational gradient in tropical forest isoprene emissions (doi:10.1038/ncomms15541), de Dasa Gu, Paulo Artaxo, Alex Guenther Hu e outros, pode ser lido em: www.nature.com/articles/ncomms15541).


Fonte: Agência FAPERJ



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sábado, 27 de maio de 2017

PORTO DE NITERÓI: Fôlego para o setor naval em 2019



Segundo especialistas, a intervenção irá melhorar a circulação de água em toda a região, desde o canal de São Lourenço até São Gonçalo, além de trazer desenvolvimento econômico para a Indústria Naval da cidade de Niterói. Foto: Evelen Gouvêa.



Giovanni Mourão

Em fase de estudos, dragagem do Canal de São Lourenço deve começar no início do próximo ano

Após publicar, neste mês, o edital para licitação do estudo de dragagem do Canal de São Lourenço, a esperança por dias melhores tomou conta do setor naval do município. No próximo dia 20, serão licitados o estudo e o relatório de impacto ambiental, que devem ficar prontos em seis meses e são fundamentais para que o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) libere a licença para a obra de dragagem.

Com a licença em mãos, que tem previsão para ficar pronta no início de 2018, as intervenções já poderão ser iniciadas pelo Governo Federal. A tão esperada dragagem do canal permitirá a passagem de grandes embarcações para os estaleiros da cidade, o que atualmente não é possível devido ao assoreamento. Apesar de não ser dever da prefeitura a realização do estudo, ele é de suma importância para o desenvolvimento do setor naval e para a criação de empregos e novos negócios na cidade.


Com a dragagem, os estaleiros da cidade vão poder receber embarcações maiores, tanto para reparos como carga e descarga. Foto: Evelen Gouvêa



Domênico Accetta, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), órgão de pesquisa do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, afirma que a dragagem está garantida uma vez que o Inea libere a licença ambiental. Ele explica que a obra faz parte de um projeto do Governo Federal que visa fortalecer o leste da Baía de Guanabara.

“Trata-se de um projeto socioambiental e econômico. Com um olhar macro, junto da dragagem, vamos melhorar a circulação de água em toda a região, desde o canal de São Lourenço até São Gonçalo. Vamos ajudar a Ilha da Conceição, trazendo desenvolvimento econômico para a Indústria Naval e a melhoria da qualidade das águas”, explicou o representante da unidade de pesquisa da Secretaria Nacional dos Portos.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Indústria Naval e Petróleo e Gás, Luiz Paulino, explica que o processo de dragagem deve durar um ano, ou seja, no início de 2019, o canal de São Lourenço já deve estar liberado para a passagem de embarcações. Ele acrescenta também que os empresários locais já iniciaram o processo de desassoreamento nas entradas de seus estaleiros, o que diminuiu as exigência do Inea.

“A obra fortalecerá os estaleiros da cidade, permitindo a entrada de navios, tanto para manutenção e reparo destes como para carga e descarga. Os recursos para a dragagem já estão alocados no Programa de Aceleração do Crescimento 3 (PAC 3). É uma obra pedida há 20 anos, cujo processo começou há oito e só agora está saindo do papel”, detalha.

Por sua vez, Alessandra Jorge, diretora do Porto de Niterói, afirma que a abertura da passagem para os estaleiros, além de gerar novos negócios e empregos, também vai contribuir para uma maior arrecadação de ISS no município.

“A restrição do canal de acesso impede a entrada de alguns tipos de embarcações na cidade, o que diminui o movimento do porto. O porto é um grande gerador de ISS para Niterói e, sem o desassoreamento, perdemos serviços e arrecadação para a cidade”, esclarece.

“O porto já tem a profundidade necessária para grandes embarcações, precisamos apenas que se melhore entrada do mesmo para que, assim, possamos atuar com mais eficiência”, completa o superintendente do Porto de Niterói, Paulo Falcone.


Fonte: O Fluminense 










Niterói ganha força empreendedora



Diversas políticas foram criadas para aquecer o setor mesmo em tempos de crise. Foto: Douglas Macedo.



Vinicius Rodrigues

Nos primeiros quatro meses do ano, a cidade registrou um aumento de 8% na emissão de alvarás em relação a 2016

A crise financeira que atinge o Estado do Rio de Janeiro fez com que centenas de niteroienses procurassem uma forma segura e lucrativa de ganhar dinheiro. Com isso, o número de empreendedores que buscaram se transformar em Microempreendedores Individuais (MEIs) deu um salto no município. Segundo dados da Casa do Empreendedor, um braço da secretaria de Fazenda da prefeitura de Niterói, no primeiro quadrimestre de 2016 foram emitidos 964 alvarás em Niterói. No mesmo período deste ano foram 1044, um aumento de 8%. Do total de alvarás deste ano, 575 foram para microempreendedores (55%), 400 para microempresas (38%) e 69 (6,6%) para empresas de pequeno porte.

O coordenador do Sebrae/RJ no Leste Fluminense, Américo Diniz, explicou que dois fatores são apontados para o crescimento de empreendedores em Niterói. A primeira é a crise financeira no estado e a segunda é a facilidade proporcionada pelo município ao abrir um negócio.

“A desburocratização é um fator muito importante para o incentivo ao empreendedorismo. Antes a pessoa tinha que passar por várias secretarias para conseguir o MEI. Hoje isso é resolvido em 40 minutos por causa da informatização do sistema. Não podemos esquecer também que o processo econômico faz com que o trabalhador tenha renda alternativa. O município percebeu esse cenário e trabalhou para alavancar esse processo”, elogiou Américo.

O coordenador da Casa do Empreendedor, Rafael Mathias Saramago, explicou que o MEI pode trabalhar por conta própria e se legaliza como pequeno empresário, tendo renda máxima de R$ 60 mil por ano, podendo contratar um funcionário. Ele ressaltou ainda que o alvará de funcionamento para o MEI é gratuito e ele só paga cerca de R$ 50 por mês de impostos, que engloba tributos federais, estaduais e municipais, inclusive INSS.

Segundo dados da Junta Comercial do Estado do Rio (Jucerja), atualmente o município de Niterói tem o total de 30,7 mil microempreendedores individuais formalizados. A secretaria municipal de Fazenda estima que, desse total, 6,4 mil são licenciados no município, ou seja, podem emitir nota fiscal.

“No ranking de principais atividades econômicas do MEI está o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, seguidos de cabeleireiros, manicure e pedicure. É importante ressaltar também que Niterói só perde para a capital no ranking de constituições empresariais do Estado”, explicou Rafael.

O subsecretário de Desenvolvimento Econômico de Niterói, Luís Vieira, explicou ainda outras ações feitas para alavancar as vendas no comércio.

“A entidade tem participado ativamente na construção de políticas públicas, como fez levando várias propostas ao Programa Nacional de Desenvolvimento do Varejo (PNDV), cuja segunda edição aconteceu em maio, e está investindo em projetos que visam o aumento da movimentação da economia local, inovando e trazendo para Niterói o Cartão CDL Multibenefícios. Assim como segue apoiando iniciativas que visam a ampliação do turismo e dos negócios, como recentemente visto na criação da Rota Gastronômica da Região Oceânica”.

Fonte: O Fluminense