domingo, 14 de maio de 2017

ONU: América Latina e Caribe precisam ‘descarbonizar’ economia e combater poluição para cumprir metas da ONU



Poluição do ar, das águas e dos solos preocupada ONU Meio Ambiente. Foto: Renato Ganoza (CC)


A conclusão é do diretor regional da ONU Meio Ambiente, Leo Heileman, que fez um apelo em abril (28) por mais esforços contra a contaminação do ar, das águas e dos solos. Um em cada quatro cursos fluviais da região está severamente contaminado principalmente por esgoto e pela produção agrícola, industrial e de exportação, lembrou o especialista.

Combater a poluição do meio ambiente e descarbonizar a economia devem ser prioridades da América Latina e do Caribe para que países consigam cumprir a Agenda 2030 da ONU. A conclusão é do diretor regional da ONU Meio Ambiente, Leo Heileman, que fez um apelo em abril (28) por mais esforços contra a contaminação do ar, das águas e dos solos. Um em cada quatro cursos fluviais da região está severamente contaminado principalmente por esgoto e pela produção agrícola, industrial e de exportação, lembrou o especialista.

Um em cada quatro cursos fluviais da região está severamente contaminado principalmente por esgoto e pela produção agrícola, industrial e de exportação.


Em mensagem divulgada por ocasião do primeiro Fórum dos Países da América Latina e do Caribe sobre Desenvolvimento Sustentável, a ONU Meio Ambiente alertou que 100 milhões de habitantes da região vivem em áreas vulneráveis à poluição da atmosfera. Além disso, 3 milhões de quilômetros quadrados de terra foram afetados por degradação antropogênica, ou seja, causada pelo homem.

100 milhões de habitantes da região vivem em áreas vulneráveis à poluição da atmosfera.
3 milhões de quilômetros quadrados de terra foram afetados por degradação antropogênica


Lembrando que o consumo de combustíveis fósseis está por trás das mudanças climáticas, Heileman disse ser fundamental o que descreveu como a “descarbonização da economia”. Isso significa reduzir a zero as emissões de dióxido de carbono geradas pela produção de energia, pelo uso de meios de transporte, pela indústria e pela exploração dos solos.

“A contaminação da água, do ar e do solo tem implicações graves para a saúde pública e é, em grande parte, uma consequência de nossos padrões de desenvolvimento”, frisou Heileman. O problema da poluição será tema central da terceira sessão da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Evento acontece em dezembro em Nairóbi, no Quênia.

O dirigente regional insistiu também sobre a necessidade de “desvincular o uso dos recursos naturais do crescimento econômico”. Segundo dados da agência da ONU, o aumento do consumo nas últimas quatro décadas levou à triplicação da quantidade de matérias-primas extraídas da Terra. Se a tendência atual se mantiver, o consumo de matérias-primas do planeta chegará a 180 bilhões de toneladas por ano em 2050.

Durante participação no Fórum, Heileman enfatizou que enfrentar desafios ambientais é essencial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Gestão de resíduos

Na América Latina e no Caribe, a geração de resíduos a nível municipal é estimada em 160 milhões de toneladas por ano — volume equivalente a 12% do total global. Até 2025, a ONU Meio Ambiente espera que essa quantidade dobre.
Depois do Mediterrâneo, o mar do Caribe é considerado o mais contaminado por plásticos em todo o mundo.

Outro tema abordado por Heileman foi a gestão do lixo, esgoto e outros resíduos. Mais de 50% dos resíduos coletados nos países de baixa renda são despejados em terrenos inseguros que não são monitorados. Na América Latina e no Caribe, a geração de resíduos a nível municipal é estimada em 160 milhões de toneladas por ano — volume equivalente a 12% do total global. Até 2025, a ONU Meio Ambiente espera que essa quantidade dobre.

Os resíduos sólidos também afetam rios e mares da região num ritmo sem precedentes. Depois do Mediterrâneo, o mar do Caribe é considerado o mais contaminado por plásticos em todo o mundo.

Fonte: ONU no Brasil













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