Giovanni Mourão
Em fase de estudos, dragagem do Canal de São Lourenço deve começar no início do próximo ano
Após publicar, neste mês, o edital para licitação do estudo de dragagem do Canal de São Lourenço, a esperança por dias melhores tomou conta do setor naval do município. No próximo dia 20, serão licitados o estudo e o relatório de impacto ambiental, que devem ficar prontos em seis meses e são fundamentais para que o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) libere a licença para a obra de dragagem.
Com a licença em mãos, que tem previsão para ficar pronta no início de 2018, as intervenções já poderão ser iniciadas pelo Governo Federal. A tão esperada dragagem do canal permitirá a passagem de grandes embarcações para os estaleiros da cidade, o que atualmente não é possível devido ao assoreamento. Apesar de não ser dever da prefeitura a realização do estudo, ele é de suma importância para o desenvolvimento do setor naval e para a criação de empregos e novos negócios na cidade.
Com a dragagem, os estaleiros da cidade vão poder receber embarcações maiores, tanto para reparos como carga e descarga. Foto: Evelen Gouvêa |
Domênico Accetta, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), órgão de pesquisa do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, afirma que a dragagem está garantida uma vez que o Inea libere a licença ambiental. Ele explica que a obra faz parte de um projeto do Governo Federal que visa fortalecer o leste da Baía de Guanabara.
“Trata-se de um projeto socioambiental e econômico. Com um olhar macro, junto da dragagem, vamos melhorar a circulação de água em toda a região, desde o canal de São Lourenço até São Gonçalo. Vamos ajudar a Ilha da Conceição, trazendo desenvolvimento econômico para a Indústria Naval e a melhoria da qualidade das águas”, explicou o representante da unidade de pesquisa da Secretaria Nacional dos Portos.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Indústria Naval e Petróleo e Gás, Luiz Paulino, explica que o processo de dragagem deve durar um ano, ou seja, no início de 2019, o canal de São Lourenço já deve estar liberado para a passagem de embarcações. Ele acrescenta também que os empresários locais já iniciaram o processo de desassoreamento nas entradas de seus estaleiros, o que diminuiu as exigência do Inea.
“A obra fortalecerá os estaleiros da cidade, permitindo a entrada de navios, tanto para manutenção e reparo destes como para carga e descarga. Os recursos para a dragagem já estão alocados no Programa de Aceleração do Crescimento 3 (PAC 3). É uma obra pedida há 20 anos, cujo processo começou há oito e só agora está saindo do papel”, detalha.
Por sua vez, Alessandra Jorge, diretora do Porto de Niterói, afirma que a abertura da passagem para os estaleiros, além de gerar novos negócios e empregos, também vai contribuir para uma maior arrecadação de ISS no município.
“A restrição do canal de acesso impede a entrada de alguns tipos de embarcações na cidade, o que diminui o movimento do porto. O porto é um grande gerador de ISS para Niterói e, sem o desassoreamento, perdemos serviços e arrecadação para a cidade”, esclarece.
“O porto já tem a profundidade necessária para grandes embarcações, precisamos apenas que se melhore entrada do mesmo para que, assim, possamos atuar com mais eficiência”, completa o superintendente do Porto de Niterói, Paulo Falcone.
Fonte: O Fluminense
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