A informação faz parte de uma pesquisa encomendada pela ACT Aliança de Promoção da Saúde ao Instituto Datafolha, realizada em agosto.A maioria dos brasileiros, 60%, é contra “qualquer tipo” de publicidade para o público infantil (até 12 anos), mostrou pesquisa do Instituto Datafolha encomendada pela ACT Aliança de Promoção da Saúde, organização que atua na promoção da saúde aqui no Brasil. Foram entrevistadas 2.573 pessoas em 160 municípios das cinco regiões do país, em agosto de 2016. Clique aqui para ver a pesquisa completa.
A pesquisa revelou também que 62% dos entrevistados são contra publicidade de produtos à base de leite açucarado; 64% contra a de sucos industrializados; 67% contra a de salgadinhos e 72% contra a de refrigerantes. Com relação a venda de alimentos ultraprocessados em escolas, 64% se declararam contrários também.
Para a diretora de Advocacy do Instituto Alana e coordenadora do projeto Criança e Consumo, Isabella Henriques, “é um consenso na sociedade que a criança precisa ser protegida da publicidade”. “Não me surpreende que mais da metade da população brasileira seja contra qualquer tido de publicidade dirigida a crianças, é um recado para as empresas mudarem suas práticas e para o Poder Público fiscalizar e coibir os abusos” conclui Isabella.
É importante lembrar há uma movimentação da indústria no sentido de restringir publicidade para crianças, principalmente no setor de bebidas açucaradas e que deveria servir de exemplo para outros segmentos. Em março de 2016, a Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas) anunciou que as empresas que fazem parte da associação deixarão de direcionar publicidade de alguns dos seus produtos para o público infantil.
Para a ACT, a pesquisa mostra que “a população entende a importância de proteger as crianças da publicidade, assim como de garantir que o ambiente escolar seja livre de bebidas açucaradas e salgadinhos. A responsabilidade em reduzir a obesidade infantil é de todos, os pais precisam da colaboração dos ambientes frequentados por crianças”, diz Paula Johns, diretora executiva da ACT.
Estudos internacionais apontam que a publicidade de alimentos ultraprocessados para crianças é um dos fatores que contribui para a obesidade infantil. A OMS (Organização Mundial da Saúde), por exemplo, colocou a redução da exposição de crianças ao marketing de alimentos não saudáveis e bebidas açucaradas como uma das recomendações para erradicar a obesidade.
Fonte: Criança e Consumo
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