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Por SporTV.com
Rio de Janeiro
Bicampeão olímpico afirma que a poluição desanima as pessoas a praticarem o esporte e que o lixo é uma preocupação para as Olimpíadas do Rio de Janeiro
Bicampeão olímpico, com um ouro em Atlanta-1996 e outro em Atenas-2004, o velejador Torben Grael hoje é coordenador técnico da equipe brasileira. O iatista, que é também o brasileiro com maior número de medalhas nos Jogos (com cinco), afirmou que a poluição da Baía de Guanabara (sede do esporte na Olimpíadas de 2016) atrapalha também o desenvolvimento da modalidade. Na sua opinião, a qualidade da água desanima possíveis praticantes.
- A condição da água em si já inibe muita gente de entrar no esporte. A aparência da água é horrorosa, é uma água escura, suja. Não é uma água limpa e cristalina, como já foi a Baía de Guanabara. Outros vários lugares no mundo tinham água suja e fizeram a despoluição. Aqui no Brasil, isso vai demorar ainda - disse Torben.
Torben Grael: poluição atrapalha desenvolvimento da vela (Foto: André Durão) |
Para os Jogos, no entanto, o velejador afirma que a qualidade da água preocupa, mas que o grande problema é a quantidade de lixo, que pode alterar o resultado de uma regata.
- A qualidade ruim não muda a velocidade dos barcos, é igual para todo mundo. A questão do lixo, pode pegar no seu barco e não pegar no do outro. Pode influenciar no resultado da regata. É a maior preocupação nossa.
Torben Grael também mostra confiança em bons resultados dos brasileiros no Rio de Janeiro em 2016. Entre os principais nomes, estão o também bicampeão olímpico Robert Scheidt, além dos campeões mundial Jorge Zarif e a dupla Martine Grael e Kahena Kunze.
- No caso da vela, é um esporte que, fora dos Jogos, não tem a mesma divulgação. Pelo retrospecto com bons resultados, com medalhas, fica sempre um pouquinho em voga durante os Jogos. Isso aumenta a pressão de quem está lá, defendendo o Brasil. Depende se você fez a preparação, fez tudo que estava a seu alcance. Na vela, é mais fácil, em teoria, nas Olimpíadas que no Mundial. No Mundial, estão vários caras bons de um mesmo país. Nas Olimpíadas, no caso da vela, vai um só por país.
Torben Grael conquistou o ouro da classe Star em Atenas 2004, ao lado de Marcelo Ferreira (Foto: Getty Images) |
Aos 55 anos, Torben afirma que sente saudade do tempo de atleta, mas que agora contribui de outra forma com o esporte no Brasil.
- Disputei seis Olimpíadas. Tenho todas as combinações possíveis: ouro, prata, bronze e couro. Eu agora sou coordenador técnico da equipe de vela, minha última Olimpíada já faz 11 anos, em Atenas. Sinto saudades, mas já fiz o meu ciclo acabou. Agora, estou dando a minha contribuição de outra maneira.
Fonte: SporTV
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