sexta-feira, 11 de maio de 2018

Conleste apresentará em junho plano estratégico para até 2030



Os prefeitos de Niterói e Maricá, Rodrigo Neves e Fabiano Horta, destacaram as ações do Conleste para o desenvolvimento da região Leste Fluminense
Fotos: Douglas Macedo


Pamella Souza
Anúncio foi feito em seminário pelo prefeito de Niterói e presidente do consórcio que reúne municípios

Em junho será apresentado o Plano Estratégico do Conleste para até 2030, com ações que contemplam o crescimento dos 15 municípios que integram o consórcio. Medidas como essa foram discutidas e propostas durante os três dias do seminário “Desenvolvimento Econômico – Leste Fluminense”, encerrado nesta quinta-feira (10). O evento, realizado pelo Grupo Fluminense Multimídia, no auditório da Universidade Candido Mendes, no Centro, contou com a participação de autoridades, especialistas e acadêmicos.

Antes do anúncio do plano, pelo prefeito de Niterói e presidente do Conleste, Rodrigo Neves, o gerente setorial de Avaliação e Monitoramento de Projetos da Petrobras, Alexandre Teixeira, falou sobre a Rota 3.

“Em 2016, o processo de reavaliação do Comperj foi concluído e foi definida como prioridade a implantação da Unidade de Processamento de Gás, com a conclusão da UPGN Rota 3 e, no âmbito da refinaria, as unidades que fornecem infraestrutura logística, operacional e utilidades para que a UPGN possa operar”, explicou Alexandre.

Segundo ele, previstas no projeto inicial, as obras da refinaria deverão ser feitas em parceria, num segundo momento. Estudos já estão em fase de avaliação. Isso deve ser apreciado em curto ou médio prazo pela Petrobras, mas depende da parceria chinesa para ser concluída. Sobre a UPGN, Alexandre frisou que será a maior unidade de processamento de gás do Brasil.

“Na área externa ao Comperj, há uma série de ações que serão implementadas. Algumas já estão em andamento para que a gente consiga fazer a chegada da matéria-prima e o escoamento dos produtos”.


O gerente setorial da Petrobras, Alexandre Teixeira, falou sobre a Rota 3 no Comperj, vista como esperança por Sadinoel de Souza, prefeito de Itaboraí. Fotos: Douglas Macedo


Municípios - Dando sequência ao evento, Rodrigo traçou o panorama de desenvolvimento econômico do Brasil ao longo dos séculos, alertando que é preciso pensar no crescimento como um todo, e não só como município. Por isso, está sendo elaborado o Plano Estratégico do Conleste, que prevê ações que beneficiem todos os participantes.

Um portal (www.conleste2030.com.br) foi criado para ouvir sugestões da população. Entre os projetos que integrarão o plano, segundo Rodrigo, está a implantação de uma linha BRT entre Itaboraí, São Gonçalo e Niterói.

“Estamos concluindo em junho o plano de desenvolvimento para o Conleste, visando potencializar essa oportunidade que esses investimentos vão trazer. Temos a ideia de desenvolver o BRT. Os ônibus que saem de Itaboraí e São Gonçalo entram em Niterói, aumentando o trânsito da Alameda São Boaventura. Talvez isso não seja necessário. Podemos ter estações de transbordo com uma tarifa única e melhorando o serviço de transporte público, que é fundamental na vida das pessoas”, contou Rodrigo Neves.

Sobre o Comperj, o prefeito de Niterói salientou que desde 2017, quando tomou posse como presidente do consórcio, o diálogo com a Petrobras foi restabelecido. De acordo com ele, com a retomada do Projeto Integrado Rota 3 e da refinaria, serão gerados 9 mil empregos diretos e até 30 mil indiretos.

“Há uma grande possibilidade de em 2018 ser concluída uma parceria com os chineses para retomar a planta de refino. Se esse acordo for feito, é possível que retomem a obra em 2019 e entre em operação entre 2022 e 2023. O Comperj vai dobrar a presença do Rio de Janeiro no refino e, portanto, dobrar a possibilidade de geração de emprego e renda”, explicou.

Maricá também é beneficiado com os recursos provenientes do petróleo. O prefeito Fabiano Horta falou da importância de integração entre as cidades diante da nova dinâmica.

“O Conleste é uma expressão cotidiana de ações, de interlocução entre os prefeitos. Não enxergo outro caminho que não seja sincronizar isso. O Comperj é uma realidade inerente à nossa região e precisa ser encarada com maturidade, a longo prazo”, alertou.

O Porto de Maricá também entrou em pauta. Atualmente, segue em processo judicial, por conta da licença ambiental. Especialistas indicam que as formações rochosas chamadas de beachrocks da Praia de Jaconé, onde seria a construção, são históricas e devem ser preservadas. “Respeito as questões ambientais, mas acho que Maricá precisa desse desenvolvimento”, declarou Fabiano.

A cidade que mais sofreu os impactos econômicos e sociais com a queda do Comperj foi Itaboraí. O prefeito Sadinoel de Souza expôs a queda no ISS do município, que caiu de R$ 330 milhões por ano para R$ 3 milhões. A cidade ainda trabalha para se reerguer e vê na construção da Rota 3 uma esperança para o seu desenvolvimento.

“Estamos lutando para levar para Itaboraí uma termelétrica com grande capacidade de produção. As pessoas na região perderam a vida. Muita gente investiu as economias em empreendimentos que não foram para frente. Hoje tem um caos imobiliário, mas que pode mudar”, concluiu.


Fonte: O Fluminense















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