Vice prefeito diz que dessa vez projeto é para valer
Para acabar com alagamentos e acalmar a população, obras de drenagem em canal de Piratininga serão retomadas no início de 2014, após anos parada
As enchentes causadas pelas cheias do Canal de Santo Antônio, em Piratininga, já são consideradas uma rotina pelos moradores da região. Depois de muitas idas e vindas em governos anteriores, a prefeitura promete retomar a obra de drenagem da região e resolver o problema com um investimento de R$ 26,7 milhões. Os trabalhos serão retomados no primeiro semestre de 2014 e devem ser concluídos até o fim de 2015.
O projeto está sendo supervisionado diretamente pelo vice-prefeito Axel Grael. Segundo ele, a gestão anterior chegou a começar a obra, mas a empresa vencedora abandonou o empreendimento ainda no começo e nenhuma outra empreiteira quis assumir os trabalhos. De acordo com Grael, há graves problemas no projeto original. “Depois que a empresa vencedora abandonou a obra, apenas uma se apresentou para assumir, mas cobrou um valor muito acima do previsto. Quando assumimos, a coisa já estava a ponto da Caixa abrir uma sindicância e pedir a devolução dos recursos. Há um problema de diferença de altura no terreno e, como a obra não se preocupou com isso, a galeria construída funcionava muito mais como irrigação do que como drenagem, piorando o problema”, explica.
O projeto original foi revisado por uma empresa de consultoria e alterado. A rede de drenagem planejada originalmente será terminada, mas um trecho será isolado por comportas, funcionando como um piscinão para o armazenamento da água da chuva. Além disso, bombas de recalque expulsarão a água do sistema para o Canal de Camboatá, que vai até a Lagoa de Itaipu. Um rio da região, que havia sido parcialmente aterrado, foi dragado para ajudar no escoamento da água durante as chuvas mais fortes.
Segundo Axel Grael, há pelo menos dez casas construídas sobre o curso do rio, que devem ser removidas por estarem violando a legislação ambiental.
As obras devem beneficiar cerca de 20 mil pessoas que moram, trabalham ou transitam regularmente pela região, segundo as estimativas da prefeitura. R$ 20 milhões serão disponibilizados pela prefeitura e os outros R$ 6,7 milhões serão pagos pela Caixa Econômica Federal, com a sobra dos recursos liberados originalmente para a obra, em 2007.
Se as promessas são de que o problema será resolvido, entre os moradores da região afetada, composta principalmente por casas de classe média e classe média-alta, impera a descrença, pichada em muros da região com frases como: “Chega de maquiagem. Exigimos drenagem”.
Drama dos moradores – O aposentado Amílcar Azevedo, de 78 anos, que vive na região há 10 anos, diz que teve que moldar sua vida para conviver com as constantes enchentes.
“Aqui, quando chove forte, alaga muito e a água chega a 50 centímetros de altura. Quando vim morar aqui, manilhei toda a rua e construí essa boca de lobo para ajudar a escoar a água, mas não dá vazão. Também tive que comprar uma caminhonete, porque em chuvas mais fortes nem mesmo os carros conseguem passar”, queixa-se.
Walcimar da Silva Mathias, de 38 anos, também não demonstra muita esperança. Segundo ele, os moradores da localidade já se cansaram de promessas.
“Tem pelo menos 10 anos que ficam nessa de começar as obras e não sai nada. Só acredito vendo. Já passaram três ou quatro empresas por aqui. Só acredito vendo”, duvida.
O também aposentado Geazir José Antônio, de 67 anos, diz que o risco de alagamentos enchentes não é a única consequência das obras terem sido abandonadas. Vivendo em frente ao local onde ficava o barracão da empreiteira, ele conta que as instalações tornaram-se uma dor de cabeça para as famílias da área por um longo tempo.
“Só Deus sabe o sufoco que foi para conseguirmos tirar aquele barracão abandonado daqui. Passamos muito tempo com medo de que ele virasse um ponto de consumo de drogas ou algo do tipo”, explica, lembrando que um mutirão há alguns dias conseguiu remover todo o material das obras que estavam numa praça, “infelizmente hoje coberta pelo mato”.
O projeto está sendo supervisionado diretamente pelo vice-prefeito Axel Grael. Segundo ele, a gestão anterior chegou a começar a obra, mas a empresa vencedora abandonou o empreendimento ainda no começo e nenhuma outra empreiteira quis assumir os trabalhos. De acordo com Grael, há graves problemas no projeto original. “Depois que a empresa vencedora abandonou a obra, apenas uma se apresentou para assumir, mas cobrou um valor muito acima do previsto. Quando assumimos, a coisa já estava a ponto da Caixa abrir uma sindicância e pedir a devolução dos recursos. Há um problema de diferença de altura no terreno e, como a obra não se preocupou com isso, a galeria construída funcionava muito mais como irrigação do que como drenagem, piorando o problema”, explica.
O projeto original foi revisado por uma empresa de consultoria e alterado. A rede de drenagem planejada originalmente será terminada, mas um trecho será isolado por comportas, funcionando como um piscinão para o armazenamento da água da chuva. Além disso, bombas de recalque expulsarão a água do sistema para o Canal de Camboatá, que vai até a Lagoa de Itaipu. Um rio da região, que havia sido parcialmente aterrado, foi dragado para ajudar no escoamento da água durante as chuvas mais fortes.
De acordo com Grael, há vários problemas no projeto original, da gestão anterior, que agora serão equacionados. Foto: Lucas Benevides |
Segundo Axel Grael, há pelo menos dez casas construídas sobre o curso do rio, que devem ser removidas por estarem violando a legislação ambiental.
As obras devem beneficiar cerca de 20 mil pessoas que moram, trabalham ou transitam regularmente pela região, segundo as estimativas da prefeitura. R$ 20 milhões serão disponibilizados pela prefeitura e os outros R$ 6,7 milhões serão pagos pela Caixa Econômica Federal, com a sobra dos recursos liberados originalmente para a obra, em 2007.
Se as promessas são de que o problema será resolvido, entre os moradores da região afetada, composta principalmente por casas de classe média e classe média-alta, impera a descrença, pichada em muros da região com frases como: “Chega de maquiagem. Exigimos drenagem”.
Drama dos moradores – O aposentado Amílcar Azevedo, de 78 anos, que vive na região há 10 anos, diz que teve que moldar sua vida para conviver com as constantes enchentes.
“Aqui, quando chove forte, alaga muito e a água chega a 50 centímetros de altura. Quando vim morar aqui, manilhei toda a rua e construí essa boca de lobo para ajudar a escoar a água, mas não dá vazão. Também tive que comprar uma caminhonete, porque em chuvas mais fortes nem mesmo os carros conseguem passar”, queixa-se.
Walcimar da Silva Mathias, de 38 anos, também não demonstra muita esperança. Segundo ele, os moradores da localidade já se cansaram de promessas.
“Tem pelo menos 10 anos que ficam nessa de começar as obras e não sai nada. Só acredito vendo. Já passaram três ou quatro empresas por aqui. Só acredito vendo”, duvida.
O também aposentado Geazir José Antônio, de 67 anos, diz que o risco de alagamentos enchentes não é a única consequência das obras terem sido abandonadas. Vivendo em frente ao local onde ficava o barracão da empreiteira, ele conta que as instalações tornaram-se uma dor de cabeça para as famílias da área por um longo tempo.
“Só Deus sabe o sufoco que foi para conseguirmos tirar aquele barracão abandonado daqui. Passamos muito tempo com medo de que ele virasse um ponto de consumo de drogas ou algo do tipo”, explica, lembrando que um mutirão há alguns dias conseguiu remover todo o material das obras que estavam numa praça, “infelizmente hoje coberta pelo mato”.
Fonte: O Fluminense
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