segunda-feira, 22 de junho de 2020

NITERÓI CIDADE INTELIGENTE: programa ganha destaque no Viradão 2020





O vídeo acima é o registro da minha participação no evento Circuito Rio Info Viradão 2020, abordando o tema das Cidades Inteligentes, na qual Niterói é considerada uma das mais destacadas no país, ocupando o 1° lugar no estado do Rio de Janeiro e 12º lugar no ranking nacional da Connected Smart Cities, 2019.

A agenda da tecnologia na administração pública e na gestão da cidade ganhou um grande impulso em Niterói após 2014, quando a Prefeitura implementou o Sistema de Gestão da Geoinformação - SIGEO, que foi a plataforma que deu o alicerce para várias outras iniciativas.


Depois, foram desenvolvidos Centro Integrado de Segurança Pública - CISP, o Centro de Controle Operacional da Mobilidade de Niterói (CCO Mobilidade) - que foi considerado pelo jornal Le Monde como um dos melhores do mundo, o Cercamento Eletrônico e várias outras iniciativas, como o aplicativo COLAB, para facilitar a comunicação com a população, que também permite que a Prefeitura faça consultas públicas, como aconteceu para a implantação dos paraciclos na Região Oceânica da cidade.

Para saber mais sobre a experiência de Niterói na agenda da Cidade Inteligente, acesse aqui.

O nosso agradecimento aos organizadores do Circuito Rio Info Viradão 2020 por mais uma oportunidade para abordar este tema sobre o qual nos dedicamos tanto ao longo dos últimos anos.

Axel Grael




---------------------------------------------


LEIA TAMBÉM:

RIO INFO: NITERÓI É DESTAQUE EM EVENTO SOBRE CIDADES INTELIGENTES  

sábado, 20 de junho de 2020

CORONAVÍRUS: Niterói avança para o estágio Amarelo 2 do plano de transição gradual para o novo normal na segunda-feira (22)



Ponto de teste será no Caminho Niemeyer


Na segunda-feira, Niterói vai ter a transição para o estágio Amarelo, da metodologia do Plano de Retomada Gradual para o Novo Normal, adotado pela Prefeitura para orientar o processo de retorno de atividades econômicas e sociais.

A Prefeitura tem conduzido este processo de forma responsável, com uma metodologia definida transparente e baseado na ciência. Para assessorar e validar as decisões quanto à implementação do Plano, foi constituído um Conselho Científico, com a participação de especialistas da UFF, UFRJ e FIOCRUZ, e presidido pelo reitor da UFF, Dr. Antônio Cláudio Lucas da Nóbrega.

Toda semana, é divulgado a nota da cidade no site da Prefeitura (vide aqui). A pontuação atual é 7,63, que permite a transição para o estágio Amarelo, que se iniciará no dia 22 de junho.

O importante é que a mudança de estágio não é um relaxamento dos cuidados preventivos para evitar a COVID-19. A Prefeitura acaba de distribuir mais 1 milhão de máscaras, continua controlando as aglomerações e mantém as barreiras sanitárias.

A colaboração de todos é importante pois caso haja um recrudescimento da pandemia, poderá ser necessário retroceder e fechar atividades.

Por isso, é importante que cada um faça a sua parte e só saia de casa se for necessário e, nesse caso, saia de máscara.

Axel Grael



---------------------------------------------------


A imagem pode conter: ônibus e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas em pé e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: atividades ao ar livre
Ações de fiscalização e medidas de prevenção seguem em diversos pontos da cidade no combate à Covid-19. A Prefeitura está atuando em todas as frentes para vencer essa guerra em favor da vida, fazendo nosso dever de casa tomando medidas concretas, rápidas e eficientes. Uma das medidas adotadas são as barreiras sanitárias com aferição de temperatura e fiscalização quanto à utilização de máscara em operação através da Guarda Municipal. Com diversas ações como essas, mais de 1500 vidas já foram salvas.

A imagem pode conter: 1 pessoa, em pé, sapatos e atividades ao ar livre
Equipes administrações regionais @NiteroiPref seguem hoje trabalhando na distribuição de máscaras e orientação dos cidadãos em comunidades e bairros de nossa cidade. Faça sua parte: persevere no distanciamento social e use a máscara em caso de necessidade de ir à rua!


A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, montanha, céu, atividades ao ar livre e natureza
Nessas semanas já foram distribuídas mais de 1 milhão de máscaras para cidadãos em todos bairros e regiões de Niterói. Desde 21/05, o uso é obrigatório e a infração pode resultar em multa de R$180,00 por cada autuação. Faça sua parte: sua máscara protege o próximo e nossa cidade!



Niterói avança para o estágio Amarelo 2 do plano de transição gradual para o novo normal na segunda-feira (22)

19/06/2020 - Em pronunciamento nas redes sociais da Prefeitura, na noite desta sexta-feira (19), o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, anunciou que a partir de segunda-feira (22), a cidade entra no estágio amarelo nível 2, penúltima fase de transição gradual da cidade, já que a cor verde só será atingida com a vacina contra o coronavírus. Todos os estabelecimentos e espaços públicos autorizados a funcionar nesta fase e os devidos protocolos que deverão ser seguidos serão publicados no Diário Oficial deste sábado (20).

De acordo com as novas regras, poderão funcionar pequenos e médios comércios varejistas de rua com 50% de capacidade do estabelecimento e com horário de funcionamento de 12h às 20 horas. Os centros comerciais de rua da Região Oceânica e de Pendotiba também poderão abrir. Clubes estarão liberados para a prática de atividades físicas individuais e com restaurantes e bares fechados. Os templos religiosos também poderão abrir suas portas para atividade presencial com 25% de ocupação dos assentos e com a regra de distanciamento social.

O Campo de São Bento, em Icaraí, o Parque Palmir Silva (Horto do Barreto) e o Horto do Fonseca poderão abrir das 10h às 20h30, apenas para a prática de atividades individuais e caminhada. Os outros parques e praças da cidade continuam fechados. As praias da cidade e os quiosques da orla também permanecem fechados. O horário para a prática de atividades físicas no calçadão também sofreu alteração: das 10h30 às 12h30 será exclusivo para idosos. Das 6 às 10h30 e das 16 às 22 horas para os demais.

O prefeito enfatizou que Niterói foi a primeira cidade da Região Metropolitana a retomar, de maneira gradual, as suas atividades, no dia 21 de maio, quando saiu do estágio roxo e chegou ao estágio laranja.

“Graças à perseverança e disciplina de toda a população niteroiense, e também às ações da Prefeitura de Niterói, que foram duras, mas no momento certo para conter o avanço da pandemia do coronavírus, hoje atingimos índices que nos permitem avançar para o nível Amarelo 2 no plano de transição gradual para o novo normal. Para tomar essa decisão, levamos em consideração os mais de 20 mil testes realizados, o achatamento da curva de transmissão e de óbitos, além da marca de 75% de recuperados da doença e de 35% de leitos ocupados. Fizemos o que parecia impossível. Achatamos a curva de transmissão da doença e impedimos um colapso na rede pública de saúde, enquanto trabalhávamos na expansão da retaguarda de saúde. Isso salvou centenas de vidas em Niterói", afirmou Rodrigo Neves.

Os shoppings continuarão fechados ao público até uma nova avaliação dos indicadores. Até lá, estes estabelecimentos poderão operar com sistema drive-thru das lojas, no qual os clientes só podem acessar os estabelecimentos de carro para a retirada dos produtos comprados previamente.

Escolas, universidades, academias de ginástica, teatros e cinemas permanecem fechados. Bares e restaurantes também, sendo permitido apenas o sistema delivery. Atividades de excursões e passeios não estão autorizados nesta fase. Profissionais de Educação Física podem desenvolver suas atividades em espaços abertos, como praias, parques e áreas abertas dos clubes. A recomendação é para que pessoas acima de 60 anos continuem trabalhando home office.

"Nós estruturamos um plano com base na ciência, nos indicadores e nas melhores experiências internacionais um plano autêntico, original e transparente, que trabalha com indicadores que podem ser verificados por qualquer cidadão no site da Secretaria de Saúde. Esses indicadores estão relacionados à taxa de letalidade, taxa de recuperação, taxa de transmissão do vírus, capacidade de abertura de novos leitos e taxa de ocupação de leitos”, explicou Rodrigo Neves. “E essa métrica, bem transparente e objetiva, define os estágios que, por uma conveniência de comunicação, são definidos por cores. Estávamos até hoje no estágio laranja, onde a pontuação, a partir dessas métricas, vai de 10 a 15 pontos. A métrica calculada no dia de hoje nos coloca com uma pontuação de 7,63, que é do nível amarelo 2, que vai de 5 a 10. E isso permite que avancemos a partir da segunda-feira para esse novo estágio no plano de transição gradual para o novo normal", disse o prefeito.

Todos os estabelecimentos autorizados a funcionar devem seguir todas as recomendações de funcionamento como a obrigatoriedade do uso de máscara, a medição de temperatura e álcool em gel na entrada, além das regras de distanciamento social dentro e fora dos estabelecimentos. O prefeito lembrou, também, que as barreiras sanitárias com os municípios limítrofes continuam nas entradas da cidade, assim como a medição de temperatura na estação das barcas e a fiscalização em terminais rodoviários. O uso de máscara também continua sendo obrigatório.

“Protocolos continuam sendo orientados e cada vez mais fiscalizados. A cada vez que evoluímos é fundamental que todos façam sua parte. Só teremos o estágio verde depois da vacina. Por isso, vamos precisar nos acostumar com esses hábitos do novo normal por mais alguns meses. A taxa de transmissão do vírus é determinada, sobretudo, pelo comportamento dos cidadãos. É fundamental perseverar nesses protocolos e, sempre que possível, estar em casa para que a gente não precise regredir nestes estágios. Não vou ter dúvidas em voltar ao estágio anterior caso os indicadores apontem um descontrole. Meu compromisso é com a vida e a saúde dos niteroienses”, completou Rodrigo Neves.

Boletim – De acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (19), Niterói tem 4.274 casos confirmados de Covid-19, com 769 em isolamento domiciliar sendo acompanhados pela Fundação de Saúde do Município. A cidade registra, até o momento, 175 óbitos e tem 3.203 pacientes recuperados.

Fonte: Prefeitura de Niterói




------------------------------------------------



LEIA TAMBÉM:

CORONAVÍRUS: Fiocruz divulga resultado da parceria com a Prefeitura de Niterói  
CORONAVÍRUS: Prefeitura de Niterói garante transparência dos seus gastos no combate à COVID-19  CORONAVÍRUS: Prefeitos repudiam posição do Governo Federal contra as medidas de contenção social
CORONAVÍRUS: Dois hotéis serão arrendados para abrigar a população de rua em Niterói

Repaginação do Canto Sul da Praia de Itaipu será concluída na próxima quinta


Mais uma importante entrega do Programa Região Oceânica Sustentável (PRO SUSTENTAVEL) acontecerá na próxima quinta-feira: a urbanização do Canto da Praia de Itaipu.

Trata-se de uma das localidades mais apreciadas pela população de Niterói e turistas, que frequentam a região em busca das águas calmas da praia, da gastronomia e da cultura da colônia de pescadores da área, que emprestam ao local um ar bucólico e interessante.

A obra valoriza a paisagem e os acessos à comunidade local, dá uma melhor ambiência ao Museu Arqueológico de Itaipu, oferece um palco para pequenas manifestações culturais, destina um espaço para feira de artesanato, permite a acessibilidade para cadeirantes à praia, ordena o estacionamento, oferece uma infraestrutura de apoio para os pescadores e resolve antigos problemas de saneamento e drenagem.

Parabéns à cidade de Niterói, à comunidade de Itaipu, à equipe da SEPLAG, do PRO Sustentável e ao arquiteto Renato Esteban. A obra ficou muito boa.

Axel Grael



----------------------------------------------------------------


Repaginação do Canto Sul da Praia de Itaipu será concluída na próxima quinta


Melhorias trazem uma nova perspectiva para moradores, turistas e pescadores da região, que é um dos locais mais visitados de Niterói - Divulgação / Berg Silva


Após sete meses de obras, orla revitalizada ganha deck, praça de eventos, acessibilidade e apoio a pescadores


Por O Dia

Niterói - A segunda etapa das obras de requalificação urbana do Canto Sul da Praia de Itaipu será entregue na próxima quinta-feira (25). Após sete meses de trabalho, esse trecho da orla recebeu uma grande restauração paisagística, com a organização dos estacionamentos que existiam no local, e ganhou praça de eventos, rampa de acessibilidade ao banho de mar para pessoas com dificuldades de locomoção - principalmente cadeirantes - e deck de madeira, além da construção de pequenas edificações de apoio para a atividade pesqueira.

Com a conclusão desta segunda etapa do projeto, serão entregues também pequenas edificações de apoio para a atividade pesqueira, a qual conta com a participação da Coordenação da Economia Solidária. Os novos espaços têm salas de reunião e de administração, além de um depósito de pescado.

O prefeito Rodrigo Neves enfatiza que todas estas melhorias trazem uma nova perspectiva para moradores, turistas e pescadores da região, que é um dos locais mais visitados de Niterói. E ressalta que a requalificação urbana e as edificações contribuirão para fomentar e desenvolver a economia local. 

“Esta obra mudou a chegada à praia de Itaipu, com um melhor ordenamento do espaço público, evidenciando ainda mais o patrimônio local, aumentando as potencialidades turísticas e valorizando a cultura pesqueira tradicional nesta região, além de ser um projeto que priorizou a questão da acessibilidade, com inclusão social. Todo o processo de intervenção teve a participação dos moradores, comerciantes, pescadores e agentes do patrimônio histórico cultural, tendo em vista que o trecho é tombado”, ressalta ele. 

O projeto foi desenvolvido pela Secretaria Municipal de Planejamento e Modernização da Gestão (Seplag), por meio do programa PRO-Sustentável, e contou com investimentos da Cooperação Andina de Fomento (CAF) no valor de R$ 1,9 milhão, com atuações específicas do arquiteto Renato Esteban, idealizador do projeto, e dos engenheiros Jorge Atkins e José Carlos, especialistas em hidrologia e em obras, respectivamente. O Canto de Itaipu, também conhecido como Vila dos Pescadores, é um dos locais de referência em Niterói, sendo um núcleo de atividades voltadas para a pesca, acervo histórico com o museu arqueológico e atividades de esporte e turismo.

“Todo o diferencial desta obra parte do princípio de que os verdadeiros idealizadores são os beneficiários diretos, ou seja, quem vive no local e frequentadores da praia de Itaipu, para melhor referenciar os resultados e abranger as melhores técnicas para a execução das obras”, explica Renato Esteban.

Fonte: O Dia



--------------------------------------------------------


LEIA TAMBÉM:
Prefeitura de Niterói licita obras de Requalificação Urbana do Canto de ItaipuA Filha ‘Careca’ de Itaipu será recuperada




quinta-feira, 18 de junho de 2020

Alunos do projeto Niterói Jovem Ecosocial recebem kits pedagógicos que irão auxiliar o trabalho de campo à distância






Um dos programas que eu mais me orgulho de ter desenvolvido nos meus sete anos e meio na Prefeitura foi o Programa Niterói Jovem EcoSocial, iniciativa que eu idealizei e implementei com o meu amigo Anderson Pipico, com a Valéria Braga e uma equipe dedicada e muito competente.

O EcoSocial é uma experiência inovadora pois integra a temática ambiental e da sustentabilidade, da inclusão social e da educação profissionalizante para jovens de comunidades em conflito social. Para atingir este objetivo, a Prefeitura desenvolveu uma parceria com a FIRJAN/SENAI e contratou mediante licitação, o Instituto Moleque Mateiro, organização especializada em educação ambiental, que faz o gerenciamento das atividades de campo do EcoSocial. Também, participam as organizações comunitárias das 11 localidades onde os projetos são desenvolvidos.

Na primeira fase do projeto, 400 jovens já foram selecionados e vêm participando da agenda educativa estabelecida, que mesmo com o isolamento social imposto pela pandemia da COVID-19, estão atuando de forma remota.

O EcoSocial integra o conjunto de programas do Pacto Niterói Contra a Violência , do qual também fui um dos idealizadores e coordenadores.

Niterói avançando para uma cidade referência de sustentabilidade urbana e de justiça social.

Axel Grael




------------------------------------------------------------


Alunos do projeto Niterói Jovem Ecosocial recebem kits pedagógicos que irão auxiliar o trabalho de campo à distância

Para ampliar o acesso aos conteúdos disponíveis, os participantes do projeto Niterói Jovem EcoSocial receberão, a partir de quinta-feira (18), um kit pedagógico que irá auxiliar o trabalho de campo à distância, que é conduzido pelo Instituto Moleque Mateiro. Desde o início da pandemia do coronavírus, quando as aulas presenciais foram suspensas, os alunos seguem um cronograma semanal de atividades.

O kit pedagógico é composto de uma ecobag, uma apostila e um pen drive com videoaula, que vem acompanhado de um adaptador para que os jovens consigam conectá-lo ao celular. Nesta quinta-feira, receberão o kit o primeiro grupo de 172 jovens, a fim de evitar aglomerações, com cronograma definido por ordem alfabética. A distribuição acontecerá das 10 às 16 horas, em três pontos da cidade.

Os jovens que integram o projeto e moram no Santo Inácio, Preventório, Cavalão, Vital Brazil e Souza Soares farão a retirada do kit na sede da Federação das Associações de Moradores de Niterói (Famnit). Aqueles que moram no Morro do Estado e Arroz, devem buscar o material na sede da Defesa Civil, no Centro. E os que moram na Vila Ipiranga, Morro do Céu, São José e Holofote podem retirar o kit no Horto do Fonseca.

Atualmente, 400 jovens com idades entre 16 e 24 anos, moradores de 11 territórios de Niterói participam do projeto. O Niterói Jovem EcoSocial acontece em duas etapas: o curso profissionalizante ministrado pelo Sesi/Senai e o trabalho de campo realizado pelo Instituto Moleque Mateiro.

“Mantivemos as atividades de forma virtual durante este período de distanciamento social por conta da pandemia do coronavírus, e os jovens estão executando as aulas e algumas atividades online. Percebemos a limitação do acesso à internet de alguns desses jovens e, por isso, faremos a distribuição dos kits pedagógicos”, explica o diretor do Instituto Moleque Mateiro, Pablo Araújo.

Neste período, os jovens permaneceram recebendo a bolsa no valor de R$ 750, através da Firjan. Em abril, eles também receberam uma cesta básica e uma nova entrega deverá acontecer nas próximas semanas para aqueles que não estão inscritos em outros programas de auxílio emergencial do Município.

“O Niterói Jovem EcoSocial é um projeto que tem como alvo jovens em situação de vulnerabilidade social, e é de extrema importância que eles se sintam acolhidos pelo poder público neste momento tão delicado. Desde o início da pandemia, houve a determinação da gestão municipal para que não se poupasse esforços para garantir a segurança alimentar destes jovens”, enfatizou o assessor técnico da Subsecretaria Executiva da Prefeitura de Niterói, Renato Lutterback. “Os jovens do projeto estão sempre em contato conosco perguntando sobre quando poderão estar de volta às salas de aula. Isso mostra que o objetivo do projeto está sendo alcançado. Eles estão com sede de aprendizado”, ressaltou.

O projeto – O Niterói Jovem EcoSocial foi concebido pela Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão (Seplag), através do Pacto Niterói Contra a Violência, em parceria com a Firjan e o Instituto Moleque Mateiro e é gerenciado pela Secretaria Executiva. A iniciativa tem como objetivo promover a inclusão social e econômica de jovens em situação de vulnerabilidade social, por meio de educação, profissionalização e práticas em projetos ambientais, valorizando e contribuindo para a sustentabilidade dos territórios onde residem.

O projeto tem dois eixos principais: qualificação profissional e atividade de campo. Para isso, os jovens participam de um curso ministrado pela Firjan no contraturno escolar, recebem a formação de Campo nos territórios ministrada pelo Instituto Moleque Mateiro e atuam em ações da Prefeitura, em áreas como Reflorestamento, Gestão de Recursos Hídricos, Manejo de Parques e Defesa Civil.

Para participar do projeto, o aluno deve estar matriculado e/ou cursando o ensino regular ou EJA (Educação de Jovens e Adultos); ser oriundo da escola pública e/ou bolsista integral de escolas privadas; ter terminado o ensino médio em escola pública ou com bolsa integral em escola privada.

Os cursos profissionalizantes são ministrados e certificados pelo Senai Niterói, em áreas de qualificação como eletricista de automóveis; mecânico de motocicletas; auxiliar de padaria e confeitaria; pizzaiolo; instalador hidráulico residencial; assistente administrativo; montador e reparador de computadores; costureiro industrial de vestuário; entre outros.

Além disso, o objetivo do trabalho de campo é que esses jovens possam contribuir como agentes de transformação de seus territórios no que tange à sustentabilidade ambiental.

Fonte: O Fluminense







segunda-feira, 15 de junho de 2020

Desmatamento pode favorecer novas pandemias



Com o desmatamento das florestas, aumenta a aproximação de humanos com outros primatas, facilitando a transmissão de doenças

Diversas pandemias já foram causadas por vírus transmitidos de animais para humanos, como HIV, Sars-CoV e Sars-CoV-2. Essas e outras patologias podem ser causadas pelo desmatamento contínuo para uso agrícola do solo ou habitação humana, aproximando animais silvestres e seus vírus das pessoas. É o que afirma um novo estudo publicado na revista Landscape Ecology.

A pesquisa buscou entender como os comportamentos humanos podem influenciar o aumento da incidência de doenças, em especial com a prática do desmatamento. Com a fragmentação de habitat, os seres humanos passaram a ter um contato mais frequente com animais silvestres.

Pelo menos 70% das enfermidades registradas desde a década de 1940 tiveram origem em animais, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Com mudanças causadas pelo ser humano na natureza e o aumento mundial do consumo de carne requisitando mais áreas para criação, outras doenças podem atingir diferentes partes do planeta de forma rápida.

Como o desmatamento favorece pandemias

Desmatamento aproxima humanos e primatas silvestres. (Fonte: Shutterstock)


O desmatamento e a fragmentação da paisagem foram identificados como processos que permitem a transmissão direta de infecções zoonóticas. Certos comportamentos humanos oferecem oportunidades de contato direto entre humanos e primatas não humanos selvagens (NHP).

Para entender o tamanho do perigo dessa aproximação, a pesquisadora Laura Bloomfield analisou famílias de indivíduos que tiveram contato com NHP e comparou com aquelas que não tiveram entre 2011 e 2015. A combinação de dados espacialmente explícitos sobre o uso da terra e os comportamentos humanos é crucial para a compreensão dos fatores sociais e ecológicos do contato humano-NHP, de acordo com a pesquisa.

O estudo ainda conclui que o aumento da densidade em torno das residências, bem como a coleta de alimentos na floresta e pequenas árvores para construção aumentam a probabilidade de contato de humanos com outros primatas. A destruição de ambientes naturais favorece a disseminação de doenças naturais de outros primatas e animais silvestres, e o desmatamento faz que com as espécies selvagens percam seu habitat e passem a viver próximas às pessoas, trazendo vírus que podem acabar causando pandemias.

Pandemia favorece desmatamento

Floresta pode se transformar em grande savana. (Fonte: Shutterstock)


O desmatamento na Amazônia bateu recorde no primeiro trimestre de 2020, quando os olhos do mundo estavam voltados para a pandemia causada pelo novo coronavírus. Sumiram 796 quilômetros quadrados de mata, um aumento de 51% em relação ao mesmo período de 2019, de acordo com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Um estudo publicado no Climate News Network afirma que 2020 é crucial para a Floresta Amazônica, que pode atingir um ponto em que não será mais possível recuperá-la. Caso o ecossistema entre em colapso, toda a área da mata pode se tornar uma savana em 50 anos. Nos últimos 12 anos, a Amazônia perdeu 177 mil metros quadrados para o desmatamento, segundo o Inpe; destes, 10 mil quilômetros foram destruídos apenas em 2019, o que representa crescimento de 60% em relação à área perdida em 2012.

Fontes: Medical News Today, Prodes/Inpe e SpringetrLink.

Fonte do texto: Estadão







domingo, 14 de junho de 2020

PRO SUSTENTÁVEL: Assista ao documentário "Piratininga Memórias de uma Lagoa"


O vídeo aqui apresentado, produzido pela BemTV, por solicitação do PRO SUSTENTÁVEL, é o resultado do trabalho de escuta aos moradores mais antigos do entorno da Lagoa de Piratininga, registrando a memória da vida antes do processo de degradação ambiental do Sistema Lagunar de Piratininga-Itaipu, bem como a percepção do crescimento da urbanização o aumento da poluição e a redução da presença da lagoa na vida das pessoas.

Uma das minhas primeiras campanhas como militante ambientalista, iniciada no final da década de 1970, foi em defesa dos ecossistemas dessas lagoas. 

Em 2012, quando decidi aceitar ser candidato a vice-prefeito de Niterói, acompanhando a chapa do prefeito Rodrigo Neves, a minha grande motivação foi transformar antigos sonhos em realidade. Sair da ação ambientalista reivindicatória, arregaçar as mangas e partir para a execução de projetos sonhados há tanto tempo. 

A forma de instrumentalizar o conjunto de ações ambientais e de infraestrutura foi captar recursos junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina - CAF e desenvolver o PRO SUSTENTÁVEL, programa que inclui o Parque Orla de Piratininga - POP, o Projeto de Renaturalização do Rio Jacaré e outras iniciativas de despoluição das lagoas. Também inclui o Sistema Cicloviário da Região Oceânica, um marco da mobilidade sustentável em Niterói. Estas são algumas das iniciativas de sustentabilidade que eu tive a oportunidade de idealizar quando estive nos últimos sete anos e meio na Prefeitura.

E Niterói vai se consolidando como uma referência de sustentabilidade urbana. Este caminho tem que continuar.

Axel Grael



------------------------------------------------------


Piratininga Memórias de uma Lagoa





Documentário sobre a memória dos moradores que residem no entorno da Lagoa de Piratininga. O documentário aborda desde a chegada dos primeiros moradores, passando pela expansão após a construção da ponte Rio – Niterói, até os dias atuais. 

Histórias como a fartura de peixes, brincadeiras, comércio local e até fantasmas são lembradas pelos moradores através de suas vivências no território. 

O documentário foi realizado no âmbito das ações do programa PRO Sustentável da Prefeitura Municipal de Niterói. 






PARQUE ORLA DE PIRATININGA: início das obras será nos próximos dias. Saiba mais sobre o projeto





O vídeo acima explica como será e a importância do Parque Orla de Piratininga - POP, iniciativa que faz parte do Programa Região Oceânica Sustentável - PRO SUSTENTÁVEL, conduzido pela Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão - SEPLAG, da Prefeitura de Niterói.

Começamos a idealizar o PRO Sustentável em 2014, fizemos as negociações pata a captação dos recursos junto à CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) e o contrato de empréstimo foi finalmente assinado no final de 2016. Juntamente com os investimentos em saneamento, em mobilidade sustentável (TransOceânica e o Niterói de Bicicleta), o PRO Sustentável é uma das principais alavancas do salto de Niterói para a sustentabilidade urbana.

O Parque Orla de Piratininga - POP é um dos mais importantes componentes do PRO Sustentável e, mesmo antes do início das obras para a sua implantação, o projeto já foi reconhecido e premiado no país e no exterior. Implantação de parques em Niterói, é uma das prioridades de Niterói, conforme foi 

A primeira etapa do Parque Orla de Piratininga - POP, que abrange a infraestrutura verde, está em fase final de licitação, e a segunda etapa, que inclui obras de edificações e infraestrutura física, já está também sendo licitada. Saiba mais sobre a licitação da segunda etapa e o seu escopo de investimentos:

OBJETO: Contratação de empresa especializada para execução das obras de Urbanização e de Edificações do Parque Orla Piratininga, localizado na Região Oceânica de Niterói, no âmbito do Programa Região Oceânica Sustentável (PRO Sustentável), conforme Projetos Executivos aprovados, constantes das especificações técnicas do Termo de Referência, que constitui o Anexo I.

EDITAL PARA A IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA CICLOVIÁRIO DA REGIÃO É DESTAQUE NO O GLOBO 

Parabéns a toda equipe do PRO Sustentável e das demais inciativas que permitem que Niterói faça história, mostrando o caminho para a sustentabilidade urbana.

Axel Grael 






sábado, 13 de junho de 2020

NOVO NORMAL: Como será e como influenciar para que esse novo futuro seja melhor?






Ultimamente, muito tem se falado e se pensado sobre o que será o tão propalado "Novo Normal", período que sucederá a pandemia da COVID-19. O termo remete-se ao entendimento que o que vem pela frente não será como o que havia antes. Mesmo com a chegada da tão esperada vacina para a COVID-19, ou sem ela, teremos uma trajetória gradual para uma nova rotina e a vida seguirá adiante, levando consigo as marcas do que estamos vivendo. O fato é que todos nós estaremos mergulhados nesse Novo Normal nos próximos meses: queiramos ou não!

A COVID-19 é uma tragédia, talvez a maior uma das maiores da história, que impõe um duro sofrimento pelas perdas de vidas, além da queda da renda das famílias, dos empregos e outras duras consequências. Isso nos leva a uma primeira reflexão: depois de tudo isso que estamos passando, caso voltássemos a ser o que éramos antes, estaríamos desperdiçando uma oportunidade histórica que nos leve ao caminho de um futuro melhor, sobre bases sustentáveis, solidárias e de justiça social.

É evidente que a vida mudou durante a pandemia, embora nem todos têm a clara dimensão do quanto as mudanças serão irreversíveis e para onde elas poderão nos levar. A pandemia tomou o mundo de surpresa e descortinou o quanto a humanidade está vulnerável a eventos de dimensões planetárias, forçando reflexões sobre a atual capacidade de governança planetária e sobre inquietações do tipo: 

  • Como evitar ou enfrentar com mais eficiência novas pandemias? 
  • Com as mudanças climáticas, a poluição, a destruição de ecossistemas e outras transformações no planeta, as pandemias serão mais frequentes? Quando será a próxima? 
  • Temos instituições supranacionais ou internas aos países em condição de gerir futuras crises? 
  • O mundo descobriu que depende da indústria chinesa para algumas de sua necessidades mais básicas. Isso mudará a economia mundial, as estratégias nacionais e o comércio entre as nações?

Enfrentando uma crise política e econômica, com um governo que de forma irresponsável optou por uma posição negacionista sobre a real dimensão do problema, o Brasil falhou na capacidade de resposta a uma ameça desta dimensão e, lamentavelmente, o país tornou-se um dos epicentros mundiais da pandemia, contabilizando dezenas de milhares de vítimas fatais. Só perde agora para o número de óbitos dos EUA, que também teve uma posição negacionista no início, mas embora tardiamente, mudou o discurso - o que não se verificou por aqui. 

O que se obteve de resposta à pandemia no país, ocorreu principalmente devido à estrutura do SUS e a sua gestão descentralizada. Na ausência da União, com o que restou do pacto federativo, estados e municípios assumiram a liderança das ações, com alguns destaques, como se verificou no caso do município de Niterói, cuja ação vem ganhando repercussão nacional e internacional. 

Uma das mais severas consequências da COVID-19 é na economia. Um estudo recentemente publicado pelo IPEA (veja abaixo) mostra o tamanho do impacto da pandemia na atividade econômica e nas relações do trabalho.

Diante do imperativo do isolamento social a que as famílias foram submetidas, surgiram novos hábitos e a necessidade de convívio com novas tecnologias, como as ferramentas de reunião online, seja para fins profissionais ou de relacionamento social. Como projetar o tamanho dessas mudanças para o Novo Normal? O edital de O Globo, da edição de 10/06/2020, apresenta números de pesquisas que indicam que já é possível estimar a mudança do comportamento e da rotina das pessoas num futuro próximo e que  as suas consequências são inegáveis.

Os estudos começam a mostrar a face do Novo Normal. Os novos costumes de relacionamento remoto, além de mudar as relações de trabalho, podem ter impacto na redução da demanda por mobilidade e consolidará o comércio online, um campeão de adesão nos tempos atuais, com as entregas de encomendas em domicílio sendo cada vez mais intensas. Uma das consequência deste processo é a crescente exigência pela melhoria das condições de conectividade. 

As pessoas estarão ainda mais tempo nas atividades online? Se assim for, pode-se esperar que haja uma rápida mudança de comportamento social gerados pela diminuição da necessidade de relação presencial, com consequências para a saúde, o aumento da necessidade da prática de esportes (serviços de academias etc) para combater o sedentarismo, que virá das práticas de "home office" e outros novos hábitos?

Como serão as escolas, as universidades, as igrejas, os espaços de representação política e social? Como será a procura pelos espaços de lazer, cultura, entretenimento e de relacionamentos sociais (espaços de convívio como praias, praças, parques, clubes, bares etc), nesse novo cenário? Como o novo comportamento impactará as relações de consumo, as demandas por serviços, pelo turismo, serviços públicos etc.

Novos tempos virão e o debate é para onde estas mudanças nos levarão? O acesso aos dados digitais, a capacidade de domínio dos novos recursos de comunicação, demandantes de conectividade e um certo domínio de habilidades e conhecimentos específicos, poderão aumentar as diferenças sociais? Teremos pela frente um ambiente propício para a transformação para uma sociedade sustentável, para economia verde, para novas relações de trabalho?

Como retomar a economia, o emprego, a renda das famílias, a vida da cidade? Quem terá mais protagonismo para promover as mudanças? Governo, sociedade civil, mercado? O mundo vive um momento de exacerbação das diferenças, de intransigência, de radicalização da política e de comportamentos. Os desafios são cada vez mais complexos e não há soluções simplistas para problemas complexos. Não haverá uma "bala de prata", nem "salvadores da pátria". Acredito que as mudanças serão lideradas, ou melhor, catalizadas e facilitadas por multiatores, por pessoas e grupos sociais capazes de interpretar as necessidades coletivas e aspirações individuais, gerando processos sociais edificantes, mediando conflitos e construindo consensos.

A mudança de rumo poderá ser para melhor ou pior, dependendo do quanto formos capazes de influenciar estas mudanças. Ideias inovadoras e a mobilização de forças transformadoras para a sustentabilidade com justiça social nunca tiveram a oportunidade que têm agora e nunca foram tão imprescindíveis. Resta fazer com que as pessoas capazes de promover as mudanças percebam a força e a importância histórica que têm nas mãos. 

Quem são essas pessoas? QUE TAL VOCÊ??? Pense nisso.

Axel Grael




-----------------------------------------------


Mudanças no trabalho e no fluxo urbano devem ser permanentes

Estudo mostra que no Rio 2 milhões de pessoas deverão migrar para o home office

Editorial O Globo

Acabou em março a era dos grandes aglomerados de pessoas nos escritórios e no chão das fábricas. A pandemia vai obrigar a uma remodelagem de leis, normas privadas e protocolos sanitários nas cidades e nas empresas.

O trabalho remoto, por exemplo, é parte dessa nova realidade. Foi abreviado pela surpresa pandêmica. Mais de 20 milhões de pessoas devem passar a trabalhar à distância, em home office, preveem o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

A mudança deve afetar 25% dos 434 tipos de ocupações no mercado de trabalho — atividades intelectuais, técnicas, científicas e executivas. Pelas projeções, em São Paulo mais de 6 milhões de pessoas, hoje ocupando 27,7% dos empregos disponíveis no estado, tendem a transitar para o trabalho remoto, ou teletrabalho. No Estado do Rio seriam 2 milhões (26,7%), e no Distrito Federal, 450 mil (31,6%).

Nada será como antes, porque a pandemia obriga, também, mudanças no chão de fábrica. A Volkswagen mostrou o que está por vir ao reabrir a fábrica em São Bernardo do Campo (SP). O grupo adaptou ideias em experimento na China e na Alemanha. O “Valor” descreveu a nova rotina, com trabalhadores de máscaras embarcando nos ônibus fretados depois da checagem de temperatura, higienização, em fila, com lugares marcados. No portão, nova etapa de higiene. Na linha de produção o turno passou a ser único — há 70 dias era duplo e, no ano passado, triplo. Cada funcionário recebe três máscaras laváveis.

Na seção de montagem, automatizada, há uma série de novas normas, como a de limpeza constante de ferramentas. Em alguns núcleos o novo equipamento de proteção individual inclui máscara em tecido sobreposta a uma outra, de polietileno e transparente. Horários de refeições foram escalonados por turmas. Nos restaurantes, mesas só para duas pessoas, com luvas e máscaras.

São medidas obrigatórias na nova “normalidade”. Cidades vão precisar repensar a logística, reescalonar horários de fluxo de transporte nas áreas centrais e o funcionamento do comércio, além de integrar as redes pública e privada de saúde.

O sucesso da progressão no trabalho remoto ou no chão de fábrica dependerá, cada vez mais, da expansão da infraestrutura digital. Vai exigir uma transição mais rápida para a tecnologia 5G, capaz de proporcionar ambiente mais seguro e veloz na transmissão de dados. Esse será um dos maiores desafios na etapa pós-pandemia.

Fonte: O Globo


-----------------------------------------------------


Publicação inédita do Ipea avalia impacto da Covid-19 por setor econômico

Boletim de Acompanhamento Setorial da Atividade Econômica revela brusca reversão dos indicadores de serviços, comércio e indústria

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) passa a acompanhar, mensalmente, o desempenho dos principais segmentos de serviços, comércio e indústria, sob a ótica da crise provocada pela pandemia da Covid-19. A primeira edição do “Boletim de Acompanhamento Setorial da Atividade Econômica”, divulgado nesta quarta-feira (27), mostra que o bom desempenho dos indicadores de atividade econômica no 1º bimestre de 2020 foi bruscamente revertido a partir de março, com a adoção de medidas de prevenção ao novo coronavírus. As projeções antecipam dados das séries divulgadas nas pesquisas do IBGE: Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF); Pesquisa Mensal de Comércio (PMC); e Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). A análise faz um cruzamento de dados com um conjunto amplo de informações, desde pesquisas qualitativas a dados diários referentes a transações comerciais.

O setor mais atingido até agora é a indústria, cujo destaque negativo em março foi a produção total de automóveis (-95%). A previsão do Ipea aponta para uma retração de 36,1% em abril, em relação ao mês anterior.

No comércio varejista, a piora deve ser disseminada, com as vendas encolhendo 34,7% entre os meses de março e abril. O setor de serviços também foi severamente impactado pela pandemia - apenas o segmento de tecnologia, informação e comunicação deve recuar -21,2% no período. O Ipea prevê redução de 23,7% para o indicador PMS (Pesquisa Mensal de Serviços, do IBGE) de abril.

O boletim apresenta uma projeção detalhada por segmento para o mês de abril, cujos dados ainda não estão divulgados. A indústria alimentícia, que cresceu 0,5 % em março, tem previsão de queda de -14,7%. A produção de derivados de petróleo e biocombustíveis, que já havia recuado em março (-0,3%), despencaria para -14,3% - mesmo índice previsto para artigos químicos (que caíram -4,7% em março). O crescimento em março nos setores de produção de celulose e papel (0,3%) e artigos de limpeza e perfumaria (0,7%) também deve ser revertido em abril, com queda de 1,4% e 2,7% respectivamente.

A fabricação de produtos de borracha e plástico (-12,5% em março) deve cair para -24,3% em abril, mesmo movimento da metalurgia (-3,4% em março e -9,7% em abril), e da fabricação de equipamentos de informática e produtos eletrônicos (-7,2% em março e -33,1% em abril). A produção de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que teve queda expressiva de -10,6% em março, deve recuar ainda mais em abril (-17,4%). Seguem essa tendência a produção de máquinas e equipamentos (de -9,1% para -19,6%), outros equipamentos de transporte (-4,4% para -41,7%) e outros produtos manufaturados (-0,3% para -30,3%). Um dos mais afetados em março foi o segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias (- 28%), com projeção de queda da produção de expressivos -92,9% em abril.

Para alguns setores, porém, a expectativa é de prejuízos menores em abril, na comparação com o mês de março deste ano. A construção civil, que registrou queda em março de -12,3%, tem projeção de -7% para abril. A produção têxtil, que caiu -20% em março, deve se recuperar um pouco (-10,6%). Nessa mesma linha estão artigos para vestuário (-37,8% em março para -14,6% em abril), artigos de couro e calçados (-31,5% para -6,6%) e farmoquímicos e farmacêuticos (-10,9% para -0,8%). Nesse último caso o prejuízo é menor devido à demanda por medicamentos.

Segundo Leonardo de Carvalho, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, “houve prejuízos menores, mas eu destacaria casos como o da celulose, que caiu um pouco, de um crescimento de 3% em março para um recuo de -1,4% em abril. Os empresários do setor externaram uma perspectiva positiva para a demanda externa e esse fato está relacionado diretamente à Covid-19, que elevou o consumo de papel para fins sanitários e embalagens”.

Acesse aqui a íntegra do documento

Assessoria de Imprensa e Comunicação
(21) 98616-6301/98556-3093p
(61) 99427-4553
ascom@ipea.gov.br

Fonte: IPEA


-----------------------------------------------------


LEIA TAMBÉM:

Pesquisa mostra o impacto ambiental dos nossos hábitos online 







quinta-feira, 11 de junho de 2020

Pesquisa mostra o impacto ambiental dos nossos hábitos online



Tudo o que fazemos na vida gera impactos ambientais e, às vezes, nem percebemos ou temos consciência disso. O texto abaixo, da BBC, mostra o resultado de estudos sobre o impacto ambiental e os impactos sobre o clima de várias práticas cotidianas de Tecnologia da Informação ou de mídias tecnológicas para assistir filmes, ouvir música etc.

O ato de produzir um simples "like" nas redes sociais pode representar um custo energético desprezível, mas quando se multiplica pelo número de pessoas que utilizam diariamente estes recursos tecnológicos, chega-se a números surpreendentemente altos.

Para que se tenha ideia da dimensão, o texto informa que "cientista-chefe do projeto Eureca, financiado pela Comissão Europeia, calculou que o clipe da música Despacito (2017), que atingiu 5 bilhões de visualizações, consumiu tanta eletricidade quanto o Chade, Guiné-Bissau, Somália, Serra Leoa e República Centro-Africana juntos em um único ano".

A divulgação de informações como estas aqui repassadas nos ajudam na tomada de decisão sobre produtos ou tecnologias a consumir e a percepção dos custos ambientais tem levado as empresas a reconhecer a sua responsabilidade ambiental, reduzir o consumo de energia de seus produtos (por exemplo), a se engajar em iniciativas compensatórias e participar de campanhas climáticas etc.

Cabe uma boa reflexão...

Axel Grael


------------------------------------------------



Como nossos hábitos online podem ser nocivos para o planeta

A internet nos permite enviar mensagens, compartilhar fotos, baixar músicas, assistir a vídeos... Mas cada uma destas atividades vem acompanhada de um pequeno custo para o meio ambiente.


A pegada de carbono dos nossos dispositivos, da internet e dos respectivos sistemas de suporte representa cerca de 3,7% das emissões globais de gases do efeito estufa.


Sarah Griffiths
Por BBC

É provável que você já tenha respondido alguns e-mails hoje, enviado mensagens pelo WhatsApp e feito uma pesquisa rápida no Google. À medida que o dia passa, você sem dúvida ficará ainda mais tempo conectado, baixando fotos, ouvindo música e vendo vídeos.

Cada uma dessas atividades que você realiza online vem acompanhada de um pequeno custo para o meio ambiente – alguns gramas de dióxido de carbono são emitidos devido à energia necessária para rodar seus dispositivos e alimentar as redes sem fio que você acessa.

Sem contar com os datacenters e os servidores, necessários para armazenar, processar e distribuir todo conteúdo que consumimos na internet, que talvez sejam os maiores consumidores de energia.

Embora a energia necessária para fazer uma simples busca na internet ou enviar um e-mail seja pequena, aproximadamente 4,1 bilhões de pessoas (53,6% da população global) estão conectadas hoje. Ou seja, esses pequenos fragmentos de energia, e os gases de efeito estufa associados a cada atividade online, são multiplicados.

A pegada de carbono dos nossos dispositivos, da internet e dos respectivos sistemas de suporte representa cerca de 3,7% das emissões globais de gases do efeito estufa, de acordo com algumas estimativas.

É similar à quantidade produzida pela indústria de aviação a nível mundial, explica Mike Hazas, pesquisador da Universidade de Lancaster, no Reino Unido. E a previsão é que essas emissões dobrem até 2025.

Se dividirmos a grosso modo as 1,7 bilhão de toneladas de emissões de gases de efeito estufa que se estima serem geradas na produção e operação de tecnologias digitais entre todos os usuários de internet no mundo, isso significa que cada um de nós é responsável pela emissão de 400g de dióxido de carbono por ano.

Mas essa conta não é tão simples – esse número pode variar dependendo de onde você está. Os usuários da internet em algumas partes do planeta terão uma pegada de carbono desproporcionalmente grande.

Um estudo estimou que, há 10 anos, os usuários médios de internet na Austrália eram responsáveis pela emissão equivalente a 81 kg de dióxido de carbono (CO2e) na atmosfera. As melhorias na eficiência energética, a economia de escala e o uso de energia renovável, sem dúvida, reduziram esse volume, mas é claro que as pessoas nos países desenvolvidos ainda são responsáveis pela maior parte da pegada de carbono da internet. (CO2e é uma unidade usada para expressar a pegada de carbono de todos os gases de efeito estufa juntos, como se todos fossem emitidos como dióxido de carbono)

A constatação de que as atividades que executamos online estão prejudicando o planeta levou algumas pessoas a agir.

"Tudo o que pudermos fazer para reduzir as emissões de carbono é importante, não importa quão pequeno seja, e isso inclui a maneira como nos comportamos na internet", diz Philippa Gaut, professora de Surrey, no Reino Unido.

Ela faz parte de um grupo cada vez maior de consumidores preocupados com o meio ambiente, que estão tentando reduzir seu impacto no planeta gerado pela internet.

"Se todo mundo mudasse os hábitos, teria mais impacto", acrescenta.

Uma das dificuldades em descobrir a pegada de carbono de nossos hábitos online é que não há um amplo consenso sobre o que deve ou não ser incluído. Devemos incluir, por exemplo, as emissões provenientes da fabricação dos hardwares de computação? E as emissões das equipes e dos edifícios de empresas de tecnologia?

Até os dados sobre o funcionamento dos datacenters são contestáveis – muitos operam com energia renovável, enquanto algumas empresas compram "créditos de carbono" para compensar seu uso de energia.

Nos EUA, os datacenters são responsáveis por 2% do uso de eletricidade no país, enquanto globalmente representam pouco menos de 200 terawatt-hora (TWh). Mas, de acordo com a União Internacional de Telecomunicações (UIT), da Organização das Nações Unidas (ONU), esse número se manteve estável nos últimos anos, apesar do aumento do tráfego na internet.

Isso se deve principalmente à melhoria da eficiência energética e ao movimento para centralizar os datacenters em instalações gigantes.

Mas enquanto muitas empresas afirmam alimentar seus datacenters usando energia renovável, em algumas partes do mundo eles ainda são amplamente dependentes da queima de combustíveis fósseis. E pode ser difícil para os consumidores escolherem que datacenters querem usar.

Vários dos principais provedores de nuvem, no entanto, se comprometeram a reduzir suas emissões de carbono – então armazenar fotos, documentos e executar serviços em seus servidores sempre que possível é uma abordagem que pode ser adotada.


Enquanto os e-mails de spam apresentam uma pegada de carbono relativamente pequena, o envio de imagens ou anexos pesados pode tornar o impacto muito maior.


Do ponto de vista individual, o simples fato de trocar de aparelho com menos frequência é uma maneira de reduzir a pegada de carbono da tecnologia digital. Os gases de efeito estufa emitidos na fabricação e transporte desses dispositivos podem representar uma parcela considerável das emissões ao longo da vida útil de um equipamento eletrônico.

Um estudo da Universidade de Edimburgo, na Escócia, mostrou que estender de quatro para seis anos o tempo que você usa um computador e monitor pode evitar o equivalente a 190 kg de emissões de carbono na atmosfera.

Mensagens ecológicas

Também podemos mudar a maneira como usamos os gadgets para reduzir nossas pegadas digitais de carbono. Uma das formas mais fáceis de começar é alterando o modo como enviamos mensagens.

Talvez não seja surpresa, mas a pegada de carbono de um e-mail também varia significativamente – dependendo se é um e-mail de spam (0,3g de CO2e), um e-mail comum (4g de CO2e) ou um e-mail com foto ou anexo pesado (50g de CO2e), de acordo com o pesquisador Mike Berners-Lee, da Universidade de Lancaster.

Todavia, esses dados foram formulados por Berners-Lee há 10 anos. E de acordo com Charlotte Freitag, especialista em pegada de carbono da Small World Consulting, empresa fundada por Berners-Lee, o impacto dos e-mails pode ter aumentado.

"Achamos que a pegada por mensagem pode ser maior hoje, uma vez que as pessoas estão usando telefones maiores", diz ela.

Com base nos dados antigos, algumas pessoas estimaram que seus e-mails podem gerar 1,6 kg de CO2e em um único dia. O próprio Berners-Lee também calculou que um usuário corporativo padrão produz 135 kg de CO2e enviando e-mails a cada ano, o que equivale a dirigir 321km de carro.

Mas pode ser fácil reduzir esse impacto. Se simplesmente pararmos com sutilezas desnecessárias, como e-mails só para dizer “obrigada”, podemos economizar coletivamente muitas emissões de carbono.

Se cada adulto no Reino Unido enviasse um e-mail a menos de “obrigada”, isso poderia evitar a emissão de 16.433 toneladas de carbono por ano – o equivalente a tirar 3.334 carros a diesel das ruas, de acordo com a empresa de energia OVO.

"Embora a pegada de carbono de um e-mail não seja grande, é um ótimo exemplo do princípio mais amplo de que cortar o desperdício de nossas vidas é bom para o nosso bem-estar e para o meio ambiente", acrescenta Berners-Lee.

Trocar os anexos do e-mail por links para documentos e não enviar mensagens para vários destinatários ao mesmo tempo é outra maneira fácil de reduzir nossa pegada de carbono digital, além de cancelar o recebimento de e-mails que não lemos mais.

"Cancelei o recebimento de newsletters geradas automaticamente. Quando fiquei sabendo da pegada de carbono dos e-mails, fiquei horrorizada", diz Gaut.

"Agora, tomo cuidado para não cadastrar meu e-mail em novos sites… isso me fez mais consciente do impacto."

De acordo com estimativas do serviço antispam Cleanfox, o usuário médio recebe 2.850 e-mails indesejados por ano, responsáveis pela emissão de 28,5 kg de CO2e.

Optar por enviar uma mensagem de texto (SMS) talvez seja a alternativa mais ecológica como forma de manter contato, uma vez que cada mensagem gera apenas 0,014g de CO2e.


"Embora a pegada de carbono de um e-mail não seja grande, é um ótimo exemplo do princípio mais amplo de que cortar o desperdício de nossas vidas é bom para o nosso bem-estar e para o meio ambiente"


Estima-se que um tuíte tenha uma pegada de 0,2g de CO2e (embora o Twitter não tenha respondido às solicitações para confirmar esse número), enquanto o envio de mensagem por meio de aplicativos como WhatsApp ou Facebook Messenger tenha uma intensidade de carbono apenas um pouco menor do que enviar um e-mail, de acordo com cálculos de Freitag.

Agora, mais uma vez, isso pode depender de o que você está enviando – gifs, emojis e imagens têm uma pegada maior do que um texto simples.

A pegada de carbono de fazer uma ligação de um minuto pelo celular é um pouco maior do que enviar uma mensagem de texto, segundo Freitag, mas o impacto de fazer chamadas de vídeo pela internet é infinitamente maior.

Um estudo de 2012 estimou que uma reunião por videoconferência de cinco horas com participantes de diferentes países produziria entre 4 kg e 215 kg de CO2e.

Mas é importante lembrar que se a videoconferência substitui deslocamentos (como viagens de carro ou avião) para chegar à reunião, pode ser muito melhor para o meio ambiente.

O mesmo estudo constatou que uma videoconferência produz apenas 7% das emissões de reuniões presenciais.

Pesquisa limpa

A pesquisa na internet é outra área complicada. Há uma década, cada busca tinha uma pegada de 0,2 g de CO2e, segundo dados divulgados pelo Google.

Hoje, o Google usa uma combinação de energia renovável e compensação de carbono para reduzir a pegada de suas operações, enquanto a Microsoft, dona do mecanismo de busca Bing, prometeu remover mais carbono da atmosfera do que emite até 2030.

Em paralelo, há iniciativas em andamento para investigar se essa pegada é agora mais alta ou mais baixa.


Perder menos tempo com mensagens muitas vezes desnecessárias de ‘obrigada’ também pode reduzir a pegada de carbono do seu e-mail.


De acordo com os dados do próprio Google, no entanto, um usuário médio dos seus serviços – alguém que realiza 25 buscas por dia, assiste a 60 minutos de YouTube, tem uma conta do Gmail e acessa outros serviços da empresa – produz menos de 8g de CO2e por dia.

Ferramentas de busca mais novas, no entanto, estão tentando se destacar como opções mais ecológicas desde o início. A Ecosia, por exemplo, diz que plantará uma árvore para cada 45 buscas realizadas.

Esse tipo de compensação pode ajudar a remover o carbono da atmosfera, mas o sucesso de iniciativas como essa geralmente depende de quanto tempo leva para as árvores crescerem e o que acontece quando são cortadas.

Independentemente do mecanismo de busca que você escolher, o uso da web para encontrar informações é mais sustentável do que pesquisar nos livros.

Na verdade, a pegada de carbono de um livro é de cerca de 1 kg de CO2e, enquanto a de um jornal publicado no fim de semana é de 0,3 kg a 4,1 kg de CO2e, o que torna a leitura das notícias na internet mais ecológica do que no papel.

Mas você pode ler livros pelo resto da vida – 2,3 mil para ser mais preciso – até alcançar a mesma pegada de carbono de um voo de Londres para Hong Kong. Portanto, não se sinta culpado ao comprar o próximo best-seller.

Aqueles que se sentiram tentados a investir em criptomoedas também podem querer pensar cuidadosamente a respeito do impacto ambiental dessas transações.

O algoritmo de "prova de trabalho", usado para validar transações no blockchain (espécie de banco de dados descentralizado que usa criptografia para registrar as transações) requer uma capacidade de processamento enorme.

Um estudo recente estimou que o BitCoin sozinho é responsável por cerca de 22 milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono por ano – maior do que toda a pegada de carbono da Jordânia.

Vencendo o tédio

Assistir a vídeos online representa a maior parte do tráfego da internet no mundo (60%) e gera 300 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, o que equivale a aproximadamente 1% das emissões globais, de acordo com o centro de estudos francês The Shift Project.

Isto porque, além da eletricidade usada pelos dispositivos, há a energia consumida pelos servidores e redes que distribuem o conteúdo.

"Se você liga a televisão para assistir ao Netflix, aproximadamente metade da energia é usada para alimentar a TV, e a outra metade é usada para alimentar a Netflix", diz Hazas.

Alguns especialistas insistem, no entanto, que a energia necessária para armazenar e transmitir vídeos é menor do que atividades de processamento mais intensas realizadas pelos datacenters.

Parte da poluição ambiental resultante do uso da internet também é proveniente de um tipo de navegação controversa. A pornografia é responsável por um terço do tráfego de streaming de vídeo, gerando tanto dióxido de carbono quanto a Bélgica em um ano.

As plataformas de streaming, como Amazon Prime e Netflix, representam mais um terço, enquanto o terço final da pegada de carbono do streaming de vídeo se refere a assistir a conteúdos no YouTube e nas redes sociais.

A Netflix afirma que seu consumo de energia global chega a 451.000 megawatts-hora por ano, o suficiente para abastecer 37 mil residências, mas insiste que compra certificados de energia renovável e crédito de carbono para compensar qualquer energia proveniente de fontes de combustíveis fósseis.

O streaming e o download de músicas também têm impacto no meio ambiente.

Rabih Bashroush, pesquisador da Universidade de East London (UEL) e cientista-chefe do projeto Eureca, financiado pela Comissão Europeia, calculou que o clipe da música Despacito (2017), que atingiu 5 bilhões de visualizações, consumiu tanta eletricidade quanto o Chade, Guiné-Bissau, Somália, Serra Leoa e República Centro-Africana juntos em um único ano.

"O total de emissões do streaming dessa música pode ser superior a 250 mil toneladas de dióxido de carbono", diz ele.

No entanto, Hazas ressalta que algumas visualizações do YouTube são involuntárias. Um estudo liderado por sua colega Kelly Widdicks analisou os hábitos de streaming e descobriu que alguns espectadores usam o YouTube como barulho de fundo e, às vezes, até pegam no sono, gerando carbono a troco de nada.

Reduzir esse tipo de uso ou evitar que o vídeo seja reproduzido acidentalmente em um navegador aberto quando você não está assistindo, pode ajudar a reduzir sua pegada de carbono.

Alterar as configurações de reprodução automática e assistir ao vídeo com uma resolução mais baixa, quando a alta definição não é necessária, também pode fazer a diferença.

Mas, segundo Hazas, a maneira mais eficiente de ver seu programa favorito é esperar até que ele esteja disponível na televisão ou optar por fazer o streaming via Wi-Fi, em vez de usar uma rede móvel.

"Usar o telefone com rede móvel consome pelo menos duas vezes mais energia do que o Wi-Fi. Portanto, se você puder esperar até chegar em casa para assistir ao YouTube, melhor", explica. E uma das maneiras mais agradáveis de ser ambientalmente correto é assistir a filmes e programas de televisão acompanhado.

“No geral, o áudio é menos problemático”, acrescenta Hazas, uma vez que o streaming de áudio consome menos energia e carbono do que o streaming de vídeos.

Mas pesquisadores da Universidade de Oslo, na Noruega, descobriram que o impacto ambiental de ouvir música nunca foi tão alto – com uma pegada de 200 mil a 350 mil toneladas de CO2e somente nos EUA, proveniente de músicas baixadas em MP3 players.

Acredita-se que as emissões associadas aos serviços de streaming de música possam ser ainda maiores.

No entanto, o número de vezes que você ouve uma música pode fazer a diferença. Comprar um disco ou CD físico pode ser mais indicado se você ouvir o mesmo álbum repetidamente. Mas, se você ouvir determinada música menos de 27 vezes ao longo da sua vida, o streaming pode ser melhor.

Da mesma forma, estima-se que o custo ambiental de baixar jogos de videogame seja maior do que a produção e distribuição de discos Blu-Ray. A primeira tentativa de mapear o uso de energia dos games nos EUA mostrou que os mesmos produzem 24 megatoneladas de dióxido de carbono por ano.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, que conduziram o estudo, descobriram que os jogadores de games americanos utilizam 2,4% da eletricidade doméstica – 32 terawatts-hora de energia por ano – mais do que um freezer ou máquina de lavar.

Eles também constataram que o streaming de games consome mais energia; portanto, as emissões de carbono podem piorar à medida que mais gente joga games em que o trabalho computacional está sendo realizado remotamente, e não em consoles individuais, como em dispositivos como o Google Stadia.

Mas Hazas é mais otimista.

"A pegada de carbono de jogos multiplayer, como Fortnite, não é tão ruim", diz ele.

"Eles são desenvolvidos para serem responsivos, para não exigir muito tráfego de dados. Por exemplo, você pode checar a posição de um personagem no mapa ou ver que alguém está atirando, mas não são necessários muitos dados para comunicar isso."

No entanto, a atualização dos jogos consome mais carbono.

"Grandes games como Fortnite ou Call of Duty exigem muitas atualizações, então você se depara com gigabytes para downloads a cada duas semanas, que adicionam novos recursos ao jogo."

Para quem gosta de explorar as redes sociais, a notícia é boa. É, sem dúvida, a forma de entretenimento digital menos intensiva em carbono.

De acordo com o relatório de sustentabilidade do Facebook, a pegada de carbono anual de um usuário é de 299g de CO2e – o que representa menos do que ferver água para um bule de chá. Mas se você considerar que a plataforma tem mais de um bilhão de usuários, são muitos bules de chá.

É possível reduzir as emissões de carbono desativando alguns recursos das redes sociais e de outros aplicativos.

"Descobrimos que as atualizações de aplicativos e os backups automáticos na nuvem representam cerca de 10% do tráfego de telefones celulares", diz Hazas.

"Portanto, desabilitar backups desnecessários na nuvem e desabilitar downloads automáticos para atualizações de aplicativos são boas coisas a fazer".

Mas, como a mudança dos nossos hábitos pessoais na internet só surte efeito até certo ponto, também é preciso haver mudanças na indústria para garantir que as emissões de carbono possam ser de fato reduzidas, diz Elizabeth Jardim, ativista do Greenpeace.

A previsão é de que as emissões de gases de efeito estufa do setor de TI sejam responsáveis por 14% das emissões globais até 2040. Mas, ao mesmo tempo, a União Internacional de Telecomunicações da ONU estabeleceu uma meta para o setor reduzir suas emissões em 45% na próxima década.

"É mais importante garantir que as empresas que desenvolvem a internet migrem para fontes renováveis de energia e eliminem gradualmente os combustíveis fósseis", avalia Jardim. "Aí, sim, poderemos fazer buscas na internet sem culpa."

Fonte: BBC








segunda-feira, 8 de junho de 2020

Cientistas dizem que proteger a floresta é combater o avanço de vírus



Reserva Biológica de Guapiaçu. A reserva é uma área particular que investe em reflorestamento e parcerias públicas e privadas. Na foto, Nicholas Locke, proprietário da terra transformada em reserva, junto ao limpo rio Guapiaçu Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo



Desmatamento da Mata Atlântica, em cujos domínios vivem dois terços da população brasileira, preocupa: ganha força no mundo conceito de equilíbrio com meio ambiente para garantir saúde


Ana Lucia Azevedo

É sabido que o desmatamento desequilibra o clima e reduz a oferta de água, mas a epidemia de Covid-19 evidencia outro efeito perverso. Fogo, correntões e motosserras libertam vírus mantidos longe do ser humano por florestas e afetam a saúde humana até nas cidades. Coronavírus de morcegos, por exemplo, foram descobertos na Mata Atlântica, onde o desmatamento voltou a crescer e aumentou 27,2%, segundo dados divulgados semana passada. A preservação da floresta é capaz de proteger o homem e reduzir infecções.

É o princípio de Saúde Única (One Health), adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e que ganhou relevância com a atual pandemia, nascida do contato de homens com um coronavírus de morcegos na China.

As florestas controlam doenças ao diluir o risco de transmissão multiplicando os hospedeiros para os vírus em suas milhares de espécies de animais. Toda doença infecciosa nova está ligada a desequilíbrios ambientais, diz Edison Durigon, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.

O grupo dele descobriu na Mata Atlântica de São Paulo quatro tipos de coronavírus com potencial de sofrer mutações e passar a infectar seres humanos: dois de morcegos e os outros dois, de aves. Encontraram ainda um vírus da influenza em morcegos, o HL18NL11, achado relatado em 2019 na revista “Emerging Infectious Diseases”.

A Amazônia, com sua colossal biodiversidade, é um dos lugares mais prováveis para o surgimento de vírus com potencial de causar pandemias. Porém, muito mais devastada, a Mata Atlântica, em cujos domínios vivem dois terços da população do país, é onde coronavírus e outros têm sido descobertos.

Noventa por cento das doenças emergentes no planeta, como a Covid-19, o Ebola, a Sars, a Mers e a Aids, vêm de animais silvestres que saíram de áreas degradadas.

— A China tem mais gente, mas temos mais desmatamento, que aumenta sem controle — lamenta Durigon.

Vigilância e pesquisa

Durigon explica que a diversidade de vírus na Mata Atlântica é imensa, principalmente em morcegos, cujo sistema imune peculiar permite que carreguem patógenos sem adoecer. O Brasil abriga 15% das espécies de morcegos do mundo. São 178, das quais 113 da Mata Atlântica.

— Na floresta, eles são mantidos em segurança. Mas se um vírus tiver alguma mutação que permita pular de espécies, como o Sars-CoV-2 na China, pode passar para seres humanos — diz o cientista.

Epicentro: Região amazônica concentra casos da Covid-19 em diversos países da América do Sul

Os coronavírus que o grupo da USP encontrou na Mata Atlântica são parecidos com o Sars-CoV-2, mas não têm receptores para se ligar a células humanas. Não podem nos infectar. O vírus que causa a Covid-19 originalmente também não podia, e passou a fazer isso após sofrer uma mutação que lhe permitiu invadir células humanas.

— O encontro de um vírus silvestre com capacidade de infectar um ser humano não é um evento fácil. Mas a Covid-19 nos mostra que acontece. Temos que nos preparar para futuras pandemias. Vigilância e pesquisa são essenciais. Desmatamento e caça trazem doenças — salienta.

Segundo Durigon, a Mata Atlântica em volta da cidade de São Paulo é como um escudo contra doenças. Resta muito pouco dela e os vírus estão sempre em busca de novos hospedeiros. Coronavírus estão longe de ser raros. O grupo do professor André Santos, do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), encontrou uma nova espécie em catetos (porcos selvagens). Ele explica que não existe um número estimado de vírus no Brasil e seu grupo tem um projeto para estudar coronavírus de morcegos em todo o país.

O zoólogo Hugo Fernandes, da Universidade Estadual do Ceará, cujo trabalho é apoiado pelo Instituto Serrapilheira, também se preocupa com o impacto da caça na transmissão de doenças.

— Criticamos o chinês por comer ratos. Mas os brasileiros caçam e comem roedores como paca, cutia, mocó, preá e capivaras. Sem falar em macacos e outros bichos comidos ou traficados. Desmatamento, fragmentação de florestas e caça criam a receita para um desastre — diz.

Marcia Chame, coordenadora do Centro de Informação em Saúde Silvestre da Fiocruz, enfatiza que caça e o tráfico de animais silvestres espalham patógenos. Ela lembra que surtos atuais de doenças como febre amarela, malária e leishmaniose estão associados ao desmatamento.

O maior descobridor de vírus do Brasil, Pedro Vasconcelos, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, diz que na Amazônia os efeitos da destruição da floresta já são vistos no processo de urbanização de vírus como o mayaro e o oropouche, que causam infecções com sintomas semelhantes aos da dengue.

— Os vírus jamais desaparecerão da Terra. À medida que nos tornamos mais numerosos, precisamos aprender a mantê-los distantes. Proteger a floresta é uma questão de saúde.

Fonte: O Globo








sábado, 6 de junho de 2020

NA DESPEDIDA DA PREFEITURA DE NITERÓI, UMA CARTA DE AGRADECIMENTO AO PREFEITO RODRIGO NEVES PELA CONFIANÇA E APOIO






Dois de junho foi o meu último dia como secretário da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão - SEPLAG, encerrando um ciclo de 7,5 anos na Prefeitura de Niterói, onde comecei como vice-prefeito, eleito em 2012, junto com o prefeito Rodrigo Neves. Posteriormente, exerci os cargos de secretário executivo e depois secretário da SEPLAG.

Sempre trabalhei muito, desde a minha adolescência, quando dividia o meu tempo entre a vela, o curso de engenharia florestal na UFRuRJ (1977-1983) e a militância ambientalista. Em 1980, fundei o Movimento de Resistência Ecológica - MORE, organização ambientalista pioneira em Niterói e no Rio de Janeiro, criada para defender a Baía de Guanabara, para a proteção e recuperação das lagoas de Piratininga e Itaipu, a criação do Parque Estadual da Serra da Tiririca - PESET e tantas outras campanhas. Depois vieram o Movimento Cidadania Ecológica e o Instituto Baía de Guanabara - IBG, organizações que eu também presidi, além de outras que participei (FBCN, REBRAF, PRESERVALE etc). Nunca deixei de atuar como ambientalista, mas desenvolvi a minha carreira como engenheiro florestal tendo trabalhado na Amazônia, no Cerrado e na Mata Atlântica. Continuei sempre como ambientalista, enquanto atuava ora na iniciativa privada, ora na administração pública. 

Em outra vertente de atuação, ajudei os meus irmãos a fundar o Projeto Grael, em 1998, organização social pioneira no uso de barcos para educar e incluir socialmente, que já deu oportunidade para cerca de 20 mil jovens para se iniciar em esportes náuticos, aprender profissões e participar de iniciativas ambientais. 

Tornei-me servidor público de carreira, como engenheiro florestal da Secretaria de Meio Ambiente da Cidade do Rio de Janeiro - SMAC, após aprovação como 3º colocado em concurso público realizado em 1996. No setor público, cabe destaque aos cargos exercidos como presidente do IEF-RJ (1991-1994), da FEEMA (1999-2000 e 2007-2008), subsecretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (2001-2002), além de secretário Executivo da Fundação Parques e Jardins (1995-1997) e outros cargos importantes na Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

Chegou a data do encerramento deste ciclo na Prefeitura de Niterói, por força da legislação eleitoral, pois fui anunciado como pré-candidato a prefeito da cidade de Niterói, lançado pelo prefeito Rodrigo Neves e pelo PDT, como o nome para a sua sucessão, se assim for a escolha do eleitorado municipal.

Como disse, sempre trabalhei muito, mas nunca trabalhei tanto como na Prefeitura de Niterói. E nunca consegui realizar tanto, graças ao apoio do prefeito Rodrigo Neves. Foram muitos projetos que sonhei, desde o início da minha militância ambientalista e social em Niterói.

Foi o que afirmei numa live realizada junto com o prefeito realizada no dia 02 de junho. Na ocasião, apresentei-lhe uma carta aberta ao prefeito, na qual agradeço a confiança, a parceria e o empenho em concretizar o sonho de trabalhar por Niterói. 

Quando olho para trás, parece que começamos ontem. Quando olho para tudo que fizemos, parece que estivemos aqui há décadas. 

Vamos à luta para os novos desafios, com todo o empenho e dedicação que sempre tivemos. 

Axel Grael



----------------------------------------------------------


Segue abaixo, a carta completa: 


-----------------------------------------------------------



Niterói, 2 de junho de 2020.


Ao meu amigo Rodrigo Neves,

Quando, em 2012, iniciamos nossa jornada rumo à Prefeitura de Niterói, sabíamos do desafio que estávamos abraçando. Àquela altura, a cidade estava afundada em dívidas, com obras inacabadas e dificuldades nos diferentes setores da administração. Não tínhamos dúvidas de que seria um longo e árduo caminho até a Niterói que queríamos.

Quando olho para trás, parece que começamos ontem. Quando olho para tudo que fizemos, parece que estamos aqui há décadas. Planejamos, traçamos metas, trabalhamos muito, superamos desafios, buscamos soluções e colhemos frutos. Nunca trabalhei tanto e nunca me senti tão produtivo quanto neste período de 2013 pra cá. Tenho em meu currículo uma série de cargos públicos e privados. Sempre me dediquei muito, mas nunca tive a oportunidade de realizar tanto como nestes últimos 8 anos. O túnel Charitas-Cafubá foi uma obra emblemática, mas não foi a única a encurtar distâncias.

A construção de 25 escolas deixou os niteroienses mais próximos de oportunidades, a reabertura do Getulinho e a expansão do Médico de Família permitiram que milhares de pessoas tivessem acesso a atenção básica de Saúde. Urbanização de comunidades, as centenas de obras de contenção de encostas, a universalização da distribuição de água e os quase 100% de tratamento de esgoto se traduziram em mais qualidade de vida e dignidade para os cidadãos. Saímos de uma Defesa Civil precária em 2013 que hoje está entre as 6 melhores do país.

Levamos infraestrutura e prática esportiva para as comunidades, tendo como grande exemplo o Parque Esportivo do Caramujo, e fomos protagonistas na Rio 2016, abrigamos inúmeras delegações esportivas internacionais e fomos a grande sede da vela.

A democratização da Cultura é hoje uma realidade, com a recuperação de espaços importantes, implementação de projetos e eventos diversificados em todas as regiões da cidade.

Também investimos pesado em Segurança Pública, uma atribuição constitucional do Governo do Estado. Prioridade para os niteroienses, o combate à violência também se tornou prioridade para a Prefeitura de Niterói, que construiu o Centro Integrado de Segurança Pública, implantou o Niterói Presente e o cercamento eletrônico. As ações, cujos resultados já aparecem na queda dos índices de criminalidade, foram planejadas pelo Pacto Niterói Contra a Violência, que também instituiu iniciativas no eixo da prevenção, como o Projeto Ecosocial e o Poupança Escola.

Sustentabilidade deixou de ser discurso eleitoreiro, uma política periférica e se tornou uma prioridade de governo. Niterói passou a ter 50% de seu território como área de proteção ambiental. O significativo aumento da balneabilidade de nossas praias fez até Icaraí ganhar o carinhoso apelido de 'Icaraíbe'. Com o PRO Sustentável chegamos à vanguarda das políticas públicas ambientais.

Lembra que em 2012 pedalamos pela cidade e prometemos uma Niterói ciclável? Isso hoje é uma realidade. Implantamos 45 km de ciclovias e ciclorrotas e demos início à implantação de mais de 60 km na Região Oceânica. Construímos um bicicletário que já tem 10.500 cadastrados. Com tudo isso, quintuplicamos o número de ciclistas entre 2015 e 2019 e temos o maior índice de mulheres pedalando.
Desde 2013, foram plantadas mais de 70 mil mudas em Niterói em decorrência de medidas compensatórias e trabalho voluntário. Ainda foram lançadas 10 mil sementes na restinga de Itacoatiara e 75 mil no Parnit. Em área urbana, foram plantadas 3.700 mudas.

A modernização da gestão facilitou processos, agilizou iniciativas e permitiu a implantação de sistemas de participação popular, transparência e controle, tão imprescindíveis para a administração pública. Desde 2018, o Município tem uma controladoria independente, atuante e autônoma. Não à toa, a Prefeitura de Niterói evoluiu do 58º lugar (2012) para o 1º lugar (2017 e 2019) em gestão fiscal no ranking da Firjan. Niterói também conquistou o 1º lugar em transparência em rankings do Ministério Público Federal e da Controladoria Geral da União.

Deixo hoje a administração municipal com a certeza de que Niterói está no caminho certo, preparada para os desafios impostos, sobretudo agora, com esta pandemia que pressiona os alicerces de todo o mundo e nos fez atuar intensamente, com planejamento, para proteger a população niteroiense das ameaças sanitárias, sociais e econômicas.

Nestes oito anos, nossa relação de parceria se transformou numa sólida amizade, baseada na confiança e admiração que hoje une nossas famílias. Para os niteroienses, você é o prefeito que transformou a cidade para melhor, a tornou referência e devolveu a autoestima do nosso povo. Para mim, é muito mais que o líder desta gestão, é um amigo que se destaca pela capacidade de diálogo e realização. É a liderança política que ainda tem muito a contribuir para que tenhamos dias cada vez melhores.

Só tenho a agradecer por fazer parte desta história de lutas e conquistas. Muito me orgulha ver nossa Niterói estruturada e forte, pronta para mais um ciclo de inovação e desenvolvimento econômico com sustentabilidade, inclusão e justiça social.

Muito obrigado! Que venham os novos desafios!

Axel Grael