sábado, 30 de julho de 2022

BICICLETAS: Niterói é a terceira cidade do País com mais pessoas acima de 60 anos pedalando



Niterói já foi apontada como a cidade com a maior proporção de mulheres pedalando. Agora, uma nova pesquisa confirma o sucesso do uso da bicicleta por idosos.


A Pesquisa do Perfil do Ciclista 2021, divulgada recentemente e realizada pela ONG Transporte Ativo e pelo Laboratório de Mobilidade Sustentável (LABMOB) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), trouxe interessantes números sobre o comportamento dos niteroienses sobre duas rodas. Um dos dados que chamou a nossa atenção é o de que Niterói tem o terceiro maior percentual do País de pessoas acima de 60 anos pedalando. Enquanto a média nacional é de 5,4%, cerca de 8% dos ciclistas de nossa cidade têm mais de 60 anos! A pesquisa também mostra que a pandemia mudou os hábitos de parte da população: 53% dos entrevistados começaram a usar a bicicleta com mais frequência neste período. Cerca de 35% dos ciclistas de Niterói chega a usar a bicicleta todos os sete dias da semana. Veja alguns dos números da pesquisa abaixo:


Niterói tem orgulho de ter a maior proporção de mulheres pedalando no Brasil. Segundo a Pesquisa nacional do ciclista e um levantamento realizado pela ONG Ciclocidade, a média nacional é de cerca de 10% e, em Niterói esta proporção gira em torno de 30%. Pelos dados do Bicicletário Arariboia, também sabemos que as mulheres são cerca de 35% dos cadastros no sistema. Para comparação, em São Paulo, as mulheres são apenas 6% dos ciclistas. Ainda, merece destacar que na Holanda, as mulheres representam 55% do total de ciclistas, de acordo com dados da Universidade de Rutgers, dos Estados Unidos. Na Alemanha e na Dinamarca, esse percentual é de 45%

Nove anos do Niterói de Bicicleta

Os números expressivos de ciclistas em Niterói, não são obra do acaso e me trazem uma sensação de um antigo sonho sendo alcançado. Representam uma trajetória de lutas e de convicção que Niterói poderia ser um exemplo de cidade ciclável. Comecei a atuar como ambientalista e a reivindicar ciclovias em Niterói ainda no início da década de 1980, quando fundei o Movimento de Resistência Ecológica - MORE, organização ambientalista pioneira na cidade e no estado. Promovíamos "bicicleatas" (passeatas de bicicleta) cobrando ciclovias em Niterói. Na época, ouvíamos de alguns críticos (ainda existem, pasmem!) que isso não era coisa para Niterói, que o clima quente e o relevo da cidade impediriam o desenvolvimento de uma cultura para a bicicleta. A cada dia vemos o quanto estávamos corretos.

O sentimento de ceticismo com relação às ciclovias persistiu por muito tempo, até o início do programa Niterói de Bicicleta. Um exemplo disso é a matéria "Com menos de 1 km de ciclovia, Niterói debate Estatuto da Bicicleta", publicada no G1, em 15/12/2009, portanto, três anos antes do início do programa Niterói de Bicicleta. A matéria apontava de forma jocosa que a única ciclovia da cidade era um curto trecho existente na praia de Icaraí e comparava o atraso de Niterói em comparação à cidade do Rio de Janeiro, que se destacava no país pela implantação de ciclovias. Na matéria, o então presidente da NitTrans, Sérgio Marcolini, afirmava com certa resignação:

“Há possibilidades de implantar as ciclovias, mas há muitas dificuldades porque requer espaço nas vias públicas. De fato o espaço na cidade é limitado”

Não foram poucas as dificuldades mas, com convicção, implementamos várias iniciativas desde 2013, quando sob o comando do prefeito Rodrigo Neves, passamos a implantar políticas de sustentabilidade na Prefeitura de Niterói, dentre elas a aposta na bicicleta. 

No dia 20 de fevereiro de 2013, poucos dias após tomar posse, cumpríamos nosso compromisso de campanha e promovemos o I Workshop do Programa Niterói de Bicicleta, dando início "à pedalada" por uma cidade mais ciclável. Era o começo do programa Niterói de Bicicleta (veja o histórico aqui), que hoje conta com uma equipe específica para a sua condução - a Coordenadoria do Niterói de Bicicleta, tendo a frente o arquiteto e urbanista Filipe Simões e uma competente e aguerrida equipe especializada. Ainda em 2013, convidei o arquiteto e urbanista Argus Caruso para coordenar o programa e em julho reunimos cerca de 50 interessados em ciclovias, ambientalistas e especialistas em mobilidade para um encontro realizado na sede do Projeto Grael para começar a debater a estratégia de ciclovias em Niterói. Vários encontros se seguiram, de forma regular e sistemática, expondo os projetos e ouvindo a população a cada passo de planejamento ou implantação de etapas. Em setembro, implantamos na cidade as chamadas "Ciclovias Temporárias" (saiba mais aqui também), que foram pintadas nas ruas para abrir o debate na sociedade e como uma primeira demonstração que o espaço para as bicicletas nas ruas era uma decisão a ser cumprida.

Em 2014, Niterói contratava o seu Plano Cicloviário, para orientar a política para as bicicletas no município e apresentar soluções para a implantação de uma malha cicloviária nas ruas de Niterói. 

Gradativamente, foram implantadas ciclovias como a da Avenida Amaral Peixoto (dezembro de 2013), da Rua Timbiras (setembro de 2014), da Avenida Roberto Silveira (novembro  de 2014), da Avenida Marquês do Paraná (2020). Esta última é de importância estratégica pois integrou a ciclovia da Roberto Silveira à da Amaral Peixoto, tornando mais seguro e atraente seguir de bicicleta até o Centro da cidade. Também implantamos em 2022, a ciclovia da Avenida Professor João Brazil, no Fonseca. Hoje, já ultrapassamos a marca de 60 km de ciclovias na cidade. 

Em 2017, inauguramos o Bicicletário Arariboia, com capacidade para mais de 400 bicicletas e de uso gratuito para o usuário: um passo decisivo para o estímulo ao uso da bicicleta. Já anunciamos a decisão de duplicar o bicicletário para dar vazão ao crescimento da demanda. A obra será feita junto com a reforma da Praça Arariboia.

Em 2021, para fortalecer o cicloturismo, uma atividade crescente e de grande potencialidade na cidade, o programa Niterói de Bicicleta publicou o Projeto Conceitual para o Plano de Cicloturismo Municipal

Sem deixar de olhar para a cidade como um todo, passamos a ter especial atenção para a Região Oceânica, integrando as bicicletas como um dos componentes do Programa Região Oceânica Sustentável- PRO Sustentável. O Sistema Cicloviário da Região Oceânica está em implantação e terá 60 km quando totalmente implantado. Atualmente, encontra-se em construção a ciclovia do entorno da Lagoa de Piratininga, que será parte do Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis (POP) e que terá mais de 9 km. Já implantamos a bela ciclovia na Praia de Piratininga, da Almirante Tamandaré, da Acúrcio Torres e estamos implantando na Avenida Irene Lopes Sodré (Estrada do Engenho do Mato). O Lote 2 do Sistema Cicloviário da Região Oceânica acaba de ser licitado e estamos agora com a licitação em curso do projeto executivo da Ciclovia-Parque da Lagoa de Itaipu. Esta nova iniciativa fará parte da Ciclovia TransLagunar e terá características funcionais (opção de mobilidade), de turismo e lazer e permitirá a conexão entre o Túnel Charitas-Cafubá e as praias. Importante lembrar que, de forma inovadora, o Túnel Charitas-Cafubá possui ciclovias nas duas galerias, ligando as malhas cicloviárias da Região Oceânica e Praias da Baía.

Com o avanço da infraestrutura cicloviária, passamos a contar com a adesão de um número crescente de ciclistas e a cidade tornou-se uma referência no país. Atualmente, são 63 km de ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e calçadas compartilhadas. A meta até 2024 é ultrapassar os 120km, ou seja, cerca de 4.300 habitantes/km.

Em 2014, matéria da revista Isto É já apontava Niterói como a segunda cidade em número de km de ciclovia per capita no país, só perdendo para Brasília (Saiba mais aqui). Cabe ressaltar que a matéria ainda não contabilizava ciclovias já entregues anteriormente e, de lá para cá, a infraestrutura cicloviária da cidade mais do que triplicou. Hoje, já são cerca de 8.000 habitantes/km e seguimos avançando.

As nossas ciclovias estão dentre as mais movimentadas do Brasil. É o que mostram as contagens de bicicletas realizadas pelo programa Niterói de Bicicleta. Em dezembro de 2021, nos horários de pico, mais de 590 bicicletas passam por hora pela Avenida Marquês do Paraná, no Centro, inaugurada em 2020. Em comparação, a Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, um ano após sua inauguração registrava cerca de 250 bikes por hora; a orla de Copacabana, no Rio, em dias de semana, 325.

O crescente número de ciclistas na cidade não nos surpreende, porque sempre soubemos que quando a população tivesse infraestrutura cicloviária à disposição, naturalmente a bicicleta passaria a ser uma opção. De acordo com os dados do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável - PMUS, a bicicleta já representa 6% de todos os deslocamentos realizados em Niterói. A meta é que essa proporção chegue a 14% até 2030.

Está provada a vocação de Niterói para a bicicleta, mas nosso trabalho não para. Seguiremos em frente trabalhando para fazer de Niterói uma cidade cada vez mais atraente, ciclável, sustentável, transparente, justa e democrática.

Axel Grael
Prefeito de Niterói


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quinta-feira, 28 de julho de 2022

Campeões de artes marciais visitam o Parque Esportivo e Social do Caramujo




O prefeito de Niterói, Axel Grael, visitou, nesta quarta-feira (27), o Parque Esportivo e Social do Caramujo (PESC), na zona norte da cidade, e apresentou o espaço para o multicampeão de MMA, Rogério Minotouro, e para o bicampeão mundial de jiu-jitsu, Pedro Damasceno. O prefeito, os atletas e o administrador regional do Fonseca e adjacências, Oto Bahia e Silva, percorreram todas as instalações esportivas do Parque, que está realizando, até esta sexta-feira (29), uma Colônia de Férias com cerca de 150 crianças e jovens de 6 a 16 anos.

O prefeito Axel Grael afirmou que o Parque Esportivo e Social do Caramujo é uma ótima experiência de como o esporte pode transformar a vida das pessoas.

“O esporte pode transformar a vida de uma comunidade inteira. Cada vez mais atletas se interessam em conhecer o PESC. Estamos no caminho certo. Aqui a gente oferece muitas alternativas de esportes. A referência de sucesso não é ser campeão. O esporte é uma forma de socialização e de motivação para o estudo. Que saiam daqui muitos campeões. Mas, principalmente, que saiam daqui pessoas felizes. Que saiam cidadãos e que saiam pessoas que melhorem o padrão de vida de suas famílias. E esses atletas (Minotouro e Pedro Damasceno) são formadores de opinião. Eles vão levar a experiência que tiveram aqui para outros atletas. Isso fará com que mais gente venha visitar o Parque. Isso é muito bom como referência para essas crianças”, destacou Axel Grael.

O bicampeão mundial de jiu-jitsu, Pedro Damasceno, nasceu e foi criado no Fonseca e conhece bem a comunidade do Caramujo. O atleta mora há 13 anos em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, onde trabalha com o jiu-jitsu em escolas. Ele disse ter ficado impressionado com a qualidade das instalações esportivas do PESC.

“Tive a minha vida transformada pelo esporte e, aqui, tenho certeza que essas crianças terão um futuro melhor através do esporte”, disse Pedro Damasceno.

O campeão de MMA, Rogério Minotouro, destacou uma das características mais importantes do Parque Esportivo do Caramujo.

“Aqui as crianças praticam mais de um esporte e isso é muito positivo. As instalações são de primeiro mundo. É de fato uma iniciativa transformadora na vida dessas crianças”, afirmou Minotouro.

O Parque Esportivo e Social do Caramujo completa dois anos de existência em agosto e atende regularmente cerca de mil pessoas, a partir dos 6 anos de idade. Além das modalidades olímpicas, o Parque oferece aulas de funcional fitness, circuito funcional, skate, luta greco-romana, muay thay, educação ambiental e ritmos. Outras atividades ainda serão implementadas, principalmente as de contato que atualmente não podem ser desenvolvidas devido à pandemia para respeitar as regras de distanciamento social e os protocolos sanitários. Nesta lista estão jiu-jitsu, futebol, basquete, vôlei e capoeira.

terça-feira, 26 de julho de 2022

VISTORIA DAS OBRAS DE RESTAURAÇÃO DA ILHA DA BOA VIAGEM





Vistoria às obras com a equipe

Nesta segunda-feira, 25/07, visitei as obras de restauração do patrimônio histórico e cultural da Ilha da Boa Viagem, um dos mais belos recantos do litoral de Niterói. As obras estão sendo desenvolvidas pela Prefeitura, que assumiu a gestão da ilha no início do ano.

A já anunciada desapropriação do Morro do Morcego para a criação de um parque natural municipal, e a restauração da Ilha da Boa Viagem estão entre as principais iniciativas de valorização da orla e da paisagem da cidade na Baía de Guanabara. Com isso, elevam ainda mais o orgulho do niteroiense da sua cidade, além de fortalecer o turismo, lazer, recreação e cultura de Niterói. Estes investimentos, somados a outros em curso como a implantação dos seus parques, a exemplo do Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis - POP, colocam Niterói na liderança da proteção de florestas e paisagens naturais urbanas no Brasil.

A ilha é protegida por legislação federal e municipal mas, apesar disso, degradou-se ao longo de muitas décadas por falta de investimentos e indefinição quanto à sua gestão. Desde 2013, me dedico a desenvolver as soluções e o detalhamento do projeto de restauração, superar os entraves burocráticos e institucionais. Foi uma longa caminhada (nove anos!) mas, em fevereiro de 2022, finalmente demos o início da tão esperada obra de restauração.

A Ilha da Boa Viagem ficou décadas fechada à visitação pública, mantendo apenas a atividade escoteira e algumas celebrações religiosas. Com as obras de recuperação, niteroienses e turistas poderão aproveitar esse, que é um dos lugares mais bonitos de Niterói. Da ilha é possível admirar boa parte da Baía de Guanabara, a nossa cidade e o MAC, que localiza-se nas suas imediações, compondo um belo contraste entre distintos tempos da história da arquitetura. Com certeza, a Ilha será mais uma grande atração turística! 

A vistoria foi realizada para verificação dos avanços das obras e fui acompanhado pelo presidente da Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa), Paulo Cesar Carrera, o secretário de Obras de Niterói, Vicente Temperini, a secretária de Conservação e Serviços Públicos, Dayse Monassa, o secretário municipal das Culturas, Alexandre Santini, presidente da Niterói Empresa de Lazer e Turismo (Neltur), Paulo Novaes, e a secretária municipal de Ações Estratégicas e Economia Criativa, Mariana Zorzanelli.

História

A Ilha da Boa Viagem tem uma interessante história de lutas, júbilo e resiliência. Veja algumas efemérides relacionadas ao patrimônio arquitetônico e usos da ilha, de acordo com a obra "O Escotismo do Mar e a Ilha da Boa Viagem no Século XX", de Hélio Sodré, e com a :

1650: Construção da Ermida da Nossa Senhora da Boa Viagem.
1665/1674: Instalou-se, na ilha, uma bateria com 5 ou 6 peças de artilharia. Durante alguns anos, funcionou como ponto de observação privilegiado sobre a entrada da Baía de Guanabara
1711: A Ermida é destruída pela primeira vez. René Duguay-Troin, em investida contra o Rio de Janeiro, ataca com a sua artilharia a Ilha da Boa Viagem.
1718: a Capela é reconstruída.
1732: Primeiro grande incêndio na Capela.
1769: A bateria é convertida em Fortim, com o acréscimo de 3 peças de artilharia.
1818: Visita de Dom João VI à Ilha.
1822: Fortim rearmado por ordem de D. Pedro I.
1870: Segundo grande incêndio na Capela
1884: Capela restaurada
1893: Revolta da Armada: Capeta e Fortim bombardeados
1909: Reconstrução e luz elétrica chega à ilha
1938: Tombamento da ilha
1942: Castelo é construído sobre as ruínas da "Escola de Aprendizes".
1962: Chuvas torrenciais causaram desabamentos, com o registro do óbito do vigia da ilha.
1977: Novo incêndio na Capela
1978: Ressaca destrói a ponte de atracação
1990: Escoteiros fazem convênio com a UFF e mantiveram atividades por uma década.
2011: Obra emergencial na Capela
2013: Prefeitura de Niterói assume o compromisso de gerir e restaurar a Ilha da Boa Viagem e inicia entendimentos para fazer obras emergenciais.
2015: Prefeitura providenciou obra de recuperação da ponte de acesso à ilha
2015 e 2016: Prefeitura toma medidas para a abertura da ilha durante os Jogos Olímpicos de 2016 e ofereceu visitas guiadas a niteroienses e turistas.
2016: Assinado convênio com os escoteiros para a cooperação durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. Com o apoio financeiro da Prefeitura, os escoteiros participaram da orientação aos visitantes à Ilha.
2019 (maio): Prefeitura contrata por licitação a empresa SANER Engenharia e Consultoria EIRELI para realizar diagnóstico dos prédios e instalações da ilha e desenvolver projeto de restauro, que, uma vez aprovado pela Prefeitura, foi apresentado ao IPHAN.
2019: Prefeitura inicia obras emergenciais de contenção de encostas. Foi constatado risco de desabamento, que afetaria gravemente o Castelo. A área havia sido interditada pela Defesa Civil de Niterói.
2020: Prefeitura obtém autorização do SPU.
2021: Prefeitura obtém primeira aprovação do IPHAN para as obras de restauração.
2022: após longo período de entendimentos com o IPHAN para a aprovação do projeto de restauração, chegamos enfim ao momento tão esperado: o início das obras de recuperação do patrimônio arquitetônico.

De acordo com o projeto de restauro, segue resumo dos incidentes relacionados à Ilha da Boa Viagem:
  • Capela: 2 bombardeios
  • Capela: 3 incêndios
  • Capela: 7 reconstruções/reformas
  • Bateria/Fortim: 2 bombardeios

Obras

De acordo com o estudos e o projeto de restauro da SANER Engenharia e Consultoria EIRELI, o Fortim e o Castelo estavam "em ruínas" (vide abaixo). A situação mais grave era o Castelo, cujo telhado já havia colapsado, aumento a deterioração do restante do prédio. A Capela tinha graves problemas de infiltração e o sino já havia sido retirado. O acesso ao Fortim estava com o acesso dificultado e coberto por vegetação. Agora, já encontra-se também em recuperação. 


No texto acima, extraído do projeto de restauro, a indicação do conceito dos trabalhos e a condição naquele momento das edificações na ilha.

Com relação às condições naturais da ilha, cabe fazer algumas considerações referentes ao embasamento e à biota:

O relevo de penhascos, que caracteriza a paisagem local, e as características da ilha e seu entorno mostram uma geologia frágil. Como pode ser visto no Mapa Geológico da Região de Niterói (CPRM, 2001), acima, a Ilha da Boa Viagem e o seu entorno próximo se difere em termos geológicos ao restante de Niterói, de predominantemente de característica granítica, sendo a sua composição mais friável, susceptível à erosão marinha e pluvial. É o que se pode ver nas escarpas da ilha, com indícios de escorregamentos e erosão. Por isso, o histórico de deslizamentos de terra e os problemas que já demandaram obras recentes da Prefeitura de contenção de encostas. 

A vegetação da ilha encontra-se bastante alterada, com a presença de muitas espécies exóticas, mas ainda contanto com exemplares de espécimes representativas do que deve ter sido a cobertura vegetal anterior. Técnicos da Prefeitura preparam estudos para a caracterização do estado da flora e fauna.






Obras em andamento

O início das obras foi possível após a superação de muitos desafios técnicos e institucionais. Por determinação do então prefeito Rodrigo Neves e na condição de vice-prefeito, em 2013, iniciamos as tratativas com o IPHAN, com o SPU e com os Escoteiros para viabilizar a restauração. A medida, que avançávamos nas formalidades institucionais, fomos avançando também em ações emergenciais, como a recuperação da ponte, contenção de encostas, manutenção e melhorias nos acessos (vide cronologia acima). 

As obras de restauração foram iniciadas no dia 10 de fevereiro de 2022, constituindo-se um investimento de R$ 5,5 milhões. A execução da obra é de responsabilidade da empresa LCD Construções e Serviços Ltda, vencedora do processo licitatório. A fiscalização da obra é de responsabilidade da EMUSA, órgão da Prefeitura de Niterói.





Vistoriando a torre do sino, fachada e telhado da Capela.

Tombamento

A ilha é um dos mais belos marcos naturais da paisagem da cidade e de toda Baía de Guanabara. Por este motivo e pela sua relevância histórica e cultural, foi tombada em 1938 pelo Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (hoje IPHAN), com despacho de Lúcio Costa, tendo sido um dos primeiros atos deste órgão histórico da cultura brasileira, que iniciou o funcionamento em 1937 (Lei 378/37). No mesmo ano, o Decreto-Lei nº. 25, de 30 de novembro de 1937 regulamentou o instrumento do tombamento de bens móveis e imóveis, designando o SPHAN como o órgão competente para gerir essa política. 

O conjunto arquitetônico e paisagístico da Ilha da Boa Viagem foi tombado em maio de 1938 (Inscr. nº 3, de 20/05/1938. Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 80, de 30/05/1938). Trata-se, portanto, do primeiro tombamento em Niterói e um dos primeiros no Brasil, uma vez que o tombamento foi oficializado no mesmo dia do tombamento do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, logo, sendo o segundo bem tombado na categoria do Livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico

Intervenções atuais e o futuro

Os trabalhos de restauração, conforme autorização do IPHAN, incluem a Capela Nossa Senhora da Boa Viagem, o Fortim e o Castelo. Após as intervenções, a Ilha será reaberta para visitação. A recuperação e preservação da Ilha da Boa Viagem faz parte do Plano Niterói 450 anos, um conjunto de ações que prevê investimentos de R$ 2 bilhões em toda a cidade, entre 2022 e 2024. 

Visitas: A conclusão das obras de restauração está prevista para fevereiro de 2023. A Ilha será aberta à visitação pública seguindo os mesmos protocolos e cuidados utilizados durante a Rio 2016, ou seja, ocorrerão através de grupos com tamanho limitado, acompanhados de guias e horários pré-estabelecidos. 

Igreja: A Capela será devolvida à população totalmente recuperada. O telhado já foi restaurado, as infiltrações e áreas de umidade estão sendo tratadas, as fachadas estão sendo recuperadas. Serviços de reforma da parte elétrica e hidráulica estão em andamento. A igreja terá climatização. O piso da igreja e do pátio no seu entorno também está sendo refeito, utilizando o mesmo material original.

Castelo: O prédio estava em péssimas condições, com o telhado colapsado, infiltrações e rachaduras. Uma obra de contenção de encosta já concluída pela Prefeitura evitou o desabamento da construção. A estrutura do prédio está sendo reforçada e o telhado em recuperação no momento. O Castelo será um espaço para exibições culturais e educativa, tendo como tema principal "O Homem na Guanabara", abordando a ocupação humana da região, desde a época dos sambaquis, as culturas indígenas, a colonização europeia, o crescimento urbano e a despoluição da Baía de Guanabara. No local, haverá uma pequena cantina.

Fortim: As obras de recuperação estão em andamento, com a drenagem da área, recuperação do piso, reabertura de abrigos e paióis e outras medidas.

Acessos serão restaurados e a circulação será ordenada, recebendo pontos de descanso e de contemplação da paisagem. Uma das prioridades é a drenagem da ilha, prevenindo-se a erosão. Haverá sinalização educativa e informativa, além de iluminação. 

Biota: A Prefeitura realizará um inventário da fauna e flora, controlará a presença de espécies exóticas invasoras e áreas degradadas serão recuperadas.

CAT: encontra-se em fase final de construção, o Centro de Atendimento ao Turista - CAT, localizado no calçadão em frente à ponte de acesso à ilha.

Escoteiros do Mar: Conforme firmado em acordo com as lideranças escoteiras, contarão com uma sede e as atividades serão mantidas na Ilha.

Axel Grael
Prefeito de Niterói


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terça-feira, 19 de julho de 2022

CICLOVIA-PARQUE DE ITAIPU: Prefeitura amplia investimentos em ciclovias na Região Oceânica


Traçado da Ciclovia-Parque da Lagoa de Itaipu, parte integrante da Ciclovia Translagunar, que ligará o Túnel Charitas-Cafubá às praias de Itacoatiara e Itaipu, passando também pelo Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis..


Temos aqui duas notícias importantes para Niterói e para os ciclistas da cidade!

Nos últimos dias, a Prefeitura de Niterói deu mais dois importantes passos para a ampliação da Rede Cicloviária da Região Oceânica. São investimentos que integram o Programa Niterói de Bicicleta e o Programa Região Oceânica Sustentável (PRO Sustentável), fazendo parte do conjunto de investimentos históricos em infraestrutura e sustentabilidade que a Região Oceânica vem recebendo desde a gestão do prefeito Rodrigo Neves

As duas iniciativas são:

1- Licitação para a contratação de Projeto para a Ciclovia-Parque da Lagoa de Itaipu.

Foi publicado no Diário Oficial de hoje (19/07/22) a Concorrência Pública N° 001/2022, na modalidade Técnica e Preço, que pode ser acessada no site da Secretaria Municipal de Administração. A finalidade é a contratação de uma empresa projetista especializada para detalhar o projeto da Ciclovia-Parque da Lagoa de Itaipu, conforme publicação no Diário Oficial, a seguir:


Extrato da publicação do Diário Oficial de 19/07/2022

Segundo o Edital, o valor global estimado da licitação é de R$ 5.869.907,33 (cinco milhões, oitocentos e sessenta e nove mil novecentos e sete reais e trinta e três centavos) e, de acordo com o Termo de Referência, a contratada deverá apresentar os seguintes produtos: 
  • Estudos Preliminares; 
  • Projetos Básicos; 
  • Projetos Executivos e 
  • Planos de Gestão, Monitoramento e Manutenção.

Os resultados acima orientarão a execução das obras para a implantação da Ciclovia-Parque da Lagoa de Itaipu e a sua futura operação.

De acordo com o planejamento para a Ciclovia-Parque, ela foi dividida em 11 trechos (vide mapa acima) e terá cerca de 4.800 metros de extensão. A ciclovia-parque integrará a Rota Cicloviária Translagunar, que está em implantação pelo Programa Niterói de Bicicleta, através do PRO Sustentável

A Translagunar se inicia no Túnel Charitas-Cafubá, percorrendo o Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis - POP, passa pelo trajeto indicado no mapa acima e chegando até as imediações das praias de Itaipu e Itacoatiara. Será a ciclovia estruturante, integrando as demais, tendo uso funcional (mobilidade), além de recreativo e turístico, considerando a beleza e os atrativos ao longo do percurso. Imagina, poder ir para as praias e se deslocar de bicicleta por ciclovias que terão como cenário as lagoas de Piratininga e Itaipu!

Os serviços técnicos englobam: o traçado da própria ciclovia, a revitalização da Praça e Horta Comunitária AMARAVISTA e a criação de 1000 m2 de Espaços para Uso Público, ao longo do sistema cicloviário. Além disso, preverão ser previstas pelo menos, 11 reuniões setoriais e 3 reuniões gerais com a população, sendo 14 reuniões ao todo.

2- Conclusão da licitação do Sistema Cicloviário da Região Oceânica – Lote 02
 
Sistema Cicloviário Previsto para a Região Oceânica. Em Destaque Azul: Sistema Cicloviário Parque Itaipu. Fonte: PMN, 2022

A boa novidade é que encontra-se em fase final de conclusão dos serviços de licitação para a  Concorrência Pública (SMO – UGP /CAF – Concorrência Pública 001/2022), para a contratação de empresa especializada para execução das obras de implantação do "Sistema Cicloviário da Região Oceânica – Lote 02, nos bairros de Camboinhas, Itaipu, Itacoatiara, Serra Grande, Santo Antônio e Piratininga", no âmbito do Programa Região Oceânica Sustentável – PRO Sustentável, com financiamento da Corporação Andina de Fomento – CAF, mediante contrato de empréstimo conforme Projeto Executivo aprovado e constante no Termo de Referência, que constitui o ANEXO I (Mais informações no site do PRO Sustentável). 

A Ordem de Início dos trabalhos da empresa vencedora da licitação será dada nos próximos dias.

Portanto, estamos próximos de abrir mais uma grande frente de implantação da Malha Cicloviária da Região Oceânica, que iniciou-se com a implantação das ciclovias da praia de Piratininga, pelas avenidas Almirante Tamandaré e Dr. Acúrcio Torres e vem avançando pelo Parque Orla de Piratininga e está em implantação na Avenida Irene Lopes Sodré. A Malha Cicloviária da Região Oceânica integra-se à das Praias da Baía através das ciclovias existentes no interior de cada galeria do túnel Charitas-Cafubá, uma grande inovação da cidade de Niterói. 

O valor global estimado das obras do Lote 2, conforme o ANEXO A do Termo de Referência do edital, era de R$ 5.067.375,65. A empresa vencedora da licitação ganhou com o preço de R$ 4.258.171,50, ou seja, os trabalhos serão contratados com quase 16% de desconto.


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Com os dois projetos acima citados, Niterói ultrapassará a marca de 120 km de ciclovias e se firmará como uma das cidades mais cicláveis do Brasil, avançando como uma referência nacional e internacional de sustentabilidade urbana.

Axel Grael
Prefeito de Niterói




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Para isso, queremos saber quais motivações te fazem utilizar a bicicleta e o que pode ser feito para incentivarmos ainda mais pessoas a aderirem.




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segunda-feira, 18 de julho de 2022

Terminal Pesqueiro de Niterói será realidade com investimentos da Prefeitura em dragagem e infraestrutura






Vistoriei no dia 6 de julho o espaço onde será instalado o Terminal Pesqueiro de Niterói após a obra de dragagem do canal São de Lourenço, que seria de responsabilidade do Governo Federal, mas será assumido pela Prefeitura, que investirá R$ 130 milhões. O local recebeu a aprovação definitiva da licença ambiental, após a realização pela Prefeitura de um EIA/RIMA pata a análise e prevenção de impactos ambientais.
 
A dragagem faz parte do Plano Niterói 450 para a Região Norte e é uma estratégia fundamental para a retomada econômica da nossa cidade. Com a retomada da indústria naval, a obra vai trazer a possibilidade de gerar mais de 20 mil empregos diretos e indiretos em Niterói. Além da dragagem, que viabilizará o Terminal Pesqueiro, beneficiará os estaleiros e o Porto de Niterói, a Prefeitura vai desapropriar áreas para viabilizar o terminal pesqueiro e fará as obras de adequação operacional, com um investimento de R$ 24 milhões. Uma vez pronto, o Terminal gerará 1000 empregos diretos e 500 indiretos.




Após um período histórico de investimentos na Região Norte, na gestão Rodrigo Neves, estamos avançando em um novo ciclo de melhorias, com infraestrutura, oportunidades, sustentabilidade, cultura, inclusão, mais empregos e mais qualidade de vida.

Axel Grael
Prefeito de Niterói


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Prefeito de Niterói faz vistoria em terreno onde será instalado o Terminal Pesqueiro

O prefeito de Niterói, Axel Grael, realizou nesta quarta-feira (6), uma vistoria no espaço onde será instalado o Terminal Pesqueiro de Niterói após a obra de dragagem do canal São Lourenço, que recebeu a aprovação definitiva da licença ambiental. O prefeito conheceu a infraestrutura do local ao lado dos secretários de Desenvolvimento Econômico, Luiz Paulino Moreira Leite, e de Planejamento, Modernização da Gestão e Controle de Niterói, Ellen Benedetti.

“Estivemos em uma visita ao espaço onde será viabilizado o Terminal Pesqueiro de Niterói, após a dragagem do Canal de São Lourenço, que é de responsabilidade do Governo Federal. A dragagem faz parte do Plano Niterói 450 e é uma estratégia essencial para a retomada econômica do município neste período pós-pandemia. A obra trará uma possibilidade de gerar mais de 20 mil empregos diretos e indiretos na cidade”, destacou o prefeito.

A Prefeitura de Niterói custeou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) com um investimento de R$ 772 mil, para criar mecanismos que levem à dragagem do Canal de São Lourenço. O processo de elaboração do edital de licitação para a obra, esperada há mais de 40 anos pelo setor naval, já está em andamento.

O secretário Luiz Paulino Moreira Leite contou que uma prévia do estudo que foi pago pela prefeitura apontou que a dragagem deverá ser realizada em pontos específicos para tornar o local navegável, facilitando a circulação hídrica da região e evitando assoreamentos futuros.

“Temos uma grande expectativa de ajudar a indústria naval na cidade. Nunca se avançou tanto nos últimos anos em direção à tão sonhada obra da dragagem. A vida marinha também será beneficiada, pois a reabertura do canal, hoje aterrado, vai permitir a volta da circulação hídrica. A dragagem vai possibilitar, além da retomada do setor naval, que barcos de pesca de grande porte cheguem ao terminal pesqueiro. Assim, novas oportunidades de emprego vão surgir e os pescadores poderão ter melhores condições de trabalho”, destacou Luiz Paulino.

A licença ambiental é uma condição para a liberação das obras e dar início a todo o processo de contratação de empresas. Assoreado, o Canal de São Lourenço, que hoje tem 7 metros, passará a ter 11 metros de profundidade, permitindo a entrada de grandes embarcações e abrindo espaço para que o setor naval possa voltar a receber encomendas de construções de navios de grande porte, estimulando o setor de offshore. A obra do canal também irá favorecer a abertura do Entreposto de Pesca e impulsionar o setor, que é hoje o segundo maior em renda do agronegócio, além de ampliar as atividades portuárias e aduaneiras.

A visita também contou com a presença dos representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Gilberto Alencar (Superintendente Federal de Agricultura no Estado do Rio de Janeiro) e Rodrigo Lamego (representando a superintendente Estela Romano) e os agentes da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Aline Moriggi e Felipe Porto Moreira.




sexta-feira, 15 de julho de 2022

Prefeitura de Niterói lança edital de R$ 3 milhões para incentivo à cultura na cidade




A Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria Municipal das Culturas (SMC), da Fundação de Arte de Niterói (FAN) e da Secretaria Municipal de Fazenda (SMF), está com inscrições abertas para a captação de recursos via Lei de Incentivo Fiscal do município. O edital do ISS/IPTU 2022 contemplará projetos culturais com o objetivo de reconhecer, proteger, valorizar e promover as mais variadas expressões artísticas da cidade. Serão destinados cerca de R$ 3 milhões para a iniciativa.

O prefeito de Niterói, Axel Grael, destacou a importância da ação e reafirmou que a cultura é prioridade na cidade.

Entendemos que o acesso à cultura é um direito da população. A Prefeitura tem que cumprir o papel de viabilizar investimentos e apoiar a realização de projetos culturais. Além disso, a cultura é também um setor muito importante para movimentar a economia, e que pode gerar muitos postos de trabalho. Isso é muito importante, sobretudo neste momento de recuperação das atividades econômicas após o período mais agudo da pandemia”, afirmou Axel Grael.

Informe-se também sobre o Edital de Teatro e Circo: Prefeitura de Niterói abre edital com investimento de R$ 600 mil para teatro e circo 

Podem participar pessoas físicas ou jurídicas, com ou sem fins lucrativos, de Niterói. A primeira etapa é a habilitação dos proponentes para a captação de recursos (conforme a Lei Municipal do Sistema Municipal de Cultura de Niterói), na qual uma comissão avalia se o projeto atende às condições de participação. As propostas apresentadas devem se enquadrar em um dos três eixos do edital: Expressões Artísticas; Patrimônio e Memória; e/ou Pesquisa e Pensamento.

Para o secretário das Culturas, Alexandre Santini, o edital é um importante instrumento de fomento à economia da cultura na cidade.

Ele permite projetos com valores maiores e incentiva a participação do setor privado na economia cultural. Isso gera emprego, renda e desenvolvimento para a cidade. Niterói é uma cidade que tem forte vocação para essa área do empreendedorismo cultural. Além disso, vamos promover uma aproximação do setor privado com os produtores e artistas, para estimular iniciativas de patrocínio”, pontuou o secretário.

O incentivo via ISS é feito por meio de renúncia fiscal. Os projetos habilitados para captação poderão contar com aporte tanto de empresas incentivadoras, quanto de dedução de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). A dedução via IPTU pode ser efetivada também por pessoas físicas que desejem ser incentivadoras da cultura, por meio do desconto do imposto. A secretária municipal de Fazenda, Marília Ortiz, ressaltou que o objetivo é desburocratizar a captação de recursos para o setor cultural.

Serão disponibilizados R$ 3 milhões para renúncia fiscal ao setor privado, sendo R$ 2 milhões de ISS e R$ 1 milhão de IPTU. Em sinergia com a Secretaria das Culturas, estamos atuando para desburocratizar o processo de captação e formulando a possibilidade de ampliar a participação da população de Niterói nessa iniciativa por meio de uma plataforma digital. Estamos empenhados também em aproximar o setor privado dos produtores culturais para facilitar a captação dos recursos dos projetos aprovados”, explicou Marília Ortiz.

O presidente da FAN, Fernando Brandão, disse que é preciso que os empresários se envolvam cada vez mais e entendam a importância de fomentar projetos culturais na cidade.

Isso é importante para a economia local, para os cidadãos e, claro, para os produtores e para a classe artística. Trata-se de geração de emprego e renda, de potencializar a capacidade criativa e de realização do setor por meio de um grande trabalho colaborativo da sociedade. Nesse sentido, a prefeitura traz um movimento inovador, não só lançando esse edital, como também pensando em instrumentos que modernizem a aplicação do mesmo”, enfatizou Brandão.

As inscrições no processo de seleção para os recursos do ISS/IPTU 2022 por meio da Lei de Incentivo Fiscal do município são gratuitas e online e poderão ser feitas pelo site: https://servicos.niteroi.rj.gov.br/, até 18h do dia 26 de agosto. Outra opção para a inscrição é pelo aplicativo “Niterói Serviços ao Cidadão”, disponível para Android e IOS. Para acessar o edital e seus anexos, basta entrar no portal https://www.culturaniteroi.com.br/

Dúvidas podem ser tiradas pelo e-mail incentivofiscal.niteroi@gmail.com, ou pelo canal da SMC no Telegram: https://t.me/editaissmcniteroi, clicando em @nucleodeeditais na mensagem fixada na parte superior do canal.

Fonte: Prefeitura de Niterói




quinta-feira, 14 de julho de 2022

Prefeitura de Niterói vai investir R$ 1 bilhão e 380 milhões nas comunidades




A Prefeitura de Niterói investirá, até 2024, R$ 1 bilhão e 380 milhões em obras de infraestrutura nas comunidades e em projetos sociais voltados para aqueles que mais precisam. O pacote faz parte do Niterói 450 Anos, um plano de investimentos que marcará o aniversário da cidade com entregas que se traduzirão em geração imediata de empregos e melhoria da qualidade de vida da população. Entre as áreas contempladas estão Saúde, Educação, Centro, Zona Norte, Sustentabilidade e Clima e Resiliência. O Niterói 450-Comunidades foi lançado na última quarta-feira (13-07) em cerimônia no Teatro Popular Oscar Niemeyer que contou com a presença de dezenas de lideranças comunitárias e integrantes da administração municipal.




O eixo “Comunidades”, o sétimo do Niterói 450, terá o investimento dividido em oito projetos: Comunidade Melhor; Prefeitura Presente; Contenção de Encostas; Unidades Habitacionais; Regularização Fundiária; Jovem EcoSocial; Neutralização de Carbono e a Moeda Social Arariboia. Nossa intenção é garantir comida à mesa das famílias niteroienses, geração de empregos, segurança nas encostas e urbanização, um conjunto de ações que ratificam nossa cidade no caminho do desenvolvimento sustentável, com inclusão e dignidade para todos os cidadãos.

Durante a apresentação do plano, na última quarta-feira (13-07), assinei, com o vice-prefeito Paulo Bagueira e o presidente da Emusa, Paulo César Carreira, a autorização de licitação para contratação de empresas para sete obras de contenção de encostas em diversos pontos da cidade (Travessa Nossa Senhora de Lourdes, no Cubango, e Campo Barreira, no Maceió; Rua Dr. Gustavo Moreira, no Caramujo; Estrada Nossa Senhora de Lourdes, no Maceió; Rua Ludovico Rocha, no Maceió; Estrada da Cachoeira, no Maceió, Morros Boa vista e Caixa D'Água, na Zona Norte; e Travessa Miotti, em Santa Rosa, e Ponte de Pedra, na Grota). Também assinamos a ordem de início para as obras de contenção de encostas no Morro Boa Esperança, nos pontos 4 ao 9, em Piratininga. Todas essas intervenções tem uma previsão de investimento de R$ 165 milhões.

Saiba mais detalhes sobre cada iniciativa do Niterói 450 Anos - Comunidades:




Comunidade Melhor - Obras de infraestrutura em 13 comunidades de Niterói. São intervenções de drenagem, pavimentação e urbanização, além da implantação de equipamentos comunitários como praças e áreas de lazer. Também haverá a construção de escadarias, abertura de acessos, pavimentação e instalação de iluminação pública. O Comunidade Melhor terá um investimento de R$ 350 milhões. A previsão é de que o projeto gere 400 empregos diretos e 1000 postos de trabalho indiretos. A prioridade para o preenchimento dos postos de trabalho será dos moradores das comunidades onde serão realizadas as obras.

O projeto básico das intervenções já está pronto em oito comunidades: Grota, Igrejinha, Caranguejo, Barreira, Monan, Bonsucesso, Palácio e Maceió. No caso destas localidades, a previsão é de que os editais de licitação sejam lançados até o fim de agosto. Nas comunidades da Vila Ipiranga, Mineirinho, Sabão, Pátio Leopoldina e Buraco do Boi, os projetos de obras estão em fase de elaboração. A Prefeitura também fará uma parceria com a concessionária Águas de Niterói para a implantação das redes de esgoto nas localidades.

Prefeitura Presente - Investimento de R$ 220 milhões em obras pontuais de urbanização, pavimentação e drenagem em comunidades de todas as regiões da cidade com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos moradores.

Contenção de encostas – Investimento de R$ 330 milhões em 150 obras de contenção de encostas em todas as regiões da cidade.

Unidades Habitacionais – Conclusão dos empreendimentos de interesse social do Poço Largo, no Sapê, com 280 unidades, e Jardim das Paineiras, no Badu, com 540 unidades. Os dois empreendimentos faziam parte do antigo Programa Minha Casa Minha Vida (atual Casa Verde e Amarela), de responsabilidade do Governo Federal, mas estão com as obras paralisadas. O investimento previsto é de R$ 30 milhões.

Regularização Fundiária – O eixo “Comunidades” vai ainda fazer a entrega de 10 mil títulos de Regularização Fundiária em todas as regiões de Niterói. Apenas na Comunidade da Ciclovia, em Piratininga, serão 1.277 títulos. Investimento de R$ 17,5 milhões.

Niterói Jovem EcoSocial – A segunda etapa do Niterói Jovem EcoSocial vai atender 500 jovens em 24 comunidades. O programa, desenvolvido pela Prefeitura de Niterói através do Pacto Contra a Violência e realizado em parceria com a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), promove a inclusão social de forma qualificada, desenvolve habilidades sociais e competências profissionais, por meio de capacitação técnica profissionalizante. O investimento nesta etapa será de R$ 25 milhões.

Neutralização de Carbono – Moradores que fizerem reflorestamento, utilizarem energia solar e adotarem iniciativas sustentáveis como a destinação de resíduos (reciclagem) e reduzirem o consumo de energia, entre outras iniciativas, vão receber créditos em Arariboia. Projeto será iniciado pelo Caramujo. Investimento anual de R$ 2 milhões.

Moeda Social Arariboia – O programa Moeda Social Arariboia beneficia 31 mil famílias que estão cadastradas no CadÚnico e que fazem parte do recorte de renda que as classifica como em situação de vulnerabilidade ou extrema vulnerabilidade. O valor varia conforme o número de membros da família. O valor inicial, para o primeiro membro, é de R$ 250. A partir daí, cada membro recebe R$ 90 até mais cinco pessoas, totalizando 6 integrantes de uma mesma família, com valor máximo de R$ 700, para famílias com seis membros.

Axel Grael
Prefeito de Niterói


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NITERÓI 450 ANOS: UM DOS MAIORES INVESTIMENTOS EM SUSTENTABILIDADE, CLIMA E RESILIÊNCIA NO PAÍS
Visita às obras do Parque Esportivo, no Centro, e Parque Orla de Piratininga 





Prefeito de Niterói se reúne com embaixador da Dinamarca


No dia 07/07, tivemos uma proveitosa reunião com o Sr. Nicolai Prytz, embaixador da Dinamarca no Brasil, que esteve em visita a Niterói. Junto com o embaixador, estiveram o conselheiro de Saúde da Embaixada, Danilo Santos; a diretora de Relações Governamentais, Simone Tcherniakovsky, e a diretora médica Priscilla de Andrade Mattar, ambas representantes da empresa farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk.

O objetivo foi discutir a possibilidade de parceria entre Niterói e o Programa Cities Changing Diabetes, iniciativa que existe desde 2014, para abordar os fatores sociais e culturais que podem aumentar a vulnerabilidade ao diabetes tipo 2. O programa é desenvolvido pelo Steno Diabetes Center Copenhagen, University College of London e a Novo Nordisk. O programa já estabeleceu parcerias em mais de 30 cidades no mundo, alcançando mais de 150 milhões de pessoas. Na América Latina, fazem parte da rede as cidades de Buenos Aires e Bogotá.

O Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A estimativa da incidência da doença em 2030 chega a 21,5 milhões. Esses dados estão no Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF)

Mundialmente, o diabetes se tornou um sério problema de saúde pública, cujas previsões vêm sendo superadas a cada nova triagem. Por exemplo, em 2000, a estimativa global de adultos vivendo com diabetes era de 151 milhões. Em 2009, havia crescido 88%, para 285 milhões. Em 2020, calcula-se que 9,3% dos adultos, entre 20 e 79 anos (assombrosos 463 milhões de pessoas) vivem com diabetes. Além disso, 1,1 milhão de crianças e adolescentes com menos de 20 anos apresentam diabetes tipo 1.

Há uma década, em 2010, a projeção global do IDF para diabetes, em 2025, era de 438 milhões. Com mais cinco anos pela frente, essa previsão já foi ajustada para 463 milhões.
Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde, Ministério da Saúde)

Determinei que o secretário municipal de Saúde de Niterói, Dr. Rodrigo Oliveira, dê continuidade aos entendimentos com os representantes da embaixada e do programa, para que Niterói se inclua na iniciativa.

Temos mantido entendimentos com a embaixada para promover parcerias entre Niterói e a Dinamarca, país de origem da minha família. Temos identificado oportunidades de intercâmbio e cooperação nas áreas de tecnologia, especialmente para programas de TI voltados para a saúde pública, além de mobilidade (ciclovias), meio ambiente, cultura, esportes, política urbana e clima.

Registramos aqui o nosso agradecimento ao embaixador Nicolai Prytz pelo seu interesse por Niterói e por ajudar a construir essa valiosa parceria.

Axel Grael
Prefeito de Niterói


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Fotos: Lucas Benevides


Prefeito de Niterói se reúne com embaixador da Dinamarca

O prefeito de Niterói, Axel Grael, esteve em um encontro com o embaixador da Dinamarca, Nicolai Prytz, nesta quinta-feira (07), para uma possível cooperação entre os dois países em relação a ações ligadas ao diabetes. A reunião aconteceu com a presença do secretário de Saúde da cidade, Rodrigo Oliveira, e representantes de uma farmacêutica dinamarquesa.

O prefeito Axel Grael contou da honra de receber a equipe do país de origem de sua família.

“Temos planejado várias parcerias com a embaixada e hoje nós recebemos a visita do embaixador e de uma empresa dinamarquesa que nos trouxe a possibilidade de uma cooperação em um programa que é desenvolvido em várias cidades do mundo na área do diabetes. Esse é um tema importante e de relevância na saúde pública do Brasil e, em Niterói, temos buscado atuar com ações preventivas e nos programas focados em algumas doenças, então é uma forma da gente avançar nisso também”, disse o prefeito.

Rodrigo Oliveira, secretário de Saúde de Niterói, destacou que o projeto é alinhado com o que vem sendo pensado para a política de saúde da cidade.

“O projeto apresentado pela embaixada é bem alinhado com o que a gente vem pensando: uma cooperação para enfrentar um dos principais problemas do mundo em saúde pública e, portanto, um desafio dos sistemas nacionais de saúde, com a questão da diabetes. Precisamos organizar ações intersetoriais e integradas no controle da diabetes. Neste sentido, há grandes possibilidades de desenvolver parcerias, interação e troca de conhecimentos”.

A Diabetes mellitus (DM) é um importante e crescente problema de saúde para todos os países, independentemente do seu grau de desenvolvimento. Em 2017, a Federação Internacional de Diabetes estimou que 8,8% da população mundial com 20 a 79 anos de idade (424,9 milhões de pessoas) vivia com diabetes. Se as tendências atuais persistirem, o número de pessoas com diabetes foi projetado para ser superior a 628,6 milhões em 2045. Cerca de 79% dos casos vivem em países em desenvolvimento, nos quais deverá ocorrer o maior aumento dos casos de diabetes nas próximas décadas.

“Para nós é um encontro importante porque a gente trabalha muito com doenças crônicas e estamos muito conscientes da importância de se atacar esse problema. Doenças crônicas têm um baque sério na vida das pessoas e também na sociedade. Precisa de políticas certas, de uma estratégia e custo para poder fazê-los. A gente conta com uma empresa dinamarquesa que trabalha muito nessa área e faz projetos sem nenhum compromisso comercial, digamos que é uma das maiores farmacêuticas do mundo e que pode tomar a liberdade de investir em projetos sociais sem a finalidade de comércio. A Dinamarca tem uma tradição de cooperação e é assim que a gente enfrenta nossos desafios e é isso que pretendemos fazer em outros países onde a gente atua”, analisou o embaixador Nicolai Prytz.

Fonte: Prefeitura de Niterói