segunda-feira, 28 de março de 2022

COPENHAGUE: como a bicicleta chegou a 2/3 dos deslocamentos da população da cidade






Na década de 1980, com os colegas do Movimento de Resistência Ecológica - MORE, comecei como ambientalista a propor ciclovias em Niterói. Era como pregar no deserto, não encontramos apoio. Somente em 2013, quando assumi como vice-prefeito, junto como o prefeito Rodrigo Neves, demos início ao programa Niterói de Bicicleta, que pela primeira vez apresentou uma política pública para bicicletas na cidade. 

Já no segundo mês de governo, organizamos o I Workshop do Programa Niterói de Bicicleta e, em setembro do mesmo ano, já organizávamos uma Semana da Mobilidade para debater publicamente e dar início a um planejamento participativo. Apresentamos um plano inicial para a implantação de uma rede de "ciclovias temporárias", com a finalidade de demonstrar que as ciclovias chegariam e para que a cidade começasse a se adaptar com as bicicletas mais presentes no seu cotidiano. Foi o primeiro passo! Hoje, já temos mais de 60 km de ciclovias e a meta é chegar ao final da atual gestão com cerca de 120 km de infraestrutura cicloviária.

Seguimos avançando para que Niterói seja um exemplo para o Brasil de uma cidade ciclável e cada vez mais multimodal.

O exemplo de Copenhague

Desde que passei a propor bicicletas como alternativa de transporte em Niterói, passei a estudar a experiência de outras cidades e o processo de adoção da bicicleta nos seus cotidianos. De família dinamarquesa e sendo Copenhague uma das referências mundiais, visitei e passei a estudar a experiência da cidade. Estive pela primeira vez em Copenhague, na década de 1970, quando ainda era adolescente. Foi a primeira vez que vi e pedalei numa ciclovia, que passava à frente da casa do meu tio.

A cidade teve uma adesão rápida e precoce à bicicleta. Conforme já postei aqui no blog (História das bicicletas e ciclovias de Copenhague) uma rápida linha do tempo da bicicleta seria: 
  • em 1890, quando a produção industrial das bicicletas no mundo começou, Copenhague já contava com 3.000 bicicletas. 
  • Uma década depois, em 1900, já eram mais de 30.000. 
  • Sete anos depois, já eram 80.000 e 
  • em 1934 já eram 400 mil bicicletas em Copenhague!!! 
  • Durante a ocupação alemã da Dinamarca (1940-1945), durante a II Guerra Mundial, o pais teve um bloqueio de suprimento de combustíveis e fez da bicicleta a forma dominante de transporte.

O texto abaixo "Como a crise do petróleo da década de 1970 ajudou Copenhague a se tornar o paraíso da bicicleta", de autoria de Adele Peters, foi divulgado pelas redes sociais da Embaixada da Dinamarca no Brasil. Com depoimentos do CEO da Federação Dinamarquesa de Ciclistas, Klaus Bondam, que também foi vice-prefeito de Copenhague, conta a história de como a bicicleta tomou as ruas da capital da Dinamarca. Atualmente, a bicicleta é a opção de deslocamento diário para a escola ou para o trabalho de 2/3 da população da cidade!

Como vimos, a bicicleta já era muito popular na Dinamarca no início do século XX, mas, na década de 1950, o planejamento urbano de Copenhague assumiu a lógica dos subúrbios das cidades americanas e seguiu a linha rodoviarista que influenciou a maior parte das cidades do mundo. A partir da década de 1960, estradas e avenidas foram abertas para ligar os subúrbios ao Centro. As vias para o automóvel tomaram espaços que eram da bicicleta e os carros prevaleceram. Mas, na crise do petróleo de 1973, quando o preço dos combustíveis quadruplicou em poucos dias, o rumo da cidade teve uma reviravolta. 

Segundo o texto, diante do impasse da crise na nova concepção urbana, pessoas de Copenhague foram na época visitar cidades americanas com a lógica "carrocêntrica" e houve a decisão de seguir no caminho inverso. 

Na época, uma estrada projetada para passar por uma região ambientalmente sensível, com lagoas, gerou protestos e uma rua movimentada do centro da cidade foi transformada em rua de pedestres, mesmo com o prefeito da época sendo duramente criticado e até ameaçado. 

A falta de combustíveis causou a proibição temporária do uso dos automóveis aos domingos. O debate dos ambientalistas para que o uso da bicicleta fosse adotado como alternativa ganhou força e projetos de novas estradas foram esquecidos, mais ruas foram dedicadas a pedestres e vias de passagens de trânsito por bairros foram evitadas. A Federação Dinamarquesa de Ciclistas propôs a implantação de uma malha cicloviária por toda a cidade, que foi sendo gradualmente implantada. Desde a década de 1970, verbas para as ciclovias passaram a ser destinadas no orçamento da cidade. Mas, as mudanças ganharam ainda mais força em 2005, quando foi eleito um prefeito que priorizou ainda mais as bicicletas. O vice-prefeito era Bondam, o presidente da Federação Dinamarquesa de Ciclistas. Os investimentos aumentaram muito, a infraestrutura cicloviária avançou muito e passou a ser veiculada uma campanha publicitária para estimular mais gente a pedalar e a conscientização oque isso era importante para prevenir a poluição e os engarrafamentos.

Copenhague hoje tem cerca de 250 milhas (402 km) de ciclovias segregadas, sendo que 17 km são de pontes e viadutos para bicicletas e vias expressas para a bicicletas, para facilitar a chegada de ciclistas dos subúrbios até o centro da cidade sem parar na sinalização semafórica.

O texto conclui que um dos motivos do sucesso da bicicleta em Copenhague é que a cidade é plana, densa e as distâncias não são tão grandes. Além disso, a cidade decidiu investir na infraestrutura adequada para o uso dos ciclistas. Mas, o principal motivo é que a Dinamarca nunca teve uma indústria automobilística para fazer o lobby rodoviarista e os carros sempre foram altamente taxados no país, estimulando o transporte coletivo e as bicicletas. A autora compara com a Suécia, que com uma forte indústria automotiva (Volvo e Saab) teve uma história bem diferente.

Axel Grael
Prefeito de Niterói


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How the 1970s oil crisis helped Copenhagen become a cycling paradise

Bicycles didn’t always dominate the streets of the Danish capital. It took rising oil prices and a great deal of political will to make significant changes that would last.


[Photo: Marco Bottigelli/Getty Images]


BY ADELE PETERS

Rush hour in Copenhagen is dominated by people on bicycles: Around two-thirds of the city’s residents now bike to school or work instead of driving. That wasn’t an inevitable reality: Bikes were popular in the city early in the 1900s, but by the 1950s, as people got richer and moved to the suburbs, cars had overtaken bikes on roads.

By the 1960s, city planners saw cars as the future and bicycles as outdated. They sketched visions to add new urban highways and take out bike lanes that some thought were a waste of space. But the global oil crisis of 1973—when oil prices quadrupled within a few days—helped push the city in a different direction.

Assista ao vídeo: https://vimeo.com/141516172 

Even before the oil embargo, when Middle Eastern suppliers stopped selling fuel to some countries because of a conflict in Israel, some Copenhageners were beginning to question the wisdom of following the American example of city planning. (At the time, Danish leaders visited American cities to see car-centric design in action; Americans now visit Copenhagen to see the opposite.) A proposed highway that would have paved over lakes in the city sparked protests. A busy street in the center of the city was pedestrianized, though the mayor at the time faced death threats for making the changes.

The oil crisis helped lead to faster changes in the 1970s. Driving was temporarily banned on Sundays because of the shortage of gas. “I remember, as a child, walking in the middle of the highway,” says Klaus Bondam, CEO of the nonprofit Danish Cyclists Federation. A growing environmental movement started talking about bikes as alternative transportation. The city eventually abandoned plans for some major new road projects, pedestrianized more streets, and banned through-traffic in other areas.

As Denmark confronted its dependence on foreign fossil fuels—when the oil crisis happened, imported oil covered 80% of its energy needs—it looked for ways to generate electricity and heat differently and to drive less. Danish Cyclists Federation proposed a plan for a citywide bike network, and the city slowly started building new bike lanes.

“Since the ’70s, the city has basically set aside money every year to expand and expand and expand the bicycle infrastructure of Copenhagen,” Bondam says. The changes accelerated further in 2005, when a new mayor was elected on a platform that championed cycling. Bondam was deputy mayor at the time.

“We started some huge investment schemes in more cycling infrastructure,” he says. “But I think more importantly, we moved cycling and cycling culture up on the political agenda.” The city also launched a marketing campaign to encourage more people to bike, with an “I CPH” logo and messaging about how cycling could cut congestion and pollution and help improve quality of life.

Copenhagen now has 250 miles of bike lanes—with curbs that separate them from car traffic—17 recently built bike bridges, and cycle “superhighways” that let suburban commuters ride into the city without stopping at traffic lights. “If you don’t make those investments, people won’t change the mode of transportation,” Bondam says. “You can paint white lines and stuff like that, it’s fine to begin with, but you should move it to the next level, where you actually build proper, segregated infrastructure.”

Even the most bike-friendly American cities don’t look like this. But it’s possible that the current spike in gas prices could help accelerate the changes that have started to happen in the U.S. over the last decade.

Copenhagen is unique in some ways. It’s compact, so biking anywhere doesn’t take long. It’s flat—although so is Silicon Valley south of San Francisco, with much better weather, and few people commute by bike there. Denmark never had a car-manufacturing industry lobbying for car-friendly roads (neighboring Sweden, home to Volvo and Saab, developed fairly differently.) Denmark also taxes cars heavily, making bikes even more attractive.

Still, Bondam says, change is possible anywhere. Take the example of Paris, where an influx of new bike lanes has quickly filled the streets with cyclists and made it look a lot more like Copenhagen. The full transformation takes time, he says.

“I think it’s important to understand that there’s no quick fix in this. It is an ongoing development that really needs political attention. It needs a public dialogue,” says Bondam. “It needs also courageous politicians sometimes that say okay, we’ll remove 100 parking spaces. Trust me, having been a politician, I know that it’s not an easy thing to do. I mean, people hate you. They literally hate you. But the funny thing is that, when you have done the changes, they kind of understand that it was probably the right thing to do. Because they suddenly see, it’s more quiet now. There isn’t as much air pollution. It’s actually safe for our children.”


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Assista ao vídeo sobre o planejamento de Berlim para ultrapassar 3.000 km de ciclovias urbanas.


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sexta-feira, 25 de março de 2022

NITERÓI 450 ANOS: UM DOS MAIORES INVESTIMENTOS EM SUSTENTABILIDADE, CLIMA E RESILIÊNCIA NO PAÍS




Na quarta-feira, 23/03, foi a vez de lançar o sexto eixo do Plano Niterói 450 AnosClima e Resiliência. Através do Plano Niterói 450 Anos estamos anunciando os principais investimentos da Carteira de Projetos da Prefeitura de Niterói, a ser implementado até o final da presente gestão, ou seja, até o final de 2024. Serão obras de infraestrutura e outras ações estratégicas que, além de fazer parte da estratégia de retomada da economia e do emprego em Niterói, permitirão que a cidade continue avançando para ser uma referência de políticas públicas de desenvolvimento urbano, sustentabilidade, qualidade de vida e justiça social.

Nos dois temas, clima e resiliência, Niterói tem dado grande prioridade. No início de 2021, criei a Secretaria Municipal do Clima, a primeira do país e estamos implementando politicas climaticas de forma transversal, envolvendo várias secretarias. Com relação à resiliência, tema muito relacionado aos riscos das mudanças climáticas, já investimos mais de R$ 600 milhões em obras de contenção e drenagem de encostas, desde o início do atual ciclo de gestão na cidade de Niterói, inaugurado pelo prefeito Rodrigo Neves em 2013. Agora, como parte do Plano Niterói 450 Anos, serão mais R$ 302 milhões.


NITERÓI 450 ANOS: Veja, a seguir, os principais anúncios feitos até agora em cada um dos eixos:

  • SAÚDE 450 ANOS: em 2 de fevereiro, anunciamos o Plano Niterói 450 Anos, já com um expressivo investimento na área de Saúde, num total acima de R$ 260 milhões. O pacote inclui a reforma de 68 unidades de saúde do município, incluindo hospitais, unidades do programa Médico de Família, Unidades Básicas de Saúde, Policlínicas e Rede de Atenção Psicossocial. Serão destinados R$ 30 milhões ao Hospital Orêncio de Freitas, para a reforma do centro cirúrgico, ampliação dos leitos de CTI e implantação de leitos de cuidados intermediários. Outros R$ 33 milhões vão para a municipalização do Hospital Municipal Oceânico Dr. Gilson Cantarino e também reformas para adaptações das instalações para a mudança do seu perfil assistencial. Mais R$ 33 milhões serão destinados à realização de obras emergenciais imediatas no Hospital de Jurujuba e posterior modernização completa de suas instalações.
  • EDUCAÇÃO 450 ANOS: o plano para a educação foi anunciado no dia 9 de fevereiro e incluindo a entrega de nove novas unidades escolares até 2024: 5 escolas de Educação Infantil e 4 escolas de Ensino Fundamental. Serão atendidos os bairros do Engenho do Mato, Jurujuba, Engenhoca, Barreto, Fonseca, Ponta d’Areia, Santa Rosa e Badu. Com isso, criaremos 2 mil vagas para Fundamental e Infantil. O investimento total será de R$ 147.800.000.
  • CENTRO 450 ANOS: reúne recursos da ordem de R$ 400 milhões em intervenções que trazem ações urbanísticas, soluções para a mobilidade, incentivam a ocupação habitacional, valorizam o patrimônio arquitetônico, histórico e cultural, além de potencializar as vocações de uma região que conta com belas paisagens. Dentre as principais intervenções estão a nova Avenida Amaral Peixoto, a requalificação de toda a orla desde o Mercado de Peixe até o Gragoatá, a nova Praça Arariboia, a construção do Complexo Esportivo na Concha Acústica (obra já em andamento) e a reforma da pista de atletismo da UFF.
  • REGIÃO NORTE 450 ANOS: o total de investimentos está estimado em R$ 415 milhões, incluindo a Nova Alameda São Boaventura (R$ 136 milhões), o primeiro restaurante popular da Região Norte (localizado na Alameda e que incluirá uma escola de gastronomia), o primeiro espaço cultural da Região Norte (também localizado na Alameda), a construção do Terminal de ônibus do Caramujo, drenagem e pavimentação no Barreto, implantação da Plataforma Digital de Santa Bárbara, construção de 20,6 km de ciclovias e a dragagem da região portuária e acessos aos estaleiros, que poderão alavancar 30 mil empregos.
  • SUSTENTABILIDADE 450 ANOS: além das entregas previstas do Programa Região Oceânica Sustentável - PRO Sustentável, que inclui o Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis (em implantação), também anunciamos como parte do Eixo Sustentabilidade: a renaturalização do Rio Jacaré, o Centro de Referência de Sustentabilidade Urbana - CERSU, recuperação do Sistema Lagunar de Piratininga e Itaipu (com vários intervenções na bacia hidrográfica, na redução do lodo acumulado no fundo das lagoas, obras no túnel do Tibau e nos canais de Itaipu e Camboatá), implantação de trilhas, implantação de ciclovias em várias regiões da cidade, com destaque para a malha cicloviária da Região Oceânica e a ciclovia-parque, arborização urbana (desde 2013 foram plantados 8 mil mudas e até 2024 serão plantadas mais 7.700 mudas), reflorestamento de encostas e restauração de ecossistemas de Niterói, restauração da Ilha da Boa Viagem (obra iniciada) e implantação dos parques do Baldeador (primeiro da Região Norte) e Chácara do Vintém (parte do Parque Municipal da Águas Escondidas) e investimentos na infraestrutura do Parque da Cidade (PARNIT). Também anunciamos investimentos na área de gestão de resíduos sólidos, com a ampliação da coleta seletiva, a erradicação de vazadouros de lixo (a queima do lixo, além dos danos à saude e ao meio ambiente, e uma das principais causas de incêndios em vegetação). Também contamos com importantes parcerias público-privadas (PPP) para a implantação de uma usina de triagem de recicláveis e uma usina de biodigestão, que produzirá energia a partir da matéria orgânica produzida na cidade. As duas usinas permitirão que Niterói alcance um papel de destaque na gestão de resíduos no país. Já há alguns anos, Niterói é a segunda cidade no ranking do Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana - ISLU e com as novas usinas, a cidade certamente assumirá a liderança no país.


CLIMA E RESILIÊNCIA

Foi com uma satisfação pra lá de especial que, na última quarta-feira, anunciei R$ 398 milhões para iniciativas importantes em Niterói nas áreas de Clima e Resiliência. Poder implementar ações estruturantes e inovadoras neste setor é a realização de um sonho para este engenheiro florestal que tem sua trajetória de vida marcada pela defesa do Meio Ambiente. E isso aconteceu exatamente uma semana depois de lançarmos o eixo Sustentabilidade do Plano Niterói 450 Anos, que destinou outros R$ 300 milhões para a defesa de nossas áreas de preservação, destinação correta do lixo e recuperação de ecossistemas.

Desta vez, o pacote de investimentos inclui obras de contenção de encostas, modernização do Centro de Monitoramento de Operações da Defesa Civil, substituição de veículos da frota municipal por carros elétricos e projetos os projetos da primeira Secretaria Municipal do Clima no Brasil, que visam a mitigar a emissão de gases, entre outras iniciativas. Trata-se da continuidade do trabalho iniciado em 2013, quando a sustentabilidade deixou de ser um tema periférico para ocupar lugar de destaque no Planejamento da Prefeitura de Niterói, como uma prioridade para todos os setores do governo municipal.

O fortalecimento do Grupo Executivo para o Crescimento Ordenado de Preservação das Áreas Verdes (Gecopav) da Prefeitura de Niterói, que previne a ocupação de áreas de risco, também faz parte das ações. Serão R$ 6 milhões destinados para a compra de equipamentos e reforço na estrutura logística da Guarda Municipal Ambiental, além da implantação de uma sede, que irá funcionar no Engenho do Mato.

Importante destacar que somando-se os investimentos dos eixos "Sustentabilidade" e "Clima e Resiliência", a Prefeitura de Niterói investirá R$ 698 milhões até 2024. Certamente, um destaque não apenas para o cenário nacional, mas Niterói será um exemplo de sustentabilidade urbana para o mundo.

UM SONHO REALIZADO - Iniciei minha atuação, ainda na década de 70, na defesa do Meio Ambiente, mais especificamente, na defesa de ciclovias em Niterói, do sistema lagunar de Piratininga e Itaipu, da Baía da Guanabara e da criação do Parque Estadual da Serra da Tiririca. Fundei e presidi organizações ambientalistas como o Movimento de Resistência Ecológica - MORE (fundado em 1980), Movimento Cidadania Ecológica (fundado em 1989) e o Instituto Baía de Guanabara (fundado em 1993). Depois, com os meus irmãos, Torben e Lars, fundamos o Instituto Rumo Náutico (Projeto Grael), que atua também na educação ambiental, tendo a Baía de Guanabara e o problema do lixo marinho como focos principais.

De lá pra cá, assumi muitos cargos públicos, como o de presidente da Feema e do IEF, órgãos ambientais do RJ e que hoje compõem o INEA. Tambem fui subsecretário de Meio Ambiente do RJ e sou servidor público concursado da Prefeitura do Rio de Janeiro, onde exerci vários cargos e coordenei projetos com financiamento internacional. 

No entanto, é na Prefeitura de Niterói que, nos últimos nove anos, tenho a satisfação de implementar expressivas iniciativas em diferentes setores da administração pública, incluindo, a sustentabilidade.

Parece que foi ontem quando cheguei à Prefeitura de Niterói, em 2013, como vice-prefeito na gestão Rodrigo Neves. Hoje, quando olho para trás sinto orgulho de ver o tanto que realizamos.
  • Graças a um decreto municipal, Niterói tem hj 56% de seu território protegido por áreas de preservação.
  • Somos a melhor cidade do Estado e uma das melhores do País em saneamento.
  • Estamos implementando o Parque Orla Piratininga, que arrisco dizer que é a maior obra de implantação de um parque urbano e de recuperação ambiental em andamento no País.
  • Somos a segunda melhor cidade do País em Limpeza Urbana.
  • Estamos recuperando nossas restingas e o projeto Enseada Limpa alcança expressivos resultados na balneabilidade, fazendo com que a Enseada de Jurujuba seja considerada a que mais avança para a despoluição na Baía de Guanabara.
  • Implementamos o maior plantio urbano e reflorestamento da história de nossa cidade. Foram mais de 70 mil mudas plantadas desde 2013.
As iniciativas tratam de proteção das nossas áreas verdes, recuperação de nossas lagoas, saneamento, correta destinação de lixo, um novo ciclo de reflorestamento e plantio urbano, mitigação da emissão de gases do efeito estufa, fortalecimento da Defesa Civil, contenção de encostas, entre muitas outras ações para que Niterói continue firme no caminho do Desenvolvimento com Sustentabilidade e Justiça Social.

O PROTAGONISMO DOS MUNICÍPIOS - Todo esse pacote de ações traduz, na prática, o que defendi ano passado na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26), que aconteceu em Glasgow (Escócia): a importância das ações locais. Como vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos, tive a honra de representar Niterói e outros 426 municípios brasileiros neste evento em que, uma sucessão de palestras, painéis e debates levaram representantes de 200 países a uma urgente reflexão. Nosso planeta não pode mais esperar.

Por diversas ocasiões, para plateias diversificadas e de diferentes regiões do planeta, tive oportunidade de salientar a importância dos governos locais para a agenda climática. Me reuni, inclusive, com o secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o português António Guterres, e oito prefeitos de diferentes países. Não poupei esforços para mostrar às lideranças mundiais que a posição brasileira, infelizmente, é controversa em nível nacional, porém, na escala local existem importantes ações sendo realizadas. Ressaltei que estamos sim, nós brasileiros, muito preocupados e engajados. O prefeito de Londres ao também afirmar que as cidades estão assumindo a liderança neste tema tão importante, disse uma frase interessante: "O século XIX foi dominado pelos impérios. O século XX foi marcado pela disputa entre as grandes nações. O século XXI será, sem dúvida, liderado pelos municípios”.

Nós prefeitos ressaltamos que este não pode ser um assunto exclusivo de uma determinada esfera de governo. Precisamos pensar, agir e cobrar ações locais, regionais, nacionais e planetárias para evitarmos uma catástrofe. Os problemas são globais, mas os cidadãos vivem nas cidades, que apresentam soluções e implementam ações efetivas em defesa da Agenda 2030. Ao fim do encontro com os nove prefeitos, o secretário geral da ONU se comprometeu a levar à próxima assembleia geral a discussão acerca de uma maior participação dos municípios nas discussões e decisões sobre as mudanças climáticas.

 


Saiba mais sobre o que foi anunciado no Plano Niterói 450:

Monitoramento meteorológico – O Centro de Monitoramento de Operações da Defesa Civil Municipal vai receber um radar meteorológico. Atualmente, a cidade utiliza o radar do Rio de Janeiro e a previsão é que o novo equipamento passe a operar ainda este ano.

“Este equipamento vai permitir uma precisão maior na identificação da aproximação de núcleos de chuva e dimensionando o volume de água”, explicou o secretário municipal de Defesa Civil, Walace Medeiros.

A cidade também vai passar a contar com mais três estações meteorológicas automáticas. No momento, há duas em operação: uma no Parque das Águas, no Centro, e outra no Preventório, em Charitas. Os novos equipamentos serão instalados em Pendotiba, Zona Norte e Região Oceânica.

Qualidade do ar – Outra novidade é a aquisição de estações de monitoramento da qualidade do ar. Serão três estações automáticas e seis semiautomáticas. Esses equipamentos medem a concentração de vários gases como o metano e, principalmente, o ar particulado (poeira).

No total, este conjunto de investimento para o monitoramento meteorológico e de qualidade do ar terá aporte de R$ 18,5 milhões. “Este conjunto de investimentos é para que a gente tenha maior capacidade de monitoramento e prevenção meteorológica na cidade. É a tecnologia nos ajudando a ser mais resilientes”, pontuou Medeiros.

Combate a queimadas – As ações de prevenção e combate a queimadas serão intensificadas neste eixo do programa Niterói 450 anos. Com investimento de cerca de R$ 5 milhões, o Município vai adquirir veículos equipados para aumentar a capacidade de eliminação de focos iniciais de queimadas e rondas preventivas, além de dois drones de alta capacidade que serão usados para orientar as equipes de solo no combate a esses incêndios e avaliar o dano causado.

“Niterói tem mais de 50% de seu território protegido com unidades de conservação. É fundamental que a gente tenha um programa eficiente de combate a queimadas. Já temos o programa Niterói Contra Queimadas, que a Defesa Civil coordena envolvendo também a Secretaria de Meio Ambiente e a Secretaria de Ordem Pública. Outra estratégia é um convênio com o Corpo de Bombeiros, no qual a Prefeitura paga o RAS para os profissionais em situação de folga, como é feito com os policiais, e que será mantido”, explicou Medeiros.




Encosta verde – Outra ação deste eixo é o desenvolvimento de um programa que combina o reflorestamento de encostas com a implantação de uma usina solar, com investimento de R$ 10 milhões. Com esta iniciativa, a ideia é produzir energia nesses locais e uma boa parte do resultado dessa produção vai beneficiar a própria comunidade. O Morro Boa Vista, localizado entre o Centro e o Fonseca, será a primeira comunidade a receber o projeto.

Carros elétricos – Mais um destaque deste eixo é a substituição de veículos da frota municipal por carros elétricos. A meta é ter 150 carros elétricos até 2024 em diferentes órgãos da Prefeitura. A Guarda Municipal receberá os primeiros veículos. A ideia, explicou o prefeito, é que carros elétricos serão abastecidos por energia produzida na Cidade da Ordem Pública, sede da Guarda, com produção de energia solar fotovoltaica.

“Estamos dando prioridade aos veículos de uso mais intenso, como a Guarda Municipal, já que os carros convencionais emitem mais poluentes. Serão investidos R$ 45 milhões na compra desses carros e na infraestrutura para carregar esses veículos com energia produzida em prédios públicos”, afirmou Axel Grael.

Energia solar – A utilização de energia solar fotovoltaica, inclusive, é o carro-chefe de mais dois projetos: Fazenda Solar e Teto Solar. O objetivo, de acordo com o secretário municipal do Clima, Luciano Paez, é tentar mitigar as emissões de gases na cidade e aumentar o consumo de energia de origem sustentável.

Para colocar em prática o projeto Fazenda Solar, que terá aporte de R$ 6 milhões, será firmada uma parceria com empresa geradora de energia fotovoltaica. A iniciativa prevê a instalação de sistema de geração de energia fotovoltaica conectado à rede da concessionária local. A expectativa é a geração de energia dimensionada de aproximadamente 180 megawatt.

No projeto Teto Solar, a ideia é aproveitar a disponibilidade dos prédios públicos para geração fotovoltaica. A meta é chegar a 800 placas instaladas até 2024. Serão 40 unidades com consumo médio de mil Kwh/mês. O investimento do Município será de R$ 1 milhão.

Educação Climática – A Prefeitura também elaborou um Programa Municipal de Educação Climática, com o desenvolvimento de ações em setores como comércio, serviço, indústria, clube e organizações da sociedade civil. A meta é atingir 110 instituições até 2024.

“Nossa ideia é trabalhar através de instituições como a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) para chegar ao comércio e estimular ações positivas que possam contribuir para as questões climáticas e dar orientações sobre ações que eles possam criar para reduzir, por exemplo, a emissão de gases poluentes”, destacou o prefeito.

A iniciativa inclui, ainda, o projeto Escola no Clima. A primeira unidade da rede municipal a receber o programa é a Escola Professor Marcos Waldemar de Freitas. Será feito um inventário de plano de ação climática para a unidade, além de capacitação de professores e alunos, e a produção de material didático para inserção do tema “mudanças climáticas” no currículo escolar.

Neutralização de carbono – A Prefeitura criou também um Programa Municipal de Neutralização de carbono comunitário, que prevê entre outras ações, a elaboração de um plano de metas para redução de emissões de gases na comunidade e a estruturação de inventários domiciliares. Com investimento de R$3 milhões, o programa será iniciado pelo bairro do Caramujo com atividades no Parque Esportivo.

"Vamos desenvolver ações de caráter educativo feito nas comunidades que vão desde a prevenção de queimadas, plantios comunitários para compensação de emissões”, disse Luciano Paez.

Outra iniciativa é o Programa Municipal de Certificação de Neutralização de Emissões de Gases de Efeito Estufa. “Esse é um programa de reconhecimento de iniciativas que já existem na cidade. É importante para nosso inventário da cidade para ir certificando essas iniciativas para uma estratégia climática. Com isso, você estimula as pessoas a terem ainda mais iniciativas neste sentido”, concluiu Paez.

Participaram ainda da apresentação do Plano o secretário Executivo da Prefeitura, Bira Marques, o secretário municipal de Ordem Pública, Paulo Henrique Moraes, de Conservação e Serviços Públicos, Dayse Monassa, o presidente da Emusa, Paulo César Carrera, a secretária do Escritório de Gestão de Projetos da Prefeitura, Valéria Braga, e o vereador Leandro Portugal.

SAIBA MAIS SOBRE NITERÓI E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Em nossa cidade, nos últimos anos, o Meio Ambiente deixou de ser uma política periférica para se tornar prioridade de governo. Passamos a ter 56% do nosso território como áreas protegidas na forma de parques ou outras unidades de conservação ambiental, investimos pesado em reflorestamento e o saneamento básico chega a 100% de abastecimento de água enquanto o tratamento de esgoto beira a universalização, com 97%.

Em 2015, Niterói aderiu à Declaração de Edimburgo, documento de posicionamento dos governos locais de todo o mundo em contribuição à negociação do Novo Marco Global para a Biodiversidade. A Prefeitura de Niterói, que criou a primeira Secretaria Municipal do Clima do Brasil, assinou no início de agosto o pacto “Race To Zero”, uma iniciativa da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP26) para zerar a emissão líquida de gases do efeito estufa até 2050. Desde 2013, a questão climática é tratada com seriedade no município. A Prefeitura desenvolve projetos voltados para educação ambiental, preservação de parques e florestas, recuperação da Lagoa de Piratininga, iniciativas de reflorestamento, controle da emissão de gases do efeito estufa, saneamento, mobilidade, entre outros.

NITERÓI AVANÇA NA CORRIDA PARA O CARBONO ZERO - Niterói é pioneira na implementação de políticas para neutralizar a emissão de carbono e implantação de conceitos sustentáveis em prédios públicos. O Getulinho, unidade pediátrica de referência na região, será o primeiro hospital municipal neutro em carbono do Brasil. A escola Municipal Professor Marcos Waldemar de Freitas Reis, em Itaipu, será a primeira carbono zero da cidade. De acordo com o inventário de gases de efeito estufa (GEE’s) da cidade, de 2016 a 2018 Niterói teve queda de 18% na quantidade de emissões.

Estamos testando os ônibus elétricos e a Maternidade Municipal Alzira Reis, que está sendo reformada e ampliada, terá conceitos sustentáveis, como aquecimento solar, reuso de água, telhados e paredes verdes. A estimativa da Secretaria de Obras é que haja economia de cerca de 40% de energia elétrica e de 60% de água potável.

NITERÓI MAIS VERDE - Com o Programa Niterói Mais Verde, criado através de decreto em 2014, a cidade tem mais da metade do seu território protegido por unidades de conservação. A cidade também desenvolve, há sete anos, o projeto Enseada Limpa para despoluição da Enseada de Jurujuba (parte da Baía de Guanabara). O índice de balneabilidade aumentou de 28% para 61% em quatro anos. Niterói tem 100% de abastecimento de água tratada e 95% da população tem acesso a rede de esgoto.

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL - Entre os maiores desafios de Niterói na questão do clima e da sustentabilidade está a qualidade do ar, devido à intensa circulação de veículos automotores. O número de carros aumentou 28% nos últimos 10 anos, o que significa que há um carro para cada três habitantes. Esse desafio está sendo enfrentado com as diretrizes do novo Plano Diretor e do Plano de Mobilidade, e com projetos estruturantes voltados para a mobilidade sustentável, a expansão do transporte público e o fortalecimento da mobilidade ativa.

Nos últimos sete anos, Niterói triplicou a sua rede cicloviária. Atualmente, a cidade conta com uma malha cicloviária de 45 quilômetros. Com a implantação do sistema cicloviário da Região Oceânica, que está em andamento, o município vai ultrapassar os 100 quilômetros de rede cicloviária. Em 2017, foi inaugurado o bicicletário Araribóia, ao lado da Estação das Barcas, que oferece 446 vagas e tem 11 mil usuários cadastrados. Nos últimos anos, segundo o programa Niterói de Bicicleta, o fluxo de ciclistas nas principais vias da cidade aumentou cerca de 300%. Niterói tem a maior proporção de mulheres pedalando no Brasil, dado que é importante indicador de quão ciclável é uma cidade.

SOLUÇÕES BASEADAS NA NATUREZA - Um dos temas discutidos em Glasgow é a utilização das chamadas soluções baseadas na natureza. O que significa usar a natureza para resolver alguns dos desafios climáticos - como a absorção de carbono ou o plantio de arbustos e árvores como proteção contra eventos climáticos extremos como enchentes ou tempestades de areia.

Em Niterói, esta estratégia já vem sendo utilizada, por exemplo, na implantação do Parque Orla Piratininga. O projeto da Prefeitura de Niterói contempla a recomposição vegetal da orla da Lagoa de Piratininga, abrangendo uma área de mais de 150 mil metros quadrados. O POP será um passo fundamental para a despoluição da lagoa. Um dos diferenciais do parque é a implantação de um sistema de gestão de águas pluviais composto por bacias de sedimentação, jardins filtrantes, jardins de chuva e biovaletas para a captação e tratamento das águas provenientes dos rios e da rede de drenagem das principais bacias contribuintes à Lagoa de Piratininga.

O próximo anúncio do Plano Niterói 450 Anos será o eixo Comunidades, com todos os investimentos a serem feitos nos bairros mais populares de forma a garantir que a atual onda de avanços de infraestrutura, serviços e oportunidades beneficie a cidade como um todo. 

É assim que seguiremos avançando para que Niterói alcance o sonho que foi expresso no Plano Niterói Que Queremos: A MELHOR CIDADE PARA SE VIVER E SER FELIZ

E que cresça cada vez mais o orgulho de se viver na nossa cidade e que Niterói continue inspirando outras cidades. VIVA NITERÓI!!!

Axel Grael
Prefeito de Niterói




quinta-feira, 17 de março de 2022

Niterói 450: Prefeitura investirá mais R$ 300 milhões em sustentabilidade até 2024





O prefeito de Niterói, Axel Grael, anunciou, nesta quarta-feira (16), um conjunto de aportes de mais de R$ 300 milhões em ações de sustentabilidade (Saiba mais detalhes). O eixo faz parte do plano Niterói 450 e prevê obras como a conclusão do Parque Orla Piratininga (POP) Alfredo Sirkis, restauração da Ilha de Boa Viagem, ações de reflorestamento, ampliação da malha cicloviária, melhoria da infraestrutura de unidades de conservação e a construção de usinas para melhor tratamento e descarte de resíduos sólidos. A Sustentabilidade é o quinto eixo do Niterói 450, um plano que prevê investimentos na cidade entre 2022 e 2024 com o objetivo de ampliar e qualificar os serviços prestados à população niteroiense. No ano que vem, Niterói completa 450 anos de fundação. Já foram divulgados pacotes de investimentos na Saúde e Educação e obras no Centro, na Zona Norte e Sustentabilidade.

Leia também: Niterói 450 Anos: sustentabilidade terá investimentos de mais de R$ 300 milhões até 2024

Axel Grael destacou que o município já realizou diversas ações para ampliar a preservação na cidade e o Plano Niterói 450 dá continuidade a esse cenário de investimentos. O chefe do Executivo enfatizou os avanços alcançados pela gestão municipal nos últimos anos com a conquista de índices positivos como 100% de abastecimento de água, 97% de oferta de rede para coleta de tratamento de esgoto e mais de 50% de área preservada, além de ser a melhor do Estado Rio e a segunda melhor cidade do país em limpeza urbana de acordo com o Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana.

“Niterói vem se firmando como referência em vários temas voltados para a sustentabilidade e meio ambiente. O PRO Sustentável, por exemplo, tem papel fundamental na transformação da Região Oceânica, que tem conquistado avanços importantes com a reocupação do sistema lagunar e a criação do POP. Agora, lançamos esse conjunto de investimentos dando continuidade aos projetos que começaram em 2013 e trazendo outras ações inovadoras. São iniciativas que além do aspecto da preservação irão trazer mais oportunidades de emprego e renda, como por exemplo, o incentivo ao ecoturismo”, disse o prefeito.

Parque Orla Piratininga – Entre as ações que estão em andamento, a principal é o POP. O projeto da Prefeitura de Niterói contempla a recomposição vegetal da orla da Lagoa de Piratininga, em uma área de mais de 150 mil metros quadrados, e a implantação de cerca de 10 quilômetros de sistema cicloviário ao longo de toda a orla. O POP também terá um ecomuseu, trilhas, áreas de lazer, píeres de contemplação e para pesca, além de quadras esportivas e mirantes. O investimento previsto é de R$ 100 milhões.

“O POP é um dos maiores projetos hoje no Brasil, com uso de soluções baseadas na natureza para recuperação ambiental. Estamos recebendo a visita de técnicos de outras cidades para conhecer de perto o projeto do parque. O PRO Sustentável atualmente tem 22 projetos e muitos deles estão contribuindo para um novo cenário, uma nova página na história da Região Oceânica em termos de requalificação urbana e ambiental”, pontuou a coordenadora do PRO Sustentável, Dionê Marinho Castro.

Além do Parque Orla, o município estuda um projeto para a redução da camada de lodo no sistema lagunar da Região Oceânica. Outra ação em andamento é a renaturalização da bacia do Rio Jacaré e a construção do Centro de Referência de Sustentabilidade Urbana, com investimento previsto de R$ 40 milhões.

As ações do Plano Niterói 450 Sustentabilidade incluem, ainda, a ampliação do programa Clin Comunidade Sustentável, que visa acondicionar de forma correta os resíduos sólidos orgânicos e recicláveis, através de contenedores especiais semienterrados, promovendo melhor qualidade de vida para as comunidades. O município também vai ampliar o programa de coleta seletiva nos bairros, proporcionando o descarte correto de resíduos.

“A previsão é que, a partir de 2023, essa coleta seja realizada com caminhões elétricos”, afirmou o presidente da Clin, Luiz Fróes, ressaltando que será criado um programa de recuperação de resíduos em escolas municipais, para ampliar a gestão e coleta seletiva nas escolas municipais visando a sustentabilidade e a conscientização ambiental dos alunos, pais, professores e funcionários.

Novas usinas de resíduos – Além disso, Niterói terá três novas usinas para o correto tratamento e descarte de resíduos no município. Uma Usina de Triagem, que fará a separação mecanizada e automatizada dos resíduos sólidos orgânicos e recicláveis, uma Usina de Biodigestão, que dará tratamento adequado aos resíduos orgânicos, produzindo energia elétrica e térmica e composto orgânico além de eliminar chorume e suprimir os gases do efeito estufa, e uma Usina de Beneficiamento de Resíduos de Construção Civil, para reduzir o consumo de recursos naturais não-renováveis, eliminando o descarte irregular destes resíduos. Os três projetos têm investimento previsto superior a R$ 77 milhões.

A Prefeitura de Niterói vai realizar também a restauração da Ilha da Boa Viagem, um dos maiores patrimônios históricos, culturais e ambientais da cidade e do Estado do Rio de Janeiro. O investimento para recuperação da capela, do forte e do castelo será de R$ 5,5 milhões. Após as intervenções, a ilha será reaberta para visitação. A intervenção será realizada em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e vai contemplar as estruturas da ilha sem que percam as características originais. O castelo vai receber uma área administrativa e um novo ambiente cultural com espaços de exposição.

“As áreas de preservação ambiental já existentes em Niterói também receberão novos investimentos. O Parque da Cidade terá obras de requalificação da sede, que devem ser licitadas até o mês de abril. O Parque Municipal do Baldeador, criado em 2021, receberá investimentos em infraestrutura. Serão abertas e sinalizadas duas novas trilhas no Parque do Baldeador e duas no Parque da Água Escondida. Além disso, serão atualizadas cinco trilhas do Parnit e consolidadas três trilhas de uso exclusivo para ciclistas”, comentou o secretário municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade, Rafael Robertson.

O plano para as unidades de conservação prevê também a restauração ecológica de 203,1 hectares de Mata Atlântica, que já tem 30% do serviço concluído e a criação do Plano Municipal da Mata Atlântica, que terá o objetivo de fortalecer a gestão ambiental municipal na proposição de ações voltadas à conservação dos remanescentes florestais. Deverá ser licitado ainda no primeiro semestre o levantamento das espécies da fauna encontradas na Enseada de Jurujuba, para promoção de ações de conservação local e educação ambiental na região.

O Município vai firmar um termo de compromisso ambiental com a concessionária Águas de Niterói para um projeto de interligação de mais de 600 imóveis de famílias de baixa renda que vivem na região das lagoas à rede coletora de esgoto. Com investimento previsto de R$ 1 milhão, o projeto já concluiu o mapeamento dos imóveis e deve começar a ser executado ainda no primeiro semestre, de acordo com o secretário.

Arborização – O trabalho de arborização na cidade tem novas ações previstas. Nos últimos dois anos, foram mais de oito mil mudas plantadas e a previsão é de mais oito mil novos plantios até 2024, sempre utilizado espécies nativas da Mata Atlântica, como Pau Brasil, Pau Ferro, Ipê Branco, Ipê Amarelo, Ipê roxo, Ipê Rosa, Pitanga, entre outras.

O Plano Niterói 450 Sustentabilidade inclui também ações de ampliação e requalificação da infraestrutura cicloviária. Na Região Oceânica, a meta é alcançar a marca de 60 quilômetros de ciclovias e ciclorrotas, além de concluir a implantação dos bicicletários e paraciclos. Na Região Norte, a previsão é de implantar ou requalificar 21,5 quilômetros de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. O objetivo é chegar a 120 quilômetros de infraestrutura cicloviária em Niterói até 2024.

Neste segmento de mobilidade sustentável, a Coordenadoria Niterói de Bicicleta destaca o aumento de 113% do número de vagas disponíveis no Bicicletário Arariboia de forma integrada ao projeto da nova Praça Arariboia até o fim de 2024. Além disso, está em estudo a implantação de um sistema de compartilhamento de bicicletas com 40 estações e 400 bicicletas nos bairros do Centro, São Lourenço, Fonseca, Icaraí, Santa Rosa, Ingá, São Domingos e Gragoatá.

Fonte: Prefeitura de Niterói





Prefeitura de Niterói inicia obras da ciclovia do Engenho do Mato



A Região Oceânica de Niterói vai ganhar mais três quilômetros de ciclovia. Desta vez, o Engenho do Mato recebe as intervenções para requalificação e ampliação da malha cicloviária. As obras começaram nesta segunda-feira (14). O trajeto começa no trevo onde está localizado o quartel dos Bombeiros de Itaipu e segue até a Rua Honduras. O projeto irá conectar a ciclovia da Transoceânica com a ciclovia do bairro ao longo da principal via, a Estrada Irene Lopes Sodré.

Responsável pela Coordenadoria Niterói de Bicicleta, Filipe Simões destaca que esta iniciativa integra o Lote 1 do Sistema Cicloviário da Região Oceânica, que contempla também as vias Almirante Tamandaré, Acúrcio Torres, toda a orla de Piratininga, entre outras vias, totalizando 21 quilômetros de obras.

O Sistema Cicloviário da Região Oceânica consiste na implantação e requalificação de 60 quilômetros de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, além de bicicletários fechados, paraciclos e requalificação urbana. De acordo com Filipe Simões, uma vez concluídas todas as etapas, somando os 60 quilômetros, a infraestrutura cicloviária de Niterói irá ultrapassar cem quilômetros de vias cicláveis.

“O avanço das obras com mais esta etapa é fundamental para a conexão segura do bairro do Engenho do Mato com a malha cicloviária da Região Oceânica e de toda a cidade. O projeto vai proporcionar uma via mais organizada, mais segurança para quem pedala, além de um maior incentivo para que mais pessoas adotem a bicicleta como meio de transporte democrático e sustentável, e de facilitar o uso da bicicleta para o deslocamento na Região Oceânica e para outros locais da cidade”, afirma Filipe Simões.

Fonte: Prefeitura de Niterói 



segunda-feira, 14 de março de 2022

Niterói 450 Anos: sustentabilidade terá investimentos de mais de R$ 300 milhões até 2024





Conclusão do Parque Orla Piratininga, restauração da Ilha de Boa Viagem, ampliação da malha cicloviária e infraestrutura de unidades de conservação estão entre as principais obras previstas

Depois de divulgar pacotes de investimentos na Saúde e Educação e obras no Centro e Região Norte da cidade em comemoração aos 450 anos da cidade, a Prefeitura de Niterói anuncia, na quarta-feira (14/03), um conjunto de aportes de R$ 280 milhões em ações de sustentabilidade. O eixo faz parte do plano Niterói 450 Anos e prevê obras como a conclusão do Parque Orla Piratininga, restauração da Ilha de Boa Viagem, ações de reflorestamento, ampliação da malha cicloviária, melhoria da infraestrutura de unidades de conservação e a construção de usinas para melhor tratamento e descarte de resíduos sólidos. A Sustentabilidade é o quinto eixo do Niterói 450, um plano que prevê mais de 2 bilhões de reais em investimentos na cidade entre 2022 e 2024 com o objetivo de ampliar e qualificar os serviços prestados à população niteroiense.

Avanços de Niterói na agenda da sustentabilidade

Niterói tem tradição de vanguarda, inovação e compromisso com a sustentabilidade, que se consolida desde a década de 1970. Desde 2013, na gestão Rodrigo Neves, nossa cidade vem avançando na agenda ambiental e da sustentabilidade. Estamos no coração da Região Metropolitana e ainda assim temos metade do território protegido, o que é uma grande vitória e uma grande oportunidade para Niterói. Desenvolvemos o projeto Enseada Limpa, que melhorou muito os índices de balneabilidade na Enseada de Jurujuba, que passou a ser considerada a primeira parte da Baía de Guanabara a ser considerada despoluída. Niterói hoje é a cidade com o melhor resultado em saneamento no estado do Rio, com 100% de abastecimento de água tratada e 97% de oferta de rede para coleta e tratamento de esgoto. E agora vamos lançar novas ações para que Niterói avance ainda mais no caminho da sustentabilidade. Esse é o futuro.


Trilha no Parque Natural Municipal de Niterói

Parques e recuperação do patrimônio natural, histórico e cultural 

Em 2014, o prefeito Rodrigo Neves assinou o Decreto 11.744, que instituiu o programa Niterói Mais Verde, que elevou a cobertura de áreas protegidas (parques e outras unidades de conservação) em mais de 50% do território municipal. O decreto instituiu o Parque Natural Municipal de Niterói - PARNIT. A Prefeitura investiu na implantação das áreas protegidas - como o Parque das Águas, criou o programa Niterói Contra Queimadas e instituiu o Grupo Executivo para o Controle das Áreas Verdes - GECOPAV, para evitar o crescimento urbano desordenado sobre áreas verdes e áreas de risco geotécnico. 

O passo seguinte foi estruturar o Programa Região Oceânica Sustentável - PRO Sustentável, com o objetivo de investir na infraestrutura da região, bem como em ações de sustentabilidade, de forma a transformar a região em uma referência nacional e internacional de sustentabilidade urbana.


Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis: obras de implantação

Entre as ações que estão em andamento, a principal é o Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis. Um dos maiores investimentos em um parque urbano em implantação no país, utilizando soluções baseadas na natureza para recuperação ambiental. O projeto da Prefeitura de Niterói contempla a recomposição vegetal da orla da Lagoa de Piratininga, em uma área de mais de 150 mil metros quadrados, e a implantação de cerca de 10 quilômetros de sistema cicloviário ao longo de toda a orla. O POP Alfredo Sirkis também terá centro ecocultural, trilhas, áreas de lazer, píeres de contemplação e para pesca, além de quadras esportivas e mirantes. O investimento previsto é de R$ 100 milhões.



Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis - Soluções Baseadas na Natureza são técnicas inovadoras que estão sendo utilizadas para controlar a chegada de poluentes à Lagoa de Piratininga.
  • Despoluição das Lagoas de Piratininga e Itaipu
O Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis (POP), que está sendo implantado pela Prefeitura no entorno da Lagoa de Piratininga, em Niterói, é provavelmente o maior investimento de um parque urbano em implantação no país e uma das mais relevantes apostas nas técnicas conhecidas como Soluções Baseadas na Natureza - SBN (Nature Based Solutions - NBS). Para se chegar até o estágio atual, foi necessário passar por muitas etapas e as conquistas atuais são o resultado do trabalho realizado desde 2013, como pode ser visto em mais detalhe no texto abaixo, publicado aqui no Blog: 

"VEJA COMO ESTÁ FICANDO O PARQUE ORLA DE PIRATININGA: AVANÇANDO E TOMANDO FORMA"

As tecnologias adotadas no POP são inovadoras e têm como objetivo tratar as águas das drenagens urbanas e rios antes que cheguem à Lagoa de Piratininga, evitando o aporte de nutrientes, de outros poluentes e reter sedimentos. Ao longo de muitas décadas, estas têm sido as causas da degradação dos ecossistemas locais, agravados pela ocupação desordenada do seu entorno, o aumento da salinidade devido à implantação do Túnel do Tibau e outros problemas que agora estão sendo cuidados.

O Sistema Lagunar de Piratininga e Itaipu é um dos mais importantes de todo o estado do Rio de Janeiro. Juntamente com o sistema lagunar da Barra da Tijuca são os únicos dois existentes na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que conta também com a bela e emblemática Lagoa Rodrigo de Freitas. Em fevereiro de 2021, publiquei aqui no Blog uma postagem comparando os desafios de recuperação ambiental de cada um destes valiosos patrimônios naturais do RJ.

O Parque Orla de Piratininga é uma importante medida de proteção e recuperação da lagoa de Piratininga, principalmente por contar com os sistemas de drenagem sustentável, que terão como principal finalidade reduzir a carga de poluentes que chega à lagoa, mas a Prefeitura tem um planejamento bem mais amplo para a gestão e recuperação do sistema lagunar. 

O primeiro obstáculo para a recuperação foi a falta de informação sobre o nível de degradação do ecossistema: o chamado base line da recuperação, ou seja, o ponto de partida. Para superar esta dificuldade, contratamos uma empresa especializada para desenvolver levantamentos e estudos da dinâmica hídrica/ambiental das lagoas de Itaipu-Piratininga, para diagnosticar o nível de degradação e orientar os nossos trabalhos. A partir dos estudos, foram estabelecidas as seguintes ações prioritárias:
Outras ações em andamento são: 
  • A renaturalização da bacia do Rio Jacaré, incluindo a urbanização e saneamento das comunidades localizadas naquela bacia hidrográfica;
  • Melhorias urbanas, saneamento e regularização fundiária de comunidades no entorno da Lagoa de Piratininga;
  • Construção do Centro de Referência de Sustentabilidade Urbana, com investimento previsto de R$ 40 milhões.
A despoluição do sistema lagunar é um sonho desde o início da minha militância ambientalista, em 1980. Poucos avanços se verificaram ao longo desse tempo quanto à efetiva proteção e recuperação e as lagoas se degradaram cada vez mais. Agora, temos a chance histórica de recuperar os ecossistemas e produzir uma experiência quase que única no país, uma vez que raras são as iniciativas e os casos de sucesso. Chegaremos lá.


Ilha da Boa Viagem: patrimônio natural, paisagístico, histórico e cultural de Niterói.
  • Ilha da Boa Viagem
A Prefeitura de Niterói vai realizar também a restauração da Ilha da Boa Viagem (que integra o PARNIT) um dos maiores patrimônios históricos, culturais e ambientais da cidade e do Estado do Rio de Janeiro. O investimento para recuperação da capela, do forte e do castelo será de R$ 5,5 milhões. Após as intervenções, a ilha será reaberta para visitação. A intervenção será realizada em parceria com o IPHAN e vai contemplar as estruturas da ilha sem que percam as características originais. O castelo vai receber uma área administrativa e um novo ambiente cultural com espaços de exposição. A capela vai ganhar um novo banheiro com acessibilidade.



Chácara do Vintém, no Bairro de Fátima.
  • Chácara do Vintém/Parque Natural Municipal Águas Escondidas
Um projeto paisagístico do escritório Burle Marx marcará a revitalização da Chácara do Vintém, localizado no Bairro de Fátima, uma localidade histórica do saneamento e do abastecimento de água na cidade. A Chácara do Vintém conta com um valioso acervo de ruinas da época que o local era o manancial que abastecia a cidade de Niterói de água. Juntamente com o Parque das Águas, conta uma característica interessante da história urbana de Niterói: a correlação entre a oferta de água e o crescimento da cidade. A Chácara do Vintém integrará o Parque Natural Municipal Águas Escondidas.


Trilha Parque da Cidade-Cafubá: Exemplo de trilha em implantação pela Prefeitura de Niterói.

As áreas de preservação ambiental já existentes em Niterói também receberão novos investimentos. O Parque da Cidade terá obras de requalificação da sede, que devem ser licitadas até o mês de abril. O Parque Natural Municipal Floresta do Baldeador, criado em 2021, receberá investimentos em infraestrutura. Serão abertas e sinalizadas duas novas trilhas no Parque do Baldeador e duas no Parque da Água Escondida. Além disso, serão atualizadas cinco trilhas no Parnit e consolidadas três trilhas de uso exclusivo para ciclistas.

O plano para as unidades de conservação prevê ainda a restauração ecológica de 203,1 hectares de Mata Atlântica, que já tem 30% do serviço concluído e a criação do Plano Municipal da Mata Atlântica, que terá o objetivo de fortalecer a gestão ambiental municipal na proposição de ações voltadas à conservação dos remanescentes florestais. Deverá ser licitado ainda no primeiro semestre o levantamento das espécies da fauna encontradas na Enseada de Jurujuba, para promoção de ações de conservação local e educação ambiental na região.



  • Arborização urbana 
Desde 2013, plantamos mais de 70 mil mudas para o enriquecimento e a reforma da arborização pública da cidade. O trabalho de arborização no município também tem novas ações previstas. Nos últimos dois anos, foram mais de oito mil mudas plantadas e a previsão é de mais oito mil novos plantios até 2024, sempre utilizado espécies nativas da Mata Atlântica, como pau brasil, pau ferro, sibipiruna, oiti, aldrago, ipê branco, ipê amarelo, ipê roxo, ipê rosa, aroeira pimenta, araçá, pitanga, entre outras. O investimento previsto é de cerca de R$ 6 milhões no âmbito do plano Niterói 450.


Bicicletário Arariboia

  • Mais ciclovias 
O Plano Niterói 450 Sustentabilidade prevê ainda ações de ampliação e requalificação da infraestrutura cicloviária na cidade. Na Região Oceânica, a meta é alcançar a marca de 60km de ciclovias e ciclorrotas, além de concluir a implantação dos bicicletários e paraciclos. Na Região Norte, a previsão é de implantar ou requalificar 21,5km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. O objetivo é chegar aos 120km de infraestrutura cicloviária em Niterói até 2024.

O projeto prevê ainda o aumento de 113% do número de vagas disponíveis no Bicicletário Arariboia de forma integrada ao projeto da nova Praça Arariboia até o fim de 2024. Além disso, a Prefeitura de Niterói estuda a implantação de um sistema de compartilhamento de bicicletas com 40 estações e 400 bicicletas nos bairros do Centro, São Lourenço, Fonseca, Icaraí, Santa Rosa, Ingá, São Domingos e Gragoatá.

Se por um lado o município vai investir na melhoria da infraestrutura para os ciclistas, por outro vai trabalhar também na formação de novos ciclistas através do programa Bicicleta nas Escolas, que prevê a inserção da temática da bicicleta na base curricular das escolas do município através da metodologia do programa ‘Rodinha Zero’ de mobilização social, envolvimento da comunidade e formação dos educadores. O objetivo é introduzir os alunos ao uso seguro da bicicleta, regras do trânsito, promovendo a cultura da bicicleta na cidade. O projeto está em fase de contratação pelo programa Cidade Educadora e deve ser implementado em todas as escolas da rede municipal até 2024.

Niterói também vai criar, ainda em 2022, o Selo Amigo da Bicicleta, em reconhecimento aos estabelecimentos que adotem medidas de apoio ao ciclista na rotina operacional e através do oferecimento de serviços e descontos a quem utiliza a bicicleta no âmbito das ações de incentivo ao cicloturismo no município. O objetivo é envolver a sociedade e a iniciativa privada nas ações de incentivo e suporte à bicicleta, integrando o conceito de cidade amiga da bicicleta além do incentivo ao cicloturismo no município.

As ações do Plano Niterói 450 Sustentabilidade incluem ainda a ampliação do programa Clin Comunidade Sustentável, que visa acondicionar de forma correta os resíduos sólidos orgânicos e recicláveis, através de contenedores especiais semienterrados, promovendo melhor qualidade de vida para as comunidades. O município também vai ampliar o programa de coleta seletiva nos bairros, proporcionando o descarte correto de resíduos. Além disso, a previsão é que, a partir de 2023, essa coleta seja realizada com caminhões elétricos.

Será criado um programa de recuperação de resíduos em escolas municipais, para ampliar a gestão e coleta seletiva nas escolas municipais visando a sustentabilidade e a conscientização ambiental dos alunos, pais, professores e funcionários. Além disso, Niterói terá um programa de erradicação de vazadouros, para erradicar o descarte irregular de resíduos em vários pontos da cidade.

Saneamento - Para planejar, priorizar ações e sistematizar as entregas à população, a Prefeitura de Niterói desenvolveu o Plano Municipal de Saneamento Básico, que incluiu diretrizes para o abastecimento de água, tratamento de esgoto, drenagem e tratamento de resíduos. A partir de 2013, desenvolvemos o projeto Enseada Limpa, que melhorou muito os índices de balneabilidade na Enseada de Jurujuba. Somos a cidade com o melhor resultado em saneamento no estado do Rio, com 100% de abastecimento de água tratada e 97% de oferta de rede para coleta e tratamento de esgoto.

A Prefeitura de Niterói também vai firmar um termo de compromisso ambiental com a concessionária Águas de Niterói para um projeto de interligação de mais de 641 imóveis de família de baixa renda que vivem na região das lagoas à rede coletora de esgoto. Com investimento previsto de R$ 1 milhão, o projeto já concluiu o mapeamento dos imóveis e deve começar a ser executado ainda no primeiro semestre.


Usina de Biodigestão transformará a matéria orgânica produzida em Niterói em energia.

Novas usinas de resíduos - Além disso, Niterói terá três novas usinas para o correto tratamento e descarte de resíduos no município. Uma Usina de Triagem, que fará a separação mecanizada e automatizada dos resíduos sólidos orgânicos e recicláveis, uma Usina de Biodigestão, que dará tratamento adequado aos resíduos orgânicos, produzindo energia elétrica e térmica e composto orgânico além de eliminar chorume e suprimir os gases do efeito estufa, e uma Usina de Beneficiamento de Resíduos de Construção Civil, para reduzir o consumo de recursos naturais não-renováveis, eliminando o descarte irregular destes resíduos. Os três projetos têm investimento previsto superior a R$ 77 milhões.

Axel Schmidt Grael
Prefeitura de Niterói



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sábado, 12 de março de 2022

Niterói 450: mais um ciclo de investimentos para a Região Norte







O Plano Niterói 450 Anos representa mais um ciclo de investimentos para a Região Norte que, até 2024, será foco de R$ 415 milhões em obras como a Nova Alameda São Boaventura, que será toda remodelada nos moldes do que foi feito na Marquês do Paraná, ganhará um centro cultural e um restaurante popular, com escola de gastronomia. Também vamos implementar o Terminal Rodoviário do Caramujo e uma grande obra de drenagem no Barreto, colocando fim a alagamentos históricos.

Reconhecendo a importância de gerar empregos e renda para os cidadãos de nossa cidade, a Prefeitura de Niterói assumirá a dragagem do Canal de São Lourenço, deixada de lado pelo Governo Federal. Trata-se de uma estratégia para aproveitar o potencial do Município e reaquecer nosso tradicional setor naval gerando aproximadamente 30 mil postos de trabalho, entre empregos diretos e indiretos.

O pacote de entregas para os próximos anos também inclui mais uma plataforma digital, desta vez, no bairro de Santa Bárbara. A região terá ainda a implantação de 20,6 quilômetros de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, além de investimentos privados como o Mercado Municipal e o Terminal Pesqueiro.




EVENTO DE APRESENTAÇÃO DOS INVESTIMENTOS

É a Região Norte avançando em um novo ciclo de melhorias, com infraestrutura, oportunidades, saúde, educação, sustentabilidade, cultura, inclusão, mais empregos e mais qualidade de vida.

O Região Norte 450 foi anunciado na manhã da última quarta-feira (09-03-2022), no Fonseca Atlético Clube, numa cerimônia que contou com a presença de dezenas de representantes de associações de moradores e entidades locais.


Alguns dos principais investimentos na Região Norte já realizados na gestão do prefeito Rodrigo Neves.

Investimentos importantes na Região Norte já anunciados nos eixos anteriores do Plano Niterói 450 Anos.


HISTÓRICO DE INVESTIMENTOS – Esta, no entanto, não é a primeira vez que a Região Norte é foco de um expressivo pacote de realizações da Prefeitura de Niterói. É com orgulho que relembro o primeiro dia do governo Rodrigo Neves, em 2013, quando eu era vice-prefeito. Reabrimos o Hospital Getulinho, colocando fim à angústia de milhares de famílias que não tinham onde socorrer suas crianças. De lá pra cá, revitalizamos os hortos do Barreto e do Fonseca, que ganhou o skatepark; criamos o Parque Esportivo e Social do Caramujo, a Cidade da Ordem Pública e a Plataforma Digital da Engenhoca. Entre muitas outras entregas, a Prefeitura de Niterói também promoveu a urbanização das comunidades São José e Igrejinha, além de todos os investimentos em projetos habitacionais.


Plataforma Digital de Santa Bárbara

Terminal Pesqueiro

Terminal Rodoviário


SAIBA MAIS SOBRE O REGIÃO NORTE 450

Uma das principais intervenções do Região Norte 450 será a Nova Alameda São Boaventura, que receberá obras para ampliação das redes de drenagem, modernização dos corredores viários, paisagismo, acessibilidade e implantação de ciclovias. Na via será implantado o novo Restaurante Popular, que vai abrigar uma escola de gastronomia com cursos de cozinheiro, confeiteiro e formação de garçom. Outra obra de impacto anunciada no lançamento do projeto para a região será a criação do primeiro Centro Cultural da Zona Norte, também na Alameda. Com uma área de 2.000 m², o espaço vai servir para eventos culturais de diversos tipos de artes.

Durante a solenidade de lançamento do Niterói 450, no Clube Fonseca, o coordenador de Planos e Projetos da Secretaria de Urbanismo e Mobilidade, Fabrício Arriaga também apresentou o projeto do Terminal Rodoviário do Caramujo. A expectativa é reduzir os congestionamentos na Alameda e nas principais vias de acesso ao Terminal João Goulart. A obra possibilitará novas conexões e trajetos para os demais bairros de Niterói, sem a necessidade da passagem pelo centro, reduzindo drasticamente o tempo de viagem.

O Barreto também está na lista dos bairros beneficiados. O presidente da Empresa Municipal de Moradia Urbanização e Saneamento (Emusa), Paulo César Carrera, explicou a obra de drenagem e melhorias de urbanização na Avenida Benjamim Constant. “Faremos a requalificação urbana e tratamento paisagístico entre o Ponto Cem Réis e a Praça do Barreto, com melhoria na infraestrutura de pavimentação e sinalização viária. Além disso, as vias terão iluminação em LED, novos passeios, arborização, drenagem ao logo da via para melhorar os pontos de alagamento e inserção da ciclovia segregada”, contou Paulo César.

O coordenador do Programa Niterói de Bicicleta, Filipe Simões, mostrou o incremento da infraestrutura cicloviária. Serão mais 20,6 quilômetros de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas em mais de 20 ruas e avenidas de diferentes bairros.

Bira Marques, secretário Executivo da Prefeitura de Niterói, falou sobre a implantação, em Santa Bárbara, de uma Plataforma Urbana Digital, nos moldes das unidades da Engenhoca e da Viradouro, com foco na linguagem audiovisual, com espaço coworking, sala de cinema, salas de aula, estúdio de áudio e fotografia, ilha de edição e espaço de wi-fi gratuito.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Luiz Paulino, enfatizou outra intervenção que vai trazer benefícios para Niterói. “Vamos realizar a dragagem do Canal de São Lourenço que vai possibilitar a retomada do setor naval e alavancar a economia da cidade com geração de emprego e revitalização da zona portuária. Vamos trabalhar na revitalização do Terminal Pesqueiro com possibilidade de 1500 empregos diretos e indiretos”, afirmou o secretário.

O presidente da Federação das Associações de Moradores (FAMNIT), Manoel Amâncio, participou da cerimônia de lançamento do planejamento para a Região Norte e falou sobre a participação das comunidades no governo.

“Esse é um governo que trabalha de forma agregadora e participativa e assim todos os segmentos da cidade saem ganhando. É uma grande engrenagem que conta com empresários, profissionais e comunidades. São muitas conquistas de um governo que investe em todas as áreas sem esquecer do lado social”, concluiu Amâncio.

Axel Grael
Prefeito de Niterói