quarta-feira, 30 de abril de 2014
Pesquisa do IBGE informa que 90% dos municípios têm órgão ambiental
A Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2013 divulgada hoje (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que 90,0% dos municípios brasileiros dispunham de algum órgão para tratar do meio ambiente em 2013, representando um aumento de 5,5 pontos percentuais em relação a 2009, período em que 84,5% das cidades dispunham de órgãos ambientais. Em relação a 2002, o índice foi 67,8% dos municípios com órgãos voltados exclusivamente para questões ambientais, no entanto, este crescimento chega 22,2 pontos percentuais.
Os percentuais mais elevados estão nas regiões Norte (98,%), Sul (95,%) e Centro-Oeste (92,3%); seguidos pelo Sudeste, onde 89% das cidades têm em 2013, órgãos para tratar do meio ambiente, e Nordeste (85,2%).
A pesquisa constatou, ainda, que em apenas três estados todos os municípios tinham em 2013 estrutura na área ambiental: Acre, com 22 municípios; Amapá,com 16 e Espírito Santo, com 78.
Em termos relativos, a existência de estrutura administrativa na área de meio ambiente cresce à medida que se avança os municípios menos populosos: 82,3% com até 5 mil habitantes têm órgãos voltados para o meio ambiente, percentual que sobe para 97,4% entre aqueles com mais de 500 mil habitantes.
Quando a questão envolve municípios com iniciativas voltadas para a área ambiental, no entanto, a pesquisa do IBGE constatou que apenas 41% das cidades desenvolviam, em 2013, alguma iniciativa na área de consumo sustentável – como campanha, legislação ou parceira. A maior presença verifica-se nas regiões Sudeste (46% das cidades) e Sul (44,5%). Entre as cidades, destacam-se São Paulo, onde 63,1% das cidades tinham iniciativa voltadas para o desenvolvimento sustentável; e Ceará, com 58,7%. Na outra ponta, os menores percentuais foram verificados no Piauí (21%) e na Paraíba (24,2%).
Segundo o IBGE, o percentual de municípios que estão implementando iniciativas na área de consumo sustentável vem aumentando na medida em avança para maiores classes de tamanho da população a partir da faixa de 5 a 10 mil habitantes (31,8%), chegando a 76,9% nos municípios com mais de 500 mil habitantes.
Outra constatação da pesquisa é a de que 21,5% dos municípios em 2013, haviam iniciado o processo de elaboração da Agenda 21, “que visa à elaboração de um programa de ação estratégico dirigido ao desenvolvimento sustentável local por meio de políticas públicas”.
A Munic traz os principais dados relativos à gestão e à estrutura dos municípios brasileiros a partir da coleta de informações sobre sete temas: perfil dos gestores municipais, recursos humanos, legislação e instrumentos de planejamento, saúde, meio ambiente, política de gênero e gestão de risco, e resposta a desastres.
Por: Nielmar de Oliveira
Fonte original: Agência Brasil – EBC
Edição: Valéria Aguiar
Fonte: Portal Amazônia
"Impacto da universalização do saneamento básico", Marina Grossi (CEBDS) e Edison Carlos (Trata Brasil)
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Entrevista com Lars Grael: "O esporte não pode representar gastos públicos desnecessários"
Por Fabiana Bentes
Medalhista olímpico e um grande campeão na vela, Lars Grael também dedicou seu tempo a tentar melhorar a estrutura para o esporte no país e, por isso, é considerado um dos profissionais de maior credibilidade na área. Líder nato em todas as classes e clubes em que velejou, também foi membro do Conselho Fundador da Agência Antidoping Mundial (WADA) e exerceu cargos públicos como de Secretário Nacional de Esportes no governo FHC.
Hoje, Grael acredita que, para mudar a configuração do esporte no Brasil, é preciso que haja mais diálogo entre todas as esferas ligadas ao esporte. Além disso, para ele, é essencial que o atleta brasileiro, principal estrela, tenha voz ativa durante decisões importantes.
Na minha opinião, Lars Grael deveria voltar a fazer parte da gestão do esporte no Brasil. Uma pena que, a curto prazo, isso não irá acontecer.
Esporte Essencial: Qual é a expectativa sobre a Baía de Guanabara para os atletas brasileiros?
Lars Grael: O atleta brasileiro de vela, de um modo geral, vê na Baía de Guanabara duas oportunidades. Uma num campo mais cívico, de cidadania e ambiental, que é a expectativa de que o processo dos Jogos Olímpicos beneficie em algo a despoluição da Baía de Guanabara. Ao mesmo tempo, há a descrença total quanto à promessa da candidatura do Rio 2016 de que 100% dela estaria despoluída. Como também é total de que 80%, um número que foi inventado depois, estaria despoluída. Mas eles têm a crença sim de que essa discussão, esse desgaste todo trará algum benefício, por menor que seja.
A segunda expectativa que eles têm é o fato da Baía de Guanabara ter condições muito particulares de vento e de correnteza, gerada por uma maré inconstante, e que isso traga um benefício técnico e tático para a equipe brasileira. Por ser uma raia muito difícil, muito particular, isso possa trazer algum benefício ao atleta brasileiro. Essas são as duas percepções que o atleta da equipe olímpica possui hoje.
EE: E como o atleta vê a recepção desses atletas estrangeiros? Com vergonha, com orgulho?
LG: Com perplexidade e vergonha, porque as equipes estrangeiras já começaram a vir ao Brasil e, quase todas elas, principalmente dos países mais organizados, já encontraram bases onde poderão treinar. Já que a estrutura da organização Rio 2016 não oferece locais adequados para que essas equipes possam se instalar, cada país isoladamente busca acordo com um dos clubes da orla da Baía de Guanabara, seja no Rio ou em Niterói. À medida que as equipes estão vindo para cá, o cenário que eles encontram é o da poluição absoluta. Não é a poluição do lixo flutuante, mas da qualidade da água, que é repugnante e asquerosa. E é isso o que se negam a discutir. Então, o desgaste hoje na mídia internacional e nos sites especializados do mundo da vela é muito alto e com uma tendência de piorar, porque não vemos propostas de soluções que sejam aceitáveis.
A verdade é que há um erro estratégico das três esferas governamentais e do Comitê Organizador Rio 2016, que desde o início estavam cientes do quadro de poluição. Como nunca na história da vela algo parecido aconteceu de se velejar em um ambiente tão poluído, nós apresentamos um plano B. O plano B para o Rio de Janeiro, que seria o lógico, era fazer em Búzios. Porque, ao contrário da proposta do Rio 2016, que queria fazer tudo concentrado próximo da Vila Olímpica e que foi uma estratégia importante para a captação dos Jogos Olímpicos, mas várias alterações desse projeto original já foram feitas. A vela necessitava de uma alteração desde o início e nós alertamos de todas as formas possíveis. Para a lógica do velejador – eu tenho experiência e seis participações olímpicas (das quais quatro como atleta) –, a primeira coisa é que o lugar tem que ser bom de vento. O vento em Búzios, ainda mais na época de agosto, é excelente, tido como uma das melhores raias do mundo. O vento do Rio de Janeiro em agosto, ao contrário de Búzios, tem uma predominância fraca e variável, o que deixa a regata tecnicamente prejudicada. A segunda lógica para o velejador, que é fundamental, é a qualidade da água. Em Búzios a água é límpida e, por mais que tentem sujar, não dá tempo. Embora a gente hoje perceba falhas com relação a saneamento básico público, ligações clandestinas de esgoto, é um local de águas abertas, que continuará limpo em 2016. O Rio de Janeiro é poluído e não será despoluído para 2016.
O terceiro aspecto é a marina. O Rio não tem uma marina e provavelmente não terá até 2016. A Marina da Glória é de uma distância abissal. A distância do que ela é e o que ela se propõe, ao que deveria ser uma marina olímpica. Então, o correto era fazer uma marina do zero aqui no Brasil. Estão fazendo estádios de R$ 2 bilhões para o futebol em alguns lugares, estão fazendo campos de golfe que custam uma verdadeira fortuna e tudo que vão fazer na Marina da Glória é uma tapeação. Vão acarpetar, colocar tenda, iluminação, segurança e vão chamar aquilo de marina olímpica. Francamente, é uma decepção. Então, o trabalho de fazer a marina, em Búzios seria igual. Lá existe o projeto Porto Búzios, que está inacabado e poderia ter sido concluído. Se fosse feito com velocidade, teria tempo de terminar no prazo, mas sequer existe um planejamento. Nem quiseram discutir o projeto de fazer a vela em Búzios e minimizar o desgaste. Então, será no Rio de Janeiro, acho que já está passando do ponto de retorno, e será feito na base do improviso. Seja na tentativa de minimizar a poluição, seja oferecendo uma marina improvisada para sediar as Olimpíadas. Para a vela, o legado que se espera da Olimpíada é próximo de zero. A Baía, péssima, quem sabe fique um pouco melhor do que ela está. E a marina, que nós não temos, continuaremos sem ter.
EE: Você falou da questão da qualidade da água... Você acha que vai existir uma preparação medicamentosa dos atletas estrangeiros para as provas na Baía de Guanabara?
LG: Eu acho que vai ter um certo pânico quanto ao risco de contaminação de doenças, mas quanto a isso estou mais tranquilo. Nós velejamos aqui com frequência, velejadores de todas as faixas etárias, remadores e até nadadores e não temos registro recente de nenhum tipo de contaminação que venha das águas da Baía de Guanabara. Então, acho que isso é mais pânico. O que nós temos vergonha é de mostrar a qualidade da água. A água que era para ser límpida é escura, marrom, fedorenta. É um quadro mais de vergonha em apresentar nossa casa suja, em um cartão-postal lindo, que poderia ser a grande fotografia das Olimpíadas, e num cenário maculado. Mas com relação à contaminação por doença eu acho que a chance é mínima. Na prática nós não constatamos contaminações nos atuais usuários da Baía de Guanabara, por isso acho que não vai ser necessário nenhum tipo de medicação específica.
EE: Muitas crianças começam na vela na Lagoa Rodrigo de Freitas, que também tem muitos praticantes de remo. Qual a sua percepção sobre a Lagoa?
LG: A percepção sobre a Lagoa Rodrigo de Freitas, como também sobre a raia da maratona aquática, prevista para acontecer em Copacabana, e como as raias de vela na Baía de Guanabara, é semelhante. É um problema de ordem ambiental que poderia ter sido solucionado se tivéssemos dado prioridade ao tema. O brasileiro trata com desdém a água, paga caro para viver à beira da Lagoa ou de frente para o mar, admira a paisagem, mas a cultura não passa da arrebentação das praias. Já vociferaram quanto à despoluição que foi feita na Lagoa, que era um exemplo e tal... Vamos lá ver a realidade. A raia não é ideal para o remo. Não sou especialista em remo, mas em termos de comprimento da raia para ter espaço para evacuar os barcos, após cruzarem a linha de chegada, para desacelerarem. Ela não tem largura e profundidade constantes e, pior do que isso, tem uma qualidade de água muito ruim. É um cartão-postal feio. Está certo que se pode criar telas para evitar que o lixo entre na raia olímpica e venha a atrapalhar um barco, mas ainda assim, olha a qualidade da água! Na Baía de Guanabara eu já me deparei quatro vezes com cadáveres. É você estar navegando e passar do lado. Uma cena... Imagina isso nos Jogos Olímpicos! Deus queira que isso não ocorra.
EE: Como você encarou essa recente intervenção do COI nas obras para as Olimpíadas? É mais um motivo para envergonhar o Brasil?
LG: Eu acho que é um mal necessário. Quando nós percebemos pela mídia que, de 53 instalações esportivas, 37 não tinham saído do papel (não sei se o número é bem esse, mas a é uma proporção como essa), é preocupante para todos nós, cidadãos cariocas, fluminenses e brasileiros. Nós percebemos que o tempo está passando... O tempo, que já foi nosso grande aliado, hoje é nosso inimigo. A lentidão é visível nesse processo de obras de acessibilidade, mobilidade urbana e instalações esportivas. No caso da vela, os anos que antecedem uma Olimpíada sempre têm eventos-teste. Não é, por exemplo, como um tatame, uma piscina ou uma pista de atletismo, que vão ser iguais no Rio ou na Dinamarca. Aqui são condições naturais, onde um atleta tem que fazer toda uma adaptação para conhecer a configuração de raia, seja do espaço, das correntes marítimas, das marés e ventos. Os eventos-testes acontecem. Ano passado era para ter tido evento-teste e não teve por absoluta falta de iniciativa e instalações. Para 2014, está previsto o evento-teste em agosto, naquela Marina da Glória. Se você for hoje lá, perto do Monumento dos Pracinhas, vai ver que sai uma galeria de águas pluviais que é 100% esgoto. Uma imundice, uma coisa asquerosa dentro da marina olímpica! Dá para sentir pelo odor o que é o ambiente da marina olímpica.
Então, esse desgaste é o que está por vir. Quando o atleta, o jornalista ou o cidadão comum tentam alertar quanto à falta de tomada de providência, é melhor que se antecipe o desgaste, fazendo um debate entre sociedade, comunidade esportiva e os organizadores. É sempre uma alternativa melhor do que a omissão, do que a gente não falar nada, fazer nada e esperar às vésperas dos Jogos Olímpicos a iminência de um vexame. Por isso que eu acho que, à medida que o Comitê Olímpico Internacional vê um planejamento e um cronograma descumprido, ele tenta, de alguma forma, intervir para fazer a coisa andar. Tomara que ande, porque a crítica não é concentrada em cima da prefeitura, do governo do estado, do governo federal ou do comitê organizador. É a constatação de que as coisas não estão acontecendo na velocidade adequada.
EE: Por que os atletas não estão sendo chamados para fortalecer esse time do Rio 2016?
LG: A estrutura da organização do esporte no Brasil é muito hierarquizada, onde, historicamente, o atleta não participava do processo. O atleta nunca foi chamado a participar. Nós temos o esporte com o Comitê Olímpico, Comitê Paralímpico, confederações brasileiras, federações estaduais, clubes e, lá embaixo, o atleta, que é o protagonista do esporte, mas nunca teve voz de comando. Isso está mudando, a legislação já alterou. Com a Lei Pelé, começa um processo de democratização do esporte no Brasil. A primeira vez que o atleta teve acesso organizado ao processo decisório foi no final de 1999, quando atletas que eram formadores de opinião buscaram um canal direto com o presidente Fernando Henrique, já com a reivindicação da lei de incentivo ao esporte. Criou-se, então, uma comissão nacional de atletas, vinculada ao Ministério do Esporte e Turismo. Essa comissão, que foi presidida inicialmente pelo saudoso tricampeão olímpico Adhemar Ferreira da Silva, também já foi presidida pelo Bernard Rajzman do vôlei, por mim e, depois, pelo Ciro Delgado de esportes aquáticos. E aconteceu que não interessou mais para o Ministério do Esporte, por algum motivo, a manutenção da comissão nacional de atletas. Nunca foi oficialmente extinta, mas foi encostada, entrou na inatividade. O Comitê Olímpico Brasileiro e o Comitê Paraolímpico Brasileiro criaram suas comissões de atletas, sabidamente também inativas. São “arroz de festa”. Quando tem algum evento, são chamados lá para entregar prêmio e aparecer na foto, mas não são chamados a participar do processo decisório.
EE: Você participa da organização Atletas pelo Brasil. Esta organização é para dar voz aos atletas do país?
LG: Sim. Por esse afastamento que foi gerado de novo entre atletas e as entidades gestoras do esporte, é que floresceu o Atletas Pelo Brasil, organizado pelo campeão mundial de futebol Raí. Inicialmente, discutindo temas que eram alheios à política esportiva, como foi a questão do jovem aprendiz. Mas como o atleta tem compromisso natural com a sua atividade, então começaram a voltar as atenções ao tema esportivo. Hoje, a entidade é presidida pela Ana Moser, do voleibol, com um grupo enorme de atletas participantes, que vai de Hortência, Magic Paula, Rubens Barrichello, Cafu, Torben Grael, Oscar, entre outros. Esse pessoal tenta ter uma voz de participação, emitem opiniões, participam de debates junto ao Congresso Nacional, ao Ministério do Esporte, aos empresários que hoje investem no esporte pelas leis de incentivo. Ou seja, tentam de alguma forma influenciar, mas ainda não são oficialmente reconhecidos, vivem à margem do processo decisório. Mas pelo menos já existe um grupo organizado tentando fazer a diferença, levando uma representação da voz do atleta, que ainda falta muito na condução do esporte brasileiro.
Foto: Marcos Mesquita (Atletas pelo Brasil)
EE: Falamos da estrutura olímpica, mas também estamos preocupados a preparação para os Jogos Paralímpicos. Qual a sua opinião?
LG: Eu sou muito otimista com relação à Paraolimpíada. Primeiro que eu tenho uma crítica de conceito, que não é culpa das autoridades organizadoras do Brasil. Quase sempre que se tem um grande evento, é feito um evento-teste anterior. Como foi a Copa do Mundo, houve uma preocupação em fazer a Copa das Confederações no ano anterior, já fazendo um teste para o evento. E o que eu acho é que a Paraolimpíada deveria acontecer logo antes dos Jogos Olímpicos. Já existe toda uma expectativa para o ambiente olímpico, ter a Paraolimpíada abrindo o evento traria visibilidade, reconhecimento e admiração. Criaria, então, uma grande expectativa para o grand finale, que seria a Olimpíada. Assim como quando tem o show de uma grande banda, tem sempre uma banda importante ou em ascensão que faz a abertura.
Hoje em dia o que acontece, seja na Olimpíada de Verão ou de Inverno, quando a Olimpíada, que só se fala nela, termina, no final da feira, a xepa, cedem aquelas instalações para acontecer a Paraolimpíada. Numa fase em que a grande apoteose já aconteceu, já na ressaca pós-olímpica, a Paraolimpíada acontece sempre com baixíssima visibilidade. Sei que isso não vai mudar para o Rio de Janeiro, mas esse é um ponto de reflexão que deveria ter para o futuro, em se pensar em fazer a Paraolimpíada antes.
EE: Como você observa o movimento paraolímpico no Brasil?
LG: No Brasil, o movimento paraolímpico é muito antigo, surgiu nos anos 50, pouco depois do surgimento em Stroke Mandeville, no Reino Unido. São pessoas abnegadas, que construíram o movimento através de sonho, de dedicação, de contrariar às vezes as barreiras impostas, inclusive do preconceito. Mas só foi ter um Comitê Paralímpico no Brasil em 1995, fundado em Niterói. Depois, com o benefício da Lei Agnelo-Piva, em 2000, é que tiveram verbas públicas, se mudaram para Brasília. Houve uma fase inicial, com uma luta por poder, que foi nociva ao movimento paraolímpico. Na minha forma de ver, hoje encontramos o CPB estabilizado, democrático e bem gerido. Mais do que isso, no continente das Américas, em especial da América do Sul, o Brasil está na vanguarda do movimento paraolímpico, basta ver nossa supremacia continental. Se no âmbito olímpico ainda falta muito para o Brasil ser uma potência, já no paraolímpico avança a passos largos. O Brasil pode estar muito aquém do cenário ideal, mas o esporte paraolímpico está muito além da média mundial. Eu acho que o Brasil vai fazer uma grande figura nas Paraolimpíadas. Aquela supremacia ou abundância de conquista de medalhas, que talvez não venha da forma como nós gostaríamos nas Olimpíadas de 2016, virá nas Paraolimpíadas. Por isso eu estou muito otimista.
EE: Como está a questão da estrutura dos Jogos Paralímpicos?
LG: Eu acho que a estrutura está prevista, com o IPC, junto ao COI. Todas as estruturas serão adaptáveis depois. Algumas, quase todas, já serão construídas com essa acessibilidade prevista no projeto original. Outras modalidades vão ter adaptações específicas às condições técnicas do esporte paraolímpico.
EE: O Rio de Janeiro é uma cidade acessível?
LG: O Brasil não é um país acessível. Basta ver que nós temos uma lei pública de acessibilidade, com normas da ABNT, e um estatuto da pessoa com deficiência minuciosamente aprovado pelo Congresso Nacional, que é um dos estatutos mais avançados do mundo. Mas entre a retórica e a prática existe uma distância enorme. O próprio poder público não gera exemplo, garantindo a acessibilidade prevista em lei. Esse é um problema de cultura, de uma nação em que se faculta à sociedade o cumprimento ou não das leis. Então, o Rio de Janeiro tem problemas como qualquer outra cidade, mas as instalações esportivas, pelo que sei, estarão plenamente adaptadas e acessíveis. Esse é o mínimo que podemos esperar.
EE: Você presidiu, por um tempo bastante limitado, a Confederação Brasileira de Vela. O que aconteceu?
LG: Por cinco dias. Na época, nós velejadores clamávamos por mudanças na gestão da vela, temíamos pelas dívidas que a confederação podia estar adquirindo, em função de uma relação com o financiamento dos bingos. Quando eu assumi a entidade, meu primeiro ato foi pedir uma auditoria imediata. Foi quando um advogado constatou uma dívida fiscal astronômica com a Receita Federal. Quando vimos a total impossibilidade de gerir a entidade com a dívida que estava colocada em público naquele momento, não restava opção a não ser convocar uma assembleia geral extraordinária, mostrar a situação de insolvência da Confederação de Vela e propor uma intervenção feita pelo Comitê Olímpico Brasileiro. A vela, então, viveu por muitos anos com um interventor do COB, que foi fundamental para evitar que o esporte entrasse em colapso no Brasil por falta de liderança e gestão. Anos depois criaram uma nova Confederação, com novos princípios de governança, que hoje é presidida pelo então presidente da Federação de Vela do Rio de Janeiro, Marco Aurélio Sá Ribeiro. Nós temos a expectativa que os erros de outrora não se repitam.
EE: Você tem algum anseio em presidir o Comitê Olímpico Brasileiro?
Foto: Míriam Jeske
LG: Não é um projeto de vida, nunca foi. Ainda mais sabendo da dificuldade que é ter acesso à candidatura ao COB. Estatutariamente criaram mecanismos de proteção, dentre eles você tem que ser presidente de uma confederação brasileira olímpica continuamente, adimplente durante cinco anos, para então estar elegível para tal. Eu sequer sou presidente da Confederação Brasileira de Vela (CBVela). Hoje o Marco Aurélio é presidente e provavelmente vai tentar uma reeleição, que está prevista no estatuto e agora na nova legislação. De forma que eu não sou elegível ao COB.
EE: Mas você gostaria de ser elegível ao COB?
LG: Talvez algum dia eu dê minha contribuição em assumir uma confederação de vela para valer, mas isso não será a curto prazo. E aí, o dia que eu assumir e passar cinco anos à frente dele, eu estarei elegível...
EE: Se não existissem essas barreiras estatutárias, você gostaria de ser candidato?
LG: Talvez eu participasse de um movimento, envolvendo Atletas Pelo Brasil, oferecendo propostas de gestão para o esporte olímpico no Brasil e que passaria então pela indicação de um de nós para se candidatar ao COB. Isso hoje é vedado, então está fora de questão.
EE: Você tem alguma expectativa de mudança para as instalações esportivas no Brasil? Ou você acha que quando passar a Olimpíada é que vão esquecer completamente esses projetos de despoluição?
LG: Eu prefiro acreditar na seriedade, sobretudo da mobilização da sociedade em perceber que o nosso dinheiro não sai pelo ralo. Então, que o verdadeiro legado, que é a palavra de ordem dessa Olimpíada desde o início para convencer a sociedade, nós vamos gastar inúmeros bilhões para adaptar o Rio de Janeiro em uma cidade olímpica, que deixe um legado de fato. O legado de fato para o remo é a Lagoa de Freitas despoluída, além de equipamentos
adequados para a prática, um partidor moderno e que funcione, um estádio que seja devolvido ao remo, uma estrutura adequada para formar novos remadores... E que isso seja para todo e qualquer esporte, passando pelo badminton, pelo judô e pela vela. Eu acho que tem que ter um plano diretor para os Jogos Olímpicos que não seja parar em 2016. Uma nação olímpica é uma nação que tomou a decisão de investir no bem-estar social, na saúde pública, na valorização da educação física e no resgate do esporte na escola. O ano de 2016 é apenas uma etapa, quando um grande evento vai acontecer no Brasil, mas o verdadeiro crescimento do país no esporte olímpico e paraolímpico só será medido a partir de 2020. Algumas nações que investiram pesado no esporte olímpico tiveram crescimento em função de um desenvolvimento, de uma prioridade de investir em esportes olímpicos e conseguiram estabilizar, de forma sustentável, um crescimento.
adequados para a prática, um partidor moderno e que funcione, um estádio que seja devolvido ao remo, uma estrutura adequada para formar novos remadores... E que isso seja para todo e qualquer esporte, passando pelo badminton, pelo judô e pela vela. Eu acho que tem que ter um plano diretor para os Jogos Olímpicos que não seja parar em 2016. Uma nação olímpica é uma nação que tomou a decisão de investir no bem-estar social, na saúde pública, na valorização da educação física e no resgate do esporte na escola. O ano de 2016 é apenas uma etapa, quando um grande evento vai acontecer no Brasil, mas o verdadeiro crescimento do país no esporte olímpico e paraolímpico só será medido a partir de 2020. Algumas nações que investiram pesado no esporte olímpico tiveram crescimento em função de um desenvolvimento, de uma prioridade de investir em esportes olímpicos e conseguiram estabilizar, de forma sustentável, um crescimento.
EE: Poderia citar exemplos?
LG: A Coreia do Sul depois dos Jogos Olímpicos de Seoul; a Austrália depois dos Jogos de 1956 e, mais recentemente, nos Jogos de 2000; a China depois de 2008. Agora tem países que fizeram da Olimpíada uma festa com início, meio e fim. É o caso da Grécia, que teve um desempenho muito acima da sua média nos Jogos de Atenas 2004 e já nos Jogos de 2008 estava num patamar tão irrelevante quanto o Brasil. Hoje, atrás, inclusive. Não teve a menor sustentabilidade. A Olimpíada passou, o benefício para o esporte grego desapareceu e ficaram as dívidas. Dizem os economistas que cerca de 10% do montante da dívida da Grécia é oriunda dos gastos dos Jogos Olímpicos. O esporte desapareceu da Grécia porque hoje as instalações estão abandonadas. Não havia uma planejamento para ter um uso sustentável pós-Olimpíada. É o que nós queremos evitar no Brasil. É hora de alertar. Queremos que todas as instalações sejam sustentáveis, tenham um modelo de gestão, forma de financiamento e de manutenção. Para evitar o que houve com o Engenhão, construído em 2007 custando uma fortuna e em 2012 é interditado porque caiu a cobertura por falta de manutenção, de cálculo e de gestão.
EE: O COI tendo essas informações do que está acontecendo no Brasil na preparação, tanto da Copa quanto das Olimpíadas, pode mudar de mentalidade para os próximos eventos? Como você vê o futuro de pensamento do COI e da FIFA com o exemplo do Brasil?
LG: Tanto para a FIFA quanto para o COI, o sinal está amarelo ou vermelho intermitente, porque é preocupante. Para a Copa do Mundo da FIFA, que acontecerá daqui a menos de 50 dias, grande parte do que foi prometido não aconteceu. O que vai acontecer são os estádios, a preço de ouro e com custo-benefício questionável para sociedade. Melhoramentos em alguns aeroportos sim, quase todos inacabados, mas alguma coisa vai ficar disso. Agora resta saber se esse gasto era necessário para um país que tem outras prioridades. O fato é que é um processo irreversível. À medida que o Brasil prometeu muito e entregou pouco, parte apenas daquilo que prometeu, para o COI ficou evidente que esse cenário tende a se repetir. Então, eu acho que quanto mais eles participarem do processo decisório, definindo marcos regulatórios, compromissos que tenham que ser atingidos, com metas de tempo e resultado, é importante.
EE: Nessa questão de em vez de construir novos, aproveitar os antigos com uma remodelação, respeitando a cultura local, sem abranger demais. No caso da Copa, nós ampliamos demais o raio da competição...
LG: No fundo, uma grande disputa política entre governadores que queriam aparecer na foto como cidade-sede da Copa do Mundo. Houve uma disputa ferrenha de prestígio entre os governadores, um jogo de poder, que envolvia o poder executivo e o poder legislativo. Então, para tentar atender o maior número de Estados, fizeram 12 estádios novos no Brasil. Um verdadeiro desperdício. Poderia se fazer com oito. Um gasto astronômico com custo-benefício que só o tempo dirá se foi bom ou não à sociedade... Quase sempre quando tem uma grande candidatura para um evento o discurso é “isso vai ser financiado pela iniciativa privada, o governo praticamente não vai ter que investir nada”. Quando chega na hora, a gente sabe que não é bem assim. Quem paga a conta é o cidadão, o contribuinte. Há uma preocupação com isso, então que seja feito com muita racionalidade.
Foto: Míriam Jeske
O COI e a FIFA ao verem o Brasil... O COI já tinha visto um desgaste anterior com a Grécia em 2004, dez anos depois estamos aqui vivendo esse desgaste no Rio de Janeiro... Eu prefiro torcer que na hora H as coisas vão dar certo e o Brasil vai sair bem na foto. Tomara. Porque se o Brasil fracassar, vendendo uma imagem internacional de que foi uma Copa e uma Olimpíada dispendiosa, esbanjando dinheiro com obras superfaturadas e por um retorno aquém do prometido e desejado pela sociedade, essa percepção seria muito ruim para a credibilidade do Brasil no cenário internacional. O Brasil justo gastou essa fortuna para mostrar a essa comunidade que é um país que está crescendo, que pode integrar os BRICS e que está entre as oito potências mundiais na economia, no crescimento, nas suas empresas transnacionais e que chegou a vez do esporte de mostrar essa hegemonia que o Brasil tem capacidade de sediar grandes eventos e ter resultados neles. Tomara que isso aconteça, mas eu acho que o debate é necessário.
EE: E essas licitações emergenciais que geralmente costumam acontecer para remediar atrasos. Você acredita que vão acontecer?
LG: É evidente que sim, acho que ninguém duvida disso. À medida que as obras não acontecem... Qual é o projeto da Marina da Glória? Eu desconheço e olha que eu sou da vela! Já vi vários que foram abandonados e questionados, inclusive legalmente. Órgãos públicos que questionam o patrimônio histórico, órgãos ambientais... Então a coisa não acontece. Alguma hora vai acontecer, mas de que jeito? Com contrato emergencial, é evidente.
EE: E a questão do LADETEC ( Laboratório brasileiro de controle de dopagem) ?
LG: Tem aquele dito popular “pau que nasce torto, não endireita mais”... O LADETEC tem problemas, em linguagem parlamentar, de vícios de origem. Precisam ser corrigidos. O Brasil investiu muito dinheiro. E eu contribuí com o seu surgimento quando fui secretário nacional de esportes e membro do board da Agência Mundial Antidoping (WADA) na fase que o LADETEC foi credenciado. Havia uma expectativa muito positiva do Brasil ter essa soberania, do país mesmo ter essa capacidade de fazer as suas avaliações e exames antidoping. Por questão de uma gestão muito engessada de uma universidade federal, a UFRJ, o LADETEC mostrou ao longo dos anos ser ineficiente e mais caro, inclusive, do que laboratórios internacionais. Além disso, problemas de ordem técnica que geraram esse descredenciamento. Espero que seja credenciado de novo e com um modelo de gestão que permita agilidade, boa gestão e um custo pelo menos igual ao internacional para uma entidade brasileira poder fazer um exame antidoping sério e fidedigno.
Demais fotos: Divulgação
Palavras de Lars Grael ao final da entrevista:
Fonte: Esporte Essencial
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terça-feira, 29 de abril de 2014
Balão cai em área residencial e provoca destruição em São Gonçalo
Casas foram atingidas durante a madrugada. Foto: Julio Silva |
Vidros foram destruídos pelos fogos do balão. Foto: Júlio Silva |
Anderson Justino
Moradores da Rua Vanda de Souza Ramos, no Rocha, passaram por grande susto durante a madrugada. Veículo foi destruído e casas tiveram vidros quebrados
Moradores da Rua Vanda de Souza Ramos, no bairro Rocha, em São Gonçalo passaram por uma noite bastante conturbada na madrugada desta terça-feira. A queda de um balão naquela região provocou explosões e destruições em casas e carros da localidade. A cena vista no local, era de um verdadeiro cenário de guerra. Apesar de toda a destruição, não houve registro de feridos com grande gravidade, apenas algumas pessoas sofreram arranhões, devido aos estilhaços dos vidros. O incêndio provocado pelos artefatos explosivos foi controlado por populares que usaram extintores e mangueiras para apagar as chamas.
Segundo as pessoas que presenciaram o fato, a queda do balão ocorreu por volta das 00h40 desta terça-feira. A movimentação na rua era pequena e apenas alguns adolescentes estavam do lado de fora de suas casas. A parte onde estavam os artefatos explosivos, conhecida popularmente como “cangalha”, caiu em cima de um veículo de passeio que chegou a ser arremessado cerca de cinco metros de onde estava estacionado. Com a explosão dos artefatos, diversas casas daquela rua tiveram suas janelas de vidro estouradas. Muros de algumas residências ficaram destruídos e vieram abaixo, causando assim uma explosão ainda maior.
“A explosão foi enorme, eu estava dentro de casa com meu pai. Tive muito medo de que acontecesse uma tragédia ainda maior. Graças a Deus minha filha não estava com meu netinho dentro de casa, pois tenho certeza que ele iria se machucar e não saberia o que fazer”, desabafou o pintor industrial, Silas Barbosa, de 45 anos e teve ferimentos leves na perna.
Já o técnico em segurança eletrônica Marcos Fernando, proprietário de um veículo atingindo na explosão, contou que a solidariedade das pessoas foi o que mais lhe chamou a atenção.
“Não sei nem o que falar, foi muito assustador. Quando vi que o carro do meu vizinho ia pegar fogo, rapidamente peguei o extintor e tentei controlar as chamas. Outras pessoas também vieram ajudar. O carro estava estacionado neste local e após a explosão foi parar ali, não sei explicar como isto aconteceu, é muito triste ter que ver esta cena”, contou.
Ainda de acordo com alguns moradores, após a queda do balão, homens armados foram flagrados no local com o objetivo de recolher os restos de artefatos que ficaram espalhados.
Policiais do 7º BPM (São Gonçalo) estiveram no local do acidente, mas não confirmaram as informações sobre a presença de homens armados. Segundo eles, a área ao redor é considerada de risco devido pontos de tráfico de drogas espalhados pela região. O caso foi registrado na 72ª DP (Mutuá) onde está sendo tratado e será investigado como crime ambiental.
De acordo com o artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais (9605/98), Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano é considerado como crime ambiental. A pena prevista para quem for detido praticando este ato pode ser de um a três anos ou multa.
Fonte: O Fluminense
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Nova sede do Ministério Público em Niterói é inaugurada
O prefeito de Niterói participou no final da manhã e início da tarde desta terça-feira (29/4) da inauguração da nova sede do Ministério Público Estadual da cidade, na rua Coronel Gomes Machado, no centro.
O prédio será o segundo maior do Ministério Público fluminense, só perdendo para o da capital. As obras duraram dois anos. Ocupa um espaço de 8.011 metros quadrados. Tem 15 andares que vão abrigar 25 promotorias, entre elas quatro de Investigação Penal (PIP) e a 2ª Central de Inquéritos, sete salas de reunião e acessibilidade. A nova sede começará a funcionar a partir do dia 15 de maio.
O chefe do Executivo municipal disse que a inauguração do prédio é um marco histórico para a cidade.
"É um acontecimento especial para Niterói. Essa inauguração significará a melhoria na qualidade na prestação de serviços à população, maior conforto e melhores condições de trabalho", disse.
A cerimônia de inauguração contou com as presenças do procurador-geral de Justiça do Rio, Marfan Vieira, o presidente da Câmara Municipal de Niterói, vereador Paulo Bagueira, o presidente da OAB (Seção Niterói), vereador Paulo Bagueira, o presidente da Associação do Ministério Público (Amperj), Luciano Mattos, e a coordenadora do Centro Regional de Apoio Administrativo Institucional, Adriana Schenkel.
Fonte: Prefeitura de Niterói
Prefeitura debate projeto da TransOceânica com moradores da Região Oceânica
A Prefeitura de Niterói promoveu na noite da segunda-feira (28.4) uma audiência pública para apresentar o projeto das obras da TransOceânica para moradores da Região Oceânica. O encontro, realizado no Colégio Itapuca, em Piratininga, reuniu cerca de 200 pessoas e serviu para que os representantes da gestão municipal explicassem com detalhes todas as intervenções que serão feitas nos sete bairros por onde passará o corredor expresso e para tirar dúvidas dos moradores.
A audiência contou com as presenças do prefeito da cidade, vice-prefeito Axel Grael, da secretária municipal de Urbanismo e Mobilidade Urbana, Verena Andreatta; do administrador regional da Região Oceânica, Carlos Boechat; do subsecretário de Urbanismo e Mobilidade, Renato Barandier; além do presidente da Federação das Associações de Moradores de Niterói (Famnit), Fabiano Maia; do presidente do Conselho Comunitário da Região Oceânica (Ccron), Guilherme Flach, presidentes de associações de moradores e vereadores.
O prefeito abriu o encontro fazendo um breve resumo sobre como a nova gestão encontrou as contas da prefeitura e das iniciativas da atual administração para pagar as dívidas herdadas. Neves também destacou que a Região Oceânica vai receber um total de mais de R$ 600 milhões em investimentos, volume de recursos nunca aplicados na região. Esse montante inclui a construção da TransOceânica, as obras de drenagem e pavimentação de ruas, em parceria com o governo do Estado; a construção do Centro Integrado de Segurança Pública; e a ampliação do fornecimento de água e da coleta e tratamento do esgoto, com a inauguração de um novo reservatório e de uma nova estação de tratamento de esgoto.
A TransOceânica integra um programa de mobilidade urbana, que inclui um corredor com sistema de transporte de alta performance - o BHLS - integração de modais, ciclovia e o túnel que vai ligar Charitas ao Cafubá, sem a cobrança de pedágio. A previsão é que as obras comecem no segundo semestre.
“A TransOceânica não é uma obra viária, é um projeto de mobilidade urbana que a cidade nunca teve. Nosso primeiro objetivo é tirar carros da rua, com transporte público de qualidade, e o segundo tirar o tráfego dos eixos viários já saturados. O investimento nessa obra é de R$ 307 milhões e já concluímos o licenciamento ambiental, que foi o maior feito em Niterói”, disse o prefeito.
A secretária Verena Andreatta fez um a explanação geral sobre o projeto. A TransOceânica terá 11,2 quilômetros de extensão – sendo que o túnel, com duas galerias, terá 1,3 quilômetro - , 13 estações, um ponto de interligação (Estação de Catamarãs de Charitas), vai interligar sete bairros e terá capacidade para transportar 78 mil passageiros por dia.
O vice-prefeito Axel Grael falou sobre o licenciamento ambiental. O Estudo de Impacto Ambiental da obra já está disponível no site do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e será objeto de audiência pública nas próximas semanas.
Após a apresentação do projeto, o público presente pode fazer perguntas e tirar dúvidas sobre a obra do corredor viário.
Fonte: Prefeitura de Niterói
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Título mundial com toque niteroiense conquistado na França
As velejadoras brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram, no último fim de semana, o título da Copa do Mundo de Vela da ISAF, na classe 49erFX, em Hyères, na França
As velejadoras brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram, no último fim de semana, o título da Copa do Mundo de Vela da ISAF, na classe 49erFX, em Hyères, na França. Martine e Kahena, que são líderes do ranking mundial, terminaram a competição com 68 pontos perdidos. A medalha de prata ficou com Alexandra Maloney e Molly Meech, da Nova Zelândia com 76 pontos, e a medalha de bronze com as dinamarquesas Idas Marie Nielsen e Marie Olsen, com 83 pontos.
“Estou me sentindo incrível, o que pode ser melhor que isso? Acho que foi a melhor semana para os velejadores em Hyères. Tivemos bom vento, tempo estável e também conversei com pessoas experientes. Estamos ansiosas para voltar aqui novamente. Muito feliz por mais um grande resultado nosso”, contou a velejadora niteroiense Martine Grael.
A Riviera Francesa foi palco da quinta e última etapa da Copa do Mundo de Vela da ISAF 2013/2014. A competição já passou por Qingdao, Melbourne, Miami e Mallorca. Uma frota de 43 barcos participaram na classe 49erFX para a etapa de Hyères.
Em 2014, Martine e Kahena conquistaram além da etapa de Hyères, a etapa de Mallorca da Copa do Mundo de Vela da ISAF, a Copa Brasil de Vela, o vice-campeonato no Norte-Americano e o quarto lugar na etapa de Miami da Copa do Mundo de Vela. Com os resultados positivos, a dupla formada pela carioca e a niteroiense segue com ótimo desempenho em 2014, mira bons e novos ventos para o restante da temporada e já aponta como a provável equipe brasileira na 49erFX nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Com dois anos para a competição, a dupla tem tudo para chegar em uma performance digna de uma honraria olímpica.
Fonte: O Fluminense
domingo, 27 de abril de 2014
Faculdade Ruy Barbosa realiza palestra com Lars Grael
O Experience Day 2014 é o maior evento realizado pelas faculdades da DeVry Brasil acontecerá na Faculdade Ruy Barbosa, Campus da Paralela, dia 28 de abril, das 14 às 22h. Será um dia de atividades com temas atuais do mercado voltados para alunos da instituição e estudantes do ensino médio das escolas de Salvador. O Eday é aberto ao público, mediante a troca de ingresso por 1kg de alimento não perecível. Os alimentos arrecadados serão doados ao NACCI, Núcleo de Apoio ao Combate do Câncer Infantil. Maiores informações pelo o site www.frb.edu.br ou pelo telefone (71) 3205-1706.
Nessa edição a palestra principal será proferida pelo velejador mais conhecido do Brasil Lars Grael. A partir das 20h ele dividirá suas experiências com os alunos. A trajetória de Grael tem relatos de superação, disciplina, força de vontade, planejamento e garra. Ele construiu uma carreira vitoriosa de campeão olímpico e grande ícone do esporte, além de lutar constantemente contra o preconceito e as dificuldades de acessibilidade do mundo moderno.
"Grael está entre os mais bem avaliados conferencista do mercado brasileiro, com cerca de 500 palestras proferidas em todos os estados. Em 2009, ele recebeu o prêmio como o profissional de mais alta credibilidade da Reader’s Digest no Brasil".
O esportista conquistou duas medalhas de Bronze, em Seoul 1988 e Atlanta 1996. Foi pentacampeão sul-americano, dez vezes campeão brasileiro e campeão de tradicionais semanas de vela, além de representar o Brasil também nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984 (7º) e Barcelona 1992 (8º).
Grael está entre os mais bem avaliados conferencista do mercado brasileiro, com cerca de 500 palestras proferidas em todos os estados. Em 2009, ele recebeu o prêmio como o profissional de mais alta credibilidade da Reader’s Digest no Brasil.
Na Mostra Acadêmica do Eday, serão demonstradas, de maneira prática, atividades relacionadas às matérias. Entre elas, Júri Simulado de Direito, Oficina de Maquete para Arquitetura, Oficina de Primeiros Socorros para Enfermagem e Cyber Fight para Engenharia, entre outras atividades. Os coordenadores dos cursos da Faculdade estarão acompanhando as atividades e estimulando a participação dos alunos nestas oficinas e workshops. Os estudantes terão a possibilidade de refletir sobre a carreira profissional que querem seguir, vivenciando experimentações práticas de cada curso.
Fonte: Diga Bahia
Morro do Cavalão ganha Companhia Destacada nesta segunda-feira
Ações em oito comunidades da cidade mudaram a rotina dos moradores. Foto Douglas Macedo |
Marcelo Almeida
Depois da reunião portas fechadas, Beltrame anunciou criação de duas novas Companhias Destacadas na cidade para tentar conter a violência
Em meio a todo o clima de violência, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, se reuniu com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e com a cúpula da Secretaria de Segurança: o secretário de Segurança Pública do Estado do Rio, José Mariano Beltrame, e o chefe da Polícia Civil, o delegado Fernando Veloso. Depois da reunião, que aconteceu a portas fechadas, Beltrame anunciou a criação de duas novas Companhias Destacadas da Polícia Militar na cidade para tentar conter a onda de violência.
A Secretaria de Segurança anunciou que será implantada nesta segunda-feira, no Morro do Cavalão, no bairro de São Francisco, Zona Sul, a quarta Companhia Destacada da cidade, que vai contar com 40 homens em ação. Na quarta-feira (30), o bairro do Fonseca também terá uma companhia. A unidade do Cavalão será reestruturada e ficará na base da sede do Grupamento de Policiamento de Áreas Especiais (Gpae). Além disso, um efetivo de mais 100 homens será deslocado para a cidade para ajudar no patrulhamento das vias de Niterói. Além disso, Rodrigo Neves também anunciou a abertura de concurso público para duplicar o número de agentes da Guarda Municipal, dos atuais 350 para 700 homens. De início, o secretário de Segurança de Niterói, coronel Marcos Jardim, ampliou de 30 para 80 o número de agentes da Guarda que atuam armados com pistola elétrica não letais. Durante a cerimônia de entrega das pistolas, o secretário afirmou que o plano da Prefeitura é adquirir mais 300 equipamentos semelhantes até o fim do ano.
O governador Pezão, o prefeito Rodrigo Neves e o secretário Beltrame anunciaram medidas para combater o crime. Foto Marcelo Feitosa |
Ainda segundo o prefeito, será criado um Centro Integrado de Segurança Pública, que vai funcionar na Região Oceânica de Niterói. O novo centro vai ser implementado nos mesmos moldes do Centro Integrado de Comando e Controle da Prefeitura do Rio de Janeiro, e terá 500 câmeras que auxiliarão no serviço de segurança da cidade.
O chefe de Polícia Civil, o delegado Fernando Veloso, disse ainda que já deu ordens aos delegados de Niterói e São Gonçalo para que apresentem um plano de ação para as cidades. Uma das ações aconteceu na noite da última quinta-feira, com a Operação Repressão Qualificada, onde os agentes praticamente fecharam a Avenida Roberto Silveira, em Icaraí, com uma blitz em que todos eram parados.
Fonte: O Fluminense
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"Eu acredito que os alardes desta semana foram ocasionados por motivações políticas”. Roberto Kant Sociólogo |
Chailon Conceição e Leonardo Sodré
Especialistas alertam sobre o risco de disseminar informações falsas nas redes sociais e criar um pânico generalizado na população e aumentar o clima de insegurança
O crescimento da violência e os rumores espalhados pela internet têm potencializado o medo em Niterói. Na última semana, falsas notícias publicadas na internet provocaram a antecipação do encerramento do expediente em universidades, empresas e no comércio. O que se via na internet e nas ruas eram pessoas desesperadas com possíveis atos de violência que, em sua maior parte, não aconteceram. Especialistas dizem que as redes sociais refletem o medo da população, mas ponderam que os boatos podem ter motivações políticas.
“Está sendo constituído um clima de medo em Niterói. Antes a cidade tinha pontos, mais ou menos mapeados, onde a violência era mais presente. As pessoas conseguiam evitar estes lugares e se sentiam mais seguras. Hoje, atos de violência, como assaltos, furtos e roubos, estão acontecendo em todos os locais e modificando esta dinâmica que o cidadão tinha na relação com a cidade”, explica o presidente do Observatório Urbano da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Cezar Honorato.
Para Honorato, o medo é um reflexo do aumento da violência, que ganha impulso nas redes sociais, onde é comum a prática de repassar qualquer notícia sem antes checar a informação.
“O medo e a sensação de insegurança não correspondem necessariamente ao aumento da violência. Em Niterói, a relação é direta: o clima de medo é causado pelo aumento da violência, mas potencializado pela internet”, alerta o especialista.
Para o professor do departamento de comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), Marco Schneider, o impulso que as pessoas têm em publicar as informações é o grande motivo da circulação das falsas notícias.
“Às vezes, muita gente age por impulso e acaba compartilhando informações sem a menor preocupação em confirmá-las, saber se aquilo que estão lendo procede. Isso é ruim para todo mundo, pra quem publica e pra quem lê”, ressalta.
O sociólogo especialista em segurança pública da UFF, Roberto Kant de Lima, acredita que os alardes em Niterói têm motivações políticas. Para ele, há envolvimento de grupos políticos na disseminação das notícias falsas.
“Eu acredito que estes alardes que aconteceram esta semana na cidade foram ocasionados por motivações políticas, isso não teve origem no crime organizado, nem na polícia. As pessoas nas redes sociais se sentem livres para postarem o que quiserem e isso passa por uma falta de cuidado em checar o que está sendo passado”, argumenta.
"Se o usuário buscar, dentro da própria rede, ele vai saber a informação verdadeira”. Ivana Bentes Professora |
A velocidade da internet é o grande diferencial, seja para nos atualizarmos, quando as informações são verdadeiras, seja para nos confundir, quando são falsas. A professora e pesquisadora da escola de comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ivana Bentes, aponta que esta condição de imediatismo da internet é fundamental para nos orientarmos em relação às notícias, facilitando a desqualificação pública das falsas informações.
“Se o usuário buscar, dentro da própria rede, ele vai saber a informação verdadeira. A internet é uma coisa muito nova, estamos aprendendo a lidar com ela”, explica.
Tem aqueles que aproveitam para se promover e usam a rede de forma irresponsável”. Marinice Machado Psicóloga |
A psicóloga Marinice Machado é ativa nas redes sociais e evita compartilhar qualquer informação que lê. Mesmo tomando este cuidado, ela diz entender este fenômeno nas redes sociais e coloca a falta de informações oficiais como principal motivo para o crescimento dos rumores.
“Esse fenômeno da rede social lida com algo que está acontecendo naquele momento e muitas vezes a pessoa, ao saber da notícia, não se preocupa em se certificar se é verdadeira ou falsa, ela quer transmitir a informação o mais rápido possível. E também tem aquelas pessoas que usam a rede para aparecer e ter seus conteúdos multiplicados a maior quantidade de vezes e publica inverdades como se fosse ‘pegadinha’ de mau gosto, aproveitando para promover a imagem na rede, irresponsavelmente, sem qualquer preocupação com o que pode causar de dano àquela pessoa que muitas vezes deixa de sair de casa e pode vir a desenvolver doenças, como Síndrome do Pânico, depressão, dentre outras”, conclui.
"Essa velocidade na informação, ao mesmo tempo que ajuda, pode provocar terror”. Sandro Araújo Policial federal |
O coordenador do projeto Geração Careta e policial federal, Sandro Araújo, de 43 anos, que coordena atividades e palestras de prevenção às drogas para crianças e adolescentes, alerta sobre o clima de pânico que pode ser desencadeado pelos rumores.
“É óbvio que o índice de criminalidade aumentou na cidade – isso não se pode negar. Mas o comportamento, a estrutura de hoje é um pouco diferente. Niterói sempre foi alvo de assaltantes, mas ao compartilhar um fato com seu amigo virtual, que nem sempre é o seu amigo de fato, pode transformar essa informação em algo brutal”, afirma.
Ainda de acordo com Sandro Araújo, as pessoas podem ver um assalto no mesmo local de forma diferente. Nesse sentido, a sensação é que sempre está se concretizado um ocorrência na região.
“Nunca um fato vai ser mesmo. Isso tem um peso enorme, porque as pessoas publicam sem saber o que leram, sem ter muita certeza do que foi, e o pânico fica instalado. A absolvição de inverdades por você é complexa. Antigamente, geralmente você só sabia da notícia nos jornais no dia seguinte. Hoje é impossível esperar pelo dia seguinte, a gente sabe na hora pelo site ou pelas redes sociais. Então, essa velocidade na informação, ao mesmo que ajuda, uma vez que pode ser traçado um panorama do que está acontecendo e se movimentar de uma forma mais segura, também pode provocar um certo terror nas pessoas”, completa.
Interesses – Segundo Sandro, nesse cenário é comum oportunistas se aproveitarem deste pânico para oferecer segurança de forma paralela.
“É óbvio que algumas pessoas queiram ganhar com uma informação falsa, que é reproduzida várias vezes, beneficiando outros grupos de interesses distintos. Antes de compartilhar uma informação, você deve se certificar: se alguém viu efetivamente o fato e procurar ser específico ao detalhar o que realmente aconteceu. Tem pessoas que propagam inverdades na internet”, finaliza.
Fonte: O Fluminense
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Calçada Livre na Praça Arariboia começa na segunda-feira
A partir desde final de semana a Prefeitura de Niterói irá intensificar ações de ordenamento urbano no centro de Niterói, nas proximidades da Praça Arariboia, com o objetivo de já preparar o local para receber na próxima segunda-feira ( 28-04) a força tarefa municipal que participará da Operação Calçada Livre na Praça Arariboia. coordenado pela Secretaria de Ordem Pública, o choque de ordem contará ainda com o apoio da NitTrans e secretarias de assistência social e conservação.
A exemplo do que já ocorreu nas ações semelhantes realizadas nos bairros de Icaraí, Jardim Icaraí, Santa Rosa, Avenida Amaral Peixoto e Vital Brasil, a Secretaria de ordem pública realiza nos dias anteriores a Operação Calçada Livre , uma varredura no local que receberá o programa. Fiscais de Posturas e agentes da Seop comunicam antecipadamente as ações que irão ser implantadas pelo município esclarecendo a importância da ação para os bairros.
Por conta do aumento do grande fluxo de passageiros que desembarcam diariamente na Estação Arariboia em função das inúmeras modificações de trânsito no Rio de Janeiro, a prefeitura de Niterói optou por realizar um Choque de Ordem na Praça e arredores com o objetivo de permitir que pedestres em geral possam circular nas calçadas e ter espaço para se locomover na saída da Estação das barcas, além de promover ordenamento no local.
A ação irá reprimir o comércio ambulante e coibir o estacionamento irregular de motocicletas.
“Um grande número de pessoas sai da estação das barcas diariamente e não tem espaço para se locomover. Vamos ter que acertar isso já que aumentou em 40% o número de passageiros após o início das obras no Rio e tantas mudanças ocorridas na cidade vizinha. A prefeitura estuda novas alternativas para estacionamento de bicicletas, e aos poucos vamos acertando. Só não da para ficar do jeito que está “ explica Marcus Jardim.
Além das ações realizadas pela guarda municipal, agentes da seop , fiscais de posturas e agentes da secretaria de assistência social estarão realizando abordagens com moradores de rua. A Seconser irá realizar serviços de conservação, além de intensificar a iluminação até a entrada do terminal João Goulart
Fonte: Prefeitura de Niterói
Créditos de logística reversa de embalagens são negociados no Rio
Começou a funcionar na manhã desta sexta-feira (25/04), no Rio, uma ação inédita destinada ao pagamento de serviços ambientais a catadores de material reciclável. Os créditos de logística reversa para embalagens passaram a ser negociados pela Bolsa de Valores Ambientais (BVRio). O primeiro lote colocado à venda, contendo 1.200 toneladas de três tipos de plásticos e de vidros, está em negociação com representantes do grupo O Boticário.
O evento contou com a participação da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que destacou o grande potencial de mercado da logística reversa de embalagens: “Precisávamos de uma política que dialogasse com uma nova governança ambiental para o Brasil, sob a ótica de Estado e não de governo, integrando o setor produtivo com o setor social, com segurança jurídica, papéis bem definidos, metas, fiscalização, controle social, transparência”, salientou. Estimativas oficiais mostram que, a cada ano, no Brasil, pelo menos 20 milhões de toneladas desses materiais vão parar no lixo, sem aproveitamento na reciclagem, pois as prefeituras só conseguem coletar 2% de todo esse volume.
CERTIFICADO
Para participar do sistema, cada catador separa uma tonelada de material reciclável e vende, emitindo nota fiscal eletrônica, momento em que é gerado o certificado da logística reversa. E as empresas podem comprar o certificado, conscientes de que estão contribuindo para a logística reversa dos seus produtos.
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) confirmam um prejuízo anual de R$ 8 bilhões devido a não reciclagem de produtos recicláveis. De acordo com Izabella Teixeira, é preciso, também, debater o tema “cidades”. “Sem esse debate, não tem como a política ambiental avançar nos temas estruturantes, como segurança energética, alimentar, hídrica, porque, em 2030, o Brasil terá 90% da sua população vivendo nas cidades; a América Latina, 93%, e as relações formais com a comunidade acontecerão, predominantemente, nas cidades”, acrescentou.
CADASTRO
A Política Nacional de Resíduos Sólidos determina a prática da logística reversa, que é a retirada do mercado, pelos fabricantes de sete setores da economia, das embalagens descartadas dos produtos que cada um deles comercializar. Para tornar a iniciativa uma realidade, a BVRio firmou parceria com o Movimento Nacional dos Catadores de Recicláveis, que reúne, no país, 800 mil catadores, cujo trabalho permite a reciclagem de quase 90% das latinhas que chegam ao mercado.
A venda de créditos de logística reversa de embalagens na Bolsa de Valores Ambientais aumentará a receita dos catadores, enquanto prestadores de serviços, e das cooperativas, que terão mais facilidade para suas pagar despesas e fazer a manutenção do maquinário. O trabalho da BVRio no projeto de créditos de logística reversa começou há seis meses e já cadastrou mais de três mil catadores de cem cooperativas do país.
Fonte original: http://www.mma.gov.br
Fonte: ECOticias
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sábado, 26 de abril de 2014
Descubierto en México un enorme arrecife de coral de agua fría
Gacias a la una investigación internacional llevada a cabo por expertos se ha descubierto uno de los mayores arrecifes de coral de agua fría del mundo conocidos hasta la fecha en el sur del Golfo de México, según ha informado recientemente el Centro de Investigación de Ciencias del Mar de la Universidad de Bremen.
Con ayuda de un submarino no tripulado, los investigadores dieron con numerosas colinas de coral, de entre 20 y 50 metros de altura, a una profundidad de entre 500 y 600 metros y con una superficie de más de 40 kilómetros cuadrados.
El hallazgo se encuentra en el Banco de Campeche en las proximidades de la península de Yucatán. Ecosistemas de este tipo han sido descubiertos con anterioridad en otras regiones del mundo como Noruega, en la región del Mar Mediterráneo o en la Bahamas. De momento los investigadores no han podido establecer la edad del arrecife en el Golfo de México.
La altura de la colina no tiene relación directa con la edad. "Para ello habrá que llevar a cabo nuevas investigaciones", informó el profesor Dierk Hebbeln, director del equipo. En las partes superiores existen organismos vivos como erizos de mar, caracoles y crinoideos. También hay esqueletos de coral muerto en los que viven esponjas vítreas (Hexactinélidos) y anémonas de mar. El equipo dirigido por el profesor Dierk Hebbeln informó de su descubrimiento en la edición actual de la revista especializada "Biogeosciences".
Fuente original: http://www.vanguardia.com.mx
Fonte: ECOticias
Martine Grael e Kahena Kunze são campeãs em Hyères, na França
Campeãs do Troféu Princesa Sofia, na Espanha, que valeu como etapa da Copa do Mundo de Vela, Martine Grael e Kahena Kunze seguem fazendo uma excelente temporada. Neste sábado, a dupla brasileira obteve um 8º, 3º e 9º lugares na regata da medalha da classe 49erFX, resultados que foram suficientes para a conquista do título da última etapa da Copa do Mundo, em Hyères, na França. Elas somaram 68 pontos perdidos, contra 76 das neozelandezas Alexandra Maloney e Molly Meech. A outra dupla brasileira na classe, Juliana Senfft e Gabriela Nicolino de Sá, não disputou a regata da medalha. Elas terminaram na 29ª colocação, com 186 pontos perdidos.
- Estou me sentindo incrível, o que pode ser melhor que isso? Acho que foi a melhor semana para os velejadores em Hyères. Tivemos bom vento, tempo estável e também conversei com pessoas experientes. Estamos ansiosas para voltar aqui novamente. Muito feliz por mais um grande resultado nosso - disse Martine, filha de Torben Grael.
Formada há quase dois anos. a dupla vive excelente fase na carreira. Em 2014, Martine e Kahena conquistaram a etapa de Mallorca da Copa do Mundo (Troféu Princesa Sofia), a Copa Brasil de Vela, o vice-campeonato no Norte-Americano e o quarto lugar na etapa de Miami, nos Estados Unidos, da Copa do Mundo. Os resultados fizeram com que as brasileiras assumissem a liderança do ranking da Federação Internacional de Vela (Isaf).
Na Laser, Robert Scheidt terminou a competição em 4º lugar. Na regata da medalha, ele chegou em 4º. No geral, ficou com 67 pontos perdidos. O campeão foi o australiano Tom Burton, com 55 pontos perdidos. Bruno Fontes foi o 8º na regata da medalha e o 8º no geral, com 106 pontos perdidos. Matheus Dellagnelo foi o 57º, com 363, e Alex Veeren o 112º, com 366.
Na Finn, Jorge Zarif venceu a regata da medalha e terminou a classificação geral em 9º, com 112 pontos perdidos. O campeão foi o holandês Pieter-Jan Postma, com 41. Bruno Prada não disputou a regata neste sábado, terminando a competição em 26º, com 212 pontos perdidos.
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Na 470 feminina, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan chegaram em 9º na regata da medalha. No geral, elas ficaram na 6ª posição, com 102 pontos perdidos. O troféu ficou com as neozelandezas Jo Aleh e Polly Powrie, com 28.
Na RS:X masculino, Ricardo Winicki, o Bimba, também disputou a regata da medalha. Ele chegou em 10º e terminou a competição em 8º, com 113 pontos perdidos. A vitória foi do polonês Piotr Myszka, com 40. Albert de Carvalho foi o 53º.
Confira os demais resultados dos brasileiros:
470 masculino:
Geison Mendes Dzioubanov e Gustavo Thiesen: 31º
Henrique Haddad e Bruno Bethlem De Amorim: 32º
49er:
Dante Bianchi e Thomas Low-Beer: 25º
Marco Grael e Gabriel Borges: 39º
Laser radial:
Fernanda Decnop: 27ª
Nacra 17:
Clinio de Freitas e Claudia Swan: 48º
Joao Siemsen Bulhoes e Juliana Poncioni Mota: 64º
RS:X feminino:
Patrícia Freitas: 19ª
Bruna Martinelli: 33ª
Fonte: Terra
Prefeitos de cidades do Leste Fluminense debatem onda de boatos
Neilton Mulim, Francine Motta, prefeita de Saquarema, Rodrigo Neves e Helil Cardozo durante o encontro. Foto: Marcelo Feitosa |
Chailon Conceição
Governantes afirmam que sabem do problema de segurança nas cidades, mas que informações erradas dificultam o trabalho das autoridades de Segurança Pública
Os prefeitos do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense (Conleste) se reuniram ontem, no Solar do Jambeiro em Niterói, um dia após a onda de boatos de que traficantes teriam orientado o comércio a fecharem as portas mais cedo. O temor fez com que estudantes e trabalhadores fossem mais cedo para casa, causando pânico e provocando tumulto na cidade. No encontro, foram deliberadas ações conjuntas para conter o avanço da criminalidade na região.
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, e o prefeito da Universidade Federal Fluminense (UFF), Mário Ronconi, alertaram que oficialmente não houve interrupções das aulas na UFF e que a atitude isolada de um coordenador, que teve sua identidade preservada, contribuiu para o clima de tensão.
“Foi uma atitude irresponsável e que certamente contribuiu para prejudicar a vida de milhares de pessoas. Nós funcionamos normalmente no Dia de São Jorge, e ontem também estávamos oficialmente abertos. Foi uma atitude isolada e que desencadeou a série de afirmações na internet, assim não tivemos como segurar. Já abrimos um processo administrativo interno para apurar o fato”, afirmou Ronconi, que representou o reitor Roberto Salles no encontro.
Visivelmente irritado com a situação, Rodrigo Neves não poupou críticas ao que chamou de “atitude inescrupulosa” do funcionário da UFF.
“Qualquer pessoa que tenha uma visibilidade no setor público sabe que, antes de tomar uma atitude como essa, deve ser feita uma consulta ao organismo de segurança. Quem tem visibilidade pública não pode tomar esse tipo de atitude. São pessoas que aproveitando os eventos recentes da cidade espalharam boatos. Sabemos que o problema da segurança pública é uma discussão nacional e temos que enfrentá-la de forma inteligente com integração”.
Oportunismo – Os prefeitos do Consórcio Intermunicipal do Leste Fluminense foram categóricos ao concordar com as palavras ditas pelo prefeito de Itaboraí e presidente do Consórcio, Helil Cardozo, de que “oportunistas estariam espalhando boatos para desqualificar a política de segurança do Governo do Estado”.
“Nós já temos um estudo sobre a problemática de segurança da região e sabemos também que isso se dá também em função de não investimento social ao longo dos anos. O que aconteceu ontem em Niterói e recentemente em Rio Bonito é um ato orquestrado por pessoas de ‘interesse pessoal’ tentando denegrir uma estrutura de segurança que foi montada no Rio de Janeiro. Não queremos maquiar, mas também temos que reconhecer os avanços. A verdade virá à tona”, afirmou o prefeito de Itaboraí.
Concordando com as palavras de Helil, o prefeito Rodrigo Neves destacou ainda a importância da integração no combate à criminalidade.
“As ações integradas do Conleste são importantes, pois grande parte dos problemas é comum a todos os municípios, como na área dos transportes e segurança pública. Estou convicto dessa estratégia integrada de se pensar a segurança.
No encontro, o prefeito de São Gonçalo, Neilton Mulim, manifestou sua preocupação com a onda de violência na cidade.
“São Gonçalo também teve um acréscimo na criminalidade. Em função disso, nós faremos uma reunião na terça-feira, às 14h, na Secretaria de Segurança, com representantes do Governo do Estado, Polícia Militar e população para traçarmos novos planos para a cidade”, afirmou.
Fonte: O Fluminense
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