terça-feira, 30 de agosto de 2011

Regata Aratu-Maragogipe consolida-se como um dos melhores eventos náuticos do país

No dia 20 de agosto pude acompanhar a Regata Aratu-Maragogipe e posto as fotos abaixo do belo evento. Espero poder participar como velejador da próxima vez.

Barcos com pouco vento no início da Regata Aratu Maragogipe. Foto Axel Grael, 2011.

Após cruzarem a Baía de Todos os Santos, barcos se aproximam da Foz do Rio Paraguaçu. Foto de Axel Grael, 2011.

Um grande número de barcos de expectadores espera a chegada dos competidores na Foz do Rio Paraguaçu. Foto de Axel Grael, 2011.

Barcos disputam posições no Rio Paraguaçu e passam por forte histórico. Foto de Axel Grael, 2011.

Com Lars Grael a bordo, barco Sorsa, de Celso Quintela, é o Fita Azul (primeiro barco a cruzar a linha de chegada) da Regata Aratu-Maragogipe. Foto Axel Grael, 2011.

Flotilha se aproxima de Maragogipe para concluir a Regata. Foto de Axel Grael, 2011.

Christa Grael (esq) e Joanna Dutra, respectivamente Gerente Executiva e Gerente Executiva Adjunta do Projeto Grael, acompanham a evolução dos barcos no Rio Paraguaçu. Foto de Axel Grael, 2011.

FESTA: Uma multidão lota o pier de Maragogipe para receber os barcos e tripulações participantes da Regata. Foto de Axel Grael, 2011.

Após a Regata, saveiros abrigam-se junto ao manguezal e confraternizam. Foto de Axel Grael, 2011. 

Após acompanhar a regata, canoas típicas, com velas, preparam-se para voltar ao seu local de origem. Foto de Axel Grael, 2011.

Velejando. Veja na canoa em primeiro plano a distribuição de tarefas: na popa (mais à esquerda), o timoneiro; na proa dois tripulantes para manter o equilíbrio do barco atraves de um trapézio e no meio, agachado, o "cuieiro", cuja missão é tirar a água com o balde permanentemente.

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Veja mais sobre a Regata Aratu-Maragogipe em:
http://axelgrael.blogspot.com/2011/08/regata-aratu-maragogipe-2011-o.html
http://axelgrael.blogspot.com/2009/08/regata-de-saveros-na-bahia.html

Regata Aratu-Maragogipe 2011: o emocionante espetáculo dos saveiros da Baía de Todos os Santos

Apresento aqui um registro de um espetáculo que é capaz de emocionar qualquer brasileiro que ama as coisas do mar e que respeita uma tradição construída ao longo de gerações de marinheiros. Trata-se da participação dos saveiros na Regata Aratu-Maragogipe.

No último dia 20 de agosto, tive a oportunidade de acompanhar este acontecimento. A Regata Aratu-Maragogipe é a mais concorrida regata do calendário náutico da Bahia, e leva centenas de embarcações de todos os tipos a cruzar a Baía de Todos os Santos. A cada ano cresce o número de embarcações do Brasil todo que se inscrevem para curtir este evento com os velejadores baianos.

Os saveiros já foram uma peça fundamental da economia e da cultura baiana. Cerca de 1.500 destas embarcações transportavam produtos e pessoas entre as praias e outros destinos do Recôncavo Baiano. A construção das estradas foi aos poucos retirando os saveiros de circulação, pois tiveram que concorrer com o transporte rodoviário.

Quase foram extintos. Isso só não aconteceu pela perseverança de alguns mestres que não desistiram de manter as suas majestosas embarcações singrando aquelas águas e graças ao esforço da Associação Viva Saveiro, que luta para que "não deixar este tesouro ir para o fundo mar" (slogan da organização). A organização arregimenta patrocinadores e apoiadores que adotam os velhos saveiros e alocam recursos para a restauração das embarcações. Os barcos "adotados" continuam em propriedade dos velhos mestres, que obtém ajuda para manter as suas embarcações ativas e nos brindando com a sua presença.

Veja as fotos abaixo da belíssima participação dos saveiros na Regata e curta esta velejada através da nossa história.


Saveiros se aproximam da bóia que deverá ser contornada antes de tomarem o rumo de Maragogipe. Estas embarcações não largam de Aratu, mas da Ribeira, onde hoje é o porto da maioria das embarcações remanescentes. Foto de Axel Grael, 2011. 

Saveiros se aproximam da bóia, enquanto um pescador (primeiro plano) continua tranquilo a sua atividade. Foto de Axel Grael, 2011.

Saveiro monta a bóia e dirige-se a Maragogipe. Foto Axel Grael, 2011.
A presença dos barcos históricos reflete no mar. Foto de Axel Grael, 2011.

Saveiros disputam a posição logo após cambar a bóia. Foto de Axel Grael, 2011.

Saveiros velejam placidamente diante das nuvens de chuva que se formam ao fundo. Foto de Axel Grael, 2011. 

UMA DAS DELÍCIAS QUE OS SAVEIROS NOS BRINDAM SÃO OS SEUS BELOS E POÉTICOS NOMES:

"Sombra da Lua". Foto de Axel Grael, 2011.

"Mensageiro do Destino". Foto de Axel Grael, 2011.

"Rompe nuve". Foto de Axel Grael, 2011.

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Veja mais sobre a Regata Aratu-Maragogipe em:
http://axelgrael.blogspot.com/2011/08/regata-regata-aratu-maragogipe-se-firma.html
http://axelgrael.blogspot.com/2009/08/regata-de-saveros-na-bahia.html

domingo, 28 de agosto de 2011

Divulgando evento: "A situação da pesca na cidade do Rio de Janeiro"

Unidades de conservação de Niterói estão abandonadas. Leia a minha opinião: "Caveira de burro"

Obra inacabada da sede da Guarda Ambiental Municipal, no Moro da Viração. Foto Bia Guedes, O Globo Niterói.

Apesar de a prefeitura ser obrigada a investir pelo menos R$ 854,5 mil em preservação ambiental este ano, as 16 unidades de conservação ambiental (UCs) amargam o abandono. Este total é parte do montante destinado à cidade oriundo de royalties do petróleo, contrapartida ambiental mais conhecida como ICMS Ecológico ou Verde. Pelas estimativas da Secretaria Estadual de Ambiente (SEA), Niterói deve arrecadar, este ano, cerca de R$ 2,6 milhões desta fonte, e os R$ 854,5 mil são obrigatoriamente destinados à manutenção de UCs. Mas as áreas estão desprotegidas.

Para a presidente da Associação de Amigos da Reserva Ecológica Darcy Ribeiro (AmaDarcy), Ana Lemos, também membro do Conselho Municipal do Meio Ambiente, os recursos ambientais precisam de aplicação mais adequada. A fiscalização das reservas naturais também está precária, segundo ela.

A fiscalização das áreas para impedir as ocupações irregulares, ação fundamental no trabalho de gestão ambiental, também deixa a desejar. Este problema esbarra na falta de policiamento. A Guarda Municipal Ambiental não dispõe de efetivo suficiente para suprir a demanda, como admite o secretário de Segurança Pública de Niterói, Wolney Trindade. Ele informa que o efetivo, de 52 homens, está longe do ideal. Para fiscalizar todas as áreas de reserva do município, acrescenta, seria necessário, no mínimo, o dobro. Para isso, a secretaria aguarda lançamento de processo seletivo já aprovado.

A prefeitura não detalhou as ações que estão sendo realizadas para evitar as ocupações irregulares e nem o que pretende fazer para melhorar os acessos às UCs. Quanto ao concurso para contratação de guardas municipais, informou que a análise jurídica está concluída e será encaminhada para a Secretaria municipal de Administração.
 
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OPINIÃO DE AXEL GRAEL (leia abaixo):
 
Caveira de burro
 
Entra governo, sai governo e a área ambiental de Niterói não deslancha. O setor ambiental da administração municipal continua muito aquém das necessidades de Niterói, da massa crítica a favor do tema ambiental no eleitorado e da tradição ambientalista da cidade. A matéria publicada hoje no Globo Niterói (veja acima) espelha a falta de capacidade gerencial da Secretaria de Meio Ambiente que não aplica sequer o orçamento que estaria disponível para as unidades de conservação municipais.
 
Talvez seja possível entender a falta de aplicação dos recursos nos parques se perguntarmos: "que parques?"
 
Os avanços que vemos em conservação em Niterói devem-se exclusivamente à ação do governo estadual através da administração do Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET), que vem se estruturando e assumiu a gestão também das terras públicas no entorno da Lagoa de Itaipu. Deve-se lembrar que esta expansão das atribuições do PESET teve uma forte resistência do setor imobiliário da cidade e da própria Prefeitura. Pasmem!!!
 
A perda daquela área para especuladores imobiliários só foi revertida pela ação decidida da equipe da Secretaria Estadual do Ambiente, sob o comando de Carlos Minc, que uniu forças a setores ambientalistas de cidade.
 
A mais importante unidade de conservação municipal é o Parque Municipal Darci Ribeiro, uma jóia implantada no coração da cidade, mas que existe apenas no papel. Estudos realizados pela própria Prefeitura e apresentados a uma comissão instituída pelo ex-prefeito Godofredo Pinto para debater a implantação (da qual eu fiz parte), comprovou que a maior parte das terras do Parque são públicas e que nada impede que a secretaria de meio ambiente assuma a sua gestão imediata.
 
A referida comissão cumpriu a sua missão e apresentou ao prefeito uma proposição para a implantação efetiva do parque, sugerindo formas de solução para alguns conflitos localizados e até a ampliação da área protegida, mas o seu resultado foi simplesmente ignorado. Para que então foi criada a tal comissão?
 
Assim como fizeram alcaides do passado, o prefeito Jorge Roberto Silveira prometeu na última campanha implantar o Parque Darci Ribeiro, cuja criação o candidato dizia com orgulho que havia sido uma iniciativa sua em gestão passada. O que falta então? A matéria de O Globo Niterói afirma que algum dinheiro destinado para isso existe. Por que então não se avança? Que forças poderosas são capazes de obstacular a ação governamental e abrir brechas para as invasões e a deterioração deste patrimônio?
 
Niterói não possui sequer um parque natural, uma trilha, uma política de ecoturismo minimamente implantado. Por que se impõe que a população de Niterói seja privada de interagir prazerosamente, com o conforto de uma infraestrutura adequada e em segurança com as áreas verdes que são indiscutivelmente um patrimônio público da cidade?
 
Ainda há tempo para a atual administração desenterrar esta "caveira de burro" (espero que seja só isso) que parece manter estagnada no atoleiro a política ambiental municipal e para que se construa um legado estruturante que permita pelo menos que se ande em frente. Que haja mais cobrança cidadã, que a administração pública corresponda e enfim proteja as áreas naturais de Niterói.
 
Parque Darci Ribeiro já!!!!!!!!!

Matéria do O Globo-Niterói critica políticas públicas para esportes na cidade

Esporte: recursos humanos é a área mais crítica

A maior fragilidade do setor de Esportes de Niterói está exatamente no seu “time”. A área de recursos humanos é a mais crítica da secretaria municipal, de acordo com o movimento Niterói Como Vamos, que divulgou um recorte da pesquisa Índice de Desenvolvimento do Esporte: Mapeamento e gestão no estado do Rio de Janeiro.

O Índice de Desenvolvimento do Esporte (IDE) dos municípios foi publicado pela primeira vez este ano, pelo governo do estado, por meio da Suderj. Além de Recursos Humanos, leva em conta outras sete dimensões: Articulação Institucional, Legislação, Despesas Públicas, Convênios e Parcerias, Programas, Eventos e Instalações e Equipamentos Esportivos. Dos 92 municípios fluminenses, 88 participaram do mapeamento.

Em Recursos Humanos, a cidade levou nota 1,5, avaliação pior do que a de municípios como São Gonçalo (2) e Itaboraí (2). A nota atribuída ao Rio foi 1.

Segundo o Niterói Como Vamos, o resultado é consequência tanto da relativa escassez de funcionários que atuam no setor quanto da baixa qualificação técnica dos mesmos.

- Um dos motivos desse problema é a ausência de concursos públicos para a Secretaria de Esportes. Acaba que as pessoas que trabalham lá estão mais por vinculação partidária do que por competência profissional. Isso gera uma má gestão pública - explica o integrante do movimento Alexandre Marques, formado em Educação Física e em Administração.

No ranking geral do IDE, Niterói ficou em 12 lugar, com 2,97. A primeira posição foi de Volta Redonda, com 3,58. Já o Rio, ficou na 29, com 2,77.

Fonte: O Globo-Niterói

sábado, 27 de agosto de 2011

Aconteceu no Projeto Grael... 22 a 26 de agosto de 2011

Foto 1: Lars Grael posa com alunos após palestra que proferiu no Projeto Grael. Os velejadores utilizam uniformes doados pela delegação canadense que participou dos Jogos Mundiais Militares realizados no Rio de Janeiro.

Foto 2

Foto 3: assim como na foto 2, alunos da Oficina de Refrigeração Náutica acompanham o professor Fred Hoffmann em visita a duas lojas que estão implantando sistemas de refrigeração.

Fotos de Fred Hoffmann.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

OAB lança na internet o Observatório da Corrupção


Corrupção: dinheiro pelo ralo.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, afirmou na quarta-feira, 24 de agosto, no lançamento do Observatório da Corrupção, que a sociedade brasileira precisa se conscientizar de que é a protagonista no combate a corrupção.

“A sociedade pode transformar, sim, por meio da legítima pressão que ela exerce nos poderes públicos. E ela [sociedade] deve mobilizar-se no sentido de combater essa pandemia que é a corrupção”, destacou o dirigente classista.

O Observatório da Corrupção pretende ser o canal entre a sociedade e a OAB para o envio de denúncias de casos de corrupção pela população. O objetivo, segundo Cavalcante, é fazer pressão para que o Poder Judiciário dê prioridade aos processos envolvendo malversação de recursos públicos, tráfico de infuência e outros desvios que caracterizam a corrupção, julgando e punindo com maior celeridade os envolvidos.

Na página do Observatório da Corrupção na internet, além de denunciar, o cidadão também vai poder acompanhar o andamento dos casos de corrupção noticiados pela mídia. Na próxima semana, a OAB vai divulgar no portal uma relação dos principais processos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

As denúncias recebidas pela Ordem dos Advogados do Brasil serão monitoradas pela Comissão Nacional de Combate à Corrupção e os denunciantes têm a garantia do anonimato.

No lançamento do Observatório, Cavalcante informou que a OAB vai ajuizar no Supremo uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra os mecanismos da Lei Eleitoral que permitem o financiamento de campanha por empresas. “O embrião da corrupção reside no financiamento de campanhas eleitorais por empresas privadas,” observou Cavalcante.

Fonte: EcoD

Ministério da Ecologia da França financiará marinas-modelo

French marinas to receive government support
France’s Ministry of Ecology will this year support nine marina projects to create a further 4,000 berths

Nine French marinas have been chosen this year to benefit from the support of the French government so far worth €1.7m to create 4,000 marina spaces.

The nine marina projects were chosen from the Ports de Plaisance Exemplaires (Exemplary Marinas) project, which is organised in conjunction with French marine associations Fédération des Industries Nautiques (FIN) and Voies Navigables de France (VNF).

Launched in 2009 and now in its third year, the Ports de Plaisance Exemplaires project selects marinas from a list of submissions to receive government support with the goal of the creation of new marina spaces alongside the sustainable development of land.

In 2011, a total of 25 submissions were made. Nine projects were chosen as ‘exemplary’, representing marinas both on the coast and on inland waters from across France. The French government has so far spent €1.7m on studies in support of the project.

Through the winners of the 2009 and 2010 editions of the project, a total of 9,000 berths will be created. The 2011 edition brings the total new berths planned under the project to 13,000.

France currently has 466 marinas and a capacity of more than 170,000 berths in maritime waters, but with five million boaters there is a shortage of boat spaces in the country.

Fonte: IBI

"Todos pela Educação" divulga pesquisa que mostra a precariedade do ensino público no Brasil


Família do interior do Maranhão.
Prova ABC mostra que 57,2% das crianças não aprendem matemática
Diario de Pernambuco

Resultados da Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização, a Prova ABC, divulgados nesta quinta-feira, mostram que 57,2% dos estudantes do terceiro ano do ensino fundamental, o que corresponde a antiga segunda série, não conseguem resolver problemas básicos de matemática, como soma ou subtração.

A Prova ABC - uma avaliação feita pelo movimento Todos Pela Educação por meio de parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e a Fundação Cesgranrio, o Instituto Paulo Montenegro/Ibope - mostrou ainda que 43,9% dos alunos da mesma fase não tiveram desempenho satisfatório em leitura.

Em matemática a média nacional de alunos que aprenderam o esperado em matemática chegou a 42,8%. Nas escolas privadas essse índice é 74,3% e nas públicas de 42,8%. Na prova de leitura a média nacional foi de 56,1% - 79,0% nas privadas e 48,6% nas públicas. Na prova de escrita a média de todo o país chegou a 53,4% - 82,4 nas escolas particulares e 43,9% nas públicas

O levantamento apresenta ainda uma grande diferença entre os resultados das escolas privadas e das escolas públicas. As operações básicas de somar e subtrair dos alunos das escolas públicas que chegaram ao nível esperado chegam a 32,6%. Isso significa que de cada grupo de 100 alunos apenas pouco mais de 32 alcançaram o conhecimento mínimo esperado.

Fonte: Correio Braziliense

Despoluição da Baía para a Rio 2016: SporTV repercute ação ambiental do Projeto Grael



Rio 2016: série mostra projetos para Baía de Guanabara e zona portuária

Barco "Águas Limpas", volta retorna carregado de lixo coletado em atividade com os alunos do Projeto Grael. Foto arquivo do Projeto Grael.


SporTV News apresenta as mudanças que estão sendo realizadas para as Olimpíadas e como a cidade vai ficar após as obras

Se o Rio de Janeiro continua lindo, tem tudo para melhorar ainda mais com as obras para as Olimpíadas de 2016. E não só na aparência. Os projetos elaborados para a cidade preveem evoluções também na estrutura da cidade, melhorando a qualidade de vida dos cariocas (assista ao vídeo).

O "SporTV News" realizou uma série sobre essas mudanças no Rio de Janeiro. E na primeira reportagem, destaque para a despoluição da Baía de Guanabara e a revitalização da zona portuária da cidade.

Atualmente, o Projeto Grael retira da Baía de Guanabara cerca de uma tonelada de lixo por mês. A maior parte é de plástico, de todos os tipos. Objetos grandes, como uma geladeira, também já foram encontrados. O trabalho, portanto, será árduo, principalmente porque a despoluição de 80% da baía foi uma promessa da campanha carioca.

- Se os jogos fossem hoje, estaríamos oferecendo para a história olímpica a pior raia onde uma competição de vela já teria acontecido - comentou Axel Grael, presidente do Projeto Grael.

Em terra firme, o trabalho não será menor. Revitalizar uma área praticamente abandonada vai transformar completamente a vida de quem vive ou trabalha na zona portuária. O Projeto Porto Maravilha será responsável pela reurbanização de 70 km de vias e 5 milhões de metros quadrados. O número de moradores, hoje em 25 mil, vai quadruplicar.

Também haverá a recuperação do sistema de água e esgoto, a construção de ciclovias, a demolição do Elevado da Perimetral. Serão R$ 8 bilhões investidos em 15 anos.

- A revitalização da área urbana, sob o ponto de vista de infraestrutura, talvez seja a transformação mais importante dos próximos anos - analisou o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Fonte: SporTV
 
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Saiba mais sobre as iniciativas do Projeto Grael pela limpeza da Baía de Guanabara:
http://www.aguaslimpas.blogspot.com/
http://www.projetobaiadeguanabara.com.br/







O elo perdido entre educação e trabalho


Wanda Engel, presidente do Instituto Unibanco.

Artigo publicado no Correio Braziliense, 25 de agosto de 2011.

Apesar da crise internacional, vivemos um momento de grande otimismo. Crescimento com diminuição da desigualdade parece um sonho que vai se tornando realidade. A consolidação desse sonho depende, entretanto, do aumento da escolaridade de nossa juventude.


O nível de competitividade global de um país depende da capacidade de garantir que seus jovens acessem, permaneçam e concluam o ensino básico. Infelizmente, estamos mal na foto. O nível médio de escolaridade de jovens entre 18 e 24 anos é de apenas 9,2 anos. Nossa juventude apenas completa o ensino fundamental. Talvez o dado mais alarmante é que somente metade dos jovens que chegam ao ensino médio consegue concluí-lo. Já nos falta o capital humano para o crescimento econômico sustentável.

Por seu lado, só conseguiremos efetivamente quebrar o ciclo reprodutivo da pobreza aumentando as oportunidades educacionais dos jovens pobres. Os programas de transferência de renda se tornaram importantes para reduzir a pobreza em longo prazo ao incluírem condicionalidades no campo da educação das crianças. A sua extensão a famílias com filhos de 15 a 17 anos parece ser um caminho a mais curto prazo, mas, ao direcionar a bolsa às famílias, pode não ser capaz de alterar a disposição do jovem de permanecer na escola. O fato é que a saída da pobreza depende hoje de que o jovem pobre termine o ensino médio e tenha a oportunidade de inserção no moderno mercado de trabalho, rompendo o ciclo intergeracional de pobreza.

O grande desafio do País, tanto em função do crescimento econômico quanto da redução da pobreza, é o de estancar a sangria que afeta nosso ensino médio. Para isso, é urgente nos aprofundarmos nos fatores que empurram os jovens para fora da escola. Sem a possibilidade de analisar o conjunto de fatores intra e extraescolares responsáveis pelo abandono, vou me deter no absoluto divórcio entre educação e trabalho. Isso parece ser fatal numa escola de jovens que têm, como principal preocupação, a identificação de possibilidades de renda que possam satisfazer as "necessidades básicas" geradas por nossa sociedade de consumo.

Parece haver um consenso de que o caminho seja estender a profissionalização para todo o ensino médio. A primeira constatação é que apenas 9% das vagas são destinadas a algum tipo de profissionalização. Assim, chegar à totalidade seria demorado e oneroso. A questão é se seria desejável. Nos países em que a profissionalização é tratada com seriedade, a cobertura beira os 30%. No passado, já tivemos experiência com o ensino médio obrigatoriamente profissionalizante que foi um desastre.

Na tentativa de avançar na questão, as novas Diretrizes Nacionais Curriculares para o EM propõem diversificar as modalidades, incluindo Ensino Médio Integrado, que conjuga o ensino regular com educação profissional e estendendo essa opção para a Educação de Jovens e Adultos. Para os atuais 90% de ensino propedêutico, existe apenas uma vaga indicação de que a integração entre educação e trabalho deva ser uma das bases da proposta curricular. O "como" é que é o problema.

Poderíamos pensar, em primeiro lugar, ter um componente curricular sobre introdução ao mundo do trabalho, no qual, além da elaboração de um projeto de vida, seriam abordadas questões referentes a habilidades, competências, atitudes e conhecimentos requeridos pelo mercado de trabalho. Meu temor quanto a essa sugestão é o de engarrafar ainda mais um currículo que já tem de suportar 14 componentes obrigatórios e mais seis transversais.

Teríamos de incluir também experiências de trabalho concreto para nossos jovens. Nesse sentido, a única proposição é o estágio, mais afeito à própria educação profissional. Por que não importarmos do ensino superior a ideia da monitoria? Sendo monitor nos laboratórios de informática ou de ciências, nas bibliotecas ou nos ginásios esportivos, os jovens teriam a oportunidade de vivenciar, no ambiente escolar, uma situação de trabalho, criando vínculos mais fortes com sua escola e ganhando um dinheirinho para suas "necessidades básicas".

Outra opção seria a Lei do Aprendiz, a partir da segunda série do ensino médio, em contratos de apenas 4 horas, para não haver a necessidade de estudar no noturno. Como esses contratos são de aproximadamente 2 anos e o jovem não pode abandonar a escola, a conclusão estaria garantida.

O desafio é grande, mas uma coisa é certa: se quisermos garantir a onda positiva de crescimento econômico com redução da pobreza, teremos de descobrir estratégias que garantam a nossos jovens a conclusão do ensino médio - e isso depende de restabelecermos o elo perdido entre educação e trabalho.

Wanda Engel é superintendente-executiva do Instituto Unibanco.

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Fonte: Jornal da Ciência

Cientistas anunciam rio subterrâneo de 6 mil km embaixo do Rio Amazonas

Rio Amazonas inundado, nas proximidades de Óbidos e Oriximiná. Água abundante também no subsolo.  

Batizado de Hamza em homenagem a um dos pesquisadores que participaram do estudo, rio corre a 4 mil metros de profundidade em meio a sedimentos; descoberta foi possível graças a dados de 241 poços perfurados pela Petrobrás nas décadas de 1970 e 1980.

Pesquisadores do Observatório Nacional (ON) encontraram evidências de um rio subterrâneo de 6 mil quilômetros de extensão que corre embaixo do Rio Amazonas a uma profundidade de 4 mil metros. Os dois cursos d"água têm o mesmo sentido de fluxo - de oeste para leste -, mas se comportam de forma diferente.

A descoberta foi possível graças aos dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobrás nas décadas de 1970 e 1980, na região amazônica. A estatal procurava petróleo.

Fluidos que se movimentam por meios porosos - como a água que corre por dentro dos sedimentos sob a Bacia Amazônica - costumam produzir sutis variações de temperatura.

Com a informação térmica fornecida pela Petrobrás, os cientistas Valiya Hamza, da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional, e a professora Elizabeth Tavares Pimentel, da Universidade Federal do Amazonas, identificaram a movimentação de águas subterrâneas em profundidades de até 4 mil metros.

O dados do doutorado de Elizabeth, sob orientação de Hamza, foram apresentados na semana passada no 12.º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, no Rio.

Em homenagem ao orientador, um pesquisador indiano que vive no Brasil desde 1974, os cientistas batizaram o fluxo subterrâneo de Rio Hamza.

Características. A vazão média do Rio Amazonas é estimada em 133 mil metros cúbicos de água por segundo (m3/s). O fluxo subterrâneo contém apenas 2% desse volume com uma vazão de 3 mil m3/s - maior que a do Rio São Francisco, que corta Minas e o Nordeste e beneficia 13 milhões de pessoas, de 2,7 mil m3/s. Para se ter uma ideia da força do Hamza, quando a calha do Rio Tietê, em São Paulo, está cheia, a vazão alcança pouco mais de 1 mil m3/s.

As diferenças entre o Amazonas e o Hamza também são significativas quando se compara a largura e a velocidade do curso d"água dos dois rios. Enquanto as margens do Amazonas distam de 1 a 100 quilômetros, a largura do rio subterrâneo varia de 200 a 400 quilômetros. Por outro lado, a s águas do Amazonas correm de 0,1 a 2 metros por segundo, dependendo do local. Embaixo da terra, a velocidade é muito menor: de 10 a 100 metros por ano.

Há uma explicação simples para a lentidão subterrânea. Na superfície, a água movimenta-se sobre a calha do rio, como um líquido que escorre sobre a superfície. Nas profundezas, não há um túnel por onde a água possa correr. Ela vence pouco a pouco a resistência de sedimentos que atuam como uma gigantesca esponja: o líquido caminha pelos poros da rocha rumo ao mar.

Temperatura. Hamza e Elizabeth apontam a existência do que os pesquisadores chamam de "dois grandes sistemas de descargas de fluidos na Amazônia": o Rio Amazonas, com seus 6.100 km de extensão, e o fluxo oculto das águas subterrâneas.

Segundo os dados apresentados por Elizabeth, o fluxo subterrâneo é praticamente vertical - de cima para baixo - nos primeiros 2 mil metros. Depois, nas camadas mais profundas, muda de direção, tornando-se quase horizontal. Depois de atravessar as bacias do Solimões, Amazonas e Marajó, o rio alcança o fundo do mar, perto da foz do Amazonas.

Hamza argumenta que as descargas do fluxo subterrâneo de água doce poderiam explicar os bolsões de baixa salinidade comuns no litoral da região.

O geólogo Olivar Lima, da Universidade Federal da Bahia, assistiu à apresentação do trabalho e, na ocasião, mostrou aos autores mais dados, obtidos em outros poços perfurados pela Petrobrás na foz do Amazonas, que confirmam as conclusões do estudo. Porém, acha um exagero classificar a descoberta como um rio.

"Os resultados são muito bons", afirma Lima. "Só não acho correto propor a existência de um rio subterrâneo." Ele argumenta que os dados permitem afirmar a existência de um imenso fluxo de água através das formações permeáveis da Bacia Amazônica. Mas a velocidade seria muito baixa para justificar a categoria de rio.

Contudo, se por um lado a velocidade não se compara à de um rio convencional, o volume de água assume ordens de grandeza que tornariam compreensível tal comparação, reconhece o pesquisador.

A descoberta, por enquanto, não mudará a vida das populações que habitam a Bacia Amazônica. Como o rio está a uma profundidade muito grande e há muita água doce na superfície, não seria economicamente razoável perfurar a terra para acessar o curso d"água. O estudo pode ajudar, no entanto, a prospecção de petróleo.

PARA LEMBRAR

Há dois anos, cientistas italianos descobriram um rio subterrâneo que corre embaixo de Roma, mais extenso que o Tibre - o terceiro maior da Itália, com 392 quilômetros. Assim como o brasileiro, o rio subterrâneo italiano foi encontrado graças a dados de perfuração de poços.

No Brasil, outra reserva de água subterrânea é o Aquífero Guarani, com 45 milhões de litros. A maior parte fica no Brasil, mas ele também se estende no Paraguai, Uruguai e Argentina.

Fonte: Estadão

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Clube e mais 30 são multados por despejar esgoto in natura na Baía de Guanabara



Secretário do Ambiente, Carlos Minc, durante a operação.

Estabelecimentos comerciais e residências na Ilha do Governador terão até 15 dias para se conectar à rede da Cedae


O Governo do Estado apertou o cerco a estabelecimentos comerciais e residências que despejam esgoto in natura em rios e lagoas. Desta vez, o alvo foi a Ilha do Governador, onde a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) autuou e multou hoje (19/08) 31 estabelecimentos por não terem se conectado à rede da Cedae e, assim, poluírem a Baía de Guanabara.

O Esporte Clube Jardim Guanabara foi o primeiro a ser visitado pela equipe de fiscais, liderada pelo secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc. O clube foi notificado e será multado por despejar esgoto sem tratamento na Praia da Bica, no bairro Jardim Guanabara. Segundo Minc, a multa – ainda a ser calculada – deverá variar de R$ 10 mil a R$ 50 mil.

A blitz ecológica desta sexta feira, na Ilha do Governador, faz parte da força tarefa deflagrada, em março deste ano, pelo secretário Carlos Minc com o objetivo de reprimir condomínios comerciais e residenciais que lançam esgoto sem tratamento em rios, canais e lagoas. Organizada pela Cicca (Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais, da SEA), a blitz contou com o apoio de técnicos do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e da Cedae e de policiais militares do Batalhão de Polícia Florestal.


Segundo o secretário do Ambiente, Carlos Minc, o Clube Jardim Guanabara e os outros 30 estabelecimentos comerciais e residências situados no Jardim Guanabara terão até 15 dias para se conectar à rede da Cedae.

“Se descumprirem a notificação, serão novamente multados com valores dobrados. As ações na região vão continuar por tempo indeterminado, pois só na Praia da Bica identificamos seis línguas negras. Vamos dar uma dura ecológica até todo mundo entrar na linha, a exemplo do que estamos fazendo na Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá, onde iniciamos a força tarefa”, afirmou.

Situado em uma área nobre da Ilha do Governador, o Esporte Clube Jardim Guanabara foi o primeiro estabelecimento vistoriado. Os técnicos flagraram o despejo de esgoto sem tratamento pelo clube ao utilizar um corante verde que identifica o trajeto do efluente até o seu lançamento na Baía de Guanabara.

Logo depois, os técnicos também flagraram uma casa em construção, na Rua Aberema, onde o proprietário – a exemplo do clube à beira da praia – ligou sua rede de esgoto à galeria de águas pluviais; embora haja rede da Cedae nas imediações.

“O proprietário será notificado e multado em R$ 8 mil por ter ligado sua rede de esgoto à galeria de águas pluviais. Vamos notificar e multar todos os outros 29 estabelecimentos que identificamos com ligações irregulares de esgoto, e vamos retornar para saber se todos se adequaram, conectando suas redes de esgoto com a da Cedae. Caso haja descumprimento, nova multa será aplicada”, disse o coordenador da Cicca, José Maurício Padrone.

Padrone reclamou do mau exemplo dado pelo proprietário dessa casa em construção. Antes mesmo do imóvel ficar pronto, o responsável pela residência já cometeu um crime ambiental, fazendo uma ligação clandestina de seu esgoto para a rede pluvial da região, mesmo havendo um tronco coletor de esgoto da Cedae nas imediações.

Segundo o chefe de Departamento de Águas e Esgoto da Cedae na Ilha do Governador, Marcelo Sobrinho, a companhia identificou uma série de construções na região cujos proprietários fizeram a ligação da rede de esgoto do barracão das obras com a galeria de águas pluviais. “Então, resolvemos deflagrar esta operação para reprimir essa prática que polui a Baía de Guanabara”, disse.

Fonte: SEA

Publicadas novas regras para as Audiências Públicas no Rio de Janeiro

O Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONEMA), do Rio de Janeiro, aprovou no último dia 15 de agosto (publicado no D.O.E de 24 de agosto de 2011) um novo regulamento para as Audiências Públicas nos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos em que haja a exigência de EIA/RIMA, ou qualquer outro caso, por decisão da CECA-Comissão Estadual de Controle Ambiental.

Os pontos mais importantes do novo regulamento são:

Aprovação preliminar pela CECA

Foi confirmado pela Resolução CONEMA o procedimento que já vinha sendo adotado pela CECA de receber a documentação, material gráfico de divulgação e a apresentação por parte do empreendedor e da equipe multidisciplinar responsável pelo EIA, previamente à realização da Audiência Pública. Somente após a aprovação deste material será feita a publicação da convocação da Audiência Pública.

Sobre a direção da Audiência Pública

A Audiência Pública será dirigida por uma Mesa Diretora, onde estarão:
  • O presidente e o secretário da Audiência, designados pela CECA;
  • O integrante do Grupo de Trabalho do INEA responsável pela análise técnica do EIA;
  • Membros do Ministério Público e representantes de órgãos públicos presentes que poderão ser convidados pelo presidente.
Em outra mesa, estarão:
  • Representantes do Empreendedor
  • Membros da equipe multidisciplinar
Procedimentos e organização da Audiência Pública

Limita prazos para as intervenções de todos aqueles que terão direito a voz (representante do INEA, do empreendedor, autoridades, sociedade civil).

No caso de organizações da sociedade civil estabeleceu-se a seguinte regra (Art 7; V):

V - a oportunidade para a inscrição perante a CECA, no prazo de até 5 (cinco) dias anteriores à realização do ato, para as entidades civis que desejem fazer uso da palavra durante a Audiência Pública, desde que comprovadamente constituídas há mais de 1 (um) ano, que tenham entre seus objetivos a proteção do meio ambiente ou de interesses comunitários direta ou indiretamente atingidos pelo empreendimento".
Finda a apresentação dos representantes do INEA, dos empreendedores e da equipe multidisciplinar, o presidente determinará um intervalo de 30 minutos, ao final do qual estará encerrado o prazo para as inscrições individuais para o uso da palavra. Estes terão no máximo 5 minutos para se manifestar.

Manifestações pós-Audiência

Será permitida a apresentação de novas críticas e sugestões após a conclusão da Audiência, conforme rege o Art. 17:
Art 17- A CECA e o INEA receberão, em até 10 (dez) dias posteriores à Audiência Pública, comentários e documentos adicionais referentes ao licenciamento, os quais deverão ser anexados aos autos do processo de licenciamento e considerados no parecer final.
 Segurança e disciplina

Quem conhece as audiências públicas sabe que frequentemente os ânimos se exaltam e que cenas lamentáveis de desacato às autoridades e de violência se verificam. Para coibir estas situações, a Resolução estabeleceu:

Art. 22– por motivos de força maior, conveniência, ou para a segurança dos participantes, o Presidente poderá suspender a Audiência Pública, designando, desde logo, se possível, dia, hora e local para sua continuidade, respeitadas as disposições desta Resolução.


§ 1° – Em sendo designada a continuidade da Audiência Pública no prazo de até 7 (sete) dias, ficam dispensadas as medidas de divulgação referidas no art. 7°.

§ 2° – A qualquer momento, o Presidente poderá restringir o uso da palavra daquele que faltar com os deveres de urbanidade, civilidade e decoro.

§ 3° – Ocorrendo qualquer das hipóteses deste artigo, o Presidente registrará o fato em ata, assim como a fundamentação de sua decisão.

Leia o texto da Resolução CONEMA 35

Redução de Unidades de Conservação abre precedente perigoso

Conflito entre a geração de energia e unidades de conservação na Amazônia: governo está diminuindo parques e reservas para permitir barragens.


Sociedade civil e Ministério Público temem que uso de Medida Provisória pelo governo para mudar os limites de UCs abra caminho para novas reduções e questionam avaliação sobre a importância de terras desafetadas. Bancada ruralista prepara mobilização para restringir criação de áreas protegidas.


O governo federal deu mais um sinal de que sua política de conservação não apenas está estagnada, mas corre o risco de retroceder. Na segunda-feira (15/8), a presidenta Dilma Rousseff colocou um sinal de interrogação sobre a estabilidade do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) ao redefinir os limites de três UCs por meio de uma Medida Provisória (MP), que precisa ser votada pelo Congresso em apenas quatro meses para tornar-se lei.

Ambientalistas, Ministério Público e técnicos do próprio governo avaliam que o precedente é perigoso porque abre caminho para banalizar a redução de áreas protegidas frente às pressões de grupos econômicos. Questionam ainda a avaliação da importância ambiental e biológica das terras desafetadas, mesmo que elas sejam pequenas em relação à área total das UCs atingidas.

Segundo informações do ISA, o Parque Nacional (Parna) da Amazônia (AM/PA), de 1,1 milhão ha, foi reduzido em 25 mil ha; o Parna do Mapinguari (AM/RO), com 1,7 milhão de ha, diminuiu 8,4 mil ha; e o Parna dos Campos Amazônicos (AM/RO/MT), com 873 mil ha, foi ampliado em 87 mil ha. A MP também autorizou a mineração na zona de amortecimento em torno das duas últimas UCs, respeitado o que for definido no licenciamento da atividade e nos planos de manejo das unidades.

“Nos três casos, ganhou o setor elétrico, ganharam os produtores rurais, que estavam com suas áreas sobrepostas a uma unidade, e ganhou a conservação, que teve sua área ampliada, ao mesmo tempo em que sua gestão foi simplificada a partir da redução de conflitos”, defende o presidente do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), Rômulo Mello. Ele reafirmou que negocia no governo a criação de uma grande UC de proteção integral na região de Maués, no oeste do Amazonas, como compensação.

“Minha percepção é de que [a MP] é inconstitucional”, afirmou à Folha de S. Paulo a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Ela chamou de “retrocesso” a medida.

Comunidade do projeto de assentamento Miritituba, na zona limítrofe do Parna da Amazônia.

Novas supressões de áreas estão previstas. Em maio, a reportagem do ISA antecipou que trechos de UCs serão desafetados para a construção de hidrelétricas na bacia do rio Tapajós, no sudoeste do Pará. Há sete usinas previstas para a região. Podem ser afetadas oito UCs e uma Terra Indígena (TI). O Parna da Amazônia deve perder pelo menos mais 15 mil hectares (Saiba mais).


Entre 2003 e 2006, a área total de UCs criadas pelo governo federal saltou de 53 mil ha para 11 milhões ha por ano. Depois disso, no entanto, o número caiu para 187 mil ha, em 2010.

Parna da Amazônia

A MP determinou que a área desafetada do Parna da Amazônia seja destinada a projetos de assentamento sustentável. Trata-se de um caldeirão de conflitos fundiários. Há mais de vinte anos, foi implantado um assentamento convencional, com incentivo do governo. Grileiros, fazendeiros e políticos foram adquirindo terras e expulsando os pequenos agricultores para a zona limítrofe ou o interior da UC. No total, existem hoje cerca de 500 famílias na área. Mesmo com a mudança no traçado do Parna, cerca de 70 permanecem em seu interior. (Veja mapa)

"Tiramos de dentro do parque as áreas com ocupação agrícola. Com isso, reduzimos as dificuldades para sua implantação", argumenta Rômulo Mello. Ele diz que a medida apenas sacramenta um acordo feito com os ocupantes em 2006.


O acerto foi feito pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) quando o mosaico de UCs da zona de influência da rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém) foi oficializado e o Parna foi ampliado em 100 mil hectares. Também foi ajustado que os invasores não fariam novos desmatamentos, o que não foi cumprido.

A região desafetada concentra a maioria dos desmates realizados no Parna e sua recuperação é considerada duvidosa. A redefinição de fronteiras também vai facilitar sua demarcação e sinalização porque agora elas serão indicadas pelo limite de rios.


Fonte: Amazônia Revelada / Maurício Torres (Org.)

O problema é que existiriam alternativas à mudança efetivada agora. Técnicos do ICMBio afirmam que fora da UC há terras suficientes para os agricultores familiares, legítimos beneficiários da reforma agrária, se grileiros e fazendeiros invasores forem retirados. Além disso, algumas grandes áreas griladas já desmatadas, com solo mais adequado e mais próximas às cidades e rodovias da região, têm processos de desapropriação encaminhados.


“A questão é como a população vê isso. O governo deixa de desapropriar grandes fazendas e prefere desafetar uma UC. O erro foi feito no acordo de 2006. Isso abre o precedente para que as pessoas pensem que ao invadir uma UC vão acabar ganhando a área”, aponta uma fonte do ICMBio que prefere não se identificar.

De acordo com pesquisadores e ambientalistas que conhecem a região, uma coisa é certa: as fronteiras do Parna continuarão ameaçadas pelo desmatamento se a situação fundiária na região não for resolvida, com a implantação efetiva dos assentamentos, o fim da concentração de terras e da grilagem.

Estudos técnicos

O procurador federal no Pará Felício Pontes considera ilegal reduzir uma UC por meio de MP. “O ato da presidente é extremamente perigoso por que pode abrir um precedente de ilegalidade para redução de todas as UCs da Amazônia”, avalia. Ele informa que procuradores federais dos estados onde estão os três Parnas devem acionar a Justiça para tentar rever a medida. Nesta semana, eles devem se reunir para discutir qual estratégia adotar.

Organizações ambientalistas, o PV e até a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também estudam propor alguma ação.

Pontes discorda do argumento do governo de que não há perda líquida de área protegida por causa de compensações feitas no passado e outras que virão no futuro . “Nenhuma área é criada por livre e espontânea vontade de um técnico do governo. Ela só é criada ou ampliada a partir de estudos extremamente profundos que o justifiquem. Para que haja redução a mesma coisa é necessária. Isso não ocorreu no caso do Parna da Amazônia”. O procurador diz que conhece bem a região e que, mesmo que existam estudos do ICMBio, eles não conseguirão justificar a redefinição de fronteiras.

“A Lei do SNUC prevê que a alteração dos limites de uma UC seja fundamentada em estudos técnicos. As três propostas tiveram estudos e discussões intensas dentro e fora do ICMBio”, rebate Rômulo Mello. “Como a ministra [do Meio Ambiente, Izabella Teixeira] fala regularmente, este país não vai abrir mão de seu desenvolvimento. Estamos num processo de negociação para qualificar esse desenvolvimento, para que ele aconteça da melhor forma possível do ponto de vista ambiental e da conservação da biodiversidade, tendo em vista que precisamos gerar energia. Estamos buscando a conciliação de interesses.”

O Parna do Mapinguari (clique para ver o mapa) foi reduzido para que ficassem de fora de seus limites áreas que serão afetadas pelo canteiro de obras e pelas barragens das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio. De acordo com a MP, essas áreas têm pouco mais de sete mil hectares (elas não estão indicadas no mapa pela ausência de dados cartográficos apropriados). De acordo com Rômulo Mello, esses trechos de terras foram incluídos na UC na última alteração de seu polígono por um erro técnico. No ano passado, o Parna havia sido ampliado em quase 190 mil ha como resultado de uma série de trocas e redefinições de limites de UCs realizadas pelos governos federal e de Rondônia (Leia mais). A MP assinada na segunda-feira reduziu essa ampliação.


No caso do Parna dos Campos Amazônicos , a alteração de fronteiras contempla a demanda pela regularização fundiária de posses de produtores rurais e exclui as áreas de alagamento do lago artificial a ser formado pela hidrelétrica de Tabajara. Segundo a exposição de motivos da MP, juntas, essas áreas abrangem cerca de 34 mil ha. A medida permite ainda dentro dos limites do Parque, com autorização do órgão gestor da unidade, a realização de estudos de viabilidade da usina. Segundo Mello, essas áreas ficaram dentro da UC por causa de informações técnicas errôneas quando de sua criação, em 2006.


Enquanto isso no Congresso

Enquanto isso, a bancada ruralista promete uma grande mobilização para aprovar propostas que deem ao Congresso o poder de avaliar a criação de TIs, UCs e territórios quilombolas, o que deverá restringir a oficialização dessas áreas.

“Vamos fazer com esse assunto o mesmo que fizemos com o Código Florestal, levar essa discussão para todo o País para saber se a sociedade brasileira deseja tantas TIs e UCs”, informa o deputado Moreira Mendes (PPS-RO), presidente da bancada ruralista no Congresso. A ideia é realizar audiências públicas em várias regiões.

“Está havendo uma criação indiscriminada de UCs, de Terras Indígenas e territórios quilombolas no Brasil. Isso tomou uma proporção que daqui a pouco vamos ficar sem terra para mais nada”, critica o parlamentar. Ele diz que não é contra a criação de áreas protegidas, mas acredita que seus processos de criação estão ferindo a Constituição. Mendes sustenta que esses processos levam em consideração a opinião de um “único antropólogo” e suas audiências públicas são muito rápidas. “Uma hidrelétrica demora mais de dez anos para conseguir uma licença ambiental enquanto uma TI às vezes é criada em seis meses”, afirma.

“A iniciativa do governo abre brechas na lei do SNUC que podem comprometer os objetivos de conservação das áreas protegidas e gerar precedentes perigosos em um quadro de descompromisso com a questão ambiental para o qual o Congresso tem sinalizado”, contesta Adriana Ramos, secretaria executiva adjunta do ISA. “De acordo com o Decreto 1.775/1996, o grupo de trabalho responsável por estudar a criação de uma TI é coordenado por um antropólogo, mas interdisciplinar, sendo formado por vários profissionais diferentes. Além disso, quando esse grupo publica seu relatório, há um prazo razoável para todos os interessados contestarem os resultados, incluindo municípios e estados”, acrescenta. Ela lembra que os processos de homologação de TIs têm demorado anos, motivo de transtornos para as comunidades indígenas.

Fonte: Instituto Socioambiental

Meninas do Projeto Grael, sob o comando de Andrea Grael, vencem a regata Elas em Niterói

As meninas do Projeto Grael comemoram a vitória na regata Elas

Neste domingo o Clube Naval Charitas promoveu a regata Elas, só para mulheres. E, sob o comando de Andrea Grael, as velejadoras Tuanny, Lais, Thamilles, Helena, Larissa, Josilaine e Priscilla, alunas do Projeto Grael, ficaram com o título da regata. E a disputa não foi fácil para as meninas. Leia abaixo o relato de Andrea sobre os desafios da regata, que pode ser resumida em uma palavra: desafio.

“Acordamos hoje com o vento e chuva zumbindo na janela, suduca daqueles que te fazem pensar porque diabos vc tem que correr regata logo hoje, com aquela vontadinha de ficar em casa tomando chocolate quente e aproveitando o-que-tem-de-bom-pra-fazer-nos-dias-de-chuva…

Raios! Marquei um compromisso e não posso faltar, ainda por cima com as meninas que estavam com muita vontade de correr regata e algumas a primeira regata da vida delas. Também com as pessoas que se esmeraram para que acontecesse a regata que já tinha sofrido um adiamento… Vamos lá!! Cheguei no Projeto e encontrei as meninas para montar o São Joaquim , com a ajuda do Renan, o instrutor. A previsão do tempo dizia de ventos fracos , cerca de 8 nós, mas estava com muita nebulosidade baixa e com cara de chuva. Previni as meninas do frio que iríamos passar, mas mesmo assim elas estavam com muita vontade de ir para esse desafio contra a chuvinha e o frio de 15 graus ou menos. Éramos nove barcos cheio de mulheres guerreiras e valentes por estarem ali, naquelas condições de tempo sem inventar desculpas para ficar em casa! Deu prazer de ver a alegria de todas! Chegamos na linha com tempo justo, pois nos enrolamos para acabar de montar o barco.

Conseguimos fazer uma largada conservativa, mas do lado certo. Em seguida uma nuvem já deu o ar de sua graça soprando rajadas de uns 14 nós, mas de tapa, e deu logo emoção: no MV 25 são três velas pra domar e fazer o equilíbrio para a cana de leme não pesar. Fui incentivando as meninas a agüentarem na rajada e tentar manter a atenção constante nas velas, por que o ajuste era o tempo todo. O barco logo deu aquela arrancada e conseguimos colocar a proa livre pra respirar. Eu pedia ajuda o tempo todo na localização das bóias porque não enxergo nada de longe! Elas ficavam me ajudando o tempo todo na referencia (Miss Magoo!!)

Montamos a boia do Mac na primeira posição e o vento aumentou, acho que foi para cerca de 17-18 nós. Ali nossa adriça da buja cedeu e perdemos o controle de orça do barco. Como o ajuste da adriça estava difícil durante as rajadas , decidimos arrear a vela e seguir em segurança. Manobrinha difícil durante o ventão e a pouca experiência das meninas, mas elas conseguiram amarrar a buja com a escota e deu certo!

Após a montagem da segunda boia, em frente às praias de Adão e Eva, já tínhamos escorregado para a terceira posição , com bastante distancia do J/24 que seguia em primeiro. Falei ‘meninas, é possível que ainda mais barcos passem o nosso, mas vamos fazer o nosso melhor até o final’ até para tirar a expectativa delas em relação a ganhar ou perder, o que importava ali era fazer a regata por completo na melhor forma possível. Então o foco era caprichar.

Na perna seguinte o vento deu uma amainada e conseguimos içar a buja novamente, dando uma caçada extra na adriça! A velocidade melhorou assim como o equilíbrio entre as velas e começamos a alcançar o barco que estava em segundo até passar durante o jibe da montagem de boia em frente a Escola Naval. Perfeita manobra, as meninas receberam elogios e o incentivo já era de termos recuperado uma posição.

Agora no rumo à boia do MAC, tínhamos que pensar na corrente da maré vazando e nas rajadas traiçoeiras do Morro do Morcego logo adiante. Continuamos no capricho, ajustando as velas a cada pequena rondada e o São Joaquim seguiu galopando. Na aproximação de Niterói, logo antes da boia, conseguimos passar o J24.Foi uma alegria! Mas falei para conterem essa alegria, porque regata só termina quando acaba…depois da linha de chegada!

O rumo para a chegada, em frente ao CNC era de um contravento de um bordo só, de inicio naquela zona imprevisível de ventos do Morcego, mas justo numa condição menos favorável ao São Joaquim por ter uma bolina pequena e rolar um pouco no contravento. O J/24 já orçava bem mais e conseguiu um barlavento bom, ficando quase em paralelo ao nosso. Então decidimos botar o barco para andar em detrimento da orça, pois mais a frente o vento seria diferente. Assim que garantimos mais velocidade, deu para investir um pouco na orça e assim fomos controlando , o J/24 bem próximo a nós, mas viemos mantendo o nariz na dianteira até a chegada, com poucos metros entre nós e a segunda embarcação . “Agora sim , podemos comemorar” liberei a comemoração e depois finalmente relaxar! UFA! Foi bem legal!”

Andrea Grael

Fonte: Blog do Murillo Novaes

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Rio 2016 não basta! Como fazer do Rio a verdadeira capital do esporte?

Com autorização do meu irmão Lars Grael, reproduzo, a seguir, os ótimos argumentos apresentados por ele em troca de correspondência com interlocutores da Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Diante do instigante e ambicioso sonho de fazer com que o Rio de Janeiro venha a ser uma referência nacional - quiçá mundial - no esporte, no embalo dos megaeventos esportivos que a cidade sediará ao longo da década, Lars Grael faz uma interessante reflexão. Leia abaixo:

O velejador Lars Grael.

"As Olimpíadas não podem ser apenas uma festa midiática e de duração de 3 semanas". Lars Grael

Rio, a Capital Mundial dos Esportes?
18/8/2011 16:04:22

Mediante o projeto apresentado no Conselho Empresarial do Desenvolvimento do Esporte da Associação Comercial do Rio de Janeiro, tenho a fazer a seguinte provocação:

Acho que a proposta é um desafio para todos nós.

Acho que a Cidade Maravilhosa para ser a “Capital Mundial dos Esportes”, precisa antes ser a Capital Brasileira dos Esportes, e, não é! Pode ser na capacidade de sediar grandes eventos, e neste quesito é!

Para alcançar este reconhecimento, o Rio de Janeiro precisaria:

  • Ter o índice de 100% das Escolas Públicas (Municipais e Estaduais) com Quadras Esportivas, Professores de Educação Física (bem remunerados) e Educação Física + Esporte regular em pelo menos 3 aulas semanais. Referência? São Caetano do Sul/SP.
  • Ter um programa público de esporte, atividade física e saúde preventiva de combate ao sedentarismo. Referência? Santos e Sorocaba/SP.  
  • Ter um programa exemplar de esporte para a Terceira Idade e para os Portadores de Deficiência. Referência? Volta Redonda/RJ.  
  • Ser um estado que busque a liderança nas Olimpíadas Escolares do Ensino Fundamental; do Ensino Médio e dos Jogos da Juventude. Referência razoável? São Paulo.
  • Integrar os espaços esportivos ociosos dos clubes com a comunidade. Referência? Piracicaba/SP.
Precisamos que estas ações ocorram não apenas na cidade do Rio, mas em toda a região metropolitana. Porque não em todo o estado?

Muitas outras ações o Rio já pratica e até de forma exemplar. Precisam integrar todas estas ações acima. Precisam mostrar que o esporte é para todos. Que o esporte inicia na escola. Precisa ser maravilhosa para sua população! Esta referência teria que ser o Rio.

As Olimpíadas não podem ser apenas uma festa midiática e de duração de 3 semanas. Não apenas o quadro de medalhas que o Brasil fatalmente irá ascender. Não apenas a festa para o gringo gostar e falar bem do Brasil. Isto tudo também é importante. O verdadeiro legado, acho que está nas premissas mais puras e sócio-educacionais, como as enumeradas acima.

Lars Grael

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Leia mais em: site do Lars Grael

Após desistência de Torben, filho acerta patrocínio e sonha com vaga em Londres-2012

Marco Grael, filho de Torben, prepara-se para Londres onde pretende disputar com André Fonseca (Bochecha), na Classe 49er.

Marco quer manter tradição da família com medalha olímpica no próximo ano

Da Gazeta Press.

Maior medalhista olímpico do Brasil, Torben Grael abdicou de disputar uma vaga nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 ao lado de Marcelo Ferreira por conta do alto custo para manter a campanha olímpica, mas a família deve marcar presença no evento. Marco Grael, filho do velejador, acertou um novo patrocínio nesta quarta-feira (18) e sonha, em parceria com André Fonseca, com a classificação nas Olimpíadas na classe 49er.

A parceria, que treina em Porto Alegre, fechou contrato com a Icatu Seguros e receberá apoio até a Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016, mas crê que o patrocínio pode influenciar já na corrida por um lugar nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. A irmã de Marco, Martine Grael também pode se classificar para o evento, na classe 470, com a já medalhista Isabel Swan.

- A gente está com bastante ajuda agora e a vantagem é ter um objetivo mais fixo até 2016. Isso vai nos ajudar a ficar com mais foco na 49er e evitar que a gente faça fugas para participar de regatas em outras classes para financiar nossa campanha olímpica.

Pesou na decisão de Torben e Marcelo Ferreira a exclusão da classe Star das Olimpíadas após os Jogos de Londres. Sem poder traçar objetivos em longo prazo, a parceria, que precisaria disputar com Robert Scheidt e Bruno Prada pela classificação olímpica, resolveu deixar de competir e investirá o tempo e a dedicação em projetos pessoais.

- Eles estavam com dificuldade porque a campanha olímpica para 2016 não ia ter como existir. Ou eles mudavam de classe, ou buscavam outras alternativas. Pesou a Star sair das Olimpíadas. Eles estão mais velhos já e fica um pouco mais difícil, também pelo fato de concorrerem com grandes adversários pela vaga.

Para garantir a família Grael nos Jogos Olímpicos, Marco e André, conhecido como Bochecha, enfrentarão um período duro de treinos nas próximas semanas. Sem competições na Europa, eles devem aproveitar a realização do Sul-Americano da 49er no Brasil para manter as atividades ao lado de chilenos e uruguaios, pensando já no Mundial de Perth, em dezembro, que define a maioria dos classificados para Londres.
 
Se não conseguirem assegurar a vaga no fim do ano, os brasileiros têm nova chance no Campeonato Mundial do ano que vem, ainda sem data definida, mas na ocasião apenas sete das 27 vagas estarão em disputa. Uma já está assegurada à Grã-Bretanha, por ser o país sede, e as outras 19 duplas serão decididas em Perth.

- Nosso foco primordial é na Austrália, até porque tem muito tempo ainda para o Mundial do ano que vem. O objetivo é tentar nessa primeira etapa, por ela garantir a maioria das vagas e depois a gente também ficar mais tranquilo.

A vela é o esporte que mais deu medalhas ao país nos Jogos Olímpicos: 16, sendo seis de ouro, três de prata e sete de bronze.

- A gente tem um litoral enorme, falta investimento e um pouco de divulgação também. São fatores interligados, que, se a gente conseguisse melhorar, trariam mais apoios, mais velejadores.
 
Fonte: ZDL, em Esportes R7

Torben Grael e Marcelo Ferreira divulgam nota oficial sobre o fim da carreira olímpica

Torben Grael e Marcelo Ferreira, nos Jogos de Atenas, onde conquistaram a segunda medalha olímpica da dupla.

NOTA OFICIAL

Torben Grael esclarece que não deve tentar a vaga para os Jogos de Londres, mas segue competindo no Oceano com o patrocínio da Mitsubishi Motors do Brasil

Rio de Janeiro (RJ) - Para diminuir possíveis mal entendidos em torno de sua vida profissional, o bicampeão olímpico Torben Grael comunica que dificilmente tentará uma vaga para os Jogos de Londres (2012) devido à falta de condições para realizar uma campanha olímpica. No entanto, o velejador esclarece que permanece atuando profissionalmente na vela, se dedicando à categoria de barcos de Oceano, na qual é patrocinado pela Mitsubishi Motors do Brasil.

Torben veleja em um barco de 40 pés (com 10 tripulantes) e compete em diferentes provas. Uma delas é o circuito Mitsubishi Sailing Cup, cuja terceira e última etapa deste ano será realizada entre os dias 1 e 4 de setembro, no Rio de Janeiro.

"A esta altura, dificilmente vou tentar uma vaga para os jogos de Londres devido, principalmente, à falta de patrocínio exclusivo para uma campanha olímpica. Já na vela de Oceano, tenho o apoio e um excelente patrocínio da Mitsubishi Motors do Brasil, onde velejo na classe Soto 40, barco idealizado pelo empresário e velejador Eduardo de Souza Ramos", declara Torben.

Torben Grael é o maior medalhista da vela em todo o mundo e o atleta com o maior número de medalhas do Brasil. São cinco medalhas no total (duas de ouro, duas de bronze e uma de prata).

Velassessoria - relações com a imprensa
Mariane Thamsten (21) 8227-6713
Murillo Novaes (21) 8123-4661

Saiba mais em: Torben e Lars desistem de Londres