Ontem, sábado, aproveitei para dar mais uma pedalada até a Avenida Marquês do Paraná, para visitar a Fika Bike & Café, um empreendimento lançado recentemente às margens da bela Ciclovia da Avenida Marquês do Paraná. Fui acompanhado pelo vereador Binho Guimarães (PDT), pelo arquiteto e urbanista Filipe Simões (coordenador do programa Niterói de Bicicleta), por Helena Seyfarth de Souza Porto e João Pedro Boechat Gomes de Oliveira, ambos da equipe do Niterói de Bicicleta, além da minha esposa Christa Grael, Paula Cardoso Moreira e Thiago Salvany. Fomos recebidos pelo casal Cláudio e Conceição, proprietários do Fika Bike & Café.
A nossa pedalada coincidiu com a publicação no Diário Oficial da Prefeitura do resultado do processo de licitação que selecionou a empresa que fará a implantação da primeira etapa do Sistema Cicloviário da Região Oceânica. O presente lote de obras terá 21 km e, uma vez concluídas todas as etapas, somará 60 km, levando a infraestrutura cicloviária de Niterói a ultrapassar 100 km de vias cicláveis.
Quando lançamos o programa Niterói de Bicicleta, em 2013, tínhamos certeza que a cidade responderia bem aos investimentos que seriam adotados. Vimos o número de ciclistas da cidade quintuplicarem entre 2015 e 2020, e as ciclovias serem tomadas por usuários que adotaram a bicicleta como uma alternativa de mobilidade para Niterói. A ciclovia da Avenida Roberto Silveira já está entre as mais utilizadas na Região Metropolitana, só perdendo para as da orla da Zona Sul do Rio de Janeiro, sendo que a nossa tem características mais funcionais, enquanto que as do Rio são mais turísticas e de lazer, embora também tenham uso funcional.
É com muita satisfação que verificamos que, além do Niterói de Bicicleta ter impactado positivamente a mobilidade da cidade, também tem produzido efeitos muito benéficos na economia e na geração de empregos e renda na cidade. O número de negócios criados em função das bicicletas tem aumentado muito, como é o caso das lojas especializadas que surgiram na Avenida Roberto Silveira, que vendem bicicletas e seus acessórios, além de prestar serviços de manutenção. Também cresce na cidade o número de representações de bicicletas elétricas (e-bikes) e lojas especializadas em bicicletas esportivas. Segundo fomos informados, as revendedoras estão com dificuldades de entregas bicicletas aos seus clientes, devido ao grande crescimento da demanda.
Cabe destaque também, o uso profissional das bicicletas para serviços de entregas, que também são vistos em grande número nas ciclovias.
Durante a visita ao Bike Café, avaliamos a solicitação dos praticantes da modalidade esportiva de Down Hill, que reivindicaram a abertura da Pista Waimea, que vai do Parque da Cidade, no Parque Natural Municipal de Niterói - Parnit, até o Cafubá. Anunciamos através de vídeo gravado no local, que a Pista Waimea poderá ser utilizada nos finais de semana das 7:00 às 12:00. De terça-feira a sexta-feira a pista já estava liberada.
Tudo isso mostra que a bicicleta chegou para ficar e será cada vez mais presente no cenário urbano de Niterói. Estamos conectados com uma tendência mundial que encontra na bicicleta uma forma mais conveniente, saudável e sustentável de deslocamento. Como afirmamos em postagem recente aqui no Blog, esta tendência está expressa na atitude das novas gerações, que demonstram ter pouco interesse em obter as suas carteiras de habilitação para o automóvel e indicam uma preferência por serviços públicos de transportes em detrimento do automóvel.
O mundo está em transformação, processo este acelerado pelo advento da COVID-19, mas também por uma nova consciência que chega com esta transição geracional.
Vamos em frente!!!
Axel GraelPrefeito de Niterói
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Niterói terá primeiro lote do sistema cicloviário da Região Oceânica
A homologação do resultado da licitação para a implantação do primeiro lote do sistema cicloviário da Região Oceânica saiu neste sábado (30) no Diário Oficial do Município de Niterói.O sistema consiste na implantação de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, bicicletários fechados e paraciclos ao longo de toda a região. Neste primeiro lote, serão licitados 21 quilômetros de infraestrutura cicloviária, que inclui áreas como a Praia de Piratininga e as avenidas Almirante Tamandaré, em Piratininga, e Irene Lopes Sodré, no Engenho do Mato. A previsão da ordem de início das obras é fevereiro, com término em outubro.
“Depois, serão feitas as outras licitações e nós vamos chegar ao total de 60 quilômetros de ciclovias na Região Oceânica. Atualmente, nós já temos mais de 40 quilômetros implantados na cidade e, com esses investimentos, vamos ultrapassar a marca de 100 quilômetros de ciclovias”, comemorou o prefeito de Niterói, Axel Grael, após uma volta de bicicleta pela cidade, na manhã deste sábado, acompanhado do coordenador do programa Niterói de Bicicleta, Filipe Simões, da esposa, Christa Grael, e do vereador Binho Guimarães.
Filipe disse ainda que serão licitadas as subsequentes, incluindo mais uma etapa de infraestrutura cicloviária, a requalificação urbana da Avenida Almirante Tamandaré, no trecho entre o Trevo de Camboinhas e o shopping Itaipu Multicenter, e também a instalação de paraciclos e bicicletários fechados nos mesmos moldes do bicicletário Arariboia ao longo da Região Oceânica e do trajeto dos ônibus da TransOceânica.
“Nesta primeira etapa serão ciclovias segregadas por canteiros, com alteração na geometria das vias. A ideia é que a via fique mais segura tanto para os pedestres, quanto para os ciclistas e também motoristas”, disse.
O prefeito anunciou, também, que a pista Waimea, no Parque da Cidade, para prática de downhill, será reaberta também nos fins de semana e feriados, das 7 horas ao meio-dia.
“Queremos nos dirigir aos praticantes de downhill, que atuam no Parque da Cidade, na pista Waimea, eles nos fizeram um pleito para que pudessem usar a trilha também nos fins de semana, e atendendo à solicitação deles, nós vamos autorizar a utilização aos sábados, domingos e feriados, na parte da manhã”, afirmou.
Axel Grael também destacou os investimentos da iniciativa privada realizados nos últimos anos, no segmento voltado para o uso da bicicleta na cidade.
“Os investimentos feitos pela Prefeitura de Niterói com a implantação de ciclovias, como a da Avenida Marquês do Paraná, mostram que, ao desenvolver o programa Niterói de Bicicleta, também criamos oportunidades de investimento na cidade, de geração de emprego e de oportunidades para a população de Niterói”, frisou.
Fonte: A Tribuna
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