segunda-feira, 31 de maio de 2021

SEMANA DO MEIO AMBIENTE: celebrando os avanços de Niterói rumo à sustentabilidade


Reflorestamento no alto do Morro Santo Inácio (PARNIT)

Reflorestamento no Morro da Boa Vista (Parque Natural Municipal de Águas Escondidas)

Parque Natural Municipal Floresta do Baldeador


Niterói ganhará unidade de conservação e conectará residências à rede de esgoto na Região Oceânica

A restauração de Ecossistemas será o tema do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) deste ano. O Paquistão será o anfitrião global da data, que também marcará o lançamento da Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas 2021-2030. Aqui no Brasil, a Semana do Meio Ambiente, que começa neste domingo tem como missão intensificar o trabalho de conscientização a respeito da necessidade urgente de proteger o planeta.

A restauração do ecossistema inclui ações diversificadas como o reflorestamento, investimento em saneamento básico, limpeza de rios e praias, recuperação de lagoas e manguezais, utilização de energias limpas, entre outras iniciativas para o desenvolvimento sustentável.

Em Niterói, a Semana do Meio Ambiente será marcada pela criação do Parque Natural Municipal Floresta do Baldeador, que conta com 70 hectares em área limítrofe a São Gonçalo, próximo ao Morro do Castro. A oitava unidade de conservação da cidade se integra aos 598 hectares do Sistema Municipal de Áreas de Proteção Ambiental (SIMAPA), que engloba zonas de recuperação ambiental e de restrição à ocupação urbana, além de áreas de especial interesse ambiental e de preservação permanente na Zona Norte.

Nesta segunda-feira (31/05), durante a abertura da Semana do Meio Ambiente, assinaremos um convênio com a concessionária Águas de Niterói, que contempla a ligação gratuita de cerca de 500 residências que não estão conectadas à rede esgoto do município e têm influência no sistema lagunar. Os moradores são beneficiários do Cadastro Único, se encontram em situação de vulnerabilidade social e serão incluídos na tarifa social de água e esgoto.

Com esta iniciativa, a expectativa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente é de que 10 milhões de litros de esgoto deixem de ser despejados mensalmente nas lagoas de Piratininga e Itaipu. A ação faz parte do Programa Ligado na Rede, desenvolvido pela secretaria e a concessionária que, este ano, já vistoriou aproximadamente 800 residências da Região Oceânica de Niterói.

Na terça-feira (01/06), lançaremos o Fórum Municipal de Mudanças Climáticas, com objetivo de mobilizar a sociedade para discutir os problemas decorrentes das mudanças do clima e promover o desenvolvimento sustentável. Através do site http://forumdoclimaniteroi.com.br/, é possível inscrever-se para participar do lançamento do fórum de forma remota. Por lá, também é possível conferir a programação completa do evento.

Com muito orgulho, participei nos últimos anos de uma verdadeira transformação na forma como nossa cidade enxerga suas riquezas naturais. Por aqui, na contramão do que infelizmente está ocorrendo no País, sustentabilidade deixou de ser uma política periférica e se tornou uma prioridade de governo.

Esta é uma luta que se confunde com minha trajetória pessoal e de gestor público. Por este motivo, fiquei muito entusiasmado e orgulhoso ao ser eleito, recentemente, vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para o setor de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), tema tão estratégico, sobretudo, neste momento de reformular as políticas públicas para o pós-pandemia.

Comecei a minha militância ambientalista no final da década de 1970, quando pouca gente falava de meio ambiente. O termo “sustentabilidade” nem exista, só tendo surgido cerca de uma década depois. Fico muito feliz em olhar para trás e ver o quanto avançamos em Niterói. Nossas vitórias me dão ainda mais entusiasmo para seguir na defesa do Meio Ambiente.




Confira a Programação da Semana do Meio Ambiente 2021 em Niterói:

Todos os eventos serão transmitidos pelas redes sociais da Prefeitura de Niterói e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade

- Dia 31 de maio (segunda-feira)

- 13h às 14:30h

Painel de abertura – Tema: Projetos, diretrizes e futuro: a importância da recuperação de áreas degradadas para o bioma

● Prefeito Axel Grael

● Rafael Robertson - secretário de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade

● Felipe Turon – Presidente da Águas de Niterói

● Leandro Portugal – Vereador e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Niterói

- 14:30 às 17h

Palestras

Apresentação do Inventário Faunístico do programa Enseada Limpa – Luize Ferraro, Diretora de projetos da Secretaria de Meio Ambiente Recursos Hídricos e sustentabilidade.

Apresentação das iniciativas de Niterói para receber o certificado internacional de sustentabilidade Bandeira Azul na Praia do Sossego – Augusto Cesário, analista e licenciamento da SMARHS

- Dia 1º de junho (terça-feira)

Lançamento do Fórum Municipal de Mudanças Climáticas

Organizado pela Secretaria Municipal do Clima, o evento marca a criação da instância de caráter consultivo, que tem o objetivo de conscientizar e mobilizar a sociedade niteroiense para discutir os problemas decorrentes das mudanças do clima e promover o desenvolvimento sustentável.


Programação do Fórum Municipal de Mudanças Climáticas


Além de convidados locais, o evento terá a participação da Marlova Noleto, representante da ONU no Brasil, e uma participação especial da Sra. Lykke Leonardsen, representante da Prefeitura de Copenhague, Dinamarca. De 2014-1016, a Sra. Leonardsen foi responsável pelo Programa de Adaptação às Mudanças Climáticas e do ambicioso plano de Copenhague para se tornar a primeira capital neutra em carbono antes de 2025. 

Também participarão:
  • Andres Falconer e Mafalda Duarte (Banco Mundial), 
  • Guilherme Sirkis (Centro Brasil no Clima (CBC)
  • Rodrigo Perpétuo (ICLEI)
  • Sérgio Besserman e Renata Moraes (Climate Reality Brasil)
  • Carlos Nobre (Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas)

Inscrições e programação completa no site: http://forumdoclimaniteroi.com.br/

- Dia 2 de junho (quarta-feira)

- 13h às 17h

Mesa redonda: Sustentabilidade Social

Mediação: Rafael Robertson – secretário municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade

Convidados:

Dayse Monassa – secretária municipal de Conservação e Serviços Públicos
Jennifer Lynn Bastiani – Secretária de Acessibilidade
Fabiana Barros – Diretora de Áreas Verdes da SMARHS
Valéria Braga – secretária do Escritório Geral de Projetos (EGP)
Lélia Lomardo – engenheira ambiental da Clin

- 15h às 16h

Palestras

Apresentação do projeto Restauração Ecológica e Inclusão Social – como Niterói está restaurando 203 hectares de restinga, mangue e Mata Atlântica – Allan Cruz, subsecretário de Sustentabilidade

Apresentação do programa EcoSocial – Anderson Pipico – secretário municipal de Participação Social

- 16h às 17h30

Mesa redonda: Sociedade civil e recuperação social

Mediação: Márcia Demézio - assessora de imprensa da SMARHS

Convidados: representantes do Instituto Agroecológico de Niterói (IAN), dos projetos Aruanã e Vou de Canoa e da cervejaria Masterpiece.

- 3 de junho (quinta-feira) e 4 de junho (sexta-feira)

Lançamento de programas e projetos da SMARHS

- 4 de junho (sexta-feira)

Mini Documentário - A ponte de pedra e caminhos de pé de moleque.

Vídeo sobre a descoberta e recuperação da ponte de pedra pelos voluntários do Parnit.

- 5 de junho (sábado)

Distribuição de mudas em diversos pontos da cidade

Evento no Parque das Águas

- 9h às 9h20 - Abertura do evento com a coordenadora do parque, Marilene Oliveira, secretário de Meio Ambiente, Rafael Robertson, e a equipe de RSA da MP Construtora

- 9h20 às 10h - Palestra com a bióloga Heloisa Osanai sobre “Restauração de Ecossistemas

- 10h às 10h30 – Atividade prática de Educação Ambiental com o objetivo de revitalizar o jardim sensorial

- 10h30 às 11h – palestra da Comissão de Terceiro setor da OAB com o tema Sustentabilidade e Terceiro Setor: caminhos possíveis no contexto pós-pandêmico

- 11h – Coffee break

- 11h às 11h30 - Oficinas com o IBG sobre compostagem, mudas de suculentas e minhocário; exposição de animais taxidermizados, sabão ecológico, entrega de mudas e brindes

- 11h30 às 12h – Encerramento do evento com palestra de Dircilene Gonçalves Nunes sobre agricultura orgânica

- 6 de junho (domingo)

10h - Feira virtual de adoção de cães e gatos

Mini Documentário - O plantio de 2.750 mudas de 25 espécies da Mata Atlântica, em área de 11 mil metros quadrados no Horto do Fonseca.





quarta-feira, 26 de maio de 2021

Da crise sanitária e econômica mundial à construção de um novo normal






“A necessidade é a mãe da inovação”
Frase atribuída a Platão


De tão repetida nos últimos anos, a frase “Crise é sinônimo de oportunidade” acabou caindo no lugar comum. No entanto, muitos capítulos da história da humanidade nos mostram que momentos dramáticos se transformam em solos férteis para avanços tecnológicos. Durante a Primeira Guerra Mundial, por exemplo, muitas invenções surgiram ou tiveram sua utilização alavancada, como no caso dos rádios comunicadores, lâmpadas ultravioletas, hemocentros e até o zíper. Da mesma forma, a Segunda Guerra nos trouxe o nylon e a fita adesiva, popularizou a caneta esferográfica e ampliou a utilização da penicilina.

Por outro lado, a crise também é o momento ideal para detectar falhas, reconhecer fraquezas, identificar potenciais e traçar estratégias. Com esta lógica, em plena pandemia do novo coronavírus, países europeus, como Alemanha, França e Grã Bretanha, apresentaram planos de retomada da economia baseados em ações pela sustentabilidade, apontando que as políticas públicas mundiais abraçam definitivamente esta tendência. Novos modelos de negócios elaborados por grandes corporações confirmam que a economia e a responsabilidade ambiental precisam caminhar lado a lado.

Não restam dúvidas de que hoje vivemos em um mundo bem diferente daquele que conhecíamos em 2019. Muitas de nossas convicções foram desfeitas, transformações foram aceleradas e o que antes era uma tendência, se tornou realidade num piscar de olhos. A necessidade do isolamento obrigou o ser humano a reinventar padrões de trabalho, educação, consumo, transportes, comunicação e até de atendimento médico. A tecnologia precisou dar respostas rápidas para demandas repentinas em diferentes setores. Streaming online, softwares de ensino e teleatendimento de saúde passaram a fazer parte da rotina de milhões de pessoas, impactando diretamente nos padrões de mobilidade e ocupação das cidades.

Em todo o mundo, lideranças procuram gerenciar essa transição, mitigar os danos e potencializar as transformações positivas. É preciso unir forças para fazer com que isto aconteça também no Brasil, e os municípios já estão assumindo esse protagonismo. A necessidade de uma ampla campanha de vacinação, por exemplo, pode se traduzir em oportunidade para muitas cidades reestruturarem suas redes de saúde, investirem em unidades básicas e em programas como o niteroiense Médico de Família, que hoje atende a aproximadamente 90% do público alvo.

Na educação, está clara a necessidade de investimento na infraestrutura das escolas, permitindo o acesso a ferramentas tecnológicas que hoje se fazem importantes para o ensino. O cenário é um convite a uma ampla reflexão acerca de modelos pedagógicos mais atraentes para nossas crianças, que precisam ser conquistadas pelo conhecimento e incentivadas a explorar suas potencialidades.

Na Prefeitura de Niterói, vimos emergir uma gama de desafios, mas estamos todos convencidos de que trilhamos no caminho certo. Mais do que nunca precisamos olhar para as parcelas mais frágeis da população, criar oportunidades, combater desigualdades e seguir avançando. Está longe de ser uma tarefa fácil, mas é possível. Não sabemos ainda como será o mundo pós-pandemia, mas é preciso acreditar que, apesar de toda tristeza e angústia, alcançaremos conquistas significativas nesta era que se inicia. As oportunidades estão colocadas diante de cada um de nós.

Se sairmos desta pandemia da mesma forma como entramos, teremos perdido uma oportunidade histórica.

Axel Grael


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sábado, 22 de maio de 2021

Setor tecnológico impulsiona a economia de Niterói


Os serviços de TI, informática, internet e provedores registraram um crescimento de 65,5% em Niterói, ratificando o potencial do setor para a geração de emprego e renda. As informações, de extrema importância para balizar ações governamentais de retomada econômica, constam da primeira edição do Boletim de Movimento Econômico, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Fazenda. 

O estudo traz dados relativos a janeiro, fevereiro e março de 2021 em comparação com o mesmo período dos anos de 2020 e 2019 e apresenta, de forma analítica, dados sobre a arrecadação do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e a emissão de Notas Fiscais do município. 

O mesmo documento mostra que o setor de armazenamento e atividades auxiliares dos transportes cresceu 87% (ligado à indústria naval); e o de outras atividades profissionais, científicas e técnicas teve crescimento de 61,9%. São indicadores que colocam o setor tecnológico como estratégico e demonstram a força da nossa cidade para a retomada econômica.

Os números também retratam a importância de programas lançados pela Prefeitura de Niterói para mitigar os impactos causados pela pandemia, como o Empresa Cidadã, o Supera Mais Niterói e o Renda Básica Temporária.

Axel Grael
Prefeitura de Niterói


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Apresentação do PDPA em novembro de 2019


Programa de Desenvolvimento de Projetos Aplicados (PDPA) - Parceria com UFF e Prefeitura de Niterói promove sustentabilidade, inovação e desenvolvimento socioeconômico

Em novembro de 2019, quando ainda era secretario da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão - SEPLAG, na presença do prefeito Rodrigo Neves, do reitor Antônio Cláudio Lucas da Nóbrega. apresentei em evento realizado na Sala Nelson Pereira dos Santos, a parceria entre a Prefeitura e a Universidade Federal Fluminense para a seleção e o financiamento de projetos aplicados. Começava ali o Programa de Desenvolvimento de Projetos Aplicados - PDPA, um investimento da Prefeitura de Niterói no valor de R$ 25 milhões, para o desenvolvimento de projetos e pesquisas da UFF para a soluções de prioridades da cidade de Niterói. Os projetos foram selecionados mediante edital, contando com 323 propostas inscritas e foram selecionados 78 projetos, que tiveram início agora em 2021.

Uma cidade verdadeiramente inteligente é aquela que usa a tecnologia e sua infraestrutura a serviço da população. É com este propósito que foi lançado o Programa de Desenvolvimento de Projetos Aplicados (PDPA). Parceria entre a Prefeitura Municipal de Niterói (PMN), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Fundação Euclides da Cunha (FEC) com o objetivo principal de incentivar o desenvolvimento de projetos aplicados para promover soluções relacionadas aos desafios prioritários do município associados às diferentes áreas do Plano Estratégico Niterói que Queremos (NQQ) 2033 e às metas de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).  

Com investimento da ordem de R$ 25 milhões, o PDPA vai investir em projetos em áreas como educação, turismo, empreendedorismo, sustentabilidade e inclusão social. 


Valores investidos em projetos de acordo com as Áreas de Resultados do Plano Estratégico Niterói Que Queremos


Dentre as soluções a serviço dos cidadãos, existe a implantação de um ambiente de coworking para startups e capacitação na área de bebidas fermentadas. A ideia é criar um centro de desenvolvimento, pesquisa, estudos e fomento de startups em bebidas fermentadas que proporcione um ambiente para desenvolvimento de novos negócios, desenvolvimento tecnológico, fomento à pesquisa, formação de recursos humanos qualificados e um celeiro para o surgimento e crescimento de novas startups na área.

No setor cultural, a “Niterói em imagens” propõe um repositório digital de fotografias e filmes. Consiste no desenvolvimento e criação de um portal na internet para a difusão de registros fotográficos e audiovisuais, de caráter histórico, da cidade de Niterói. O portal irá mapear a cultura audiovisual de Niterói, localizando e contextualizando filmes e materiais audiovisuais que registraram Niterói, além de locais onde funcionaram e ainda funcionam salas de cinema, cineclubes e escolas de cinema e fotografia, registrando a memória desses espaços de produção, ensino, exibição e reflexão.

Esses são apenas alguns exemplos desse grande leque de projetos que serão implementados por meio do PDPA. A pandemia nos trouxe inúmeros desafios e esse novo ciclo de investimentos em Niterói integra diversas ações para alavancar a economia da nossa cidade. 

O PDPA estimula a sinergia entre a Universidade Federal Fluminense e a Prefeitura Municipal de Niterói e fortalece as ações de cooperação de maneira efetiva e inovadora para o desenvolvimento socioeconômico sustentável das diversas regiões do município. 

A UFF, com seus cerca de 50 mil alunos, é um tesouro da nossa cidade e traz contribuição efetiva e inovadora para o desenvolvimento socioeconômico sustentável, com inclusão social, das diversas regiões do município. Precisamos reter nossos talentos na cidade e gerar emprego incentivando o desenvolvimento econômico. Vamos superar esse grande desafio com planejamento e responsabilidade.

Axel Grael
Prefeito de Niterói


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quarta-feira, 12 de maio de 2021

Novos Negócios: plataforma digital auxilia empreendedores em Niterói


Empreender em Niterói ficou ainda mais fácil e menos arriscado. A plataforma Novos Negócios, lançada nesta quarta-feira (12-05) disponibiliza uma série de dados relativos a abertura e viabilidade de futuros negócios, contribuindo para a tomada de decisões com mais segurança.

Os interessados em iniciar um negócio na cidade podem consultar as informações sem precisar se deslocar até a Prefeitura. Os dados disponíveis contemplam zoneamentos, legislações, localização de empresas e equipamentos públicos e privados. A ferramenta possibilita ao empreendedor potencial o apoio necessário ao seu estudo de viabilidade para abertura de uma empresa na área escolhida através de uma consulta avançada à legislação municipal vigente e aos seus dados geográficos.

A plataforma Novos Negócios é um instrumento importante do Plano de Retomada Econômica na cidade, já que facilita a pesquisa do mercado local, através de informações georeferenciadas. 

Além disso, através do SIGeo, é possível ter acesso a mais de cem camadas de informações quanto à infraestrutura de Niterói. A ferramenta tem como finalidade a consulta e cruzamento de dados espaciais georreferenciados do banco de dados do SIGeo, e conta com informações atualizadas das Secretarias de Urbanismo, Fazenda, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, entre outras.

“Novos Negócios” traz também um site contendo o story map da cidade, que tem a apresentação de informações mais dinâmicas para usuários que não conhecem Niterói, fazendo com que tenham acesso a estatísticas da cidade, principalmente nos setores motores de desenvolvimento. Para facilitar o uso da ferramenta, estão disponíveis também tutoriais sobre o manuseio das buscas, aplicação de filtros e extração das análises.

Niterói, cada vez mais, se mostra pioneira em processos inovadores de gestão. Juntos, vamos seguir em frente, construindo uma Niterói cada vez mais próspera, sustentável e solidária.

A plataforma pode ser acessada pelo https://arcg.is/iH8Wj


✓ A plataforma não substitui a extração de um documento oficial de viabilidade na implementação dos processos para a abertura de um empreendimento.


Foto: Berg Silva



domingo, 9 de maio de 2021

A esperança que o Brasil retome o caminho da sustentabilidade




Reflexões e lembranças após a leitura do bom editorial de hoje de O Globo 

Comecei a minha militância ambientalista no final da década de 1970, quando pouca gente falava de meio ambiente. O termo "sustentabilidade" nem exista, só tendo surgido cerca de uma década depois. Eram tempos difíceis para o exercício da cidadania. Vivíamos tempos de ditadura militar, de repressão e de limitações de liberdade de expressão. Eram também tempos de forte crença no desenvolvimentismo (o crescimento a qualquer custo), do nacionalismo e de um "patriotismo" exacerbado e distorcido, muito bem expressos pela propaganda governamental da época, que pregava desde o ufanismo do "Esse é um país que vai para frente...", ao slogan da intolerância que continha a ameaça: "Brasil. Ame-o ou deixe-o". Muitos opositores foram exilados!

A minha primeira luta foi contra a poluição da Baía de Guanabara causada pelas "fábricas de sardinha" localizadas em Jurujuba. Também nos mobilizavam a defesa das florestas e patrimônio paisagístico da cidade, a criação do Parque Estadual da Serra da Tiririca (conquista alcançada em 1991), a solução para o precário saneamento, a recuperação das lagoas de Piratininga e Itaipu e depois passamos ainda a reivindicar ciclovias em Niterói.

No ambiente de polarização política daqueles tempos e pela total falta de compreensão da pauta ambiental, éramos vistos por alguns como "subversivos". Éramos verdes e queríamos sim subverter, mas subverter o modelo de desenvolvimento vigente. Procurávamos oferecer um novo olhar para a economia e para o social, incorporando o meio ambiente como um valor e uma oportunidade, em contraste como a velha concepção, que remonta aos tempos coloniais: a natureza como obstáculo, como algo a ser domado, conquistado e, se possível, eliminado. Apresentávamos, portanto, uma nova ideologia e uma nova proposta para o Brasil.

Ao longo de quatro décadas de militância, vi os passos iniciais do movimento ambientalista no Brasil e no RJ. Arregacei as mangas e iniciei a minha militância ambientalista em Niterói, com a fundação em 1980, do Movimento de Resistência Ecológica - MORE. Depois vieram outras organizações, como o Movimento Cidadania Ecológica - MCE, Instituto Baía de Guanabara - IBG e, posteriormente, em 1998, o Projeto Grael. Este último, incorporou um conteúdo social, educacional e esportivo às minhas lutas ambientais.

Em 1983, me formei em engenharia florestal, trabalhei Brasil afora, na Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e outras regiões do país. Tornei-me dirigente de órgãos públicos. Presidi o Instituto Estadual de Florestas - IEF, a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente - FEEMA.

Ao longo desta longa trajetória participei ativamente do processo histórico da construção da política ambiental no país. Mesmo aos "trancos e barrancos", entre vitórias e derrotas, apesar do ritmo bem mais lento do que outros países, o Brasil foi avançando.

Vi surgirem nas décadas de 1970 e 1980, os primeiros órgãos ambientais no governo federal e nos estados. Depois, na década de 2000, os municípios também assumiram um maior protagonismo ambiental. 

Vi o país criar um acervo de legislação ambiental, construído passo a passo, tese a tese, luta a luta. Algumas leis e suas regulamentações eram imperfeitas, pois eram o produto da negociação democrática e do enfrentamento dos lobbies contrários que sempre foram muito fortes, mas as conquistas ao longo dos anos foram inegáveis. A legislação foi aos poucos instrumentalizando a gestão ambiental pública e privada no país. 

Vi o Brasil passar por um período de forte industrialização e, depois, regredir nos últimos anos, num dos maiores processos de desindustrialização no mundo. Na FEEMA, enfrentei as indústrias mais poluidoras, como a CSN que contaminava o Rio Paraíba do Sul e a REDUC que poluía a Baía de Guanabara. Tanto o crescimento da indústria, como o seu desmantelamento deixaram profundos impactos sociais, ambientais e urbanos no país.

Vi setores mais responsáveis do empresariado abraçar a questão ambiental por convicção, por imposição da legislação ambiental ou por mecanismos de mercado, ou seja, por exigência dos consumidores e dos importadores dos países desenvolvidos. O fato é que há um movimento empresarial importante pela sustentabilidade no mundo e que vem crescendo também no Brasil, a ponto de pressionar o governo federal contra a sua agenda antiambiental, que vem isolando o país e nos alijando de importantes mercados.

Vi o Brasil receber todos os principais chefes de estado do mundo na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento - Rio 92, momento histórico que aprovou a Agenda 21, com uma agenda ambiental de consenso para o mundo, convenções e acordos com as bases para as discussões sobre as mudanças climáticas, biodiversidade etc. O Brasil e o Rio de Janeiro poderiam ter saído daquele evento como grandes protagonistas mundiais da sustentabilidade. Deixamos escapar a chance: o escritório da ONU responsável por monitorar a implementação das medidas da Rio 92, por omissão do governo brasileiro, acabou sendo instalado na Costa Rica.

Vi também, frustrado e angustiado, o Brasil se tornar o campeão mundial do desmatamento e o vilão das mudanças climáticas, fato que se agravou após 2019. As mudanças do uso do solo (desmatamento e queimadas) representam 44% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil, principalmente na Amazônia. A agropecuária, principalmente a pecuária bovina, é responsável por 28% das emissões (fonte). Este fato é um absurdo escandaloso, pois ao mesmo tempo estamos desperdiçando a biodiversidade, a fertilidade dos solos e ameaçando a segurança climática do próprio Brasil e do mundo.

Vi crescer o protagonismo das crianças, que passaram a levar para os seus pais aquele conteúdo ambiental que aprenderam nas escolas.

Vi a questão ambiental se tornar "mainstream" nos espaços diplomáticos mundiais, com o crescimento da preocupação climática. A sustentabilidade e a economia limpa não são mais temas periféricos ou apenas retóricos, mas estão no centro das políticas anunciadas nos principais países para a retomada para um novo normal no período Pós-COVID. É o que estão fazendo a Alemanha, Grã-Bretanha, França e agora, também os EUA. Saiba mais aqui.

Mas, a história não segue uma linha reta, mas caminhos tortuosos. Vimos surgir, como se saíssem dos porões do passado, nuvens negras de retrocesso. Um presidente dos EUA forjado no submundo do marketing político e da manipulação das redes sociais, tentou reverter os avanços em direção à sustentabilidade. Vimos a chegada ao poder no Brasil de extemporâneas forças reacionárias. O Brasil elegeu um candidato a presidente que sempre defendeu a tortura, a ditadura, atacou a sociedade civil e mostrou-se negacionista diante da crise sanitária. Conforme prometeu como candidato, promoveu o desmatamento da Amazônia, reprime populações indígenas, causou o imobilismo dos órgãos ambientais e envergonhou o país nos debates climáticos mundiais. Nomeou um "antiministro do meio ambiente", que prometeu aproveitar para "passar a boiada" e promover o desmonte da legislação e dos órgãos ambientais. Tudo isso de forma sorrateira, enquanto as atenções da sociedade estavam para as mortes causadas pela pandemia, negligenciada por este governo. Em recente discurso num fórum de chefes de estado, o presidente Bolsonaro achou que conseguiria enganar líderes mundiais com promessas ambientais tão mentirosas que foram descartadas pelo seu próprio governo dias depois. 

O avanço sinuoso da história imita outras ciências e também se move com: ação e reação e os pesos e contrapesos. Nos EUA, o governo negacionista e autoritário, foi sucedido por uma força renovadora de um líder de 78 anos que rejuvenesce a política do seu país, promovendo saltos adiante para a sustentabilidade. Fez uma campanha enfrentando as teses estapafúrdias do seu antecessor, vencendo-o com uma plataforma baseada na responsabilidade climática e na sustentabilidade.

Os novos ares planetários nos trazem esperanças de poder retomar o curso do bom senso que, mesmo com muita dificuldade, vínhamos avançando antes de 2018. Numa atmosfera esfumaçada pelas queimadas, vemos surgir consensos em torno dos rumos, bem diversos dos atuais, que o Brasil precisa seguir para acompanhar o mundo na direção da sustentabilidade. Mesmo a grande mídia, que no passado exaltou o desenvolvimentismo e até o autoritarismo do regime, hoje se posiciona de forma inovadora e cobra a sustentabilidade e a economia limpa como caminho para o Brasil.

É o que vemos no editorial do jornal O Globo de hoje. Um texto que clama pelo retorno de um protagonismo do Brasil nas agendas ambientais, um alinhamento com as principais tendências do novo modelo de desenvolvimento mundial e que o país retome políticas já iniciadas e abandonadas no governo federal, como a legislação de 2009 que criou a política nacional de mudanças climáticas, que "estipulou um mercado de carbono, regulado pela Comissão de Valores Mobiliários". Já existem 28 iniciativas como esta funcionando no mundo e, mais uma vez, o Brasil fica para trás numa agenda que poderia liderar. O editorial cobra uma economia de baixo carbono, o fim do desmatamento e das queimadas, energias limpas e a eletrificação da frota de veículos do país, 

Enfim, o tempo de pregar no deserto como fazíamos há quatro décadas passou e hoje crescem ouvidos e vozes para defender a sustentabilidade como um caminho para o Brasil. Que se faça luz nas trevas e que o Brasil volte a seguir no caminho da responsabilidade socioambiental e, até mesmo, no compromisso intergeracional que temos o dever de ter. As gerações futuras conviverão com os erros e acertos das decisões e mudanças que formos capazes de produzir agora.

Em tempos de retrocessos bolsonaristas fantasiados de verde e amarelo, quero pegar emprestado o bordão da Fundação SOS Mata Atlântica: vamos salvar o verde da nossa bandeira!

Axel Grael


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Brasil precisa andar mais rápido rumo à economia limpa

Editorial O Globo

O Brasil se comprometeu a reduzir a zero as emissões líquidas de gases causadores de efeito estufa até 2050. Em 2025, nossa meta é emitir 37% a menos que em 2005. Com o aumento da devastação da Amazônia no governo Bolsonaro, aquilo que era plenamente factível em 2015, quando foi firmado o Acordo de Paris, transformou-se num objetivo que vai se tornando a cada dia menos viável. Precisamos mudar isso — e o tempo é curto.

Quase metade das emissões brasileiras — equivalentes a 2 bilhões de toneladas de gás carbônico — resulta da devastação de florestas. Um quarto deriva de atividades agrícolas, em especial da pecuária (reses emitem metano, gás com potencial de aquecimento 30 vezes superior ao carbônico). Pouco mais de 20%, dos transportes e da energia, setor em que metade da matriz já é limpa.

Nosso maior problema para cumprir a meta é conhecido: desde 2017, o desmatamento interrompeu a trajetória de queda e voltou a quebrar recordes no governo Bolsonaro. Mas, além de cumprir a promessa de acabar com a devastação da Amazônia, a transição para a economia de baixo carbono também exigirá ação determinada nos demais setores. Sobretudo transportes, saneamento, siderurgia, metalurgia, petróleo e agropecuária. A boa notícia é que, na maior parte deles, será possível realizar a transição por meio de investimentos lucrativos em novas tecnologias.

É o caso da troca de frotas de caminhões e transporte urbano por veículos elétricos, da instalação de parques energéticos solares e eólicos, de geradores a partir do gás dos esgotos ou ainda da mudança no modelo de criação de gado, para revezar o pasto com áreas de plantio e compensar as emissões. Instituições financeiras não terão dificuldade em destinar crédito a projetos que demonstrarem capacidade consistente de gerar maior produtividade. Em geral, eles envolvem grande investimento inicial de capital para colher o resultado num prazo dilatado.

Há setores, contudo, em que zerar as emissões não será lucrativo. Em alguns, será impossível trazê-las a zero. Os mais problemáticos são siderurgia, indústria de cimento e aqueles que usam combustíveis fósseis. Para acelerar a adesão às tecnologias mais limpas, será preciso criar algum mecanismo por meio do qual alguns setores compensem as emissões dos outros. Enquanto aqueles terão incentivos para plantar árvores ou instalar dispositivos de captação dos gases, estes pagarão para continuar a produzir poluindo. Fazer isso de modo justo exige que se estabeleça um preço para o carbono emitido.

Há basicamente duas formas de implementá-lo: ou simplesmente criando novos impostos, ou então desenvolvendo um mecanismo mais sofisticado, conhecido como “mercado de carbono”. Já existem 28 iniciativas do tipo funcionando no mundo, de acordo com o Banco Mundial. As principais, na Califórnia e na União Europeia. O Brasil está atrasado. O que existe aqui é um mercado voluntário, dependente de empresas pioneiras ou projetos de natureza ambiental. É pouco para promover a transição para a economia limpa na velocidade exigida pelas nossas metas.

A lei de 2009 que criou a política nacional de mudança climática estipulou que fosse criado um mercado de carbono, regulado pela Comissão de Valores Mobiliários. A iniciativa não vingou. Desde então, o Ministério da Economia passou a estudar a implementação e produziu uma série de documentos para orientá-la.

No começo ano, a Câmara começou a analisar um projeto de lei, do deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que transfere a responsabilidade pelo mercado de carbono da CVM a uma nova agência reguladora, batizada Instituto Nacional de Registro e Dados Climáticos (INRDC), fiscalizada e regulada pelo Ministério da Economia. O projeto reconhece o que já é negociado no mercado voluntário, dá alguma segurança jurídica aos contratos e, mais importante, estabelece um prazo de cinco anos para que tudo funcione como determina a lei de 2009. Vários pontos ainda precisam ser ajustados, mesmo assim trata-se de uma iniciativa essencial para as próximas décadas.

A criação de um mercado local de carbono obrigaria as empresas que ainda dão de ombros para a questão climática a prestar atenção aos riscos para seus negócios e também às oportunidades. Quem poluir terá de pagar; quem ajudar a despoluir terá a receber. Isso contribuirá para criar no país a cultura necessária à transição rumo à economia limpa.

Acelerar a iniciativa ajudaria a preparar o Brasil para a COP-26, a conferência ambiental da ONU marcada para novembro em Glasgow. A discussão central se dará em torno dos mecanismos de troca internacionais para os direitos de emissão, estabelecidos nos artigos 6.2 e 6.4 do Acordo de Paris. É um desafio gigantesco para o planeta criar um mercado de carbono global, ou ao menos uma governança capaz de monitorar com credibilidade a transição em todos os países signatários. Nossa diplomacia deveria ter uma estratégia para negociar propostas favoráveis no que diz respeito à preservação de florestas ou ao uso de biocombustíveis.

Talvez seja pedir demais do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que já deram inúmeras provas de não estar à altura da tarefa. Mas a transição precisa ser feita a despeito e à revelia deles. Acabando com a devastação da Amazônia, criando um mercado nacional de carbono e permitindo que recursos sejam destinados aos projetos e às oportunidades sem limites que a economia limpa oferece ao nosso país.



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sábado, 8 de maio de 2021

Niterói tem 23 mil árvores cadastradas em 29 bairros



Cadastro da arborização urbana no bairro de São Francisco para inclusão no layer do Arboribus no SIGEO


Niterói conta, hoje, com mais de 23 mil árvores cadastradas em 29 bairros, o que representa mais de 50% de toda área urbana da cidade. A conquista foi possível com o Arboribus, um projeto censitário da flora urbana da cidade em vias públicas e praças. Atualmente, o levantamento para cadastro das árvores acontece em Camboinhas. Badu, Sapê, Vila Progresso, Matapaca e Maria Paula serão as próximas áreas.

O Arboribus iniciou em 2014 e é coordenado pela Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (Seconser). Com a iniciativa, está sendo possível identificar, avaliar, registrar o nome popular, nome científico e a origem de cada uma das árvores. A secretária municipal de Conservação e Serviços Públicos, Dayse Monassa, explica que cada árvore é rigorosamente avaliada, sendo observadas suas características e interações com o meio urbano.

“Os dados levantados são processados e convertidos ao formato do banco de dados específico da Prefeitura de Niterói, no Sistema de Gestão da Geoinformação (SIGeo). Também entram no cadastro, informações como as dimensões, copa e altura das árvores. Com estes dados, temos a classificação geral. As informações levantadas permitem enxergar um parâmetro geral de arborização, tanto em nível de diversidade quanto para interação da população com a vida arbórea da cidade”, conta.

Dayse Monassa ressalta que as árvores novas e jovens também são citadas. Assim, não só é possível saber onde estão, mas como estão se desenvolvendo. A secretária enfatiza, ainda, que dentro do conjunto de características que a árvore apresenta, cada uma vai sendo classificada ainda quanto ao risco de acidentes. A base das informações se dá através de vistorias no local feitas pelas equipes. Cada árvore classificada como urgência, por exemplo, é abrangida pelo programa de protocolo de segurança, que age de forma rápida e precisa evitando acidentes e perdas para a cidade.

“Pensando no meio ambiente, na sustentabilidade e nas nossas árvores, a gestão de Rodrigo Neves, com o apoio do Axel Grael, desde 2015 incentivou este projeto, que realiza a integração entre o social e o ambiental. Com isso, preservamos e ampliamos a arborização urbana e, consequentemente, melhoramos a qualidade do ar e a qualidade de vida do niteroiense”, diz.

Este levantamento, de acordo com a secretária, se tornou o banco de dados das atividades realizadas pela Seconser. Desta forma, todos serviços executados pelo setor são registrados diariamente. Com essa informação, cada árvore já catalogada no SIGeo é atualizada referente ao manejo recebido.

“O projeto trouxe um resultado muito positivo e pode ser comprovado pelos números expressivos. A iniciativa já contemplou regiões como Barreto, Boa Viagem, Centro, Charitas, Santa Rosa, Icaraí, Santana, São Domingos, entre outros. Em junho de 2019, eram 10.312 árvores cadastradas em nove bairros. Em 2020, alcançamos a marca de 18.474 cadastrados em 18 bairros. Agora, em 2021, são 23.771 árvores em nossos bancos de dados em 29 bairros. A ideia é mapear todas as árvores da cidade. Estamos trabalhando para que isso aconteça”, pontua a secretária.

Para se ter acesso ao Geoportal com as árvores catalogadas, basta acessar o site http://sigeo.niteroi.rj.gov.br/. Na página inicial, é preciso selecionar a aba “Acesse o Civitas Geoportal” e após clicar no link, na página de identificação selecione “Acesso Público”. Aguarde alguns segundos para que as camadas sejam carregadas. Após aparecer o mapa com o limite municipal de Niterói, clique em “Lista de Camadas”, no canto superior direito. A lista de camadas será apresentada e para pesquisar a camada “Cadastro de Árvores (Arboribus)” dê um Ctrl+F (comando de busca) e digite o nome da camada. Em seguida, as árvores serão carregadas no mapa. Clique com o botão direito em cima de alguma simbologia de árvore e aparecerá sua descrição e informações pertinentes de plantio, nome científico, logradouro, entre outros dados.

Fonte: Prefeitura de Niterói



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PARQUE DE NITERÓI É SELECIONADO PARA APOIO DE PROGRAMA INTERNACIONAL


Trilha no Parque Natural Municipal de Niterói - PARNIT

O esforço de Niterói para a proteção de seu patrimônio natural e de implantação das suas áreas protegidas ganhou mais um grande reforço: o Parque Natural Municipal de Niterói (PARNIT), foi uma das seis iniciativas municipais selecionadas no Brasil para participar do Programa de Aceleração de Unidades de Conservação Municipais, realizado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, em parceria com o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), tendo como contrapartes políticas o Ministério do Meio Ambiente do Brasil (MMA), o Ministério do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia (MinAmbiente), o Ministério do Ambiente do Equador (MAE) e o Ministério do Ambiente do Peru (MINAM).

As áreas protegidas selecionadas para participar do programa são:

  • Parque Natural Municipal de Niterói (Niterói, RJ)
  • Parque Natural Municipal Augusto Ruschi (São José dos Campos, SP)
  • Parque Natural Municipal Templo dos Pilares (Alcinópolis, MS)
  • Parque Natural Municipal dos Morros (Santa Maria, RS)
  • Parque Natural Municipal Professor João Vasconcelos Sobrinho (Caruaru, PE)
  • Parque Natural Municipal do Tabuleiro (Conceição do Mato Dentro, MG)

Segundo o ICLEI, o Programa de Aceleração tem como objetivo promover o olhar empreendedor e inovador na administração de áreas protegidas municipais, a partir de um intenso aprendizado sobre instrumentos de gestão e sustentabilidade financeira e visa fortalecer a administração de áreas protegidas municipais e a ampliação de suas capacidades de conservação da biodiversidade. Ao considerar que boa parte destas áreas está inserida em contextos urbanos, busca-se promovê-las como ativos para o desenvolvimento sustentável local.

No dia 04 de maio, participei de uma vídeoconferência de lançamento do programa que contou com a presença dos prefeitos das cidades que tiveram parques municipais selecionados e que contou com uma aula magna do professor Claudio Maretti, Vice-Presidente Regional América do Sul da Comissão Mundial de Áreas Protegidas (CMAP) da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), com o tema “Unidades de Conservação, áreas verdes e sistemas municipais: quais os benefícios?”.

Importância econômica dos parques

Em junho de 1937, foi criado o Parque Nacional de Itatiaia, o primeiro do Brasil. Passados 84 anos, o parque pioneiro ainda sofre com problemas de infraestrutura e sequer teve os seus problemas fundiários equacionados. É a realidade de quase a totalidade das áreas protegidas no Brasil, mostrando que nosso país ainda não conseguiu acordar para a importância dos parques e outras áreas protegidas, não só para a conservação da natureza, mas para o desenvolvimento e para a dinamização da economia. 

No Brasil, infelizmente, parques ainda são vistos como "sorvedores de dinheiro" e não como uma oportunidade de desenvolvimento. Estudos realizados no Brasil já apontam para o potencial econômico dos parques, como pode ser visto na postagem: Para cada real gasto nos parques outros R$ 7 movimentam as cidades vizinhas, que apresenta os resultados de um estudo realizado pelo Ministério do Turismo, que indica que "a procura de visitantes por UCs gerou um total de R$ 905 milhões em impostos (nos níveis municipal, estadual e federal) e aproximadamente R$ 2,2 bilhões em renda às comunidades de acesso às UCs".

No entanto, os números brasileiros, ainda são muito tímidos em comparação a outros países. Para se ter uma ideia, parques rendem 200 bilhões de dólares anuais para a economia dos EUA, ou seja, cerca de 1,1% do PIB daquele país. O valor corresponde também a quase o valor do PIB (2016) de Portugal e é maior do que o do Peru. Somente os parques locais e regionais nos EUA geram uma atividade econômica de US$ 140 bilhões anuais e oferecem 1 milhão de empregos. 

Segundo estudo realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica, o Brasil conta com cerca de 1031 unidades de conservação municipais somente no bioma da Mata Atlântica. Somadas elas respondem pela proteção de 4,1 milhões de hectares de floresta atlântica, 24% da área total protegida. Estas áreas protegidas estão em 466 municípios e se aproximam do número de unidades de conservação estaduais (1.052) e abrangem uma área equivalente ao protegido pelas unidades federais no bioma (4,2 milhões de hectares).

Parques em Niterói

Em 2014, o prefeito Rodrigo Neves assinou o decreto 11.744 que instituiu o programa Niterói Mais Verde e criou o Parque Natural Municipal de Niterói, elevando as áreas protegidas do município para mais de 50% do seu território. Isso é quase inédito para uma cidade em contexto metropolitano.

Um estudo publicado em 2017 (Rodrigues da Silva, André Luis. 2017: A VALORAÇÃO DO SERVIÇO AMBIENTAL DE USO PÚBLICO NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO MUNICÍPIO DE NITERÓI-RJ, Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental. IFRJ - Campus Rio de Janeiro), considerando dados de visitação referentes ao número de visitantes em 2015 ao Parque Estadual da Serra da Tiririca - PESET e ao Parque Natural Municipal de Niterói - PARNIT (Parque da Cidade), chegou à estimativa de que somente o PARNIT, com 240.000 visitantes naquele ano, considerando um gasto de R$ 70,17 por visitante, tenha gerado um retorno econômico para a cidade de R$23.577.120,00.

O quadro abaixo, do mesmo autor, indica a estimativa incluindo o PESET:

Rodrigues da Siva, 2017


Portanto, conforme a estimativa, considerando apenas o impacto econômico da visitação, as duas áreas protegidas geram um retorno de R$ 39.110.414,32.

Além disso, segundo dados do professor Gustavo Simas, do IFRJ - Campus Niterói, em 2017, somente as Unidades de Conservação em Niterói foram responsáveis por R$ 2,6 milhões (42,87%) dos R$ 4,7 milhões que a cidade recebeu de retorno do ICMS Ecológico. De acordo com as regras da legislação do ICMS Ecológico para aquele ano, o PESET representou um retorno de R$ 1.208.531,90 e o PARNIT (Setor Montanha da Viração), representou R$ 192.621,45, perfazendo um total de R$ 1.401.153,35.

As estimativas aqui citadas não levam em consideração outros benefícios dos parques, como as contribuições para a resiliência urbana (prevenção de deslizamento das encostas e enchentes), prevenção da erosão e assoreamento de rios, canais e drenagens urbanas, para o clima, para a regulação do lençol freático e estabilização de mananciais, para a qualidade de vida do morador de Niterói, a valorização dos imóveis, à biodiversidade.

Simas vai um pouco mais além e estima que as áreas protegidas de Niterói geram um retorno de R$ 5,5 milhões/ano (ICMS Ecológico + Uso Público) e estima ainda o valor econômico do estoque de carbono das áreas protegidas entre R$ 9,7 milhões a R$ 14 milhões.

Parques no POS-COVID de Niterói

A prioridade no momento é superar a COVID-19, estruturar a retaguarda hospitalar para salvar vidas, vacinar e apoiar as famílias e as empresas com programas de auxílio. Enquanto isso, estamos preparando o Plano de Recuperação Econômica para o Pós-COVID, que será anunciado em breve, com o objetivo de atrair investimentos e gerar empregos.

Como temos visto na estruturação das iniciativas de construção do Novo Normal, ou do período Pós-Covid, a sustentabilidade é a principal aposta



Obras em andamento do Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis.


Em Niterói, temos a mesma prioridade e o parques terão um papel fundamental nesta estratégia e, para isso, estamos com muitas iniciativas de implantação de infraestrutura nas áreas protegidas, como no Parque da Cidade (implantação de trilhas, pista de downhill e outras obras serão intensificados em breve) e o Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis, cujas obras estão em andamento. A restauração da Ilha da Boa Viagem também terá início nos próximos dias.

Com a infraestrutura de suas áreas verdes, Niterói terá o ecoturismo, o lazer e a recreação em praias, trilhas e ciclovias cênicas, assim como o turismo cultural e gastronômico como alavancas importantes dos novos tempos, atraindo novos investimentos, atividades empreendedoras e gerando empregos.

Vamos em frente.

Axel Grael
Prefeito de Niterói


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NRPA

The Economic Impact of Local Parks
Economic Impact of Local Parks Report
Economic Impact Report Talking Points

PARQUES E A ECONOMIA

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PARNIT

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sábado, 1 de maio de 2021

Sustentabilidade: um caminho sem volta



Christa e Axel Grael no Parque da Cidade, uma das atrações do Parque Natural Municipal de Niterói - PARNIT.


Com muito orgulho, participei nos últimos anos de uma verdadeira transformação na forma como Niterói enxerga suas riquezas naturais. A cidade, que já carrega grande tradição ambientalista, avançou em seu pioneirismo.

Sustentabilidade deixou de ser uma política periférica e se tornou uma prioridade de governo em nossa cidade. Alcançamos a universalização do abastecimento de água e o tratamento de esgoto chega a 94,5%, os melhores índices do Estado do Rio. Os números elevam a cidade a uma das melhores performances do país em saneamento

Esta foi apenas uma das muitas vitórias do município que passou a ter 50% de seu território como área de proteção ambiental, através do programa Niterói Mais Verde (Decreto 11.744/2014), que criou o Parque Natural Municipal de Niterói (PARNIT). O sonho antigo, que trago comigo há muitas décadas, de uma Niterói ciclável, começou a se tornar realidade. Triplicamos a rede cicloviária da cidade, que atualmente conta com uma malha de 45 km e vai ultrapassar os 100 km com a implantação do sistema cicloviário da Região Oceânica.

O desenvolvimento econômico sustentável é um caminho sem volta e lideranças mundiais estão procurando potencializar esta tendência. Ganhou ênfase, sobretudo nos países europeus, o debate acerca da Economia Verde e da mitigação do impacto das mudanças climáticas.

É com este foco também que Niterói seguirá em frente, com investimento em áreas verdes e na drenagem sustentável, como a que estamos realizando no Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis.

O momento atual, diante das ameaças do coronavírus, que já mudou as dinâmicas de sociedade, nos estimula a sonhar com um mundo sob bases mais justas, democráticas e sustentáveis. Não há espaço para o retrocesso. Niterói tem histórico, tradição e vocação para o avanço.

Axel Grael
Prefeito de Niterói




NITERÓI AVANÇA NA SUA POLÍTICA CLIMÁTICA

 




Nossa cidade segue avançando em políticas públicas sustentáveis! A Prefeitura de Niterói recebeu esta semana a validação de seu inventário de gases de efeito estufa (GEE’s). Niterói contou com o apoio do ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade para garantir que o material esteja de acordo com os requisitos do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia. A análise das emissões de 2016 a 2018 apontou que, em três anos, o município teve queda de 18% na quantidade de emissões, calculadas em toneladas.

Essa validação reforça o trabalho de Niterói na ação climática a nível local. As questões climáticas impactam todo o planejamento urbano de uma cidade. Compreender os dados do inventário de gases de efeito estufa (GEE’s) que nossa cidade produz é essencial para nos mantermos no patamar responsável por um ambiente mais equilibrado. A Secretaria Municipal do Clima é um passo fundamental para que Niterói se destaque no novo cenário, se proteja e influencie os novos tempos. O futuro será sustentável ou não teremos futuro! E não há desafio mais crucial para que se alcance a sustentabilidade do que reverter as mudanças climáticas. Niterói dará a sua contribuição.

Axel Grael
Prefeito de Niterói





1º de maio - Dia do Trabalhador

 


O Dia do Trabalhador é uma data que marca as conquistas de um povo que sabe o valor do trabalho para a nossa sociedade. Este ano, deixo meu abraço especial aos servidores da Prefeitura de Niterói que, com muita dedicação, trabalham e fazem nossa cidade funcionar. São funcionários da limpeza urbana, da educação, da saúde, da segurança, da assistência social, da conservação pública, da administração, entre tantos outros.

No dia 1º de maio de 2020, não esperávamos que um ano depois ainda estaríamos atravessando o maior desafio desta geração. Continuamos na luta contra a pandemia da Covid-19, que alterou drasticamente a dinâmica da nossa sociedade. Infelizmente, no último trimestre o Brasil chegou a 14,4 milhões de desempregados. Seis milhões já desistiram de procurar emprego. Em Niterói, para atravessar o desafio da pandemia, a Prefeitura implementou diversas ações para a manutenção da atividade econômica e preservação dos postos de trabalho na cidade, com programas que já receberam investimentos na ordem de R$ 600 milhões. Recentemente ampliado, o Empresa Cidadã vai dobrar o número de empregos protegidos pela administração municipal, chegando a 24 mil.

Apesar dos tempos difíceis que vivemos, todos os dias acordo com a certeza de que dias melhores virão. Lembro com emoção de um ex-aluno do Projeto Grael que certa vez nos mostrou sua carteira de trabalho assinada e disse: "Meu pai nunca teve isso". O Projeto Grael, iniciativa social que fundei em 1998 com meus irmãos Torben e Lars, oferece não só iniciação esportiva na vela, mas também capacitação profissional a milhares de jovens. Décadas depois, continuo acreditando nos nossos jovens e nas oportunidades como o caminho principal para um futuro melhor. Tenho também muito orgulho de integrar o PDT, um partido que tem sua história marcada pelo trabalhismo e pela defesa dos trabalhadores do nosso País. 

Venho dizendo que a retomada econômica em Niterói será com geração de emprego e renda. Será uma retomada com olhar especial para políticas de trabalho, com cooperação da nossa Universidade Federal Fluminense, de capital humano de valor inestimável, e com oportunidades. Niterói é uma cidade com povo forte, trabalhador, e que se preparou para o futuro com racionalização de gastos, gestão eficiente e transparência. Dias melhores virão, e nós sairemos na frente.

Axel Grael
Prefeito de Niterói