sábado, 31 de julho de 2021

Torça por mim: Como uma volta ao mundo ajudou Martine Grael na preparação para Tóquio



Velejadora campeã olímpica Martine Grael. Foto Guito Moreto / Agência O Globo Foto: Guito Moreto / Agência O Globo


Campeã olímpica nas Olimpíadas do Rio, em 2016, a velejadora conta como tentou se desafiar como pessoa e profissional até chegar nos Jogos Olímpicos

Martine Grael, em depoimento a Carol Knoploch

Eu precisei dar uma volta ao mundo para estar aqui em Tóquio. Não me refiro apenas à longa viagem de avião até aqui. Estou falando de experiência, vivência e desafios. Corri a Volvo Ocean Race, maior competição de vela oceânica do mundo, no meio do ciclo olímpico de Tóquio e a bordo do barco holandês AkzoNobel. Terminamos em quarto lugar e a equipe chinesa Dongfeng Race se sagrou campeã. Mesmo com as diferenças óbvias entre os barcos e as propostas de cada categoria, a regata de volta ao mundo me desenvolveu esportivamente mas também contribuiu para meu crescimento pessoal. Aprendi a aceitar maneiras diferentes de lidar com as situações adversas e amoleci o coração — e olha que sou muito cabeça dura. Considero esta regata um dos aprendizados mais importantes da minha vida. Pelo menos até aqui... Se não tivesse aceitado esse desafio, não sei se estaria tão focada e ao mesmo tempo tão tranquila. Vou defender o ouro conquistado no meu país.

Em 2017/2018, a Volvo abriu de vez as portas para nós mulheres. Os homens velejam há anos juntos e a gente está entrando nesse mundo agora, aos poucos. Eles têm menos confiança na gente. Desta vez, porém, a regra para a composição dos barcos beneficiou aqueles que escalaram atletas do sexo feminino. Para ter nove a bordo, era preciso escalar, no mínimo, duas mulheres. No total, 17 mulheres disputaram esta edição, três no nosso barco e eu fui a primeira brasileira a entrar nessa. Carolijin Brouwer, uma holandesa que morou por uma década no Rio de Janeiro e Belo Horizonte, estava no barco campeão.

Já havia recusado um convite para a Volvo em 2014 porque priorizei a preparação para o ciclo Rio-2016. Vivi somente para aquilo. Desta vez, senti que precisava dar um tempo da rotina. Mas, diferentemente do vôlei de praia, que tem frequentes trocas de dupla, na vela olímpica é preciso ter um biotipo ideal para cada classe. É muito difícil ter intercâmbio entre as classes. Eu e a Kahena Kunze procurávamos oportunidades profissionais dentro da nossa modalidade e que fossem um respiro da vela olímpica. Temos uma amizade muito grande, mas o trabalho obviamente desgasta a relação.

A vela oceânica é uma aventura e uma regata muito interessante porque somos desafiados a conviver em equipe, a buscar resultado, além da boa passagem em pontos extremos do planeta. Por isso, o convite foi perfeito, no timing certo. Me deu fôlego para depois me entregar novamente ao 49erFX.

Superação e reinvenção

Falo assim, mas a decisão de entrar naquele barco não foi fácil. Duvidei se tinha as competências necessárias. Nunca tinha feito regatas de um continente ao outro. Conversei com colegas, treinadores e com meu pai, o Torben, que venceu a Volvo em 2008/2009 comandando o barco sueco Ericsson 4. Ele me perguntou se era isso que eu queria umas três vezes. Eu sou assim, antes de mergulhar de cabeça, pesquiso, questiono. Até em relacionamentos. Não gosto de me frustrar... E acabou que nesta viagem eu me frustrei, me superei, me reinventei.

Quando resolvi embarcar, duas pessoas de extrema confiança, experientes em regata oceânica e que estariam no time holandês, se desligaram da competição. Com eles, eu sei que me sentiria à vontade até para fazer perguntas estúpidas. Coisa de principiante. E essas desistências aconteceram horas antes do embarque. Balancei... Como passaríamos pelos mares do Sul, os mais perigosos?

Resolvi experimentar mesmo assim. Ao menos a primeira perna. Se não me sentisse confiante ou se tivesse alguma questão, parava. Resolvi encarar a segunda perna. O australiano Chris Nicholson, com seis voltas ao mundo no bolso, mas que havia levado seu barco para pedras no ano anterior, foi convidado a entrar no time. Na hora pensei que a coisa ia afundar. Topei a terceira perna e virei fã dele. Um verdadeiro líder. Quando fui ver, já estava na metade da regata. E veio a certeza: “Se cheguei à metade, aguento o resto”.

Me perguntam sobre as principais dificuldades de uma regata como esta, com duração de cerca de nove meses, 45 mil milhas náuticas percorridas, cruzando quatro oceanos, tocando seis continentes e 12 cidades mundiais, entre elas Itajaí (SC). As coisas ruins, esquecemos rapidinho. Só ficam as boas lembranças. Por isso que as pessoas voltam para fazer essas loucuras.

E para mim a parte mais incrível, além da chegada no litoral do Brasil, com recepção na água dos meus pais, foi quando tive a oportunidade de timonear em parte dos mares do sul, da Nova Zelândia ao Brasil, chegando perto do Estreito de Magalhães, entre o continente da América do Sul, a Terra do Fogo e o Cabo Horn.

Frio na barriga

A descida da onda era muito longa e a aceleração era tão forte que dava frio na barriga. Uma tensão constante com a aproximação das ondas seguintes e o limite para a escolher entre um lado e o outro. Foi muito emocionante apesar da notícia do falecimento de um colega de outra equipe, na perna anterior. Ele se perdeu no mar. A tristeza era inevitável mas veio acompanhada de solidariedade. Foi a primeira vez que senti a preocupação mútua na nossa tripulação. Foi nosso ponto de virada.

Os mares do sul são espetaculares. Dá uma mistura de medo e amor. Você se sente insignificante em relação à força da natureza, a grandiosidade das ondas e a beleza dos albatrozes. Me achava super veloz a 30 nós, mas eles têm eficiência de voo. Davam três voltas na gente, sem bater a asa... Precisamos aprender muito com a natureza.

Claro que o convívio não é fácil. E na segunda semana todo mundo fica um pouco louco por causa do confinamento. Os perrengues com o frio (cheguei a congelar um dedo do pé) e o calor extremo também fizeram parte do roteiro. Tinha sempre uma barra de chocolate para me aquecer no frio e spray de água para amenizar o calor. Listo ainda a comida desidratada e a roupa encharcada constantemente. A sensação que tenho é que vivi muitos anos em meses.

Mas era o que eu precisava após um ouro olímpico. Buscar melhorar como pessoa e velejadora. Quero que eu e a Kahena consigamos render tudo o que podemos nas águas de Enoshima. O resultado será correspondente. Já velejamos no Japão e sabemos que pode ter calmaria ou mar mexido. O ouro da Rio-2016 parece tão distante após um ciclo agitado como esse. Mas é inevitável relembrar aqui em Tóquio daquela chegada na Baía de Guanabara, com ultrapassagem na última boia e o frio na barriga. Tenho a esperança de sentir algo parecido de novo.

Fonte: O Globo  



segunda-feira, 26 de julho de 2021

QUEIMADAS: Seca e fogo amplificam morte de árvores e emissões de CO2 pela Amazônia







Elton Alisson | Agência FAPESP – As secas extremas estão se tornando cada vez mais frequentes e intensas devido às mudanças climáticas, o que pode ter grandes impactos na Amazônia. Entre o final de 2015 e o início de 2016, durante o verão, o bioma foi atingido por uma grande estiagem e incêndios florestais associados ao El Niño. Os efeitos do evento climático duraram pelos três anos posteriores, resultando, até 2018, na morte de 3 bilhões de árvores e na emissão de 495 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) – superior à média anual do desmatamento em toda a Amazônia brasileira.

As constatações foram feitas por meio de um estudo realizado por pesquisadores do Brasil e do Reino Unido. Os resultados do trabalho, apoiado pela FAPESP no âmbito do Programa BIOTA, foram publicados ontem (19/07) em artigo na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), dos Estados Unidos.

“Vimos que as árvores localizadas em áreas da floresta que já tinham sofrido algum distúrbio antrópico no passado, como queimada ou extração de madeira, foram mais vulneráveis aos efeitos da combinação de seca e do fogo associados ao El Ninõ de 2015 do que as que estavam situadas em regiões mais conservadas do bioma”, diz à Agência FAPESP a brasileira Erika Berenguer, pesquisadora das universidades Lancaster e de Oxford, do Reino Unido, e primeira autora do estudo.

Os pesquisadores realizavam desde 2010 um estudo no Baixo Tapajós – uma área com tamanho equivalente a cerca de duas vezes o da Bélgica – quando a região foi atingida e tornou-se, no final de 2015, o epicentro do El Niño na Amazônia.

As áreas de 2,5 mil metros quadrados, que eles vinham estudando para quantificar os impactos causados por distúrbios provocados pela ação humana na Amazônia – distribuídas em um território de 6,5 milhões de hectares da floresta –, foram completamente destruídas pelos incêndios florestais, exacerbados pelo fenômeno climático.

Em circunstâncias normais, por causa dos altos níveis de umidade, a floresta amazônica não queima. No entanto, a seca extrema torna a floresta temporariamente inflamável. Dessa forma, o fogo utilizado para queimar a floresta derrubada em uma área desmatada ou para auxiliar na limpeza de um pasto pode escapar do controle e se dispersar pela floresta, provocando grandes incêndios florestais.

“O fogo iniciado em outras áreas entrou nas parcelas que monitorávamos desde 2010 e queimou tudo. Uma série de experimentos que realizávamos derreteu, literalmente, porque eram feitos com dispositivos com materiais plásticos”, diz Berenguer.

Perda de árvores

Em meio a esse cenário desolador, os pesquisadores tiveram a ideia de medir trimestralmente os impactos causados pelo El Niño de 2015-2016 e a duração deles até três anos após o fenômeno climático em 21 das parcelas pesquisadas.

Parte das parcelas era composta por floresta primária que nunca sofreu distúrbios; outras eram formadas por florestas primárias que já haviam sido alvo de corte seletivo de madeira e outro grupo por florestas primárias que já haviam sido afetadas não só pela extração ilegal de árvores, mas também haviam queimado no passado. Além disso, também foram avaliadas parcelas formadas por florestas secundárias, que crescem em áreas que foram completamente desmatadas.

As análises revelaram que a associação da seca extrema com os megaincêndios desencadeados pelo El Niño causaram a morte de cerca de 3 bilhões de árvores na área estudada, que equivale a 1,2% do território da Amazônia brasileira e 1% de todo o bioma.

Desse total de vegetação morta, 446 milhões foram árvores grandes – com mais de 10 centímetros (cm) de diâmetro na altura do peito (DAP) – e cerca de 2,5 bilhões foram árvores menores, com menos de 10 cm de DAP, estimam os pesquisadores.

“Algumas áreas perderam 75% das árvores. Com isso, a floresta mudou completamente, ficando totalmente aberta”, diz Berenguer.

A perda de árvores foi muito pior nas florestas secundárias e em outras florestas afetadas pela intervenção humana. As árvores com menor densidade de madeira e cascas mais finas foram mais propensas a morrer com a seca e os incêndios. Essas árvores menores são mais comuns em florestas afetadas pelo homem.

Os pesquisadores também compararam o efeito da seca em diferentes tipos de floresta, bem como os estresses combinados da seca e do fogo exacerbado pelo El Niño.

A mortalidade de árvores foi maior nas florestas secundárias, por causa da seca, em comparação com as florestas primárias. O impacto foi maior nas áreas de florestas modificadas pela ação humana que experimentaram uma combinação de seca e fogo.

“Embora estudos anteriores tenham mostrado que as florestas afetadas por perturbações causadas pela interferência humana são mais suscetíveis a incêndios, não se sabia se havia alguma diferença na vulnerabilidade e resiliência das árvores quando ocorrem secas e incêndios florestais”, explica Berenguer.

Os pesquisadores também constataram que plantas em florestas afetadas pela seca, bem como em florestas queimadas, continuaram morrendo em uma taxa acima do normal por até três anos após a seca do El Niño, liberando mais CO2 na atmosfera.

A mortandade de plantas na região do Baixo Tapajós gerou a emissão de 495 milhões de toneladas de CO2 – maior do que a causada pelo desmatamento durante um ano inteiro em toda a Amazônia. Como resultado da seca e dos incêndios, a região liberou uma quantidade de CO2 em um período de três anos equivalente às emissões anuais do gás de efeito estufa de alguns dos países mais poluentes do mundo.

“Essa quantidade de CO2 gerado foi maior do que a emissão anual de países como a Austrália e o Reino Unido”, comparou Berenguer.

As emissões de CO2 das florestas queimadas por incêndios florestais foram quase seis vezes maiores do que as florestas afetadas apenas pela seca.

Após três anos, apenas cerca de um terço (37%) das emissões foi reabsorvido pelo crescimento das plantas na floresta.

“Os resultados do estudo estão em consonância com trabalhos publicados recentemente por outros grupos que mostram que a Amazônia pode deixar de ser um sumidouro e se tornar uma fonte de carbono”, avalia Carlos Joly, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da coordenação do Programa BIOTA-FAPESP.

“Essa conjunção de estudos mostra que a frequência de perturbações humanas na Amazônia está acelerando e pode fazer com que sejam atingidos limites irreversíveis de perda de floresta. Dessa forma, a Amazônia deixaria de ser uma formação florestal fechada para se tornar uma floresta aberta, muito menos densa e exuberante do que é hoje”, indica Joly, que também é um dos autores do estudo.

Parte dos resultados do estudo foram gerados por meio do projeto temático "Ecofor: Biodiversidade e funcionamento dos ecossistemas em áreas alteradas pelo homem nas florestas amazônica e Atlântica", apoiado pela FAPESP, e coordenado por Joly, na Mata Atlântica, e Jos Barlow, professor da Lancaster University, na Amazônia.

"Não observamos na Mata Atlântica a mesma correlação de fatores verificada na floresta amazônica", afirma Joly.

O artigo “Tracking the impacts of El Niño drought and fire in human-modified Amazonian forests” (DOI: 10.1073/pnas.2019377118), de Erika Berenguer, Gareth D. Lennox, Joice Ferreira, Yadvinder Malhi, Luiz E. O. C. Aragão, Julia R. Barreto, Fernando Espírito-Santo, Axa Figueredo, Filipe França, Toby Alan Gardner, Carlos A. Joly, Alessandro F. Palmeira, Carlos Alberto Quesada, Liana Chesini Rossi, Marina Maria Moraes de Seixas, Charlotte C. Smith, Kieran Withey e Jos Barlow, pode ser lido na revista PNAS em https://www.pnas.org/content/118/30/e2019377118 .

Fonte: Agência FAPESP





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PARQUES DE NITERÓI: Ponte de Pedra na área do Parnit é tombada pelo município

 





Monumento construído por africanos escravizados na década de 1830 integra a Trilha Colonial

A Ponte de Pedra na Trilha Colonial do Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit), agora faz parte do Patrimônio Histórico, Cultural e Arquitetônico da cidade. O tombamento da área, que foi descoberta e recuperada em dezembro de 2020 por uma equipe de voluntários do Parque, foi publicado no Diário Oficial do Município e se estende aos demais elementos de natureza histórica, cultural e arquitetônica dessa área ambiental de conservação da cidade que ainda possam ser catalogados.

O local, que foi construído por africanos escravizados, também serviu de passagem para indígenas e mercadores no período colonial. Durante quatro meses, cinco voluntários que atuam no Parque participaram do trabalho de escavação para resgatar essa parte histórica da cidade. Eles têm o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS), que instalou uma placa para marcar a ação de resgate do monumento.

Niterói revelando seu passado através de uma descoberta incrível feita por um grupo de cinco voluntários que atuam no Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit). Este patrimônio encontrado em nossa cidade será profundamente estudado a partir da integração do olhar ambiental e histórico. Além disso, o local se torna mais uma atração turística em Niterói. Está no turismo uma das chaves da nossa retomada econômica, com geração de emprego e renda. Parabéns a todos os envolvidos neste lindo trabalho”, comemora o prefeito Axel Grael.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Rafael Robertson, reforça a importância desse tipo de ação do município e a parceria com os voluntários e historiadores. O tombamento, segundo ele, abre espaço para que outros monumentos da área do Parnit possam ainda ser catalogados.

“O tombamento da Ponte de Pedra é um passo significativo para a valorização e preservação da memória de uma parte importante da história da nossa cidade. O que esses voluntários fizeram, ao revelar esta riqueza, é uma demonstração de amor e zelo. Como gestor público agradeço a dedicação e ressalto que o meio ambiente é transversal. A revelação da Ponte de Pedra nos mostra que temos um monumento dentro de uma unidade de conservação, que integra preservação do meio ambiente, história e cultura. Nosso objetivo é unir esforços para aprofundar o estudo sobre o passado daquela região. É importante atuarmos para integrar o olhar ambiental ao histórico”, explicou o secretário.

A pesquisa mostra cotidianos da região do Recôncavo da Guanabara até o final do século XIX e lados pitorescos e bucólicos.

“A preservação do patrimônio histórico e cultural de Niterói é fundamental. A Ponte da Pedra conta um pedaço da nossa história e seu tombamento garante a preservação da memória, reafirmando a Cultura como um Direito”, disse o secretário das Culturas, Leonardo Giordano.

Até dezembro de 2020, somente uma pequena área da Ponte de Pedra era visível. O gerente de vendas aposentado e montanhista Ezequiel Vicente Gongora, o Ziki, de 73 anos, foi quem teve a ideia da escavação do local e participou do trabalho ao lado de quatro voluntários.

“O tombamento é de extrema importância. É tudo de bom para a cidade e sua história. É uma oportunidade de todos visitarem a ponte. Agora estamos reconstruindo um terreiro de café”, disse Ziki, agradecendo o prefeito Axel Grael e ao vereador Leandro Portugal, que abriu o processo de tombamento da ponte.

Fonte: Prefeitura de Niterói




quarta-feira, 21 de julho de 2021

Niterói amplia diálogo sobre mudanças climáticas



Foto de Axel Grael


A Prefeitura de Niterói está ampliando o diálogo sobre ações de combate às mudanças climáticas. Foram publicados em Diário Oficial, na última semana, os decretos de criação do Comitê Intersecretarial de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas – COMCLIMA e do Fórum das Juventudes em Mudanças Climáticas de Niterói. As duas instâncias vão concentrar discussões sobre o tema no âmbito da administração municipal e com os jovens da cidade.

O COMCLIMA se insere em uma das principais propostas da Secretaria Municipal do Clima: atuar de forma transversal com as demais áreas do governo, discutindo adaptações às mudanças climáticas. Todos os órgãos da Prefeitura de Niterói terão representantes no comitê, que deve ter o regimento interno de funcionamento aprovado em até 60 dias.

“Muitas secretarias municipais de Niterói já desenvolvem ações de mitigação das emissões de gases de efeito estufa, e esse comitê traz a discussão em uma perspectiva integrada. Nossa ideia é sempre abraçar as ações de forma participativa. É um grande desafio para todos, mas já estamos conseguindo construir um diálogo conjunto”, pontua o secretário municipal do Clima, Luciano Paez.

O grupo executivo do COMCLIMA, que vai contar com representantes de 10 secretarias, vai alinhar em curto prazo as iniciativas de governo relativas à implantação de ações de adaptação e mitigação de emissões de gases de efeito estufa.

O Fórum das Juventudes em Mudanças Climáticas de Niterói, por sua vez, terá o objetivo de mobilizar e sensibilizar a juventude niteroiense para discutir os problemas decorrentes das mudanças do clima e o desenvolvimento sustentável. O coordenador da Juventude, Eduardo Oliveira, defende que o fórum é uma iniciativa importante para a transformação da realidade através da discussão, da formulação de projetos e proposição de novos modelos de consumo e práticas para amenizar impactos das mudanças climáticas.

“Há um grande potencial na juventude das cidades que vivem e elaboram seus espaços para, através de pequenas práticas individuais e/ou coletivas, mudar toda a realidade mundial. Niterói é pioneira em muitos aspectos. Foi a primeira cidade do país a criar uma pasta de Juventude quando o debate ainda nacional; a primeira a criar uma secretaria do clima, para pensar, destacar e influir diretamente sobre projetos do tema; e agora mais uma vez é a primeira a instituir um espaço de Juventude para pensar novos modelos para evitar os efeitos negativos das mudanças climáticas”, destaca.

A Plenária do Fórum das Juventudes em Mudanças Climáticas de Niterói será composta por 20 membros: 5 do poder público, 5 da Academia, 5 de organizações da sociedade e 5 da iniciativa privada. O preenchimento das vagas para representação de cada setor será realizado por meio de edital de chamamento público a ser publicado pela Secretaria do Clima em até 60 dias.

Fonte: Prefeitura de Niterói





segunda-feira, 19 de julho de 2021

Mais um ciclo de obras na Região Oceânica







Obras de mobilidade, drenagem e pavimentação avançam em vários bairros

Nos últimos oito anos, após décadas de abandono, a Região Oceânica teve o maior ciclo de investimentos da história, com a abertura do emblemático túnel Charitas-Cafubá e obras de infraestrutura em mais de 200 ruas, que deram adeus à lama e alagamentos históricos. Nem todos lembram, mas no início da gestão de Rodrigo Neves, praticamente nenhuma das ruas da Região Oceânica tinha drenagem e pavimentação adequadas. No último fim de semana, visitei canteiros de obras em Piratininga, Santo Antônio e Maralegre. Fiquei muito satisfeito em ver que as intervenções avançam, inclusive no Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis, transformando bairros e melhorando a qualidade de vida da população.

No último sábado, vistoriei a implantação da primeira etapa do sistema cicloviário, que está começando por Piratininga. Este primeiro lote de obras contempla áreas da Avenida Almirante Tamandaré, no trecho entre a prainha de Piratininga até a rotatória da entrada de Camboinhas, passando por toda a orla de Piratininga e a Avenida Acúrcio Torres. A Avenida Irene Lopes Sodré, no Engenho do Mato, também será beneficiada nesta fase de intervenções. Ao todo, serão implantados 60 quilômetros, que contarão com ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, além de bicicletários fechados, paraciclos e requalificação urbana de vias.




 

Estas intervenções darão mais segurança aos ciclistas e frequentadores da região e vai valorizar muito a orla de Piratininga, um dos locais mais bonitos da nossa cidade. O projeto, que não apenas mantém como revitaliza as praças e brinquedos infantis, permitirá a manutenção da atividade que ficou conhecida como Rollerzão, que faz sucesso aos finais de semana na pista junto à praia. Nos últimos oito anos, a Prefeitura vem investindo em ciclovias e ciclofaixas, como as das Avenidas Marquês do Paraná e Roberto Silveira. A cidade conta, atualmente, com 45 quilômetros destinados especificamente para a circulação de pessoas utilizando bicicletas e com estes investimentos na Região Oceânica será possível ultrapassar a marca de 100 quilômetros de ciclovias na cidade

Drenagem e pavimentação – No Santo Antônio, cerca de 90% do trabalho de implantação da rede de drenagem e 60% de pavimentação já foram concluídos. No Maralegre, ao todo, serão 15 ruas beneficiadas com as intervenções realizadas pela Prefeitura, e 12 já receberam a drenagem. Ao todo, mais de 200 ruas já ficaram livres dos alagamentos. A meta é alcançar a marca de todas as ruas da Região Oceânica asfaltadas. No momento, Serra Grande e Maravista também recebem obras de drenagem e pavimentação.

Esporte e lazer – No fim de semana, também acompanhei as atividades promovidas no Parque Rural, no Engenho do Mato, que foi entregue para a população em 2020. Com a maior pista coberta para atividades equestres do Estado do Rio de Janeiro, o Parque está localizado em uma área de aproximadamente 10 mil metros quadrados foi criado com o objetivo de incentivar a vocação rural do bairro, estimular novos negócios e investimentos, além de gerar emprego e renda, e promover atividades gratuitas voltadas para a área de esporte e lazer para a população.

O Parque Rural vai promover atividades e eventos de estímulo aos negócios e investimentos, com a geração de emprego e renda. É importante ressaltar que as atividades culturais e de iniciação esportiva desenvolvidas naquele espaço público também são instrumentos importantes de inclusão social.

Axel Grael
Prefeito de Niterói






Programa Niterói Cidadã fortalecerá o Terceiro Setor

 


Programa prevê capacitação para que entidades consigam realizar ações em benefícios dos cidadãos

Capacitar Organizações Não Governamentais para que aprimorem a gestão, elaborem projetos e captem recursos de forma independente. Este é o objetivo do programa Niterói Cidadã, lançado nesta segunda-feira (19-07) pela Prefeitura de Niterói. A iniciativa, desenvolvida pela Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão (Seplag), conta com a atuação voluntária da minha esposa, Christa Grael, que durante 12 anos esteve à frente do Projeto Grael, conhecendo de perto os desafios e o potencial do Terceiro Setor na implementação de ações que visam ao desenvolvimento econômico e social.

A primeira fase do programa é o Portal de Serviços, um questionário a ser respondido pelas entidades para que seja elaborado um diagnóstico do segmento e definidas estratégias de atuação do município. 


Se você atua no Terceiro Setor, abra o Portal de Serviços pela internet (https://servicos.niteroi.rj.gov.br) ou baixar o aplicativo "Niterói Serviços Cidadão" nas lojas virtuais. Em seguida, fazer o login no Portal e buscar "Niterói Cidadã" nos serviços em destaque na primeira página. O questionário ficará disponível até 9 de agosto. 


O Niterói Cidadã está sendo estruturado a partir de três eixos de ação: formalização, captação de recursos e capacitação. O projeto Niterói Cidadã vai proporcionar que as grandes ideias dessas organizações se tornem projetos viáveis, impactando positivamente o município e seus cidadãos. Para que a Prefeitura de Niterói possa atuar fortalecendo o setor, é importante que cada entidade aponte suas principais demandas.

O Município oferecerá cursos e capacitações através da Escola de Governo e Gestão, fortalecendo as instituições para que elas tenham condições de elaborar projetos e buscar apoio para colocá-los em prática.

O programa contará com a participação de diferentes órgãos da Prefeitura, como as secretarias municipais de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão (SEPLAG), de Participação Social (Sempas), de Direitos Humanos (SMDH), de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SMARHS), de Assistência Social e Economia Solidária (SMAES) e do Escritório de Gestão de Projetos (EGP).

Axel Grael
Prefeito de Niterói



Campanha Niterói Solidária ultrapassa 44 toneladas de doações



Primeira dama Christa Grael e participantes da Campanha Niterói Solidária recebe mais uma doação de alimentos.


A Campanha Niterói Solidária continua recebendo doações nos postos de vacinação contra a Covid-19. A campanha foi criada para ajudar as famílias mais vulneráveis em razão da pandemia e que não são assistidas por outros programas da prefeitura. Nesta quarta-feira (14), foi a vez de o Colégio Objetivo fazer a doação de 650 kg de alimentos. Qualquer pessoa pode comparecer a um dos postos e doar alimentos não perecíveis e produtos de limpeza e higiene. Com a chegada do inverno, a campanha passou a receber também artigos de frio como casacos, cobertores, gorros e luvas, desde que em bom estado de conservação. Até o momento, mais de 44,6 toneladas de alimentos já foram arrecadadas.

Christa Grael, primeira-dama e coordenadora voluntária da campanha, ressalta que a doação de cada um faz a diferença e todos podem contribuir.

“Parcerias como a do Colégio Objetivo são fundamentais para ampliar o alcance da Niterói Solidária. Nossa campanha tem a alegria de poder contar com várias instituições parceiras, que se mobilizam para arrecadar alimentos e contribuem de maneira muito positiva nessa causa. Vamos continuar ajudando as famílias niteroienses a atravessarem esse momento de pandemia. Todos os postos de vacinação contra a Covid-19 continuam recebendo doações de alimentos não perecíveis, materiais de limpeza, de higiene e agasalhos. Todos podem contribuir, não somente aqueles que estão se vacinando. A doação de cada um faz a diferença na vida de muitas pessoas”, reforçou a coordenadora.

A Campanha Niterói Solidária foi lançada no dia 7 de abril. Toda semana, entidades da sociedade civil recebem kits montados com os itens recebidos que irão para as famílias por intermédio das instituições cadastradas pelo chamamento público.

A diretora-adjunta do Colégio Objetivo Camboinhas, Sueli Brum, destacou a solidariedade dos pais e alunos.

“O Colégio Objetivo Camboinhas ficou muito feliz em poder arrecadar esses 650 Kg de alimentos para a Campanha Niterói Solidária. Essa doação é fruto da solidariedade de pais e alunos. Realizamos jogos internos para estimular a doação dos alimentos e também arrecadamos em nosso evento junino, a Festa da Roça. Ficamos muito felizes em contribuir e reconhecemos o valor dessa campanha”, disse Sueli.

Doação de sangue – Em maio, a Campanha começou a incentivar também a doação de sangue para ajudar os pacientes atendidos pelo banco de sangue do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP). Por conta da pandemia de Covid-19, é necessário agendamento prévio da data e horário para a doação a fim de evitar aglomerações no local. O agendamento pode ser feito no telefone (21) 2629-9063, ou pelo facebook.com/Hemonit. Além disso, o número de cadeiras disponíveis na sala de espera foi reduzido, e as poltronas e demais equipamentos estão sendo higienizadas entre um doador e outro. O Hemonit fica no Hospital Antônio Pedro, na Avenida Marquês do Paraná, 303, no Centro de Niterói, e funciona de segunda a sexta, das 8h às 12h.

Locais de arrecadação:

– Policlínica Sérgio Arouca – Rua Vital Brazil Filho, s/nº – Vital Brazil.

– Policlínica Dr. João da Silva Vizella – Rua Luiz Palmier, 726 – Barreto.

– Policlínica Regional de Itaipu – Avenida Irene Lopes Sodré – Itaipu.

– Policlínica Regional Carlos Antônio da Silva – Avenida Jansen de Melo, s/nº – São Lourenço.

– Policlínica Regional Doutor Guilherme Taylor March – R. Desembargador Lima Castro, 238 – Fonseca.

– Policlínica Regional de Piratininga Dom Luís Orione – Rua Dr. Marcolino Gomes Candau, 111– Piratininga.

– Policlínica Regional Dr. Renato Silva – Avenida João Brasil, s/nº – Engenhoca
– Drive thru na Universidade Federal Fluminense – Campus Gragoatá – Rua Alexandre Moura, 8 – São Domingos.

– Posto volante no Colégio Gomes Pereira: Av. Rui Barbosa, 1250 – Largo da Batalha

– Posto volante no Campo de São Bento: Centro Cultural Paschoal Carlos Magno – Icaraí

Fonte: Prefeitura de Niterói




domingo, 18 de julho de 2021

AXEL GRAEL COMPLETA SEIS MESES DE MANDATO MANTENDO O ‘SARRAFO EM ALTA’: entrevista à Folha de Niterói





Em entrevista ao jornal Folha de Niterói, o prefeito da cidade avalia sua gestão e comenta sobre projetos já concluídos e planos futuros em sua administração

Após oito anos de governo Rodrigo Neves, com alto índice de aprovação, iniciou-se, no mês de janeiro deste ano, em Niterói, uma nova era com o prefeito Axel Grael. E já se foram seis meses de Axel sentado na cadeira mais importante do município, enfrentando, nesse tempo, o grande desafio de superar a pandemia, sem deixar de olhar para os demais anseios da população, além da responsabilidade de manter o “sarrafo em alta” pelo seu antecessor.

Em seu gabinete, que mostra o seu amor pelo verde com plantas diversas, Axel Grael, conhecido por suas ações ambientais, recebeu a equipe do jornal FOLHA DE NITERÓI em seu gabinete. O prefeito analisou os seus primeiros meses de mandato e respondeu às perguntas feitas pelo jornalista Alexandre Brasil.

FOLHA DE NITERÓI: Como ultrapassar o desafio de começar uma administração em meio a uma pandemia?

AXEL GRAEL: O grande desafio é trabalhar para que Niterói possa superar a pandemia o mais rápido possível, mas mantendo a qualidade do serviço entregue à população. Desde março do ano passado, Niterói vem fazendo um programa de auxílio social que nenhuma outra cidade fez. Ao longo desse período, atendemos 50 mil famílias e 3.500 empresas da cidade e protegemos 15 mil empregos. Agora, em julho, ultrapassamos R$ 1 bilhão de gastos com esses programas de apoio. Ao mesmo tempo, estamos investindo em ações para a retomada da economia. Investimos também na parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), com a criação do Programa de Desenvolvimento de Projetos Aplicados, através do qual a Prefeitura aportou R$ 25 milhões para que a UFF desenvolva projetos de soluções para prioridades elencadas no planejamento estratégico da cidade, o Niterói Que Queremos. A Prefeitura também está estruturando a sua política de trabalho, emprego e renda com a criação de uma coordenadoria para área, a implantação do SINE-RJ em Niterói e os projetos para criação do Fundo Municipal e do Conselho Deliberativo do Trabalho, Emprego e Renda. Além disso, contamos agora com o Observatório do Trabalho, com o objetivo de analisar, produzir e monitorar dados sobre emprego e renda para traçar políticas públicas capazes de alavancar a geração de empregos na cidade, em meio à pior crise econômica da história.

FN: Muitas das ações do governo como o PPA, o Planejamento Urbano, retorno às aulas presenciais e até mesmo a troca do nome da Moreira Cesar por Ator Paulo Gustavo, têm como base a consulta pública. Qual a importância que a participação popular tem em sua administração?

AG: Acredito firmemente que a construção de uma cidade melhor e mais justa precisa ser feita através de uma escuta permanente ao cidadão. Desde a construção do Plano Niterói Que Queremos, em 2013, contamos com a participação da sociedade na elaboração das políticas públicas. Escutar a sociedade é fundamental para criarmos um ambiente de gestão pública participativa e democrática, aumentando o nível de confiança e satisfação do cidadão com a gestão.





FN: Ao assumir a Prefeitura de Niterói, o senhor falava que um dos maiores desafios a enfrentar era manter o “sarrafo em alta”, se referindo ao legado deixado por Rodrigo Neves. Que ações o senhor destacaria nesses seis primeiros meses que mantêm a positividade na avaliação da administração municipal?

AG: Estamos conseguindo avançar no nosso calendário de vacinação e desenvolver ações para permitir a retomada da economia em Niterói, preparando a cidade para o cenário pós-pandemia. Enviamos para a Câmara o projeto da criação da Moeda Social Arariboia, criamos a plataforma Novos Negócios, estamos avançando com as orlas do Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis, lançamos o Portal de Serviços ao Cidadão, iniciamos as obras de expansão da rede cicloviária na Região Oceânica, entre outras ações relevantes nesses primeiros seis meses.

FN: As questões ambientais sempre fizeram parte de sua atuação pública. Como está Niterói neste setor. A cidade, inclusive, é a primeira do país a criar uma secretária específica para as questões climáticas. A Praia do Sossego concorre à bandeira azul. O que mais podemos esperar?

AG: A questão climática já vinha sendo um importante tema no planejamento da cidade, como por exemplo, é uma das fortes ênfases do Plano Diretor da cidade e a criação da Secretaria Municipal do Clima, a primeira do país, é outro passo importante no caminho da sustentabilidade. Como resultado do trabalho da SeClima, foram anunciados dois passos importantes: a Escola Municipal Prof. Marcos Waldemar de Freitas Reis, de Itaipu, será a primeira escola do município Carbono Zero. O Hospital Pediátrico Getulinho será a primeira unidade de saúde neutra em carbono. Os trabalhos para isso começaram em abril. Outro passo no caminho da sustentabilidade é a ampliação da malha cicloviária da cidade. O primeiro lote de obras na Região Oceânica começou em janeiro e estamos trabalhando para lançar os demais editais para a ampliação da infraestrutura cicloviária da Região Oceânica, que terá mais de 60 km, fazendo que a cidade ultrapasse os 100 km de vias dedicadas à bicicleta. As obras do Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis seguem avançando e a previsão é que as obras de infraestrutura verde estejam concluídas até o final de 2021. A expectativa é que todo o trabalho de implantação do POP esteja concluído em setembro de 2022.





FN: Niterói se tornou uma cidade mais sustentável e mais verde. E o senhor está fortemente ligado a isso. Que projetos mais Niterói pode esperar nessa área?

AG: Queremos que Niterói se torne uma referência em sustentabilidade urbana. Em 2014, o prefeito Rodrigo Neves assinou o decreto que instituiu o programa Niterói Mais Verde, criou o Parque Natural Municipal de Niterói e ampliou a área protegida de Niterói a mais de 50% do território da cidade. A partir de então, a prioridade passou a ser a implantação destas unidades de conservação, provendo de infraestrutura, planejamento e medidas efetivas de proteção. A Prefeitura enviou para a Câmara Municipal mensagem executiva para a criação do Parque Natural Municipal Floresta do Baldeador, que será o primeiro parque natural da Região Norte da cidade. Em maio deste ano, o Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit) foi uma das seis iniciativas municipais selecionadas no Brasil para participar do Programa de Aceleração de Unidades de Conservação Municipais.

FN: O staycation (turismo na própria cidade em que vive) vem ganhando força devido à pandemia e crise econômica que o país passa. O que Niterói vem fazendo para estimular esse setor, principalmente para os próprios niteroienses e para os moradores de cidades vizinhas?

AG: Niterói aposta no turismo como uma das principais atividades para a retomada pós-Covid. Estamos buscando recuperar espaços históricos, como a Ilha da Boa Viagem, investindo no turismo ecológico, fechamos parceria com a Unesco para fortalecer o Patrimônio Cultural e Natural do município. Lançamos recentemente o Niterói BikeTur, um circuito turístico de 11 quilômetros realizado através de totens com sinalização digital (QR Codes) em seis pontos da cidade: Caminho Niemeyer, Praça Juscelino Kubitschek e Praça da República, no Centro, Museu de Arte Contemporânea (MAC), na Boa Viagem, Museu de Arte Popular Janete Costa, no Ingá, e no Campo de São Bento, em Icaraí. Estamos trabalhando na criação do Circuito Turístico Cultural Paulo Gustavo, que vai incluir nove pontos da cidade que o ator frequentava e que foram cenários em seus filmes.

FN: Outro setor que tem tido uma atenção especial do seu governo é o econômico. Um dos projetos mais recentes é a Moeda Arariboia. Como funciona essa moeda e a quem ela vai atingir?

AG: Vamos substituir um programa de transferência de renda temporário (o Renda Básica Temporária) por um programa permanente, que terá início em outubro e beneficiará inicialmente 27 mil famílias em situação de maior vulnerabilidade. O benefício poderá chegar a R$ 540 por família, mais do que o atual repasse realizado pela Prefeitura e muito maior do que as demais iniciativas de auxílio social. Além de beneficiar diretamente quem recebe, o novo modelo trará muito mais resultados para a economia, principalmente nas comunidades. A Moeda Arariboia (em forma de cartão) deverá ser usada em estabelecimentos locais previamente cadastrados, sejam eles padarias, pequenos mercados, hortifrutis, pequenos produtores, entre outros. Desta forma, o programa incentivará a circulação de dinheiro, geração de emprego e renda nas localidades mais vulneráveis da cidade.

FN: Alguns pontos de Niterói sofrem muito com alagamentos. Quais são os planos da Prefeitura para tentar solucionar esse problema?

AG: Uma das ações que estão em andamento é a inspeção robótica para a avaliação de galerias pluviais de difícil acesso, e estudando possíveis soluções para os locais, caso necessário. O trabalho, coordenado pela Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos, utiliza robôs comandados por controle remoto. São diferentes tipos de equipamentos utilizados em rios e canais como robôs que flutuam, drones e câmeras. Assim, é possível mapear a extensão de grandes trechos de rios cobertos. Além disso, atualizamos aplicativo da Defesa Civil, o “Alerta DCNIT”, que conta com previsão do tempo, registros de chuva em tempo real, alertas de chuvas fortes, ressaca, ventos e condições do tempo para risco de fogo em vegetação.

Fonte: Folha de Niterói 







quinta-feira, 15 de julho de 2021

NITERÓI GANHA UMA LEI PARA IMPULSIONAR A REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DA CIDADE



Imagem do Centro de Niterói



Lei do Retrofit impulsiona a requalificação do Centro

Nova legislação permite a transformação de imóveis originalmente comerciais em habitações de interesse social

Sancionei na última semana a Lei de Estímulo à produção Habitacional por meio da Requalificação de Imóveis na área Central de Niterói, que havia sido encaminhada à Câmara Municipal pelo Executivo. É a chamada Lei do Retrofit, que beneficia também a Zona Norte. A nova legislação busca estimular a ocupação dos prédios vazios e abandonados permitindo a transformação de imóveis originalmente comerciais em habitações de interesse social, promovendo a requalificação dos espaços urbanos e da qualidade de vida da população. A expectativa da Prefeitura de Niterói é de que esta iniciativa dê nova vida ao Centro, garanta empregos nas obras a serem realizadas e incentive o comércio da região.

Com a nova lei, os projetos de transformação para uso residencial das edificações existentes, ou já iniciadas, ficam dispensados os seguintes parâmetros nas áreas previstas: número mínimo de vagas de garagem, cota de densidade, limite de unidades por pavimento, área mínima para os cômodos das unidades habitacionais e área de lazer. As unidades habitacionais podem se situar em qualquer um dos pavimentos acima do solo, incluindo o pavimento térreo. É importante ressaltar que a nova legislação prevê alterações apenas no interior das edificações, não mudando em nada os parâmetros externos previstos para a região.


Avenida Amaral Peixoto, Centro de Niterói.


DE OLHO NA NOVA REALIDADE URBANA - Não restam dúvidas de que hoje vivemos em um mundo bem diferente daquele que conhecíamos em 2019. A necessidade de isolamento acelerou mudanças nos hábitos de consumo, de ensino e de trabalho, provocando expressivas mudanças no cotidiano das cidades. Em várias partes do mundo, o crescimento do home office provoca o esvaziamento dos centros comerciais, desvalorizando regiões inteiras.

Atenta a esta tendência, acelerada pela pandemia do coronavírus, a Prefeitura de Niterói busca adaptar nossa cidade ao novo contexto urbano. Precisamos proteger o Centro, que abriga grande parte das nossas riquezas arquitetônicas, culturais e históricas. Neste contexto, a Lei do Retrofit se faz ainda mais estratégica, funcionando como uma mola propulsora de investimentos na região.

Queremos tornar o Centro um lugar mais valorizado, democrático e mais atraente para negócios, unidades habitacionais e turismo. Para isso, também estão em curso projetos para a restauração das calçadas e para a implementação da Nova Praça Arariboia e da Concha Acústica, além da obra do novo Mercado Municipal. Estas iniciativas dão continuidade ao projeto iniciado com o alargamento da Marquês do Paraná, implantação de ciclovias e do Bicicletário Arariboia.

Axel Grael





terça-feira, 13 de julho de 2021

Leia a minha entrevista para o jornal Extra sobre os esforços da Prefeitura para superar a pandemia

 

Em entrevista ao jornal Extra no domingo, 11 de julho, ressaltei sobre os esforços que Prefeitura de Niterói vem fazendo para superar a pandemia, o maior desafio da nossa geração. Agora, em julho, ultrapassamos R$ 1 bilhão investidos com os programas de auxílio social e o objetivo é que este apoio seja algo permanente através da implantação da Moeda Arariboia. Nenhuma outra cidade ou governo fez o que Niterói está fazendo. Durante 16 meses, sem interrupção, o município pagou R$500 a 50 mil famílias, minimizando o impacto social e econômico da Covid-19. Considerando apenas o valor destinado ao Renda Básica Temporária, nossa cidade já investiu R$ 797,57 por habitante, enquanto Manaus gasta R$ 43,25; São Paulo, R$ 40,57; Goiânia, R$ 28,32, e Salvador, R$ 22,86, em programas semelhantes.

Na entrevista, também falei sobre os avanços da vacinação contra a covid-19 em Niterói, expliquei sobre o andamento das obras de ciclovias em nossa cidade e as projeções sobre o Circuito Turístico Cultural Paulo Gustavo nesta retomada da economia e do cotidiano.

Axel Grael
Prefeito de Niterói
 

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'AUXÍLIO EMERGENCIAL SERÁ PERMANENTE'

Com o objetivo de amenizar os efeitos provocados pela pandemia em Niterói, a prefeitura pretende substituir os atuais programas de auxílio emergencial temporários por benefícios permanentes. Em entrevista ao EXTRA, o prefeito Axel Grael (PDT) informou ainda que o benefício de até R$ 500, que terminaria neste mês, será pago por mais dois meses. O prefeito tenta gerar mais renda para os moradores por meio da moeda social Arariboia. Ele espera que o sistema de economia comunitária facilite o acesso de moradores e comerciantes a microcréditos.

Sobre o combate à Covid-19, Axel não descarta que o calendário de vacinação seja antecipado novamente no município, e que todos os moradores maiores de 18 anos estejam imunizados antes do dia 23 de agosto, a meta atual. O prefeito também falou sobre o projeto de implantar 150km de ciclovias e como pretende tornar o Circuito Turístico Cultural Paulo Gustavo uma atração a mais para o Turismo, com direito a estátua do humorista e de Dona Hermínia.

Os programas de auxílio emergencial do município, que terminam neste mês, serão prorrogados até quando?

Desde março do ano passado, Niterói vem fazendo um programa de auxílio social que nenhuma outra cidade fez. Ao longo desse período, atendemos 50 mil famílias e 2.800 empresas da cidade e protegemos 12 mil empregos. Agora, em julho, ultrapassamos R$ 1 bilhão de gastos com esses programas de apoio. Nosso objetivo é fazer com que eles saiam de um programa de renda básica temporária e migrem para um sistema permanente. Já enviamos para a Câmara de Vereadores um pedido de prorrogação do programa de renda básica por mais dois meses. É o período que a gente precisa para implantar a moeda social Arariboia.

Como a moeda social Arariboia irá beneficiar os moradores e comerciantes de Niterói?

Nós também encaminhamos para a Câmara o projeto de criação da moeda social, que vai continuar apoiando um número grande de famílias. A moeda não beneficia só quem a recebe, ela vai circular nas comunidades, fazendo com que o efeito dessa transferência de renda funcione ainda melhor. Ela permitirá que você gere microcréditos para os comerciantes e até para a população. Aquela senhora que faz bolos, com esse microcrédito, poderá comprar novos equipamentos.

Existe alguma possibilidade de o calendário de vacinação contra a Covid-19 ser antecipado novamente e toda a população maior de 18 anos ser imunizada antes do dia 23 de agosto, como está previsto?

Depende da quantidade de vacinas que vamos receber. Se recebermos acima do quantitativo que está previsto agora, podemos antecipar. Nossa prioridade tem sido fazer com que a imunização da nossa população aconteça o mais rápido possível. Sobre a Sputnik (vacina russa), Niterói estava preparada para comprá-la, mas houve uma posição contrária da Anvisa. Agora estamos na reta final, então, não faz mais sentido a importação dessa vacina para Niterói.

Como está a aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid? Há muitas pessoas atrasadas? E o que a prefeitura tem feito para achar ou alertar esses moradores?

A gente tem feito a busca ativa para verificar o motivo. Muitos que não tomaram a segunda dose em Niterói se imunizaram no Rio, em São Gonçalo e em outros lugares. Em Niterói, é um número pequeno. Agora, temos uma expectativa de acelerar muito a aplicação da segunda dose, porque corresponde ao período de três meses de intervalo da AstraZeneca.

Como a prefeitura avalia o Hospital Municipal Oceânico no combate à Covid? E quais são os planos para a unidade após a pandemia?

O Hospital Oceânico foi uma bela experiência de Niterói, uma iniciativa acertada do ex-prefeito Rodrigo Neves de fazer o arrendamento do hospital, que estava quase concluído, mas ainda fechado. Nós terminamos as obras e fizemos uma adaptação para que ele funcionasse exclusivamente para atender às demandas da Covid. Já são mais de duas mil altas nesta unidade. É uma estrutura muito bem montada, com uma equipe de mais de mil profissionais. Estamos preparando a renovação do contrato de arrendamento, para que ele fique disponível até que a gente supere esse momento de pandemia. Também estamos estudando a possibilidade de aproveitá-lo dentro da estrutura hospitalar da cidade.

Como está o andamento das obras de ciclovias na cidade? A promessa de 150km de pistas para ciclistas será cumprida?

O programa Niterói de Bicicleta teve início em 2013. De lá para cá, nós já superamos a marca de 45km de ciclovias. E é um sucesso. Esse corredor pega a Avenida Roberto Silveira, a Marquês do Paraná e a Amaral Peixoto, indo até o bicicletário na Praça Arariboia. Já é a ciclovia mais movimentada da Região Metropolitana, perdendo só para a orla da Zona Sul do Rio. O uso em Niterói é funcional. As pessoas, de fato, utilizam a bicicleta para o deslocamento da casa para o trabalho. É uma alternativa de mobilidade. Agora, começamos a implantar mais 60km na Região Oceânica, por Piratininga. O próprio Parque Orla de Piratininga (POP) vai ter uma ciclovia contornando a Lagoa de Piratininga. Com isso, vamos ultrapassar os 100km. Até o fim da gestão, a gente deve superar os 150km.

O que os moradores de Niterói e os turistas podem esperar do Circuito Paulo Gustavo? Quais homenagens ao humorista ainda estão previstas na cidade?

O circuito terá vários pontos que poderão ser visitados, com totens de informação sobre cada um desses locais. São pontos que foram destacados pelo Paulo Gustavo nos filmes dele. As pessoas também vão poder visitar a Rua Paulo Gustavo e a Padaria Beira-Mar, por exemplo. Teremos uma estátua dele com a Dona Hermínia (personagem dos filmes da franquia “Minha mãe é uma peça”) no Campo de São Bento, onde todos poderão tirar fotos.

Quando as aulas presenciais serão retomadas em todas as unidades municipais?

A ideia é que, a partir de agosto, a gente esteja com todas as escolas de ensino fundamental já no sistema híbrido ou presencial. Também estamos requisitando a aquisição de tablets para que os jovens tenham mais facilidade de acesso a essas informações.

Como estão os planos do PDT para as eleições ao governo do Rio em 2022? O senhor já tem um candidato preferido?

Eu tenho o meu candidato preferido, que ainda não foi formalizado. Tenho uma grande expectativa para que o ex-prefeito Rodrigo Neves lance a sua candidatura. Acho que ele é uma pessoa muito preparada para esse desafio. Além de toda a trajetória política, ele tem uma bagagem como gestor. O eleitor aprendeu com os salvadores da pátria, os “outsiders”, os CEOs, que chegam prometendo resolver todos os problemas... Não é assim que funciona. É preciso uma política compromissada com a gestão, com as pessoas que tenham capacidade de administrar bem a gestão e a política. E Rodrigo tem essa característica. Vamos ver como as coisas se desdobram.

Como está a expectativa da família Grael para as Olimpíadas? Tem mais medalhas a caminho?

Está chegando! Estou mais ansioso que os meus sobrinhos. Vão o Torben (Grael), que lidera o time de vela brasileiro, e os dois filhos dele. A Martine foi medalha de ouro aqui no Rio e está indo com chances reais de medalha. Ela lidera o ranking mundial e está muito preparada. E o Marco também está muito bem este ano, chega lá com uma boa chance. Se Niterói fosse um país, estaríamos à frente de vários países no quadro de medalhas (risos). Tomara que a nona medalha da família venha agora.

Fonte: Extra



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sábado, 10 de julho de 2021

Prefeitura de Niterói prorroga auxílio para famílias mais necessitadas

 

Sistema de entrega dos cartões do Renda Básica Temporária, em abril de 2020. A Prefeitura organizou uma logística para que cerca de 50 mil famílias de Niterói recebessem o auxílio, de forma organizada e sem aglomeração. O programa funcionou ininterruptamente desde então, foi prorrogado pela atual gestão e é mantido até hoje. Agora será prorrogado novamente por mais dois meses, quando iniciará a Moeda Social Arariboia, um programa permanente.


Mais de R$1 bi em ações e programas sociais para salvar vidas e minimizar efeitos na economia

A Prefeitura de Niterói enviou esta semana para a Câmara de Vereadores uma mensagem para prorrogar por mais dois meses o programa Renda Básica Temporária, um auxílio para aqueles que mais precisam diante da pandemia da COVID-19. Nenhuma outra cidade ou governo fez o que Niterói está fazendo. Durante 16 meses, sem interrupção, o município repassou R$500 a 50 mil famílias, minimizando o impacto social e econômico da Covid-19. Além disso, desenvolvemos programas de apoio que beneficiam 3 mil empresas, garantindo a manutenção de 15 mil empregos.

Com a prorrogação do Renda Básica Temporária por mais dois meses, as famílias inscritas no CadÚnico e as da Educação receberão R$ 500 mensais, em agosto e setembro. Os beneficiários do programa Busca Ativa também terão o auxílio prorrogado por mais dois meses. Para os MEIs e taxistas, assim como os cadastrados no Empresa Cidadã, a última parcela será paga neste mês de julho.  

MAIS DE UM R$1 BI NO COMBATE À PANDEMIA - Nossa cidade já investiu R$ 1 bilhão para mitigar os impactos da Covid-19. Desde abril de 2020, o município ampliou a retaguarda de saúde e criou programas para dar suporte financeiro às famílias mais necessitadas, aos trabalhadores e às micro e pequenas empresas. Considerando apenas o valor destinado ao Renda Básica Temporária, Niterói já investiu R$ 797,57 por habitante, enquanto Manaus gasta R$ 43,25; São Paulo, R$ 40,57; Goiânia, R$ 28,32, e Salvador, R$ 22,86, em programas semelhantes.

Trata-se de um inédito e expressivo esforço financeiro da Prefeitura de Niterói, que trabalha desde o início da pandemia com planejamento, seriedade e ações assertivas, utilizando os recursos públicos com estratégia e responsabilidade. Não restam dúvidas que tratam-se de intervenções que salvaram vidas e deixam hoje nossa cidade com condições de sair à frente na retomada do desenvolvimento econômico, com sustentabilidade e combate às desigualdades sociais.

PLANO DE RETOMADA DA ECONOMIA - Agora, nos preparamos para uma nova etapa. O avanço da vacinação cria condições para a retomada das atividades, com geração de emprego e renda. A esta altura, mais de 75% do público-alvo já tomou, ao menos, a primeira dose do imunizante. Indicadores mostram a queda da procura pelas unidades de saúde, do número de novos casos e dos óbitos. 

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que, em maio de 2021, Niterói voltou a ter saldo positivo de empregos e abriu 430 novos postos de trabalho. O levantamento também indica que a cidade criou 1.326 novos postos de trabalho com carteira assinada. Nos últimos 12 meses, foram 4.238 novos empregos. Comércio, indústria e serviços foram os três setores com melhor saldo de contratações no mês de maio.

Para acelerar o reaquecimento da economia, estamos traçando um amplo plano de retomada econômica com foco na geração de oportunidade de empregos, mantendo o nível de investimentos estratégicos para atrair chances de trabalho em Niterói. Vamos superar esta crise para seguirmos o caminho do desenvolvimento econômico, com sustentabilidade e justiça social.

MOEDA ARARIBOIA - Esta semana, a Câmara de Vereadores aprovou o projeto formulado pela Prefeitura de Niterói para a criação da Moeda Social Arariboia, que vai continuar apoiando aproximadamente 27 mil famílias. É um programa muito mais consistente em termos de política econômica e social. Estamos migrando de um benefício temporário para uma política pública permanente. A moeda social não beneficia só quem a recebe, mas ela vai circular nas comunidades fazendo com que o efeito dessa transferência de renda funcione ainda melhor, com geração de emprego e renda em regiões de maior desigualdade socioeconômica no município. 

O benefício pode chegar ao valor de R$ 540 para famílias de até seis membros (valor de R$ 90 por pessoa), porém apenas um integrante da família poderá receber. A Prefeitura de Niterói fará um investimento mensal de R$ 5,6 milhões no programa. A moeda poderá ser usada nos comércios locais cadastrados, como padarias, pequenos mercados, hortifrutis, pequenos produtores, entre outros, fazendo o dinheiro circular dentro da própria comunidade.

PRÓXIMOS PASSOS - A Prefeitura de Niterói vem investindo em ações eficientes, que salvam vidas e minimizam o impacto na economia. Continuamos trabalhando, com seriedade e respeito ao dinheiro público. Cada passo precisa ser avaliado de forma criteriosa. Recursos públicos precisam ser utilizados de forma estratégica.

Em breve, anunciaremos um pacote de retomada pós-pandemia, que não se limita a benefícios. Precisamos avaliar nosso potencial e implementar ações para a geração de emprego e renda. Também estão previstos investimentos na educação e na infraestrutura urbana de nossa cidade.

Estamos vivendo o maior desafio da nossa geração. Precisamos, mais do que nunca, de planejamento, investimentos assertivos e seriedade.



Organização e afastamento sanitário durante a distribuição dos cartões do Renda Básica Temporária, em abril de 2020.

Saiba mais sobre os programas sociais e de apoio às empresas - Em abril de 2020, a Prefeitura de Niterói concluiu o trabalho de distribuição dos cartões Alelo, através do qual passou a transferir recursos para os beneficiários dos programas Renda Básica Temporária e Busca Ativa para cerca de 50 mil famílias niteroienses, com um auxílio de R$ 500 por mês. O Renda Básica Temporária contempla famílias em situação de vulnerabilidade social inscritas no CadÚnico e famílias de alunos da rede municipal de ensino que não estão inscritas no CadÚnico. Já o programa Busca Ativa é destinado a grupos de pessoas que exercem atividades produtivas específicas, que possuem cadastro no Município, como vendedores ambulantes regularizados, artesãos, trabalhadores da economia solidária, catadores de recicláveis, produtores agroecológicos e quiosqueiros.

Além disso, a Prefeitura tem um programa de auxílio aos Microempreendedores Individuais (MEIs), assim como os taxistas e motoristas de vans escolares, que recebem R$ 500 por mês. Estão sendo contemplados 6.735 MEIs e 2.104 taxistas.

Para ajudar as micro e pequenas empresas da cidade, foi criado o Programa Empresa Cidadã, em que o Município investe recursos no pagamento da folha de funcionários destas empresas. O Empresa Cidadã 1 atende empresas com até 19 funcionários, que têm auxílio no pagamento de um salário mínimo para até nove empregados. Já o Empresa Cidadã 2 realizou o depósito de um salário mínimo para até dezenove empregados de empresas, entidades religiosas e organizações sindicais com até 40 funcionários.

Este ano foi lançado, ainda, o Empresa Cidadã 3, que atende micro e pequenas empresas com até 49 funcionários. Em contrapartida, as empresas se comprometem a manter os postos de trabalho existentes na data de adesão ao programa pelos próximos oito meses e obedecer às medidas sanitárias e de distanciamento adotadas pela Prefeitura de Niterói.

O setor de restaurantes (e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas) é o com mais empresas inscritas no programa, respondendo por 17,4%, seguido pelo comércio varejista de ferragens, madeira e materiais de construção com 4,7%.

Também foram desenvolvidos os programas de crédito Niterói Supera e Supera Mais. O primeiro foi realizado em parceria com o Banco do Brasil. Nele, os empresários puderam obter crédito com juro zero, carência de seis meses e prazo para pagamento de até 36 vezes. Já o Supera Mais foi desenvolvido em parceria com a AgeRio para atender micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 1 milhão. Os juros serão assumidos pela Prefeitura de Niterói, e o tomador do empréstimo terá carência de até 10 meses para iniciar os pagamentos e possibilidade de quitação em até 36 vezes.

O Boletim Informativo com dados do Programa Supera Mais, até o dia 27 de maio de 2021, mostra que 410 contratos foram assinados desde o início do programa. Já foram concedidos mais de R$ 17 milhões em empréstimos, o que demonstra uma média de R$ 42 mil por contrato assinado.

Todas as medidas adotadas por Niterói permitiram que a cidade, apesar das dores e dificuldades de se enfrentar uma pandemia, chegue até o presente momento com muitas vidas salvas e melhores condições para preparar a retomada da economia, do emprego e do cotidiano das pessoas.

Axel Grael
Prefeito de Niterói


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quarta-feira, 7 de julho de 2021

Proteção do Meio Ambiente e incentivo ao Ecoturismo do Parque da Cidade ao Cafubá


Trilha com soluções para evitar a erosão e facilitar o deslocamento de usuários.

Num dos mirantes com vista para a Região Oceânica e para a TransOceânica.  Com o arquiteto Renato Esteban, projetista das obras de conservação da Trilha do Cafubá e Zeca Azevedo e Alex Figueiredo, da SMARHS.

Trilha do Cafubá já com os equipamentos de proteção.

Admirando a beleza das paisagens da Trilha.

Córrego da Viração.

Solução rústica para evitar a erosão.

Ruína ao longo da trilha.

Trecho da trilha.

Trecho da trilha com soluções de drenagem.

Com participantes do programa Niterói Jovem Ecosocial, no viveiro de mudas que eles prepararam para aclimatar as mudas que serão utilizadas nas ações de reflorestamento no local.

Mostrando a marcação da Trilha de Longo Percurso.

Inspeção canina das obras na trilha.

Obras em andamento.

Com participantes do Ecosocial, diante de uma das áreas de reflorestamento desenvolvido por eles e por voluntários do PARNIT.

Área de reflorestamento.


Foi com muita satisfação que esta semana fiz uma visita técnica às obras na trilha do Cafubá, que liga o Parque da Cidade ao bairro da Região Oceânica. Coordenada pelo Programa Região Oceânica Sustentável (PRO Sustentável), a revitalização desta área do Parnit inclui a implantação de diques de contenção, escadarias, estruturas de drenagem, pequenas contenções e estabilização de alguns pontos. No percurso, também observei os pontos em que alunos do Projeto Niterói EcoSocial realizam um belo trabalho de reflorestamento, feito com mudas de espécies da Mata Atlântica produzidas por eles durante as aulas.

As obras na trilha interferem sobre o ambiente de forma bastante natural, com aplicação de materiais como eucalipto, bambu, pedras e argila, mantendo as características ambientais do caminho, ao mesmo tempo realizando o manejo das águas pluviais de forma adequada, resultando em uma ambiência muito mais confortável aos visitantes e evitando incidências de futuras erosões. A revitalização inclui uma nova área para descanso e realização de paradas contemplativas.

A requalificação da Trilha do Cafubá, que está na reta final, é estratégica para a ligação entre o Parque da Cidade e o Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis, cujas obras estão avançando de maneira bem satisfatória. Com estas intervenções, a Prefeitura de Niterói tem como objetivos preservar o Meio Ambiente e tornar o Parnit ainda mais convidativo para visitantes e moradores da cidade.

Respeitadas e protegidas, nossas riquezas naturais são um importante patrimônio do nosso município e se traduzem também em ativo importante para o desenvolvimento econômico sustentável. Temos um imenso potencial para que o ecoturismo se transforme em fonte geradora de emprego e renda. Esta vocação fica ainda mais evidente depois da pandemia da Covid-19, que exacerbou em todo o mundo a procura por atividades ao ar livre e a preocupação com a preservação do meio ambiente.

Saiba mais sobre as opções de ecoturismo no Guia de Trilhas de Niterói, que reúne informações sobre 45 trilhas distribuídas entre o Parque Natural Municipal de Niterói (PARNIT), o Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET), a Reserva Extrativista Marinha de Itaipu (RESEX Itaipu), a Área de Proteção Ambiental do Morro do Morcego, Fortaleza de Santa Cruz e dos Fortes Pico e Rio Branco (APA do Morro do Morcego), a Área de Proteção Ambiental da Água Escondida, o Horto Botânico de Niterói (Horto do Fonseca) e a Rota Charles Darwin, trilha de longo curso que conecta Niterói a Maricá.

O material disponibiliza informações a respeito de cada trilha, como o seu memorial descritivo, mapa do trajeto, perfil topográfico, uso da trilha, recomendação e sua classificação quanto a esforço físico, grau de exposição ao risco, orientação e insolação, baseada na metodologia estabelecida pela Federação de Esportes de Montanha do Estado do Rio de Janeiro (FEMERJ).

Sobre a Trilha do Cafubá:

A Trilha do Cafubá inicia à esquerda da rampa de voo norte (com vista para a Baía de Guanabara), onde o visitante deverá caminhar poucos metros e virar à direita seguindo paralelamente à Travessia Waimea (exclusiva para ciclistas) até alcançar o cume. Ao continuar o percurso, o caminhante deverá avançar por aproximadamente 350 metros até uma bifurcação (01). Nesse ponto, deve-se seguir o caminho à esquerda até encontrar uma segunda bifurcação (02), localizada sobre um afloramento rochoso, virar à direita, e continuar por cerca de 300 metros até uma trifurcação (03), onde o visitante deverá seguir pela rota da direita. No percurso, haverá uma curva acentuada à direita e será necessário descer até uma entrada à esquerda (04) para acessar o Mirante do Aimberê (05). Após visitar o mirante, deve-se retornar à via principal, descer até encontrar uma bifurcação e seguir pela rota da esquerda até uma trifurcação, onde a rota da direita levará ao Córrego do Morro da Viração (06). Para alcançar o final da trilha, o caminhante deverá retornar à trifurcação e seguir pela rota central até encontrar a Guarita do Centro de Controle Operacional, na saída do Túnel Luiz Antônio Pimentel, sentido Charitas - Cafubá.

Axel Grael
Prefeito de Niterói